Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 1 - P.O.V Carrie Parte 2

Nem mesmo o sono lhe trouxera paz. Há anos Carrie não sabe o que é ter um sono limpo, sem poluições visuais e sonoras em seu sonho e, nesta noite, não foi diferente.

Carrie estava sentada, vestida com um conjuntinho rosa de boneca, em um banco de mármore no jardim de sua casa. Seus irmãos corriam de um lado a outro, desperdiçando um pouco da energia infinita que as crianças têm. Seus pais estavam preparando algo numa fornalha ao mesmo tempo em que conversavam e riam com seus familiares. Seu avô estava lá e a olhava com olhos fraternais cheios de amor. Seu coração palpitou mais forte quando seu avô, acenando com a mão, pediu para se aproximar. Mas quando decidiu ir ao seu encontro, ele já não estava lá. Na verdade ninguém mais estava. Seu coração apertou. O jardim perdeu sua vida. As folhas murcharam, o belo banco de mármore estava desgastado e seus irmãos, agora grandes de estatura, brigavam entre si por causa da herança. Seus pais haviam ido e deixou-os sem expectativas para o futuro. Não consigo perdoar vocês! Porque tão cedo? - até num sonho Carrie se perguntava, amargurada. Mais uma vez estava no banco, sentada. O vestido rosa abriu espaço para o preto da morte e, ervas daninhas a prendiam os pés e, as suas mãos, estavam presas por cipós das árvores de sua casa. Seus irmãos se voltaram contra ela e, seus olhos, acusavam-na sem medidas, mesmo que, por suas bocas, não saíssem nenhuma palavra. Tudo a sua volta começou a pegar fogo com seus irmãos ainda parados na sua frente. Carrie pediu que a soltassem, mas, ao invés disso, deram meia-volta, dando uma risada que revelavam dentes pontiagudos e tenebrosos. Esses não são meus irmãos. Carrie sentiu algo roçar pela sua perna e ir subindo sorrateiramente, despreocupada, sabendo que sua presa estava impedida de agir e que, o bote era desnecessário. Era uma cobra que continuava a subir e cobrir seu corpo. Carrie sentiu o aperto do seu abraço. Sua respiração estava ficando fraca. Toda força empreendida contra aquele abraço, parecia ser em vão. Carrie inspirava, mas o ar não vinha. Seu rosto começava a ficar roxo e a cabeça da cobra a encarava, cínica.

Carrie despertou do sono.

A cabeça da cobra deu lugar ao rosto daquele homem desconhecido que, a encarava, com um fascínio sinistro. Carrie tentou tatear sua mochila, na tentativa de achar algo que a ajudasse, mas suas mãos estavam presas na maçaneta da picape.

- O que quer com isso?! - indagou Carrie, encarando a cara pálida daquele ser que a admirava.

Nenhuma resposta foi ouvida, apenas um sorriso com presas longas e sedentas apareceram como insinuação do que poderiam acontecer. Carrie mais uma vez deu risada, em um momento que, o mais coerente, seria chorar.

- Merda - guinchou - Às vezes, chego a pensar que a morte me persegue.

- A morte persegue a todos que tiveram o azar de nascer, minha jovem - disse o homem de presas afiadas, alisando as madeixas onduladas de Carrie.

Um corvo batia asas do lado de fora do carro, corvejando bravo. As nuvens negras que antes estavam na frente da lua, abriram espaço para que ela pudesse brilhar um pouco, cintilando no corpo branco do rapaz que começava a tirar sua roupa. Carrie desviou o olhar para a floresta e percebeu que aqueles olhos brancos, mais uma vez, a vigiavam de longe. O corvo avançou contra o carro e bicava nervoso o para-brisa da picape que, aos poucos ia rachando.

Os lobos avançavam cautelosos em direção do carro.

A libido daquele ser não permitia que percebesse o que estava prestes a acontecer, ou então, estava confiante demais de sua força que não se preocupava com tais adversidades.

- Melhor você facilitar pra mim, docinho. - beijou o pescoço de Carrie que exalava um odor característico do feromônio feminino.

- Ou você me mata logo ou você morre - as palavras saíram secas da boca de Carrie - é sempre assim - observou que os lobos já estavam perto o suficiente para atacar. - Quem anda comigo sempre morre.

O desconhecido deixou sair uma risada cínica de seus lábios.

- Tá bom, docinho. Vamos ver se isso é verdade então - antes que pudesse iniciar qualquer outra frase, o corvo, numa bicada fatal, quebrou o para-brisa do carro, dando espaço para que os lobos adentrassem o carro, raivosos. O primeiro alvo daqueles monstros grandes e acinzentados foi o homem que estava na frente de Carrie que perdeu sua cabeça em questão de segundos.

Nenhum sangue jorrou de seu pescoço.

Carrie se debatia, tentando achar uma folga entre seu antebraço e o pano que a prendia. Mas todo esforço não surtiu efeito algum e, o tempo, já havia sido esgotado. Os lobos a encaravam e, um deles, talvez o mais jovem da matilha, avançou contra Carrie, totalmente vulnerável. Mas, ao invés de acontecer uma chacina, o lobo rasgava o pano que a prendia contra a porta. Mais uma vez Carrie sentiu que, seu avô, estava ao seu lado, alertando-a. Entre lobos e homens, algo é inevitável, a caçada.

Os lobos da noite, como são conhecidos, são animais que já estão em processo de extinção. E os homens tem profunda culpa nisso. Carrie não os culpava por quererem vingança. Se estivesse no lugar deles, também iria querer.

Carrie se libertou depois que, o mais novo alcateia, despedaçara os panos com suas presas.

Os lobos, mesmo depois de soltá-la, continuavam parados, admirando a beleza escondida, de Carrie, com mais fascínio, até, do que aquele homem sem escrúpulos. Carrie se sentiu obrigada a sair do veiculo. Abrindo a porta do carro, se pôs a correr. Os lobos, de início, apenas observavam, mas quando ela chegou numa distancia o suficiente para sair do campo de visão da matilha, eles começaram a correr sob suas quatro patas. A caçada que seu avô tanto contou pra ela, quando criança, havia começado.

A cada segundo que passava, os lobos se aproximavam mais e, Carrie, se sentia numa corrida fatídica que, a lua, brilhando mais uma vez, se sentia na obrigação de filmar. Nem consegui chegar à Doca. Os passos de Carrie iam se cansando, desacelerando, enquanto os passos da matilha iam aumentando numa progressão geométrica.

Mesmo cansada, com sono, conseguiu enxergar uma grande criatura sentada a poucos metros a sua frente. Estava um tanto escuro para que pudesse saber o que era, mas a lua de imediato tirou o foco de sua câmera, de Carrie, e foi arrastando até iluminar aquela criatura, bonita, mas tenebrosa. Sentada sobre suas quatro patas, com um tom de pelo que chegava a ser tão alva como a neve, observava Carrie com olhos saudosistas. Em seu focinho, uma grande cicatriz aparecia e era, para onde, Carrie estava a olhar.

- Vênus - afirmou Carrie, sem conseguir tirar os olhos daquela grande fera.

Seus pensamentos a levaram numa viagem de anos atrás. O dia que Vênus a livrou de um homem que não era um homem, mas um monstro. Ela ficou com aquela cicatriz em seu focinho, é verdade, mas, o rapaz, não ficou com nada para contar história.

Carrie foi se aproximando cada vez mais de Vênus. A alcateia, atrás dela, trocou seus passos, rápidos, para trotes compassados.

- Depois daquele dia achei que tinha morrido, Vênus - chorava Carrie que enxugava as lágrimas na pelagem branca da fera. - Me prometa... me prometa! Que não fará aquilo novamente! - toda amargura concentrada ao longo da estrada, parecia se esvair ali - Não posso mais perder a quem eu amo!

Vênus encostou sua cara nos ombros de Carrie, soltando um som agudo em confirmação ao que ela falava.

Vênus deitou no chão.

- Mais uma corrida, juntas?! - indagou Carrie, passando a mão em seu pelo macio.

Carrie sentou no dorso de Vênus.

- Vamos em direção a Doca.

Vênus uivou.

Enquanto corriam naquela estrada barrenta, Carrie olhou para trás e percebeu que, os lobos, já haviam se dispersado. E, num breve instante, Carrie se deu conta de quantas vezes à morte já esteve tão próxima dela. Acho que a morte me ama demais, para me deixar em paz.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro