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5. RUMOURS

E todos os caras dizem que ela é enviada dos céus
Mas eu não tenho certeza se essa garota é uma bênção
Ela tem olhos de demônio e eles te cortam como uma arma
Ela está presa na minha mente como uma obsessão ruim
Com más intenções

Eu encarei o corredor a minha frente, respirando profundamente e abrindo meu melhor e mais inocente sorriso. Hora de enfrentar a fera.

Kid se mostrou mais implicante do que eu podia imaginar, ele se esforçava para me tirar do sério, principalmente quando estava entediado, o que se mostrava muito frequente.

— Bom dia. — Eu entrei no quarto, mantendo o sorriso mesmo quando ele me ignorou, sem querer nesse caso. — O que está fazendo?

Kid levantou os olhos para mim, deixando o celular de lado e tentando o esconder. Não gostei.

— Bom dia. Nada de mais. — Ele fez um gesto de indiferença antes que eu me aproximasse dele, afastando os fios rebeldes de seu rosto e pegando de fininho o celular. — O que está aprontando?

— Eu quem deveria fazer essa pergunta. — Eu olhei os curativos, exibindo um sorriso ao ver os cortes em seu rosto bem mais limpos e começando a cicatrizar. — Acho que posso dispensar os curativos durante o dia...

— Uma boa notícia, finalmente. — Eu sorri ao ouvir aquilo e Kid logo notou minhas intenções. — Nada disso, o que você está tramando?

— Preciso deixar seu cabelo longe dos cortes. — Eu puxei a faixa que usava para manter meu cabelo no lugar quando me maquiava ou passava algo no rosto e vi uma expressão de quase terror tomar o homem a minha frente. Isso vai ser divertido.

— Não! Você não vai fazer isso! — ele tentou se afastar até se lembrar que estava preso a cama. — Merindah!

— Pare de ser tão dramático. — Eu tentei afastar seu cabelo, mas Kid virou o rosto, fazendo uma expressão dolorida. Isso acabou de perder a graça. Esse idiota vai acabar abrindo os pontos. — Sossega Kid! Eu preciso tirar seu cabelo do rosto.

— Você não vai colocar a porra de um laço no meu cabelo! — ele tentou me afastar, virando o rosto como uma criança mimada e isso me irritou. Esse imbecil vai acabar se machucando. — Nem fodendo!

— Para com isso Kid! Ou eu vou te colocar pra dormir! — ele parou, me encarando assustado antes de fazer uma expressão rabugenta e deixar que eu afastasse seu cabelo e com cuidado colocasse a faixa, mantendo as mechas vermelhas longe de seu rosto. — Pronto... quer um docinho por ser um bom menino?

Eu ri quando ele me mostrou o dedo enquanto eu me levantava.

— Está tudo bem? Os rapazes ouviram gri- — Killer parou a porta, segurando o riso ao ver a expressão de Kid e a faixa cor de rosa decorada com um coração de pelúcia em seu cabelo. Ele respirou fundo algumas vezes e eu sorri enquanto Kid o encarava com uma expressão de fúria quase assassina. — Okay, eu vou presumir que está tudo bem... E você está uma graça, Kid.

— Vai se foder. — Ele virou o rosto e eu me permiti rir. — Dá pra devolver meu celular? Eu vi quando você pegou.

— Não até eu descobrir o que você estava fazendo. — Kid se mexeu na cama, desviando o rosto e parecendo desconfortável. Já disse que ele é um péssimo mentiroso? — O que é isso?

Eu me aproximei de Killer, lhe mostrando a tela e deixando que ele examinasse o aparelho.

— Você pegou um contrato? — Killer voltou seus olhos para Kid, que concordou com um pequeno aceno e ignorou meu olhar muito irritado.

— Eu já disse que é pra você descansar. — Eu me aproximei um passo a mais dele, sentindo toda aquela irritação. Como eu vou cuidar desse homem se ele não me obedece?

— É uma coisa pequena e fácil de resolver. E eu preciso ocupar a minha cabeça. — Ele esticou a mão para Killer, pedindo o celular que eu prontamente tomei de sua mão. — Ei!

— Ei o caralho. Você não vai trabalhar, vai descansar. Vou arrumar uma televisão pra você passar o tempo. — Eu me voltei para Killer, devolvendo o celular a ele. — E você vai dar um jeito de cancelar esse trabalho. Pede desculpa e diz que a enfermeira do seu amigo sedou ele até ele não lembrar o próprio nome.

— Na verdade... — Killer riu da expressão de Kid, um misto de irritação e medo das minhas ameaças. — Eu posso lidar com isso. É mesmo algo simples e fácil.

Ele sorriu para nós, se afastando e acenando enquanto saía do quarto. Eu me virei para Kid que desviou o rosto.

— Qualquer dia eu te amarro nessa cama e te deixo sedado até esses ferimentos fecharem. — Eu o encarei por um instante a mais antes de suspirar e sair do quarto. — Eu preciso de um chá.

Eu vi de soslaio Kid sorrir e não pude evitar um sorriso. Droga, o homem é irritante e teimoso na mesma medida que é genial.

***

Eu girei a cadeira, olhando para o homem adormecido na cama que grunhia e tentava se livrar dos lençóis. Eu ri, me levantando e afastando o tecido de seu corpo até pouco acima de seu quadril antes de voltar para a escrivaninha.

Eu encarei os livros de medicina que Law havia deixado para mim ali alguns dias antes. Minha atenção tinha ido embora e fazia alguns minutos que eu apenas encarava as gravuras.

Novamente minha atenção foi para Kid, fazendo com que eu me sentasse e encarasse sua silhueta sobre a cama. O quarto estava a meia luz e isso escondia os pontos em seu rosto e deixava menos evidente as bandagens em seu ombro e peito.

Eustass era um homem bonito, não havia como negar. Ele tinha um corpo musculosos, ainda que fosse menos que o de Killer, e belos e convidativos 'vincos' que levavam ao caminho da perdição. O cabelo vermelho rebelde e o estilo punk davam um charme a mais, e me faziam imaginar que tipo de coisa faríamos se ele não estivesse naquela cama. É por isso que as pessoas falam de você, Merindah.

Mas o passado não vem ao caso, não agora. De qualquer forma, apenas olhar e deixar minha mente vaguear um pouco não vai colocar a minha não existente ética trabalhista em questão aqui.

— Como você está? — Killer espiou pela porta antes de entrar no quarto, colocando uma bandeja com uma garrafa pequena de café e alguns pãezinhos sobre a mesa.

— Vejamos, seu amigo está dormindo e não pode me irritar, então estou ótima. — Ele sorriu, espiando Kid e rindo ao ver a presilha de laço cor de rosa que mantinha o cabelo dele longe do rosto. — É pra ele aprender a me obedecer. Tenho planos de fazer uma trancinha nele amanhã...

Killer riu, se aproximando de mim e espiando os livros sobre a mesa por um instante.

— Pensando em voltar a faculdade? — ele se apoiou a parede, cruzando os braços em frente ao peito nu e me encarando curioso quando eu neguei com um aceno e peguei uma xícara de café para mim.

— Achei que não faria mal estudar um pouco, só isso. Espero nunca mais na minha vida voltar praquele lugar. — Eu sorri e voltei meus olhos para ele. — Nunca perguntei... Mas e vocês?

— Não. Nós estudamos, mas só o Kid quis passar cerca de quatro malditos anos ouvindo professores falarem sobre o que já sabíamos. — Ele deu ombros, espiando o amigo sobre a cama. — Foi uma condição do Kenway para que ele pudesse ter acesso ao laboratório. Nosso chefe queria ter certeza de que ele sabia o que estava fazendo. No fim, até que foi bom, ele pulou o básico e foi pro avançado. Deixa os engenheiros do Kenway com vergonha quando aparece pra avaliar as coisas grandes.

Eu ri e alternei meus olhos entre os dois. Tô cercada de gênios e descobri que a televisão mentiu para mim, eles são gênios, gostosos e fodões.

— Eu tenho algumas coisas para resolver, então... — Killer apontou com a cabeça para a porta, se afastando da parede. — Se precisar de algo me mande uma mensagem.

Ele sorriu, saindo e me deixando sozinha de novo.

— Quem diria que você estaria interessada na minha vida acadêmica. — Eu sorri, girando a cadeira ao ouvir a voz sonolenta. — Podia ter me perguntado, adoraria contar.

— Adoraria se gabar, né... — eu puxei a bandeja para mim, esvaziado um copo de água que tinha perdido por ali antes de me aproximar dele. — Só um pouco.

— Obrigada. — Kid se ajeitou sobre a cama, me encarando curioso. — Então... Medicina, sério?

— Enfermagem, na verdade. Fiz alguns meses do curso, mas quase tudo que aprendi veio ou da minha avó, ou de aulas com o Dr. Law. — Eu ri da expressão irritada de Kid. — Qual o problema de vocês dois? Se odeiam e trabalham pro mesmo cara.

— Ele se acha. Ficava andando pelos corredores da empresa do Haytham com aquele nariz em pé e falava com a gente como se fossemos burros. — Ele revirou os olhos e eu ri. O Law tinha dessas mesmo, tanto que ninguém gostava muito dele no hospital, mas quem ia falar algo? Ele era o melhor no que fazia. — Acabou que trocamos uns socos... e o Haytham me mandou pra cá depois disso.

Porque essa informação não me surpreendia nem um pouco? Kid voltou seus olhos para a janela, fazendo uma expressão um pouco irritada enquanto o quarto ficava quase em silêncio, deixando o barulho da chuva se sobressair.

— Isso explica por que tem estado tão quente... — Kid voltou seus olhos para mim, ainda com a expressão mal-humorada.

— O que foi? — eu escondi meu rosto com a xícara, tentando não rir quando ele pegou um espelho e viu o lacinho no seu cabelo.

— Isso vai ter volta... — eu dei ombros e tenho quase certeza que meu sorriso aparecia mesmo com a xícara. — Mas não é isso. Quando o meu sono vai voltar ao normal? Okay, eu não sou exatamente uma criatura matinal, mas isso já é exagero.

— Não deve demorar muito. Eu ajustei sua medicação uns dois dias atrás com a ajuda do Law. Acho que em uns dois ou três dias, se nada der errado, você vai poder sair da cama. — Eu ofereci um sorriso e Kid suspirou.

— Graças a Deus. Ou vou morrer de tédio aqui. — Eu ri, deixando a xícara de lado e me levantando para dar uma olhada nele.

— Vai sair da cama, mas nada de trabalho até eu achar que você está cem por cento, okay? — eu sorri quando ele revirou os olhos e concordou com um aceno.

— Tenho outra opção? — ele exibiu um sorriso quando eu neguei com um aceno antes de me afastar.

— Vou deixar você se distrair com algo enquanto aproveito para dormir um pouco... Qualquer coisa, chama o Killer. — Eu peguei os livros sobre a escrivaninha, acenando para ele antes de ir para o meu quarto, fechando a porta e me jogando sobre a cama.

O cansaço tomou meu corpo, me fazendo apenas empurrar os livros para um canto qualquer e deixar que o sono me tomasse, me levando em meio a sonhos confusos e nem sempre tão bons. 

— Você está bem? — Killer entrou no quarto, me encarando por alguns instantes.

— Ótimo. — Eu não ia admitir que estava me sentindo um pouco estranho. — Como ela está? Ela parecia cansada.

— Dormindo como uma pedra. — Killer deixou os livros sobre a mesa mantendo os olhos sobre mim. — Começo a me perguntar se não deveria acordar ela? Você não me parece tão bem...

— Eu tô bem, Killer. Deixa ela dormir... — eu olhei para a janela por um momento, respirando profundamente. — Pode me fazer um favor? — ele concordou com um aceno quando eu me virei para o olhar. — Procure sobre o caso dela. Acho que está mais que na hora de cumprir a minha parte do acordo.

— O que acha que aconteceu? — Killer puxou a cadeira para si, se sentando e me encarando enquanto eu dava 'ombro'.

— Não tenho certeza... um ex-namorado ou um babaca qualquer que expôs aquelas fotos. Parece ter feito muito mal a ela essa situação... — eu tinha uma vaga lembrança do Law falando algo com ela, como se estivesse feliz de vê-la bem.

— Mais do que imagina. — Killer se levantou, me encarando antes de se aproximar e me entregar o celular. — Tenta se ocupar e se estiver se sentindo mal, me avise.

Ele saiu do quarto, me deixando sozinho e com uma enorme curiosidade do que havia acontecido quando ele foi buscar a Merindah.

***

— Eu te odeio. — Merindah me olhou sobre o ombro, me ignorando com maestria.

Eu deveria estar fora da cama, mas uma febre idiota me fez ficar aqui, preso nessa coisa maldita por mais um dia. Novamente, eu mal podia me mover, sentindo meu corpo pesado.

— Que droga Merindah! — eu tentei me mexer, mas nada. — Aposto que errou na dose. Não é possível.

— Você pode, pelo amor de todas as deusas, parar de reclamar. — Ela se levantou, deixando de lado o livro que tinha um pentagrama na capa e se aproximando de mim. — Nossa, você tá todo torto.

Ela me encarou por alguns instantes antes de puxar a cadeira para perto e subir na cama. Ah merda!

— O que você está fazendo? — ela se ajeitou sobre mim, ficando com uma perna de cada lado do meu quadril. Por favor, que eu não possa mover nada, nem involuntariamente.

— Estou arrumando você e seus travesseiros. E eu não errei a dose da medicação, seu organismo que reage a tudo te deixando dopado. — Ela percorreu meu corpo com os olhos esverdeados, os mantendo por um tempo a mais nos pontos e nos curativos no meu ombro. — Se nada der errado, você sai dessa cama em uns dois dias.

— Merindah... o que você vai fazer? — eu a olhei enquanto ela passava os braços ao redor do meu corpo e abria um sorrisinho. — Não, não.

— Para de reclamar. — Ela riu antes de me puxar contra o seu corpo e acabar sentando no meu colo. Que merda! — Nossa, você é mais pesado do que eu pensei...

Ela começou a arrumar a infinidade de travesseiros atrás de mim enquanto eu rezava para o meu corpo estar dormindo. Merindah era uma mulher muito bonita com a qual, infelizmente, eu vinha tendo... fantasias. Droga, eu não sou um bicho, mas também não sou um computador. Ela era irritante, petulante e tão organizada que me dava nos nervos, mas também era divertida, cuidadosa e inteligente. E por mais que eu fosse negar isso até não poder mais, eu estava começando a me atrair por ela... talvez um pouco mais do que apenas começando, mas isso não vem ao caso.

— Merindah... Merindah! — eu estava escorregando e meu corpo começava a ir de encontro aos belos e fartos seios dela. Não que eu não tivesse fantasiado com isso, mas não desse jeito. — Merindah!

— Se não gosta é só não olhar. — Ela riu quando eu grunhi, me sacudindo, o que praticamente me empurrou em direção a eles. — Não se preocupe, logo esse momento traumático vai terminar.

Eu rosnei, já com metade do meu rosto enterrado em sua carne. Sua pele macia cheirava a maçã verde e eu podia ouvir seu coração pulsando enquanto uma imagem minha rasgando aquele minúsculo e apertado pijama com os dentes e ela me olhando com aquele ar superior que eu tanto odiava se formava em minha mente. Mas que merda!

— Prontinho. — Ela se moveu e meu primeiro impulso ao ouvi-la foi tentar empurrar meu corpo para trás. E dessa vez ele resolveu me obedecer e eu bati minha cabeça na merda da cama.

— Caralho! Tá tentando me matar porra! — eu a encarei e Merindah fez sua melhor expressão de indiferença.

— Não, você vai saber quando eu tentar te matar. Agora sossega. — Ela me ajeitou sobre a cama, quase esfregando os seios novamente no meu rosto. Nunca eu desejei tanto ter conhecido alguém em uma situação diferente ou pelo menos que eu tivesse escapado em melhores condições do acidente. — Pronto. Vai descansar.

Ela sorriu para mim uma última vez antes de sair do quarto, me deixando sozinho. E eu aproveitei para verificar se não havia dado bandeira. Nada, ainda bem.

Com o passar dos dias, percebi que cada vez mais eu me perguntava como estaríamos se eu tivesse escapado do acidente. Eu estaria sendo profissional e ficando longe dela? Talvez ela ficasse longe de mim, achando que sou perigoso. E ela não estaria errada.

Mas não adiantar pensar nisso agora. As coisas não saíram como o planejado, nem um pouco.


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