Sex
Olha só quem voltou
Tudo bem com vocês? Pq eu to só o desespero, o colégio ta comendo meu cu. Último ano é foda.
Trouxe mais cap cheiroso pra vcs, e bem tenso.
Vamo lá!
Ps.: O nome do capítulo é música que vai aparecer nele, se vocês quiserem ouvir... seria muito muito. A música é Sex - The 1975
Qualquer erro me avisem!
Boa leitura, meus amores!
♤
13 de abril, 2016
- Você não vai nem querer ir almoçar com a gente? - A voz de Renatinho tirou Brunna de seus pensamentos, fazendo-a encara-lo.
- Desculpa. - Negou com a cabeça.
Ele observou a loira guardar algumas das suas coisas na sua pasta e arrumava a desorganização total em sua mesa, em seguida sentou-se novamente em sua cadeira.
- Você quer me contar o que está te deixando assim? - Renatinho perguntou e Brunna suspirou. - Problemas com o maridão?
- Sem ofensas, mas você seria a última pessoa que eu pediria ajuda ou um conselho nesse caso. - A loira falou com um sorriso torto e Renatinho arqueou uma sobrancelha.
- Ah vamos lá, não sou tão ruim assim, vai... - Brunna apenas revirou os olhos, tentando ignorá-lo. - Tá, falando sério agora, o que você tem? - Perguntou chegando um pouco mais perto. - Já fazem dias que você está assim...
- Assim? - Franziu o cenho.
- Não se faça de sonsa, Brunna. - Repreendeu. - Você está estranha, distante, e com os pensamentos bem longe. Eu nunca te vi tão pra baixo e sinceramente, eu odeio te ver assim.
- Eu... Estou normal, Renatinho. - Ele a encarava com uma cara nada convencida. - Só estou um pouco cansada ultimamente...
- Por que você ainda tenta inventar sendo que eu te conheço como a palma da minha mão? - Renatinho cruzou os braços.
- Vamos falar sobre você. Como vai o namoro? - Mudou completamente o assunto e Renato suspirou derrotado. - Você ainda não me apresentou ele, seu cachorro.
- Ele é realmente ocupado... - Renato pareceu um pouco pensativo antes de dizer. - Sabe, ele me chamou para ir hoje no pub onde ele trabalha, vamos?
- Hoje?
- Sim, parece que quinta é um dos dias que mais enche, e como eu e você não trabalhamos amanhã...
- Eu não sei Renatinho, ontem eu e o Christian brigamos...
- Sabia! - Interrompeu-a.- Eu sabia que você estava me escondendo algo. É por isso que anda assim?
Brunna engoliu em seco e assentiu. Obviamente não era a briga (mais uma de tantas) com seu marido que a atormentava. As coisas entre Ludmilla e ela estavam piores do que nunca. A semana toda, Ludmilla não tinha nem olhado para a loira, nem uma única vez. Não que Brunna a culpasse, mas isso só fazia a professora se sentir ainda pior pelo o que eu tinha feito no último fim de semana.
Sua mente continuava voltando para aquele momento no quarto da negra, quando Brunna tinha sido a maior vagabunda de todas. O jeito que Ludmilla a olhou estava definitivamente gravado no seu subconsciente. Por que tinha que ser tudo tão complicado? Era uma merda, por que ela simplesmente não consegue para de pensar na mais nova? Brunna não queria pensar nisso, mas a carne era fraca demais e seu coração não resistia.
- Vamos, me conte. - Renatinho interrompeu seus pensamentos.
- Não tem o que contar. - Respondeu dando de ombro. - Apenas brigamos, de novo.
- De novo? - Ele franziu o cenho. - Tem alguma coisa acontecendo e eu não sei?
- Tem muita coisa acontecendo que você não sabe! - Renatinho levantou as sobrancelhas surpresa. - E não me olha com essa cara, você é a pior pessoa em questões de conselhos amorosos. Pelo menos para mim.
- Claro! Seu marido é um banana, que tipo de conselho eu daria? O cara não consegue te fazer gozar nem quando está te chupando, você mesma disse isso uma vez. - Brunna faz uma careta, não podia negar, Renatinho tinha razão. - Mas confesso que estou curioso, por que brigaram ontem?
- Christiam é um idiota! - Fala, deixando que as palavras saíssem da sua boca sem antes realmente pensar sobre elas, soando mais como uma ponderação para ela mesma do que como uma resposta para o amigo. - Ele chega quase nove horas da noite todos os dias, e acha que simplesmente eu devo recebê-lo de pernas abertas.
- Está me dizendo que seu marido tentou te comer e você recusou? Brunna Gonçalves recusou sexo?
- O quê? Você fala como se eu fosse uma ninfomaníaca! - Renatinho deu uma risada.
- Você só não é, porque seu maridão não dá conta. - Brunna revirou os olhos, corando levemente. - Mas me diga, por que recusou transar com ele?
- Eu estava morta! Passei a tarde toda corrigindo prova e trabalho, e você sabe que quarta-feira é o dia que eu fico até mais tarde dando aula na faculdade.
- Oh...
- Não é como se eu tivesse com vontade também, eu não tenho mais vontade de transar com ele, é como se ele fosse um estranho dentro da minha própria casa.
Renato apenas prestava atenção em sua amiga sem dizer uma palavra.
- Eu não sei mais o que fazer... - Brunna suspirou, jogando os cabelos para trás. - Tem alguns meses que estamos assim. Estávamos péssimos e então quando conversamos mostrei minha necessidade, ele disse que entendeu, mas não mudou.
Renatinho estava incrédulo, não que Brunna fosse uma mulher totalmente aberta, na verdade, ele não sabia de metade das coisas que passavam por sua mente, mas nunca pensou que a loira fosse tão forte ao ponto de guardar tudo aquilo acumulado dentro de si.
- Uau... Eu nunca pensei que estivesse péssimo dessa forma. - Brunna levantou uma das sobrancelhas. - É claro que eu sempre achei que o seu casamento fosse um grande fracasso. Christian não tem suporte para satisfazer você, e não é só no sentido sexual.
- Nossa, isso me deixa tão melhor... - A loira soltou uma risada sem humor, com uma careta frustrada em seu rosto.
- Desculpa, amiga. Mas você precisa encarar a realidade. - Brunna deu um suspiro alto e estava prestes a protestar quando o amigo disse. - Olha, quer saber? Nós vamos sim hoje à noite! Não só para você conhecer meu namorado, mas para se divertir também, você está precisando, Bru!
- Renatinho eu acho melhor...
- Shhh... - A cortou. - Você vai e ponto final. Vou chamar o Mário Jorge também. - A loira suspirou completamente derrotada.
- Tudo bem, agora saia. Tenho aula para dar!
(...)
- Tá, cala a boca, eu não aguento mais vocês dois! - Esbravejou. - Eu não estou perdendo meu trabalho para ficar aqui com duas crianças que não conseguem ficar no mesmo ambiente por mais de 10 minutos!
Marcos e Edgar arregalaram os olhos, assustados com o surto repentino de Ludmilla. É certo que eles estavam brigando a mais de meia hora, isso tudo por um mísero cálculo de genética.
- Eu tinha três tatuagens pra fazer hoje. Três! Eu não vou ficar aqui perdendo o meu precioso tempo quando eu poderia estar ganhando dinheiro. - Suspirou, tentando se acalmar a raiva. - Eu vou dar 5 minutos para vocês, vou tomar uma água e quando eu voltar espero que virem melhores amigos!
Ludmilla desceu as grandes escadas da luxuosa casa de Marcos, dirigindo-se à cozinha, com a intenção de pegar um copo de água. Retirou seu celular do bolso quando o sentiu vibrar indicando uma mensagem.
Brunna: Não sei porquê está me evitando tanto Lud, queria poder te ver :(
Brunna: Eu sinto sua falta, preta.
- Por que você está assim? - Marcos surgiu, encostada na porta do cozinha, olhando para Ludmilla.
Ludmilla guardou o iPhone rapidamente enfiando-o no bolso traseiro do short.
- Por que eu estou assim? Porra Marcos, o que custa você fazer o trabalho direito sem ficar reclamando de cinco em cinco minutos? - Pergunta brava.
- Eu não estou reclamando, é só que aquele garoto, ele acha que sabe tudo! Eu não gosto dele!
- Foda-se, eu não to nem aí! Eu preciso tirar uma nota boa, se não consegue fazer por você, então faça por mim. Será que você consegue parar de pensar só no seu calo uma única vez?
Marcos abaixou a cabeça, suspirando.
- Me desculpa... Eu só não aguento esses nerds achando que são melhores que...
- Eles não se acham melhores! Por acaso você ouviu o Troye abrir a boca por um minuto lá em cima?
Marcos negou com cabeça.
- É óbvio que não, eles não se sentem bem com a gente, porque se sentem intimidados.
- Eles precisam sentir medo mes...
- Não, Marcos. Eles não precisam sentir nada! Não somos monstros. Nenhum dos dois nunca fez nada contra mim, nem contra você. - Ludmilla viu o amigo revirar os olhos. - Você não vai ganhar nada odiando ele, na verdade talvez esteja perdendo a oportunidade de fazer uma amizade de verdade.
- Eu já tenho amizades de verdade!
- E pra qual deles você disse que beija bocas masculinas? - Ludmilla riu irônica. - Opa, essa foi eu! Mais alguém? - A negra levantou uma sobrancelha esperando uma resposta que não veio. - Acho que não.
- Ok, eu já entendi! Vou tentar ser mais legal com o nerd chato.
- Pode começar parando de chamá-lo assim.
- Vou chamar você assim. Chata!
Ludmilla sorriru vendo o amigo se afastar e antes que ela pudesse subir, pegou o celular, digitando uma mensagem.
Ludmilla: Deveria sentir falta do seu marido :)
***
Christian observou o loiro que vestia um blazer todo preto sentar-se na sua frente.
- Vim o mais rápido que consegui.
- Não tem problema. Já fiz o meu pedido, o que você vai querer, Niall?
- Pode ser a mesma coisa que você. - Disse o loiro, ajeitando os óculos em seu rosto assim que o garçom se aproximou da mesa em que os dois estavam sentados com um bloco e uma caneta, anotando o pedido do homem que acabara de chegar. - Olha, pela a sua cara... As coisas não vão nada bem. Foi por isso que me chamou aqui?
- Sim. - Suspirou.
- Me sinto como o seu psicólogo. - Niall soltou uma risada para descontrair.
- Desculpa desabafar assim, mas você é meu único amigo.
- Sem problemas, agora me conte.
- Lembra da última vez que eu te disse que ela tinha me recusado?
- Sim, sim... Todo aquele papo da cozinha.
- Sim. Então... Isso aconteceu de novo. - Falou, deixando no ar, tendo certeza que o amigo facilmente entenderia.
- Sua mulher te recusou?
- Sim. Inventou que estava cansada. - Suspirou frustrada.
- Talvez ela realmente estivesse. - O loiro deu de ombros.
- Não sei, sinto que não é isso. - Suspirou, deixando o peso dos seus ombros se refletirem nas costas, curvando-me ligeiramente para frente. - Sei que não sou o melhor marido e nem posso exigir nada, mas sinto que ela está me evitando e eu não posso perde-la. Brunna é a mulher da minha vida!
- Mulher da sua vida? - Niall levantou uma sobrancelha.
- Sim Niall, eu a amo.
- Ama o suficiente para contar a verdade?
- Você vai voltar com esse assunto? - Bufou, se sentindo incomodado. - Toda vez a mesma coisa, está fugindo do assunto principal...
- Assunto principal? - Deu uma risada irônica. - Então vamos lá, o assunto principal é que a sua mulher não quer transar com você porque você foi um babaca que ficou evitando ela por longos e longos meses. Você disse até que uma vez ela te acusou de traição, não foi? - Christian apenas assentiu com a cara fechada. - Então! Isso prova o quanto ausente você foi! E agora, ou ela está fazendo por vingança ou ela simplesmente não tem mais desejo por você.
- O que eu faço? Como eu faço para as coisas voltarem ao normal?
- Eu que te pergunto. - Niall se ajeitou melhor na cadeira. - Você quer que as coisas voltem ao normal? Porque olha, sinceramente, não parece que você quer que isso aconteça. Você fica fugindo das coisas com as quais precisa lidar, só pra ficar pensando exaustivamente no seu trabalho e no que seu pai vai pensar caso você ande três metros e não cinco.
Christian abaixou a cabeça, suspirando pesadamente.
- O que você sugere que eu faça? - Reformulou a pergunta.
- Comece dizendo a verdade. - Niall falou sem nem ao menos pensar duas vezes.
- Eu não posso! Niall, ela vai me largar! - Exclamou, sentindo um sopro fortíssimo no estômago.
- Christian, o seu círculo está cada vez menor, você precisa dizer a verdade. Prefere que ela descubra por outro meio?
- Prefiro que ela não descubra!
- Você está sendo covarde. E eu posso te falar uma coisa? Uma hora a casa cai!
Christian passou a mão pelo rosto, nervoso.
- Eu nem tenho motivos para falar a verdade, Brunna nem tocou mais naquele assunto. - O loiro negou com a cabeça.
- Olha, estou falando para o seu bem, mas você não consegue aceitar que a verdade é sempre melhor que a mentira.
- Eu não posso perde-la, Niall. - O loiro suspirou vendo a agonia do amigo.
- É um risco que você corre, Christian. - Falou, encarando-o firmemente. - Se ela descobrir, vai se sentir traída. - Christian suspirou, negando com a cabeça. - Christian, uma mulher com raiva, o diabo senta pra aprender a lição e depois ainda aplaude.
- Ela não vai descobrir, até porquê, não tem como. - O loiro apenas revirou os olhos, negando com a cabeça em total desaprovação da atitude do amigo.
Uma hora depois, os dois terminaram de almoçar, conversando sobre diversos assuntos formais. Christian tinha tomado uma decisão e iria resolver toda aquela situação com Brunna hoje mesmo.
(...)
Já fazia 5 dias. Quase uma semana e Brunna estava começando a ficar louca. Depois do ocorrido com Ludmilla, levaram-se apenas dois dias para que a loira perceber que havia errado feio com a garota. Ela não sabia porquê exatamente, mas sentia que não ter ficado com ela naquela manhã foi um grande erro. Brunna estaria mentindo se dissesse que seu coração não estava batendo de maneira dolorosa em seu peito, a loira nunca havia sentido algo como aquilo, e sinceramente esperava nunca mais sentir. Mas agora ela estava totalmente surtada querendo que por um algum milagre divino Ludmilla aparecesse batendo na sua porta. Mas, obviamente, isso não acontecera até agora.
Brunna balançou a cabeça espantando esses pensamentos. Apenas a memória de tudo aquilo causava algo dentro de si. Durante todo esse tempo que estiveram envolvidas, algo era alimentado dentro dela. A cada noite, a cada toque, a cada beijo. Ludmilla a confundia de maneira perigosa e isso poderia colocar todo o seu casamento abaixo.
A loira saiu do banheiro e secou os cabelos antes de vestir a calça jeans preta, e uma blusa branca quase transparente com uma estampa bonita, que deixava um pouco de seu sutiã de renda preto amostra. Calçou as botas de salto quadrado pegando a carteira e chave do carro. E enquanto estava descendo as escadas, Christian estava entrando pela porta de entrada.
- Brunna? Vai sair?
- Ahm... Sim, vou sair com o Renatinho. - A loira falou um pouco nervosa.
- Você ia sair assim, sem nem me avisar? - Sua voz ficou mais irritada.
- Eu ia mandar uma mensagem.
- Mensagem? Você está me zoando, certo?
- Olha, eu realmente não quero brigar agora. - A loira suspirou e olhou diretamente em seus olhos. - Renatinho está me esperando e eu já estou atrasada.
Christian negou com a cabeça dando um longo suspiro, longo depois concordou, assentindo com a cabeça.
- Tudo bem, me desculpe... - Respirou fundo. - Eu queria conversar com você.
- Sobre?
- Sobre nós. - Brunna levantou uma sobrancelha, estava absolutamente surpresa. - Sinto falta de nós.
Brunna abriu a boca para falar e fechou-a assim que percebeu que não sabia o que dizer. Engoliu em seco, desviando o olhar para baixo, sem muito sucesso, pois Christian se aproximou segurando seu queixo e fazendo com que seus olhos se encontrassem outra vez.
- Brunna, eu amo você. Não sei porquê nos afastamos, mas eu quero consertar isso. - Ele falou, sem poupar carinhos no rosto da loira que permanecia em silêncio
- Christian...
- Vamos tentar mais uma vez, amor. - Ele a interrompeu - Se errei em algum momento, me diga, que posso fazer certo dessa vez.
- Pode? Pode mesmo, Christian? - Cruzou os braços. - Você lembra da última vez que conversamos e você fingiu que iria melhorar e só piorou o nosso casamento?
- Eu... - Ofegou, sem conseguir dizer nada.
- Você?
- Eu sei que errei. Muito. - Conseguiu dizer depois de alguns segundos. - Mas eu quero, de verdade, consertar tudo.
- Conserte então dizendo a verdade. Por que você chega tão tarde do trabalho? - Ela foi direta e ele congelou. - Porque não é possível que o presidente da empresa, o cara mais importante, tenha tanto trabalho assim.
Ele até tentou disfarçar, mas a surpresa ficou estampada no seu rosto. Seus olhos arregalaram-se um pouco e ele soltou um pigarro.
- Brunna, por favor. Estou aqui tentando conserta as coisas e você me acusa de traição?
- Em algum momento eu falei a palavra traição? - Ele parecia estar ainda mais surpreso, talvez apavorado. - Você está mentindo pra mim.
- Eu não estou!
- Está sim! E sabe o que é o pior? - Seu tom de voz era ácido, mas também irônico. - É saber que provavelmente sua amante deve estar gozando horrores enquanto comigo, você nunca me satisfaz, parece que está transando com uma boneca inflável e não uma mulher! - Falou de uma vez. Christian, que estava arfando, parou e a olhou perplexo. Parecia perdido, confuso e incrédulo.
Brunna sabia que tinha afetado o seu ego, e essa era justamente a sua intensão. Talvez assim ele contasse a verdade, um homem humilhado tenta sempre se erguer.
- Como é que é, Brunna? - Ele estava irritado de novo, e incrédulo.
- Isso mesmo que você acabou de escutar!
- Há quanto tempo eu não estou te satisfazendo?
"VOCÊ NUNCA ME SATISFAZ" Ela teve vontade de gritar. Estava com raiva, muita raiva.
- Isso não importa!
- É por isso que anda me evitando? É por isso, por que eu não estou te satisfazendo? - Perguntou completamente irritado. - Você não consegue ter um orgasmo decente e a culpa é minha?
Brunna levantou a sobrancelha, um pouco surpresa com o que acabara de ouvir, um pouco não, totalmente surpresa.
- Você acha que o problema é comigo? - Brunna soltou uma risada irônica. - Então a sua amante goza?
- Cala a boca! - Ele gritou. - Cala a porra da boca! Você já está me estressando com essa porra desse assunto! - Brunna encolheu os ombros, um pouco assustada com o tom de voz do seu marido.
- Se você não aguenta a verdade o problema não é meu!
- Vai pra puta que pariu, Brunna! - A loira arregalou os olhos assustada. - Você não estava de saída? Então, vai embora antes que eu me estresse ainda mais e faça alguma besteira!
- Você está me ameaçando? - Olhou-o sem reação.
- Talvez esteja... - Seus olhos queimavam, deixando clara a sua raiva naquele momento. - Se eu fosse você, não ia querer está aqui pra ter certeza.
Brunna engoliu a saliva com vontade. Sua perna tremeu, e ela sentiu medo do seu próprio marido pela primeira vez na vida.
Do outro lado da cidade, Ludmilla aquecia a voz no pequeno camarim quando alguém invadiu sem nem ao menos bater na porta.
- Comida? - Era Larissa. Ludmilla imediatamente sorriu, abrindo os braços para abraçá-lo, mas ao invés disso, roubou-lhe a caixa de pizza da mão do amigo.
- Obrigada, Lari.
- As vezes me pergunto porque sou sua amiga ainda.
- Por que você me ama e é minha serviçal.
- Grossa!
- E grande!
- Você não é grande, Ludmilla. - Larissa disse, rindo. - Só a sua namoradinha acha isso porque, no mínimo, a boceta dela deve ser pequeninha.
- Vai se foder! - Ludmilla fechou a cara. - E eu não tenho namorada!
Larissa riu da cara da amiga, adorava irrita-lá desse jeito. Ludmilla ficava a coisa mais fofa com o bico enorme nos lábios.
- Tá rindo do que hein, idiota?
- Da sua cara! Eu estou apenas brincando... Ou talvez não.
- Babaca. - Resmungou.
Marcos, Yris e Cacau entraram na mesma hora entre risadas.
- Opa, pizza! - Marcos foi a primeira a atacar.
- Só vou deixar você pegar um pedaço porque tratou o coleguinha muito bem, hoje à tarde. - Ludmilla lançou um olhar malicioso para o amigo que ignorou mordendo um pedaço de pizza.
- Coleguinha? Me conte isso direito! - Larissa perguntou curioso.
- É isso mesmo, Marcos tratou super bem o colega de classe hoje à tarde. - Marcos revirou os olhos, porém parecia com vergonha. - Tinha que ver, ainda dizia odiar ele, mas foi só conversar dignamente por cinco minutinhos que ele já estava babando pelo garoto.
- Marcos Araújo está pulando para o lado colorido da vida?
- Isso porque você não sabe das aventuras dele...
- Olha só, cala a boca vocês dois! - Ele falou alto, completamente envergonhado. Ludmilla e Larissa se olharam e gargalharam. - Parem de rir! Ludmilla! Para com isso, precisamos ir agora!
- Calma, calma.
- Calma nada! Falta 10 minutos para entrarmos no palco.
Ludmilla ainda ria enquanto era puxada pela mão para fora do camarim.
Enquanto isso Renatinho chegava ao pub, onde seu garoto trabalhava. Ele tinha pisado ali uma única vez na vida, quando passou para deixar o namorado no trabalho, mas era de dia. As noites costumam ser bem mais agitadas, e naquela noite não estava sendo diferente.
- Oi, você deve ser o Sam... - Ele falou ao barman que preparava uma bebida. - Você sabe me informar aonde está o Rômulo?
- Você é o Renato? - Perguntou enquanto balançava a coqueteleira misturando a bebida.
- Sim.
- Prazer em conhecê-lo Renato, Rômulo só fala de você. - Falou com um sorriso gentil. - Ele foi ao banheiro, primeira porta à direita.
Renatinho assentiu, indo atrás do namorado. Rômulo estava saindo do banheiro quando Renato agarrou sua cintura e o puxou contra si.
- Oi, meu amor! - O sorriso perfeito de Rômulo surgiu antes mesmo de seus olhares se encontrarem.
No segundo seguinte, Renatinho começou a beijar os lábios do namorado que retribuiu no mesmo momento. Os lábios se encaixaram perfeitamente, assim como era tudo entre elas. O encaixe perfeito.
- Senti sua falta. - Ele murmurou contra os lábios macios do namorado.
- Eu também senti a sua. - Ofegou, separando os lábios de Renato. - Veio sozinho?
- Sim, mas estou esperando uma amiga chegar. - Renatinho sentiu na mesma hora o celular vibrar. - Deve ser ela.
Brunna: Tem certeza que esse endereço está certo?
Renatinho: Sim, por quê?
Brunna: Eu não vou entrar nesse lugar!
Ele franziu o cenho com a mensagem da amiga, discando o número dela rapidamente.
- Alô.
- Você está aí fora?
- Sim.
- E por que não vai entrar?
- Eu.. Não... Posso... - Respirou ofegante. - Renatinho, eu não posso entrar aí!
- O quê? Por quê? Brunna você está bem? - Ouviu a amiga respirar fundo.
- Estou... Eu só...
Do outro lado da rua uma Brunna desamparada respirava fundo tentando se acalmar, aquele era o pub de Ludmilla. O pub que ela tocava. Quintas e sábados. Hoje era quinta.
A loira fechou os olhos. Nunca tinha visto uma apresentação da mais nova, e seu coração batia desesperadamente por esse desejo.
- Bru? Está aí? - seu amigo perguntou do outro lado da linha.
- Já estou indo, viado.
A loira desligou o celular e respirou fundo. Já estava ali, o que mais poderia fazer? Voltar para casa ela não iria voltar, nem tão cedo. E bom, Brunna não poderia negar que sua vontade de ver Ludmilla, não só vê-la como também vê-la cantar, estava gritando dentro de si.
A professora desceu do carro, atravessou a rua e assim que entrou no pub pôde perceber alguns olhares sob ela, odiava chamar a atenção. Andou até o bar e sentou-se em um dos bancos altos que haviam ali, pelo horário ela supôs que o show estava próximo de começar.
- Agora nós iremos para a última apresentação da noite. A The Unknowns!
Brunna ficou tensa na hora. Sua mente tentava raciocinar em meio à névoa do desejo, lutando para não olhar para o palco.
- Me vê uma caipirinha, por favor! - Ela pediu nervosa, a essa altura já tinha até esquecido o real motivo de estar ali.
O barman lhe entregou o drink e a loira o bebeu rapidamente. Foi só quando Brunna ouviu voz da vocalista arrancando gargalhadas e aplausos do público no palco, que a loira se lembrou de onde estava.
Virou-se para em direção ao palco e sentiu um tremendo frio na barriga. Então viu, pela primeira vez, Ludmilla ao microfone, ela testava o som e ao seu lado um garota de cabelo preto raspado no lado segurava um baixo preto, outra garota de tranças embutidas estava sentado na bateria, e ao lado direito de Ludmilla, Marcos, seu outro aluno. Brunna engoliu seco e quase choramingou, suas esperanças de poder de alguma forma conversar com Ludmilla, estavam arruinadas.
Ludmilla dedilhava sua guitarra, vestindo uma calça rasgada branco com detalhes pretos, e uma camiseta também branca, deixando bem visível seu braço direito fechado por tatuagens. Em seu rosto tinha um sorriso encantador e bem destacado pelo rabo-de-cavalo que seu cabelo estava preso, arrancando sem qualquer esforço, um sorriso da loira também.
Play*
Automaticamente o falatório foi gradativamente parando quando as primeiras batidas da música começaram. Uma linda voz profunda, poderosa e infernalmente sexy soou por todo aquele ambiente, cantando a primeira estrofe da música.
- And this is how it starts
(E é assim que começa)
You take your shoes off in the back of my van
(Você tira os sapatos no fundo da minha van)
My shirt looks so good, When it's just hanging off your back
(Minha camiseta fica tão bem, quando está simplesmente pendurada nas suas costas)
Brunna não podia ouvir mais nada do que acontecia em sua volta. De repente, ela era incapaz de ouvir qualquer coisa, a não ser a linda voz, rouca e afinada.
She said: "Use your hands and my spare time
(Ela disse, "Use as suas mãos e o meu tempo livre)
We've got one thing in common "It's this tongue of mine", she said "She's got a boyfriend anyway"
(Nós temos uma coisa em comum, é a minha língua. Ela disse "Ela tem namorado, de qualquer maneira")
Ludmilla tinhas os olhos fechados e os lábios mexiam-se enquanto ela cantava a música, Brunna tomou um longo gole da sua bebida sentindo a garganta arderem pelo alto teor de álcool do drink.
There's only minutes before I drop you off and all we seem to do is talk about sex
(Só falta alguns minutos antes de eu te deixar e tudo o que parecemos fazer é falar sobre sexo)
She's got a boyfriend anyway
(Ela tem namorado, de qualquer maneira)
She's got a boyfriend anyway
(Ela tem namorado, de qualquer maneira)
Brunna simplesmente não conseguia tirar seus olhos de Ludmilla, e assim levantou-se tentando chegar um pouco mais para perto do palco.
Ludmilla sentiu a necessidade de abrir os olhos enquanto cantava e tocava. Algo de alguma forma a incomodava. Sentiu os olhares de todas as pessoas ali presentes sobre ela, mas quando seus olhos se encontraram ela quase errou a letra da música.
Now we're on the bed in my room
(Agora nós estamos na cama no meu quarto)
And I'm about to fill his shoes
(E eu estou prestes a tomar o lugar dele)
But you say no
(Mas você diz não)
You say no
(Você diz não)
Does he take care of you, or could I easily fill his shoes?
(Ele cuida de você, ou eu poderia facilmente tomar o lugar dele?)
But you say no
(Mas você diz não)
You say no
(Você diz não)
Ludmilla cantava como se vomitasse a letra da música. Brunna fitava-a como entendesse o que a negra queria dizer com aquela canção, como se soubesse que a cantora estava cantando para ela. Sentia um arrepio subir por sua espinha a cada letra, os olhares não desviavam-se um segundo sequer. A loira tentava controlar a própria respiração. Tudo ao redor estava fosco, a única coisa que atraía a sua atenção era a cantora no centro daquele palco.
Now we're just outside of town and you're making your way down
(Agora nós estamos fora da cidade e você está fazendo o seu caminho)
She's got a boyfriend anyway
(Ela tem namorado de qualquer maneira)
She's got a boyfriend anyway
(Ela tem namorado de qualquer maneira)
I'm not trying to stop you, love
(Eu não estou tentando de impedir, amor)
But if we're gonna do anything, we might as well just fuck
(Mas se vamos fazer alguma coisa poderíamos muito bem só transar)
She's got a boyfriend anyway
(Ela tem namorado de qualquer maneira
She's got a boyfriend anyway
(Ela tem namorado de qualquer maneira)
Brunna estava sendo alvo dos seus olhos, a loira, definitivamente, sabia que a música era para ela.
You in your skinny jeans anyway
(Você em seu jeans skinny de qualquer maneira)
You and your fit friends anyway
(Você e suas amigas malhadas de qualquer maneira)
I'd take 'em all out any day
(Eu levaria todas elas para sair qualquer dia)
They all got back combs anyway
(Todas elas têm o cabelo jogado para o lado de qualquer maneira)
You all got boyfriends anyway
(Todas vocês têm namorados de qualquer maneira)
O holofote se apagou. Um longo instante transcorreu até a música terminar, e então as luzes voltaram e a bateria provocou uma explosão sonora. Os olhos de Ludmilla lhe fitaram pela última vez antes de Brunna sair dali em passos apressados até avistar a porta de saída daquele lugar.
- Brunna! Meu Deus, finalmente te achei. - Renatinho segurou seu braço. - Onde você estava?
- Onde você estava? - Rebateu nervosa.
Mesmo um pouco mais afastada, ainda era possível ouvir a batida da música e as notas de Ludimilla, que já cantava outra música.
- Procurando por você, duhh. - ele disse soltando o braço da loira.
- Eu também estava procurando você. - Mentiu, mas quando seu olhar pousou sobre o garoto ao lado de Renatinho, Brunna quase teve um treco. Seus olhos se arregalaram e sua respiração voltou a ficar ofegante, automaticamente ela reconheceu a mulher.
- Brunna, essa é o Romin, meu namorado. - Renatinho tinha um sorriso de orgulhoso. - Essa é a Brunna, amor, minha melhor amiga.
O homem encarava a loira com os olhos semicerrados.
- Eu te conheço de algum lugar...
- Não! - Ela praticamente gritou. Rômulo levantou as sobrancelhas e Renatinho lhe lançou um olhar estranho. - Digo... Não, certamente você nunca me viu na sua vida, eu não saio muito de casa. Não é, Renatinho?
- Isso é verdade, o marido dela é daqueles chatos pra caralho. - Renato falou brincando.
- Marido? Você é casada? - Rômulo perguntou em espanto e Brunna quase deu um tapa na cara de Renatinho.
- Ahm... Sim. S-Sou casada.
- E cadê o seu marido? - A loira sentiu o tom amargo em sua voz, mas aparentemente apenas ela percebeu.
- A gente... meio que brigou... - Tentou falar, mas minha voz era falha, assim como minha respiração.
- Entendi... - Falou em tom de deboche e a professora engoliu em seco. - Bom, prazer em conhecê-la Bu... Quer dizer, Brunna.
(...)
O clima ali era de total tensão. Enquanto Rômulo trabalhava fazendo alguns drinks para os clientes, Renatinho tentava manter uma conversa com Brunna, que desviava a atenção para o palco de 5 em 5 segundos.
- Você não para de olhar para ela, o que foi hein? Está se sentindo atraída pela sua aluna? - ele perguntou com uma sobrancelha levantada e Brunna corou imediatamente.
- Você sabia que Ludmilla cantava aqui? - Mudou de assunto.
- Não. - Deu de ombros. - Não fazia a mínima ideia.
Brunna encarou novamente a negra que cantava e ao mesmo tempo tocava sua guitarra divinamente bem. Seus olhos se encontraram novamente pela milésima vezes naquela noite e a professora desviou-o rapidamente.
- Ela canta muito bem... - Deixou escapar enquanto Renatinho tomava o resto da sua bebida.
- Sim, mas rock... - ele fez uma careta e Brunna não pode deixar de rir.
- O quê? Você não gosta?
- Não muito... - Ele disse e se levantou. - Guarda o meu lugar, eu vou no banheiro. - Brunna apenas assentiu, vendo o amigo se afastar lentamente.
Brunna desviou seu olhar para o palco e arriscou dar um sorriso à negra assim que os olhos dela se encontram com os seus de novo. Mas tudo o que Ludmilla fez foi desviar o olhar e continuar cantando lindamente.
- Você não deveria estar aqui. - Rômulo falou, e aquela voz entrou por seus ouvidos como se queimasse todos os seus órgãos.
- Romin...
- Para você é Rômulo. - Falou enquanto passava um pano seco sobre o balcão sem nem ao menos olha-lá.
- Desculpa. - Brunna abaixou a cabeça, mordendo levemente o lábio. - Por favor, não conta nada para o Renatinho. - Suplicou a loira.
- Eu não vou, mas não pense que é por sua causa. - Os olhos dele queimavam sobre a loira, e não era de uma forma boa. - Fique longe da Ludmilla, isso já está indo longe demais.
Depois de uma hora e meia o show terminou. Ludmilla mal desceu do palco e seu corpo foi agarrado com força em um abraço.
- Vocês arrasaram!
- Anitta? - A voz dela quase falhou pela surpresa.
A menina dos cabelos escuros curtos e olhos castanhos, foi mostrando seus dentes perfeitos em um grande sorriso
- Anitta, meu Deus, quanto tempo!
- Sim! - Ela deu uma risada. - Como você está?
- Eu estou bem, como você está? - Ela respondeu animadamente. - Você não estava morando no Brasil?
- Eu ainda estou morando lá. Eu estou trabalhando o maior tempo que eu posso, mas bom, agora estou de férias. - A menina disse e Ludmilla assentiu.
- Eu acho que nós deveríamos sair do meio do caminho. Você não quer sentar?
- Sim, claro! - Respondeu gentilmente. Ludmilla e ela se sentaram na mesa mais próxima. - Devo ter medo da sua namorada? - Falou com uma risada e tom de deboche. Ludmilla franziu o cenho.
- Hã?
- Sua namorada. - Falou rindo, deixando Ludmilla um pouco confusa. - Olha ali, pra direita. Tem uma mulher nos encarando com uma cara nada boa. Arisco dizer que ela me odeia nesse momento.
Anitta balançou a cabeça em direção a loira e Ludmilla seguiu seu movimento, encontrando um par de olhos castanhos que fez seu coração pular aceleradamente. Brunna estava observando-as e ela não estava nem um pouco feliz.
Ludmilla desviou o olhar rapidamente, dizendo a si mesma que a loira não era mais problema seu. Na verdade nunca foi, ela era a única comprometida de qualquer maneira.
- Ta namorando e não me contou? - Anitta perguntou em um tom claramente irônico. - Ela me parece um pouco mais velha para você.
- Ela não é minha namorada, Anitta.
- Oh... Me desculpa. Sua ex?
- Não. - Ludmilla sorriu sem graça. - Digamos que eu era amante dela.
- Sério? - Perguntou incrédula. - Uou, as coisas realmente mudaram, você anda se metendo com mulheres casadas, Ludmilla?
- O que? Não! - Exclamou nervosa. - Foram só algumas fodas...
- Pelo jeito que ela te olha, com certeza não foram apenas algumas fodas, não para ela.
- O que você quer dizer com isso? - Ludmilla perguntou, franzindo o cenho.
- Ah, olha só! Aí estão elas! - Anitta levantou-se para abraçar um por um dos seus amigos. Primeiro Marcos, depois Yris e por último ela comprimento Cacau com um aperto de mão, já que eles não se conheciam.
Anitta era a antiga baterista da banda, mas infelizmente precisou se mudar para longe e seguir seu outro sonho, que era ser modelo.
- Que tal uma rodada de tequila? - Marcos falou.
- Sim!
- Marcos, amanhã temos aula. - Repreendeu a amiga.
- Cala a boca e vai lá pedir pra Romin, Ludmilla! - Ela disse e todos riram.
- Oh meu Deus! Eu vou com você Ludmilla, tem anos que eu não falo com o Rômulo!
***
Como previsto uma hora depois estavam todos bêbados, menos Ludmilla.
Ela caminhou em passos apressados até o banheiro, não estava bêbada, mas se sentia leve demais, precisava de um pouco de ar.
- Você não perde tempo mesmo, não é? - A negra lavava as mãos na pia do banheiro quando ouviu aquela voz atrás de si.
- Do que você está falando, Brunna?
- Eu vi o jeito que aquela garota te abraçou e depois ficou te olhando.
- Ah me poupe! - Ludmilla resmungou, revirando os olhos.
- Agora você me trata assim, né? Aposto que ela é a próxima que você vai levar pra cama! Não é? Fala, Ludmilla!
- O quê? - A olhou incrédula. - Você foi a única com que eu fiquei por esse tempo todo, não fique falando merda como se eu fosse uma vadia que come todo mundo!
- E você não é?
- É isso que você acha de mim?
Os órbitas castanhas ficaram vulneráveis , ela desviou o olhar do rosto de Ludmilla antes de respirar fundo e negar com a cabeça.
- Não. - Suspirou pesadamente. - Ludmilla, eu fiz alguma coisa que não te agradou? Disse algo que não gostou? - A loira perguntou cheia de incerteza.
- Não. - Ludmilla respondeu rapidamente. - Só não vamos confudir nossas fodas com uma coisa que não é.
- Como assim? - Brunna rebateu. - O que aconteceu entre a gente não significou nada para você?
- Não é isso, quer dizer, foi... Bom, divertido.
- Divertido?
- Sim, Brunna. Eu e você combinamos bem na cama. Eu estava curiosa e você carente, então acho que deu pra matar a vontade das duas. - Brunna piscou duas vezes e sua boca se partiu em choque. - Foi uma experiência boa, mas já passou.
- Curiosa? Você estava curiosa? - O peito de Ludmilla doeu quando ela viu expressão que se formou no rosto de Brunna. - Curiosa com o quê? Em como eu era na cama? Ou se você conseguiria me seduzir por eu ser casada?
- Brunna, você está bêbada...
- Vai se foder! - Gritou. - Gostou? Foi bom comer uma mulher casada só para inflar seu ego? - A raiva da loira crescia a cada pergunta. - Gostou de seduzir uma mulher vulnerável? Você é uma vadia, Ludmilla!
- Quem diabos você pensa que é para me dizer isso? Você me usou! Você só me usava para se satisfazer! Eu não passei de uma bonequinha pra você, e quando eu mais precisei você foi embora!
- Do que você está falando? - Brunna interrompeu confusa.
- A única vadia aqui é você! - Disse com a raiva percorrendo em suas veias. - Nunca mais me procure para satisfazer a sua boceta, eu não sou seu brinquedinho, Brunna!
- Ludmilla, espera... - A loira agarrou seu braço.
- Pare com isso. Pare de brincar comigo, Brunna! - Tirou a mão dela do seu braço. - Fique com a merda do seu marido!
Desta vez, Brunna ficou em silêncio enquanto via Ludmilla andar para fora do banheiro, sussurrando internamente que precisava deixá-la ir.
♤
A parada ta tensa viado. Brunna vacilona tem que abrir os zóio, ô bichinha burra.
Me digam oque acharam, mores, deixem sua opinião em relação ao que ta acontecendo com elas. Vcs não tem noção o quanto amo os comentários de vcs, amo todo carinho de vcs.
Bjo bjo, e até o próximo!
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