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Capítulo 10 - P.O.V Alma Penada

Alma Penada, com o rosto envolto sob um saco preto, não enxergava nada. Seu corpo ia de um lado a outro se debatendo sobre uma superfície macia, apesar de resiliente. Sentia o calor humano de ambos os lados do seu corpo que, eventualmente, o socava sempre que tentava reagir.

- Fica quieto, merda! - gritou um dos homens de preto. - Nosso chefe pediu para te entregar vivo, mas não disse nada sobre não poder tocar nessa sua pele anêmica, você me entende? - Lançou um soco no rosto coberto de Alma Penada.

- Quem poderia querer algo comigo? - Guinchava, sentido uma leve vertigem após o golpe sofrido. - Eu não entendo...

- Não se preocupe. - Risos irônicos preencheram o ambiente - Você logo saberá.

Não demorou muito para que Alma Penada percebesse que os movimentos brutos advindos do ambiente em que estava, começavam a suavizar. Um dos rapazes que estava ao seu lado, com certa leveza, diferente do que Alma Penada esperava dos que o raptaram, retirou o saco preto de seu rosto e pôde observar as faces daqueles que estavam com ele, assim como o transporte no qual estava, um carro. Sempre quis saber como seria andar de carro, mas não esperava que minha primeira vez fosse ser assim... - ironizava em sua mente.

- Não olhe pra mim, Fantasma! - gritou o homem que mais cedo batera em sua face. - Quer morrer, desgraça? - gozou, deixando sair gracejos por dentre seus dentes - Bora, saia do carro antes que eu te tire a força.

Quando Alma Penada colocou o rosto para fora do automóvel, sentiu a luz forte inibir sua visão, mas na medida em que se acostumava reparou na grande construção a sua frente. Uma mansão. Uma larga porta de aço separava a rua do casarão.

- A partir daqui vamos andando, fantasma. - Empurrou Alma Penada pelas costas. - Ou queria que eu te levasse de carro, seu folgado? - Murmurou. - Um merda como você nem merecia estar vivo, sério mesmo.

- Vai com calma, Roberto. - Disse o rapaz que ajudou Alma Penada a tirar o saco preto do rosto - Ele não fez nada pra você.

- Por isso mesmo. - Caçoou. - Talvez, se tivesse feito, eu não encarnaria tanto nele, Blame.

Blame tomou Alma Penada pelo braço com firmeza, mas sem brutalidade e o dirigiu para dentro daquela grande casa. Um enorme jardim tomava conta da frente. Pássaros, borboletas e tantos outros animais como um cachorro, da raça Pastor Alemão, brincavam sobre a grama verde.

- O dia hoje está muito lindo. - Começou Alma Penada, tentando iniciar um dialogo com aquele rapaz que tem sido tão gentil com ele.

- Espero que o chefe ache o mesmo que você, caso contrário, você tá lascado. - Blame riu. Olhando de canto de olho para seu colega, percebeu que ele também sorria em concordância. - Não se esqueça, garoto, não é porque sou mais gentil contigo do que esses outros que sou seu amigo.

Ao mesmo tempo em que os lábios de Alma Penada se contraíram, seus olhos pareceram estar distantes. Não conseguia ouvir barulho algum daquilo que é exterior a ele, mas também não ouvia uma palavra daquele que, no interior, sempre o chamava. Despertou do seu transe apenas quando o vento trouxe consigo um grito.

- Eu vi o diabo, sim eu vi. - Gritava cada vez mais forte. - Caramba, eu não sou doida, seus infelizes. - Alma Penada, distante, observava os dedos da mulher se contrairem de uma maneira diferente. - Três meses. Esse é o tempo. Esperem e verão quem é a louca aqui. - Homens vestidos de branco, tentavam segurar a mulher que relutava com a força de cem homens.

- Quem é ela? - indagou Alma penada, enquanto observava ela ser arrastada aos trancos e barrancos.

- Pergunta errada, garoto. - Disse Blame, apontando outra grande entrada. - Vamos, entre.

O salão era grande. Pisos alternados entre a cor preta e branca fazia com que ele se sentisse como uma peça de um grande tabuleiro. Talvez, aqui, eu seja - pensou. Uma escada em espiral surgia no meio da sala. Alma Penada, com passos firmes, se pôs a subir.

- Você é a primeira pessoa que vem aqui e não estranha. - disse Blame observando Alma Penada fitar-lhe os olhos como quem processa algo pra falar, mas não consegue. - A escada. - Apontou. - Ela fica no meio da sala.

- E o que é que tem?

- Escadas não ficam no meio da sala.

- Ah, sim. Não sabia. - respondeu. - Nunca tive uma casa. - Os olhos de Blame se encontraram com o chão. - Para onde essa escada irá nos levar? - Voltou a falar Alma Penada.

Antes que Blame pudesse responder o que quer que seja, Roberto tomou a frente.

- Para o céu. - murmurou. - E lá está o deus que irá te julgar. - Empurrou Alma Penada dando mais um tapa em suas costas. - Agora deixa de pergunta e sobe, fantasma.

Na medida em que subia, a escada ia ficando mais estreita.

- Essa merda com certeza não foi feita pensando em mim. - guinchou Roberto que teve que ficar de lado para que pudesse subir o restante da escada.

- Que o chefe não tenha ouvido isso sair de sua boca. - Exortou Blame ao chegar ao final da escada. Parado a uma porta vermelha e pequena, - se comparada com as demais - esperou que seu colega o acompanhasse. Isto acontecendo, abriu a porta.

- Meu senhor, aquele que domina a arte da vida e da mente. - Anunciou. - Seu pedido, assim como desejara, está entregue.

Os olhos de Alma Penada estavam cerrados no piso vermelho. O medo havia paralisado sua nuca, mas a curiosidade convencia sua mente a olhar em volta.

- Pode olhar. - Disse uma voz aguda masculina como se pudesse ler seus pensamentos.

E, Alma Penada, olhando, observou aquele homem tão branco quanto ele próprio com seus cabelos loiros, o encarar com um sorriso no rosto.

- Entrei em sua mente. - Disse levantando-se de seu trono acolchoado. - Este é o poder de uma pequena, e simples, sugestão.

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