À sombra de um amor que me aprisionou,
perdida nas profundezas de um coração que se fechou.
Onde antes florescia, agora sou eco,
deixada para trás, nas cinzas do que se foi.

Fui a peça esquecida no jogo do amor,
movida à margem, sem ser vista, sem ardor.
No emaranhado de mentiras, me perdi,
na solidão de um relacionamento onde existia só a dor.

As risadas, os sorrisos, a vida seguia,
mas aqui, onde eu estava, só havia vazio.
A dor de ser ignorada, intensa e fria,
me afundou, me cegou, no silêncio sombrio.

Mas agora, me recuso a ser refém da escuridão,
não aceitarei mais ser sombra, ser submissa à opressão.
Levanto minhas asas, busco a luz que me chama,
pois da dor que me sufocou, agora nasce minha chama.

A liberdade finalmente é minha para abraçar,
no meu próprio caminho, aprendi a caminhar.
Mesmo esquecida, renasci mais forte,
e agora sou livre, no poder do meu próprio norte.