Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 8 - P.O.V Valentim


Atravessando aquela passagem estreita e cheia de ramificações ainda com certa dificuldade, apesar de que mais rápido do que quando entrara, Valentim observou que uma garoa fina ainda insistia em cair do lado de fora daquela toca. Esperou um tempo como quem espera a chuva passar, mas na verdade meditava acerca do ser que o esperava do lado de fora. Seria isso uma brincadeira da parte de Ragnar? E se realmente for verdade, veio em paz? – indagava-se Valentim. Gostaria de poder dizer que estaria preparado pra uma batalha, se isso fosse inevitável, mas a verdade é que não pratico minha luta há anos! – remoía temeroso, em sua mente. Inspirou forte o ar, preenchendo todo o seu pulmão. O fôlego pareceu ter sido o suficiente para que Valentim se movesse para fora.

Chegando à floresta, não enxergava nada que não fosse preto, mas, com o passar do tempo, sua visão se acostumava com o breu e pôde identificar um ponto pequeno a uns seis metros a sua frente. Aproximou-se ainda mais, com os olhos cerrados que iam se adequando com a escuridão, até que enxergou.

— O que faz aqui a esta hora da noite, garoto?! – bradou Valentim, andando a passos largos em sua direção.

Observando aquele menino de estatura média, que o encarava com olhos vazios, exigia respostas as suas indagações, mas o garoto nada respondia. Seu rosto era sem expressão. Tentou Valentim, achar raiva, medo, apreensão e até mesmo curiosidade em seu rosto, no entanto, como resposta, vinha mais um: nada. Sem saber mais o que fazer, olhou aquele menino, com idade pra ser filho do seu filho, isto é, se tivesse filhos, com olhos de compaixão.

— Sempre tive um carinho por você, Jeosafá – disse Valentim numa língua estranha. – te vi nascer – retomou, tocando os cabelos grossos e negros do garoto – se fosse um tempo atrás, nada aconteceria contigo, eu juro – parou de falar subitamente e percebeu que a garoa começava a cessar. Observou as nuvens indo embora e, no céu estrelado, as estrelas cintilarem – mas hoje é outro dia, de um novo tempo que começou e, – fitou fundo, os olhos daquele que viu nascer – infelizmente, nesse novo tempo, terei que fazer coisas que não me comprazo em praticar, me entende? – o som de sua indagação chegava a ser gutural de tanta emoção que carregava. Fez com que Jeosafá ficasse de costas para si e respirou fundo, tomando um punhal em sua mão direita. Com a esquerda levantou, levemente, a cabeça do garoto, deixando sua jugular exposta – vai ser rápido, prometo. – levou seu punhal a garganta de Jeosafá e, de repente, em um movimento rápido, fez a faca se movimentar num corte horizontal.

Mas a faca não cruzou a garganta de Jeosafá, antes disso, em um momento de puro instinto, Valentim, num giro completo, fez seu punhal assobiar contra algo que jurava pressentir atrás de si. Se a morte existe, com certeza essa sensação que tive, é a sua presença – disse Valentim perplexo, procurando de um lado a outro de onde a ameaça vinha. Observou que Jeosafá corria desembestado para longe, muito provavelmente para tribo, avisar aos demais que o seu "Pajé Branco" é um traidor e que tentou mata-lo. Caminho sem volta – riu Valentim de sua desgraça.

Uma voz grave surgiu de maneira espontânea. Valentim não conseguiu identificar o seu inicio e, tampouco, o seu fim.

— Realmente teria coragem de matar aquele garoto, Valentim?! – a voz tinha uma rouquidão grave e seu espaçamento sonoro era de uma calmaria, talvez, divina. – Só por saber onde você estava?

— Quem está ai?! – gritava Valentim, apontando o punhal para os quatro pontos cardeais – Não direi nada, enquanto não se revelar!

— Isso não é problema – retorquiu a voz que se escondia no breu. – Estou aqui.

Valentim jurou que a voz surgira atrás de si. Com o punhal em mãos, deu uma volta e atacou com força, mas acabou cortando o vento.

— Pra que essa violência, Valentim? – indagou a voz, irônico – mesmo que me cortasse não surtiria efeito algum. – sussurrou.

Valentim, mais uma vez, sentiu sua nuca arrepiar ao sentir as vibrações daquele sussurro rouco em sua orelha esquerda. Novamente Valentim, num rodopio tão rápido quanto um furacão, fez seu punhal cortar o vento até perfurar à barriga daquele a quem vos falava. Um sorriso latente tomou conta do rosto de Valentim, mudando o semblante que antes, tenso, agora parecia se aliviar.

— Isso é o que veremos! – gozou Valentim, observando aquele homem de cor acobreada e de cabelos pretos longos oleosos, segurar sua mão com um semblante de dor. Mas, como num relance, ele começou a rir em demasia.

— Estou brincando. – foi sua vez de gozar – Uma vez morto, sempre morto. – disse, retirando o punhal de sua barriga – Não tem como morrer duas vezes.

— Quem é você? – indagou assustado Valentim.

— Não sabe quem eu sou?! – perguntou num falso espanto – Logo você que estuda o obscuro? Que contava vantagens por seus conhecimentos teóricos e empíricos sobre o desconhecido? – fitou a face estupefata de Valentim – Parece que não sabe tanto quanto dizia saber – gozou, observando aquela mascara de coelho apoiada na cintura dele – Mas serei benevolente contigo. Não te direi quem eu sou, pelo menos não agora – tomou a mascara de Valentim – Mas te direi quem você vai ser – vestiu a mascara em seu rosto – Você será minha andorinha – disse encarando os olhos de espanto de Valentim, com seu rosto travestido – Tudo! Simplesmente tudo que esse coelho ouvir, eu vou querer saber e você terá que passar pela metamorfose. Deixar de ser coelho e se transformar numa linda andorinha e bater asas até que a informação chegue a mim, entende o que estou querendo dizer? – seu rosto transfigurado invadia o espaço de Valentim – Você será meus olhos e meus ouvidos dentro da Ordem dos Ânions.

— Mas eles pagam a espionagem com a morte!

— Parece que eu e a Ordem temos algo em comum então– afastou seu rosto do de Valentim – Matamos.

— Tenha piedade de mim!

— Não me parece tão corajoso exclamando assim, Valentim – ironizou. – Só pelo fato de eu permitir que saia daqui com vida, é um argumento bom o suficiente para ser chamado de piedoso. – arrancou a mascara de seu rosto e jogou ao chão – Bem, vou lhe passar a instrução. Você não voltará para tribo, até mesmo porque a grande maioria deve está querendo sua cabeça numa hora dessas – riu do sofrimento alheio – então você se direcionará para a sede da Ordem dos Ânions onde dirá que veio em nome de Ragnar, seu mestre. E então, na hora sétima, quando mercúrio se pôr e a prata se ascender ao céus, me procurarás no Vale de Chumbo e exigirei respostas.

— Mas a viagem à sede da Ordem é espiritual. Não é tão fácil para um humano como pode ser fácil para você!

— Então está na hora de você fazer valer seu conhecimento.

Depois de dizer isso sua alma sumiu tão rápido quanto apareceu e, mais uma vez, Valentim não soube explicar o inicio da existência daquele ser e, tampouco, o seu fim, mas sua fala perpetuava na sua mente. Sua imaginação havia se confundido com a realidade, mas, lentamente, começara a recobrar sua consciência, saindo do transe. De repente, ouviu-se um "piu" na floresta que, naquele momento estava tão quieta como uma cova. Valentim levantou seu rosto, que estava prostrado sobre o pó e visualizou, primeiramente, sua máscara jogada ao chão e, um pouco a cima, uma andorinha que começava a bicar, nervoso, o coelho hipócrita. E mais uma vez sua mente vagueou. Será que Ragnar tem consciência do que acabara de acontecer? Qual dos dois é o mais perigoso?...  Independente de qual seja a resposta, é fato que terei de jogar este jogo de tabuleiro e que vença o mais esperto! Eu destronarei deuses!– bradava Valentim em seu coração.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro