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17

A necessidade de voltar à realidade conseguia ser da mesma intensidade que a minha vontade de permanecer " dormindo ". Manter meus olhos abertos aos poucos se tornava uma necessidade enquanto eu tomava uma pílula azul. Porém, assim que acordava, sentia minhas mãos tremerem em busca do frasco colorido. Mas mantive minhas mãos fechadas e minhas pernas quietas, extremamente focada na minha vontade de ficar em meu corpo real, apesar de ele estar da pior maneira possível. Assim que parei de lutar contra meu vício, chequei meu telefone, vendo que Frederick havia me ligado algumas vezes.

- Oi. - Murmurei quando ele atendeu o telefone.

- Nomi, você não sabe o que me aconteceu - sua voz estava alta e excitada. - Semana passada, várias coisas me aconteceram - ele respirou fundo. - Primeiro, sabe Bella, a garota que te falei? Bem, estamos namorando agora. Quer dizer, nosso relacionamento é meio complicado, mas mesmo assim funciona. Ela é louca, sabe? E eu acho que é isso o que me faz ser louco por ela também - ele juntou ar, como se tivesse feito todo aquele pequeno discurso sem parar para juntar ar. - Eu também consegui o emprego. Eu vou começar a trabalhar lá amanhã, e hoje pedi minhas contas com o Donnie. Devo dizer que ele não ficou lá muito feliz com isso, mas não faz muita diferença para mim. - Ele parou de falar por alguns segundos.

- Fico feliz com tudo isso. Cara, você não sabe o quanto merece essas coisas.

Ouvi sua risada envergonhada do outro lado da linha.

- Vamos mudar um pouco de assunto - ele fez uma pausa, provavelmente caçando por assuntos. - O que você tem feito ultimamente?

Notei, enquanto ele falava, que a ideia de falar da Cidade o deixava um tanto desconfortável.

- Bem, quase tudo está dando errado - suspirei. - Descobri que a Cidade não é um lugar de todo bom. Acredite se quiser, as sereias de lá na verdade são prisioneiras e as pessoas magras de lá também.

- O que?

- E tem mais: o homem que criou aquele lugar na verdade é alguma espécie de entidade maligna, e ele está disposto a me aprisionar, porque Jace e eu estamos predestinados a destruir aquela prisão que ele tanto ama.

O silêncio que se seguiu do outro lado da linha foi assustador, até porque Frederick sempre tinha alguma coisa a dizer. Comecei a ficar preocupada, com medo de ter travado meu cérebro com toda a minha piração.

- Nomi, você não pode mais viajar até aquele lugar, está me entendendo?

O ar me faltou por dois segundos.

- Não posso fazer isso, Frederick. Eu tenho que ajudar as pessoas daquele lugar - apesar de saber que não tenho peito para ajudá-las -, além disso, continuar viajando até a Cidade é a única forma de ver Jace.

- Pense bem, Nomi, coloque na sua cabeça que talvez você não seja a pessoa apta para salvá-los.

Suspirei.

- Eu sei disso. Mas não posso apenas dizer " ei, eu não sirvo para isso " e fugir. Custo a acreditar que eu fui a primeira garota que eles chamaram. Talvez eles estejam sem opções.

Ele se calou por alguns instantes.

- Nomi, por favor, pense direito...

- Quanto mais eu penso, mais preciso fazer isso.

- Eu estou indo até aí, o.k.? Vamos conversar melhor sobre isso.

Eu tinha a impressão de que ele surtaria se visse o quão ferrado meu corpo estava.

- Não! Não precisa vir até aqui!

- Mas, Nomi...

- Eu estou bem, não se preocupe. - Desliguei o telefone, me sentindo culpada.

Eu havia pintado para Fred um quadro onde eu era apenas uma garota bondosa que queria salvar os outros, quando eu sabia muito bem que aquilo não era verdade. Pouco me importava as pessoas daquele lugar, eu realmente não ligava para elas. Eu era realmente nociva, me fazendo de inocente para esconder um fato inegável: eu apenas estava querendo participar daquele plano para salvar Jace. O resto não era importante.

Me senti vazia por um instante, o que me fez levantar e andar pelo apartamento. Ainda era estranho estar acordada mas não sentir a velha angústia se esgueirar em meus ossos e subir até meus órgãos vitais. Talvez, com o tempo, eu me acostumasse com isso.

Parei na frente do espelho, vendo que ele permanecia " travado " enquanto eu vestia roupas quentes. Observei minha magreza, evitando o máximo possível olhar para o meu rosto. De certa forma, ele apenas tornava aquela imagem infernal mais realista.

Bati em minha testa, decidida a parar para olhar meu corpo do jeito que estava e encontrar algo bom nele.

Apesar de me lembrar da pior fase de toda a minha vida, eu me obriguei a olhá-lo demoradamente, enquanto o espelho se destravava devagar, revelando a minha imagem sentada no chão. As partes que ali estavam à mostra eram diferentes, porém ainda eram minhas, o que fez com que eu me forçasse a não odiá-las.

Suspirei, ainda descrente de que poderia me amar agora, indo até a cozinha, onde comi o máximo de besteiras que pude.

Talvez, se eu me amasse agora, ficaria mais fácil de superar aquela situação e voltar ao normal. Talvez, amar a mim mesma fosse a resposta, apesar de eu não saber como encaixá-la.

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