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15

Evitei olhar meu corpo no espelho, sabendo que isso acabaria me dando mais vontade de voltar à Cidade. Também evitei parar para ver que dia era, não me fazia diferença se havia mudado a estação ou se algum feriado estava próximo. Passei vários minutos pensando e comendo, sem deixar que minha mente viajasse para o lugar de onde eu estava fugindo. Era um tanto doloroso pensar nisso, até porque a Cidade possuía suas partes boas. Como, por exemplo, Jace, e se eu não tivesse começado a tomar as pílulas, não o teria conhecido. Mas conhecê-lo também deveria ser considerado uma coisa ruim, até porque eu talvez nunca o visse na realidade, o que me fazia querer ficar por lá, apesar de aquele lugar ter se mostrado um tremendo pesadelo.

Suspirei, ao mesmo tempo em que deslizava meus dedos pela superfície descoberta da minha pele. Sorri. A cada dia estava ficando mais fácil. A cada dia eu estava mais independente dos remédios externos.

Gemendo no sofá, peguei meu telefone e liguei para Frederick.

- Alô? - Uma voz grogue atendeu o telefone.

- Frederick, me desculpe! Eu te acordei?

- Não, eu já estava acordado - ele murmurou bocejando.

- Que horas são?

- Quatro horas da manhã.

- Ai, me desculpe, sério. É que eu preciso conversar e logo me veio você na cabeça.

Apesar de não estar vendo, eu podia jurar que um sorriso pretensioso e debochado surgira em seu rosto.

- Tudo bem.

Me lancei à história toda, contando a ele sobre meus sonhos e sobre Agatha e Tobey, mostrando a ele minha indecisão ao descobrir que eu havia sido mandada ali para bancar a heroína.

- Uau. E como você se sente em relação à isso tudo?

- Não sei dizer. Acho que... Tudo isso é meio estranho, sabe?

- Você não precisa ser heroína deles, Nomi. Concentre-se em ser a sua heroína primeiro, está bem?

Concordei antes de desligar o telefone e olhar para cima, me perguntando até onde Jace sabia de toda aquela história. Pelo que Tobey falou, ele também iria ter que bancar o herói.

Suspirando, pensei nele enquanto comia e assistia ao programa de compra e venda que passava. Ele deveria saber de tudo o que me contaram, o que fazia com que eu me perguntasse se era aquilo o que ele não podia me contar. Lutando contra a minha curiosidade, permaneci ali, no sofá, forçando minha mente a se focar no rubi que estava passando na tela da televisão.

Cansada de olhar para jóias, fui para a sacada, para observar o nascer do Sol. O céu estava azul claro, já com algumas setas de luz amarelo-ouro subindo aos poucos, manchando o azul frio do céu em um contraste harmônico. Me deixou surpresa o fato de que eu não tinha mais a louca vontade de pular. Agora, com minha cabeça presa em todas as tramas externas das pessoas daquele lugar, era difícil pensar no quão próxima eu estava de afundar em minhas inseguranças e pular. Observando o Sol clarear timidamente, comecei a pensar se era ou não uma boa ideia jogar fora meus remédios de agorafobia, temendo que me desfazer deles fosse apenas fazer com que meus demônios surgissem e me dominasse me novamente.

Assim que o céu ficou claro demais, entrei em casa e dei uma faxina em minha casa. Dei uma olhada rápida na assustadora pilha de cartas que se acumulava em minha mesinha, suspirando de alívio ao ver que a grande maioria era apenas de anúncios de revistas ou convites para igrejas; apenas uma ou duas sendo de cobrança. Deixei meu lar com a aparência mais agradável, mas ainda assim pequenas poeiras de angústia vindas da janela se esgueiravam até meus móveis.

Estranhamente disposta, fui quitar minhas dívidas, fingindo não me chocar quando vi que ambas datavam do meio do ano.

De volta ao apartamento, fui atrás de um espelho, pela primeira vez não vendo uma besta horrenda. Ali estava eu. Não o meu eu de agora. Meu eu antigo, aquele que sorria das coisas simples e tinha uma mãe. Sorri, quase chorando, sentindo meu corpo flutuar.

Olhei longamente para os meus medicamentos, pensando se era ou não uma boa ideia fazer o que eu pretendia. Sem parar para pensar duas vezes, peguei os frascos com meus comprimidos para ansiedade e depressão e os joguei na privada, dando descarga logo depois, olhando elas rodopiarem e sumirem, levando embora aquela parte ruim de minha vida. Não me senti fraca e dependente como pensei que me sentiria. Ao invés disso, me senti forte e disposta. Vi minha mãe ao meu lado, colocando suas mãos em meus ombros e sorrindo.

Por onde você se escondeu?

Dei de ombros, sorrindo, fingindo que ela realmente estava ali e que realmente estava orgulhosa.

Eu não tinha mais nada para fazer, o que me decepcionou um pouco, pois minha mente agora estava desocupada o bastante para pensar em Jace e na Cidade. Estranhamente, minha vontade de voltar aumentava mais e mais, o que me angustiava de uma maneira muito ruim.

Passei alguns minutos no sofá até decidir ir até o frasco colorido. Olhando para o espelho, observando meu rosto um tanto mais magro que o normal, tomei uma das pílulas, sem me dar ao trabalho de prestar atenção na ardência, parando para fechar os olhos apenas quando já estava com meu corpo diferente, me assustando ao ver o sr. Sem Nome (curiosamente, eu podia ver muito bem o rosto de Clarence dentro daquele corpo) parado na minha cama, me olhando seriamente.

Ele nada disse, apenas veio até mim e tocou minha testa, fazendo com que meu coração doesse, e sumiu quando fechei meus olhos.

Decidi não deixar aquilo me assustar, até porque eu já deveria saber que ele me considerava algo mais, se não ele não teria me torturado em meus sonhos.

Vesti um vestido simples e corri para a casa de Jace, parando bruscamente ao vê-la. Sorrindo, subi os degraus da varanda, batendo na porta várias vezes.

Com seu mau humor de sempre, ele abriu a porta, com sua carranca se transformando rapidamente em um sorriso animado. Seu rosto estava completamente limpo das tatuagens, com exceção da tatuagem em sua bochecha, que estava mais destacada agora que estava sozinha.

- Oi. - Murmurei antes de abraçá-lo.

- Como você está? - Ele perguntou, mas antes que eu pudesse responder, seus lábios colaram-se nos meus.

Com ar estranhamente acolhedor, entrei na casa e me sentei em seu sofá menor.

- Tenho que te perguntar algumas coisas - anunciei. - Coisas sérias.

Ele se sentou, sem se abalar.

Por um momento, talvez por um passar de segundo, eu vi seu corpo real. Seus olhos brilharam e se desfocaram, como se ele estivesse travado, e logo me perguntei se não era eu quem estava travando.

- E então? - Meus olhos se adaptaram, fazendo seu rosto voltar ao normal.

- Sei que você me escondeu sobre a história de Clarence e todo esse lance de " salvadora " deste mundo.

Ele não parecia estar envergonhado.

- Eu prometi a ele que não contaria. - Ele deu de ombros.

Revirei os olhos.

Passei uns bons instantes pensando se era uma boa ideia falar que eu sabia como ele era de verdade. Não conseguia ter certeza de sua reação, não sabia se ele se irritaria. Mas, ao mesmo tempo, eu sentia que precisava contar.

- Olhe - comecei, falando mais baixo ainda, minha voz quase ininteligível -, eu estava curiosa, queria saber mais sobre você - baixei os olhos, envergonhada. - Então não fique bravo, está bem?

Ele me olhou, confuso.

- Está bem.

Juntei um pouco de ar.

- Como eu disse, queria saber mais sobre você, então pesquisei sobre a sua mãe no Google - seus olhos ficaram indecifráveis.

- E o que você descobriu?

- Que, antes de você desaparecer, ninguém realmente te levava a sério.

Ele piscou duas vezes.

- Desaparecer?

- É. Seu padrasto é suspeito do seu " desaparecimento " - ele sorriu. - Honestamente falando, o fato de você ainda estar marcado como desaparecido só mostra o quão negligente a polícia de sua cidade pode ser. Quer dizer, seu corpo está lá fora em algum lugar, certo?

Ele riu.

- Não acho que há motivo para ficar bravo com isso.

Levei as mãos ao peito, com uma expressão de alívio fingido que o fez rir de novo, mas logo seu sorriso sumiu, dando lugar a uma expressão angustiada.

- Você me viu? Viu como eu sou de verdade?

Coloquei minha mão em seu rosto, tapando sua tatuagem.

- Eu vi - comentei com um sorriso tímido. - Você acreditaria se eu dissesse que acho seu rosto real mais bonito?

Seu sorriso se tornou gigante quando ele segurou minha mão.

- Jace... espero não estar sendo muito curiosa. Se eu estiver, não responda, o.k.? - Não esperei por sua resposta. - Por que suas tatuagens somem?

Ele baixou os olhos, como se estivesse procurando algo para dizer.

- Bem, acho que Agatha te contou sobre como ela parou debaixo d'água. - Seus lábios tremeram de medo e raiva. - Ele marcava o meu rosto, desde o dia em que Cassie contara a ele os planos de Tobey. Ele pensou que, se deixasse aquelas marcas em minha alma, eu sentiria tanto medo dele que temeria tentar fazer o que Tobey diz ser o meu destino. - Ele viu minha expressão apavorada. - Ele não faz mais isso comigo, Tobey me ensinou sobre como me defender dele.

Tirei minha mão de cima da sua tatuagem, acompanhando as letras agarranchadas em sua bochecha.

- Por que essa tatuagem não some?

Seu sorriso diminuiu um pouco.

- Porque eu fiz ela em mim mesmo. Acho que ela é a única que ficará marcada em minha alma.

- Por que você se tatuou?

Ele deu de ombros.

- Eu queria, de certa forma, ajudar as pessoas, alertá-las - ele deu de ombros, tristonho, me olhando angustiado. - Pelo visto, meu plano não foi lá muito eficaz.

O abracei forte, tentando fazer com que todos os sentimentos ruins dentro dele saíssem de seu corpo. Talvez, seu eu o apertasse e nunca mais soltasse, ele deixaria de sofrer.

- Você poderia tomar uma das minhas pílulas azuis e voltar à realidade, aí ficaríamos juntos.

Seu aperto ficou mais forte.

- Eu realmente queria que as coisas fossem fáceis assim. Mas, acredite-me, não são. - Seus olhos lacrimejaram.

Naquele momento, a ideia de destruir aquele lugar não me pareceu tão ridícula e impossível. Jace talvez precisasse sair daquele lugar, onde sua alma estava ficando cada vez mais perdida, seus olhos se escurecendo enquanto suas esperanças sumiam.

Fiquei com ele por um tempo, até o momento em que precisei sair, murmurando a ele um mísero " até logo ". Eu ainda tinha minhas dúvidas, mas a certeza agora era visível.

Se fosse preciso, eu destruiria aquele mundo. Eu faria isso por ele.

- Agatha - murmurei bem baixo, balançando a água com meus dedos.

- O que você faz aqui, Nomi? - Cassie surgiu do nada, segurado meu braço com força.

- Nada. Eu só parei para olhar a Lua - apontei para o céu escuro. Minha voz estava instável de raiva, e logo tive que me segurar para não atacá-la.

- Por que você parou para olhar a Lua justo aqui?

Revirei os olhos.

- A vista daqui é bonita. Agora me solte.

Ela se aproximou.

- Olhe, Nomi, eu sei que...

Uma das sereias emergiu, olhando ameaçadoramente para Cassie, que deu dois passos para trás antes de sair correndo, murmurando algo em uma língua desconhecida.

Sorri para a dama na água antes de mergulhar, enquanto ela me acompanhava na direção do abismo. Ela me empurrou delicadamente até a entrada, onde Agatha me esperava.

- O que preciso fazer? - Perguntei, desesperada, assim que ela se levantou.

- O que disse?

- O que preciso fazer para salvar Jace daqui? - A olhei desesperada.

Seu olhar se iluminou um pouco, mas foi muito rápido, de modo que não pude descobrir o que era.

- Você precisa matá-lo.

Balancei a cabeça, sem saber se aquilo era verdade, torcendo para ter ouvido tudo errado.

- Você... está brincando, não está?

Ela me olhou, com pena, confirmando o que eu não queria.

- Não! - Gritei. - Eu não posso fazer isso! Como... Eu não...

- Você precisa, Nomi - ela segurou meus ombros e me olhou no fundo dos olhos. - Não entende? Essa é a única forma de libertar a alma de Jace! - Ela fez uma pausa, se recompondo. - Estes corpos são muito pesados, nos mantém aqui. A única maneira de fazer com que Jace acorde é quebrando seu corpo, sua casca exterior, permitindo assim que sua alma volte a seu corpo, o que o fará acordar.

- Eu não... Ele pode se matar, não pode? - Me envergonhava um pouco o fato de eu estar disposta a deixar que ele se matasse para não me sentir culpada.

Seu olhar se tornou frio.

- Se ele se matar, sua alma morre, Nomi. Você não pode, de forma alguma, aconselhar alguém daqui a fazer isso.

Fechei os olhos, sentindo lágrimas copiosas rolarem.

- Eu não posso...

- Acredite em mim: você pode. - Ela fez uma longa pausa. - Você precisa poder.

Ela me contou de maneira rápida e quase sem explicações sobre como Tobey havia fortificado esta parte de seu feitiço, sempre me olhando preocupada, com medo de que eu corresse daquele lugar e nunca mais voltasse.

Era verdade, se dependesse apenas de mim eu iria embora e nunca mais colocaria meus pés na Cidade.

Saí do abismo, em busca de conforto, mas ele de nada valeu, pois logo eu estava chorando desesperada, correndo até a minha casa.

Queria não ter feito isso, pois talvez assim eu teria me livrado.

Lá estava Cassie, parada em minha sala de estar, com Clarence parado, me olhando friamente.

- Me conte - ele disse, olhando atentamente para minha reação.

Da maneira mais despreocupada que consegui fingir, andei discretamente até o pé da escada.

- Contar o quê?

Ele bufou de raiva ao mesmo tempo que sussurrava " não consigo ler ".

- Você sabe o que quero saber.

Meu pé esquerdo direito subiu um degrau.

- Não, não sei. Se você me contar o que quer saber, eu posso ver se há alguma forma de te ajudar.

Seu movimento foi rápido demais para meus olhos acompanharem, mas logo ele estava com suas mãos em meus olhos, acertando-os e me fazendo gritar.

- Me conte.

- Eu não sei o que você quer saber! - Gritei, furiosa e assustada demais para manter a educação.

Senti minhas forças fugirem de mim, enquanto meus olhos se reviravam nas órbitas.

Me debatendo desesperadamente, consegui me soltar e corri junto à parede, parando apenas quando cheguei em meu quarto.

Ouvi passos atrás de mim, o que fez com que a minha busca pelo frasco azul aumentasse repentinamente.

Olhando Cassie entrar no quarto com o olhar endiabrado, tomei a pílula, aliviada de uma maneira estranha ao ver seu corpo derreter junto com a casa. Meu alívio não durou muito, até porque a dor que Clarence me inflingira agora era bem mais forte, se espalhando por todo o meu corpo. Com o grito de dor, despertei na realidade, sentindo meus ossos doerem ao mesmo tempo que corria até o espelho, com medo de que algo de errado estivsse acontecendo comigo. Eu estava certa, ao mesmo tempo em que olhava minha imagem horrorizada, tentando entender como aquele ser podia ser real.

Gente, após algumas críticas sobre o livro, queria deixar claro uma coisa: isto aqui, que está sendo publicado, é um RASCUNHO, então não venham me xingar e falar mal sobre os pontos, até porque várias coisas que vocês estão se dando ao trabalho de vir ao PV criticar em TODO SANTO CAPÍTULO QUE EU POSTO não estão na versão final.

Então é isso, tchau

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