
4. "EMERGÊNCIA"
ZOEY COLLEMAN
Eu esfregava os olhos pois havia acabado de acordar, sai de meu quarto e desci as escadas indo até a cozinha onde pude ouvir minha mãe conversando com alguém do outro lado da linha.
Ela estava chorando.
— O que houve? — perguntei e ela se virou para mim.
— Tudo bem... Tudo bem. Eu falo com ela. — disse limpando as lágrimas e se virou para mim após desligar o telefone.
— O que aconteceu? Por que vocês estão chorando? — Blaire apareceu na cozinha esfregando os olhos.
Era bem cedo, quase seis da manhã, logo logo eu me arrumaria para ir pra escola.
— Zoe... seu amigo, Bruce... ele desapareceu.
A palavra "desapareceu" ficou se repetindo várias e várias vezes em minha mente até que eu pudesse pensar direito no que eu acabara de ouvir.
— Eu sinto muito...
Senti os braços de Blaire me envolverem e então a abracei com força e comecei a chorar alto em seus braços.
Apertei o tecido da roupa enquanto minhas lágrimas manchavam o mesmo.
— Tá tudo bem... — Blaire acariciava minhas costas e tentava me acalmar.
———
Eu ainda não sabia como tinha forças para ir para escola depois de receber a notícia que meu melhor amigo havia desaparecido.
Observei alguns carros de polícia em frente a casa da família Yamada e então suspirei desviando o olhar para frente.
Desci do veículo assim que chegamos na escola e então senti alguém puxar levemente meu braço me fazendo virar para a pessoa.
— Zoe... eu sinto muito pelo que aconteceu com Bruce. Mas por favor, não ande sozinha por aí. Venho te buscar mais tarde, ok? — eu assenti para Blaire e então ela sorriu. — Te amo.
— Também te amo. — ajeitei a alça de minha mochila em meu ombro e fui andando até Finney que chegava junto com Gwen.
Meu rosto estava inchado de tanto chorar, e eu sabia disso.
Algumas pessoas me encararam enquanto eu andava no corredor e dei de encontro com Finn.
— Oi... — ele disse baixo.
— Oi. — fingi um sorriso então o garoto me puxou para um abraço apertado e eu retribui com força.
— Eu sinto muito. Sabia o quanto ele era importante para você. — Finn disse e eu assenti tentando segurar as lágrimas.
— Ele era. Eu sabia que ele era seu amigo também, e você o considerava bastante. — suspirei e então me afastei do Blake. — Ele só está desaparecido... eu acredito que esteja vivo. Eu sei disso. Bruce é forte, aonde quer que ele esteja vão encontrar ele, vivo.
Eu sei que eu estava botando esperanças demais, mas eu nunca vou aceitar que Bruce, meu melhor amigo, esteja morto.
Ele é forte, vai sair dessa vivo.
— A aula já vai começar. — falei e então entrei na sala que ficava alguns passos de onde estávamos e fui me sentar próximo à janela.
Finn se sentou atrás de mim e o Arellano sentou-se ao lado do Blake.
Eu iria colocar minha mochila à minha frente para guardar o lugar de Bruce, o que eu fazia sempre.
Mas eu acho que pelo resto dos dias será tudo diferente. Vou voltar só para casa quando Blaire não puder me buscar, não vou ver mais ele jogar baseball.
Fechei os olhos ao senti as lágrimas ameaçarem cair.
Eu não podia chorar, tinha que ser forte por ele.
O professor entrou na sala com um meio sorriso do rosto e então falou o mesmo de sempre "bom dia", logo antes de começar sua aula ele foi falar de Bruce.
Mais tarde teria uma pequena reunião na quadra e iriam falar sobre o Yamada.
Era a mesma coisa, eles iriam falar que Bruce estava morto, mas ele não estava. Tenho certeza que estava vivo. Eu sei disso.
Até amanhã eles irão encontrar ele, eu acho.
Bruce, aonde quer que esteja, volte para casa por favor.
———
A última aula havia terminado, abri meu armário pegando minhas coisas e coloquei a mochila em minhas costas.
Fechei o mesmo logo trancando com a senha que somente eu sabia e então fui em direção a porta principal.
Vi o carro de Blaire parado na porta da escola assim como o carro dos pais de outros alunos.
Abri a porta do passageiro e entrei no mesmo logo me sentando, fechei a porta e olhei para frente.
— Como foi na escola?
— Bem, até. — dei de ombros e então minha irmã deu a partida.
— Se quiser conversar eu estou aqui, tudo bem?
— Eu sei... só quero ficar um pouco sozinha, tá bom?
— Sim, claro.
Ao virarmos o carro para ir para casa, observei uma van preta. A mesma que passou perto de casa, eu reconheci pelo nome na lateral do veículo.
Ela estava parada perto de casa, eu achei estranho pois assim que chegamos o veículo deu a partida.
Franzi o cenho levemente confusa e logo sai de meus pensamentos com a voz de Blaire falando que havíamos chegado.
Desci do carro e entrei em casa, fui em direção as escadas e subi indo até meu quarto.
— Vai ficar tudo bem, Zoe. Relaxa.
Entrei em meu quarto e fechei a porta logo sentando-me em minha cama.
— Amanhã será um dia melhor... Bruce estará em casa bem.
———
Hoje Blaire não iria conseguir me levar para a escola de carro então fui de bicicleta.
O carro da família Yamada saiu da garagem e eu só pude ver a mãe de Bruce e a irmãzinha dele no veículo.
Suas feições eram tristes, ele ainda não havia voltado.
Suspirei e então voltei a pedalar em direção à escola.
Observei um panfleto de Bruce que estava na grade e soltei um suspiro.
Era novo.
Meu olhar desviou para o pátio que estava um pouco longe da escola, aonde havia uma multidão rodeando alguém.
Parece que estava tendo uma briga.
Deixei minha bicicleta ali e apertei a alça de minha mochila, me aproximei da multidão de pessoas vendo Robin de um lado e Moose do outro.
— Você se acha muito forte?
— Vamos descobrir. — Robin desafiou.
— Vou amassar você, sua magricela. — Moose o ameaçou.
— Então bata. A menos que esteja com medo.
Moose tentou acertar um soco mas o Arellano desviou e acertou um em cheio na costela do garoto maior.
Um chute foi acertado no rosto de Moose que se segurou no poste. Ele se virou indo para cima do garoto que foi mais rápido e acertou vários socos no mesmo.
— Vai, Robin! — Gwen exclamou.
Robin subiu em cima de Moose que estava deitado no chão e começou a desferir socos no rosto do mesmo.
— Bata, Robin!
Vi o rosto do garoto ficar cheio de sangue e parecia que ele já estava perdendo um pouco da consciência.
Neguei levemente com a cabeça e meu olhar desviou para Finn que estava me encarando, ao seu lado estava sua irmã.
Eu sorri de lado e me virei saindo dali, subi em minha bicicleta novamente e fui em direção à escola.
Assim que cheguei, entrei no local e fui até meu armário logo abrindo o mesmo e guardando minhas coisas.
O sinal havia tocado, peguei minhas coisas e entrei na sala sentando no mesmo local que ontem.
— O núcleo interno é sólido. O externo é derretido. — o professor explicava apontando para a imagem que era repassada pelo projetor. — A próxima camada, chamada manto, é sólida na maior parte. Mas a fina parte externa do manto é parcialmente derretida.
Olhei para o lado e vi Finn segurar um objeto parecido com um míssil e acender a luz que estava na parte inferior do objeto.
Seu olhar desviou para mim e encarei rapidamente o professor e senti um sorriso se formar em meu rosto.
Ouvimos o sinal tocar e vi o Blake arrumar suas coisas rapidamente e sair dali com pressa.
Arrumei a mochila em minhas costas e observei o garoto andar rapidamente até o banheiro masculino.
Soltei um suspiro e fechei o armário logo indo em direção a saída da escola.
Nada ia ser como antes.
Subi em cima de minha bicicleta e fui pedalando de volta para casa.
Isso só era o começo do inferno e eu sabia disso.
FINALMENTE UM CAPÍTULO DE PICK UP THE PHONE!!!
e aí leitores, como vão?
o que acharam do novo capítulo?
DARK terminou, estou bem mal mas agora temos que focar em PUTP :)
será que vão encontrar Bruce vivo ou vai seguir o mesmo destino da história? análise
amo essa troca de olhares da Colleman e do Blake!!
surto pelas migalhas sim!!
ah eu iria fazer uma pergunta, se eu fosse fazer uma fanfic dos marotos, qual dos garotos da era vocês gostariam que seja o par romântico da principal?
foi isso!
até o próximo capítulo, beijos!!
aliás muito obrigada pelos 1K de leituras, amo vocês!!!
votem e comentem, se puderem! Me incentiva a continuar escrevendo!!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro