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Capítulo 7 - P.O.V Alma Penada

Louis Patterson fizera Alma Penada andar durante horas, sem pausas para comer ou descansar. Momentos históricos acontecem uma vez a cada cem anos, Anjo. Não vai querer perder isso por que seu corpo pede cama, não é? – era o que dizia, sempre que Alma Penada vislumbrava o sol, de pouco a pouco, começar a se pôr. As estrelas já brilhavam no céu e uma garoa fina molhava os cabelos daqueles dois homens.

— Poderia pelo menos me dizer para onde estamos indo? – indagou Alma Penada, reconhecendo aquela rua que, até pouco tempo atrás, passava, mexendo em seus grandes latões de lixo.

— Estamos indo a um local que, depois da meia noite, deixará de existir – mirou nos olhos castanhos escuros de Alma Penada, que andava a pé, enquanto Louis montava em seu garanhão negro – Consegui satisfazer a sua curiosidade? – Bateu o pé no quadril do cavalo que voltou ao trote.

Alma Penada não sentiu vontade de discutir, antes disso, continuou calado a andar sem destino, afinal, foi isso o que fez em todos os dias de sua vida.

Na medida em que as ruas escuras e as casas de concreto da Ilha dos Sussurros iam ficando para trás, Alma Penada percebeu que realmente não era necessário perguntar para onde estavam indo. Era óbvio. Observou o enorme arco que dividia uma estrada entre duas matas, que ia de um lado a outro, sustentado por dois pilares de madeiras com anjos encravados nele, que dizia: A Estrada dos Santos.

— É irônico esse nome – começou Louis Patterson com um sorriso tendencioso em seus lábios. – Os únicos que passam pela Estrada dos Santos são os pecadores – gargalhou, olhando para Alma Penada que continuava com a cara enfezada – Ah, deixa de modéstia – bufou – Não me diga que é religioso...

— Não se brinca com as coisas santas.

— Pelo amor de Deus... Você não tinha nem o que comer ontem!

— Mas hoje eu tenho – retrucou Alma Penada.

— Mas se hoje você pode comer, tenha certeza, foi o diabo que te deu! – puxou as rédeas do cavalo, fazendo-o dar uma volta que, a cara do animal, ficou de frente com a de Alma Penada.

— Louis Patterson – começou Alma Penada com os olhos, cerrados, levantados ao alto - quando Deus manda até o diabo obedece. – saindo da frente do cavalo, voltou a seguir o caminho da Estrada dos Santos, mas com sua visão periférica conseguiu vislumbrar uma cena que, dificilmente, esqueceria: Louis Patterson com a boca aberta e a língua umedecendo os lábios, como quem procura algo pra falar, mas não tem sucesso.

— Estou começando a me arrepender de ter te trazido comigo, Anjo. – começou a cavalgar novamente, ultrapassando Alma Penada com rapidez – Se quiser me acompanhar terá que andar mais rápido que isso. – resmungou.

Foi só quando Alma Penada voltou sua atenção à extensão daquela estrada que percebeu a merda que havia feito. Mais algumas horas de caminhada que, agora, o mais coerente seria dizer, de corrida. Pelo menos vamos chegar mais rápido – mentiu a si mesmo, tentando enganar seu corpo da fadiga iminente. Tática que aprendera nos becos escuros da Ilha dos Sussurros. Mas, sem nem se passar dez minutos, Louis Patterson começara a diminuir o ritmo da cavalgada. Alma Penada que vinha quase morrendo, uns vinte passos atrás dele, observou que ele gesticulava sem parar. Aproveitou o momento para diminuir as passadas e recuperar a energia que já não tinha. Ouviu alguma voz sair do ermo em que estava, mas não conseguiu distinguir o que falava. Ouviu mais uma vez.

— Aqui em baixo! – falou novamente, num sussurro, dessa vez, mais audível. – onde você esteve, velho?! – soprou – fiquei preocupado! A polícia está procurando você! – deixou um ar cheio de tensão escapar por sua boca – não foi você que fez aquilo com aqueles três garotos, foi? – Um olho branco arregalado se revelava abaixo de um banco de praça cimentado.

— Não todos os três – começou Alma Penada. – O que você está fazendo ai em baixo, rapaz?!

— Tá chovendo, besta. Mas não tente mudar de assunto. – um sorriso latente apareceu naquela escuridão, revelando duas janelinhas entre os dentes podres. – Qual foi à sensação? – indagava excitado.

— Foi legitima defesa, Banguela – disse, cortando o assunto. Percebeu que já não conseguia ver a sombra de Louis Patterson de onde estava.

— Poxa, Alma Penada, sacanagem, em? – duas mãos saíram do banco com as palmas pra cima – Sabe que não gosto que me chamem assim.

— Mas você é banguela mesmo, ué – caçoou – queria que eu te chamasse como?

— Não sei. Boa pergunta. Talvez de "O Rei dos Becos" seria uma boa – seus olhos reviraram como se tivesse um orgasmo.

— Talvez mais tarde te chame assim, mas agora preciso ir! – deu meia-volta e se preparou pra correr, mas algo agarrou sua panturrilha.

— Não, você não precisa.

Alma Penada se virou em direção a banguela que, ainda debaixo do banco, agarrava sua perna. Mas a sua surpresa se deu quando, um pouco mais atrás, dois homens de preto saíram da mata que cercava a Estrada.

— O que isso significa, Banguela?! - indagou descrente – Por que fez isso?!

— Não é todo dia que um nobre vem ao beco oferecendo uma grana preta para quem encontrar um maltrapilho como você. – sorriu quando os dois homens imobilizaram Alma Penada pelas costas e o prenderam numa algema – Como seu amigo mais próximo, dei sorte. Sabia que um cara religioso como você, mais cedo ou mais tarde, viria à igreja.

Alma Penada sabia que a ideia de ir à igreja não fora dele, mas independente disso, Banguela foi feliz em sua dedução e teria a sua recompensa em ouro, assim como, Alma Penada também teria sua recompensa, em sangue.

Algemado, sentiu aquelas gotas de chuvas caírem em seu rosto, até que, envolvido num saco preto, tamparam sua visão. De repente, sua respiração pareceu se desregular. Puxou o ar, com força, tentando preencher ao máximo o pulmão. Crise de ansiedade – pensou Alma Penada. Depois de tudo que passei não achei que teria isso de novo. – sorriu da própria desgraça – Não importa o quão ruim a vida é, ninguém, nunca, quer morrer. – cerrou os punhos algemados em suas costas – Desgraçaaaa!!

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