18- BOMBA RELÓGIO
Bomba Relógio
Há um tique-taque em meu peito, incessante,
Um pulsar voraz, feroz e vibrante.
Conto os segundos, sustento o alarde,
Mas sei que em breve será tarde.
O fogo se acumula, cresce, incendeia,
Uma faísca perdida, e a alma se incendeia.
Sou pólvora presa num corpo contido,
Uma explosão que ainda resiste ao ruído.
Prendo o grito entre os dentes cerrados,
Engulo os ecos dos dias calados.
Mas o tempo avança, não há salvação,
Sou um relógio sem mais precisão.
Quando a faísca tocar meu pavio,
Que restará além do vazio?
Serão cinzas, estilhaços ou liberdade?
Ou apenas silêncio... depois da verdade?
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