AMOR VELADO

No véu da noite, murmuro teu nome em segredo,
um eco que dança na sombra do medo.
É chama oculta, desejo latente,
um fruto proibido, doce e ardente.

Neste amor distante, cada suspiro é um grito,
cruzando mares, rompendo o infinito.
És o toque que nunca senti,
o beijo negado, o sonho que vivi.

És tormento e ânsia, prisão e abrigo,
a luz que me chama, o abismo que sigo.
Neste amor sem rosto, descubro quem sou,
entre a dor e a febre que ele deixou.

E assim, entre delírios e noites vazias,
vivo este amor em sombras frias.
És veneno e cura, tempestade e calma,
o amor que me perde, o amor que me salva.