11. A ÚLTIMA LIGAÇÃO
ZOEY COLLEMAN
Despertei assim que ouvi um barulho de porta sendo aberta.
— Finn... — o chamei e me virei vendo que o garoto não estava ali.
Me levantei rapidamente e então percebi que eu estava num quarto, encarei a janela vendo que ainda estava de noite.
— Finalmente você acordou, Menina Travessa. — ouvi a voz do sequestrador e então o encarei com medo.
— Cadê o Finn?! — perguntei.
— No porão, dormindo. — respondeu.
— Por que me trouxe para cá?!
— Para ver se você aprende uma lição, Zoe.
Então encarei o cinto em suas mãos e neguei com a cabeça.
— Não vai tocar em mim.
— Isso é o que veremos. — ele se levantou caminhando em minha direção.
Observei a porta que estava apenas fechada mas não trancada. Desviei de seu corpo e corri até a mesma, abri ela e comecei a correr.
— Socorro! — gritei.
Meu corpo caiu no chão com o peso do sequestrador, porém consegui me levantar com dificuldade me apoiando nas paredes.
— Você deverá aprender uma lição!
Meu cabelo foi puxado fortemente para trás e depois meu corpo foi jogado contra o chão.
— Por favor, não! — gritei. — Eu imploro!
Minha respiração estava ofegante e meu coração parecia que sairia por minha boca a qualquer momento.
Ouvi um estalo e senti minha pele começar a arder.
Ele havia me batido na perna, então continuou. A ardência misturada com a dor começara a piorar.
Tudo isso me lembrava de minha mãe, as noites em que ela estava bêbada ou irritada demais e descontava em mim.
Fechei os olhos sentindo lágrimas e mais lágrimas escorrerem por minhas bochechas.
———
Acordei com alguém me sacudindo e observei que era Finn.
— Graças à Deus! — ele me puxou para um abraço e eu retribui sem jeito.
Meu corpo todo estava dolorido, meus braços e pernas doíam. Tudo ardia.
Eu tenho que agradecer que havia sido apenas cintadas.
Seria pior se tivesse sido outra coisa.
— Como está? Eu juro, Zoey. Eu vou matar ele. — o garoto disse com raiva.
Me aproximei deitando minha cabeça em seu peito, senti um beijo no topo de minha cabeça e então abracei o mesmo.
Ouvimos o telefone tocar e Finn negou com a cabeça.
— Não. Vá se foder. Porra. — ele se levantou e atendeu o telefone. — O quê? Vai falar alguma coisa? Sabe ao menos quem é você?
Me aproximei do Blake e fiquei ao lado do mesmo para ouvir.
— Que merda de pergunta é essa? Sabe ao menos quem é você?
— Eu sou Finney Blake.
— Bem, prazer em conhecê-lo, Finney Blake. Bem aqui. É aqui.
— O quê?
— O fim do terrível pesadelo que é a sua vidinha patética.
— Puta merda. — falei. — Você é Vance Hopper. Eu lembro de você.
— Acredite em mim...
— Zoey. Zoey Colleman.
— Acredite em mim, Zoey Colleman. Se soubessem o que ia rolar, ficariam apavorados. É hoje, filho da puta! Tentaram empilhar os tapetes para alcançar a janela?
— Tentamos de tudo. — Finn respondeu.
— Não, nem tudo. Quando o Sequestrador viu o que fiz, foi o fim. Comigo, ele também não teve pressa.
— O que você fez?
— O canalha gastou uma fortuna para reparar os estragos.
— O que você fez? — Finn perguntou novamente.
— Estou chegando lá, pivete! Ou tem algo mais importante para fazer agora?
— Não, não. Estamos ouvindo. — respondi.
— Tem uma tomada no banheiro, em frente à privada.
— Sim, nós vimos.
— Do outro lado da parede, há um depósito. Um congelador enorme está bloqueando a entrada.
— Entendido.
— Quebrem a parede 60cm acima da tomada, até alcançar uma placa parafusada. Retirem a placa, e estarão dentro do congelador.
— E então, no depósito. Obrigado.
— Pelo o quê?
— Por nos ajudar.
— Ajudar vocês? Não tem a ver com vocês. Quero que ele se foda! — gritou.
Tampei os ouvidos e então as quatro garrafas de refrigerante voaram em nossa direção e se quebraram em cacos no chão.
— Que droga. — murmurei.
———
Finn conseguiu chegar no congelador depois de termos quebrado a parede e retirado a placa.
Havia muita carne ali, começamos a tentar abrir a porta que não abria de jeito nenhum.
— Vai! — exclamei tentando abrir com toda a minha força.
— Pare, não vai dar certo. — saímos de dentro dali e então nos encostamos na parede.
Observei o Blake começar a chorar e logo me aproximei dele.
— Finn... — suas mãos puxaram meus braços então o garoto me abraçou fortemente.
Seu rosto se afundou na dobra de meu pescoço e ele começou a chorar alto.
— Eu disse que iríamos sair daqui e vamos... — acariciei seu cabelo. — Tá tudo bem.
— Eu não aguento mais. — ele murmurou.
— Eu sei, eu sei.
Ouvimos o telefone tocar e então suspirei.
— Vamos. — o ajudei a se levantar e caminhamos em direção ao telefone.
Finn atendeu e eu fiquei ao lado dele.
— O que foi?
— Oi, Finn. O que está havendo?
— Robin? — perguntei.
— Oi Zoey. Amigos, não chorem.
— Não estamos.
— Estão sim. Estou vendo vocês.
— Está? — Finn questionou.
— Estou com vocês. Estive com vocês esse tempo todo.
— Esteve?
— Um homem nunca deixa amigos para trás. Meu pai não deixou os amigos para trás no Vietnã. Por isso ele não voltou. E eu também não vou voltar, nem o Bruce, Zoe.
Fechei os olhos sentindo algumas lágrimas se formarem em meus olhos.
— Mas não vamos deixar vocês para trás.
— Logo estaremos juntos de novo. — Finn disse.
— Que nada. Vocês vão sair dessa.
— Tentamos tudo. Nada deu certo.
— Ainda.
— Robin. — o Blake o chamou.
— Lembra-se do que eu disse?
— Que eu devia assistir ao "Massacre da Serra Elétrica"? — o garoto perguntou.
— Antes disso.
— Que um dia eu teria que me impor.
— Esse dia chegou, Finn. Hoje é o dia de parar de tomar porrada.
— Não sou lutador como você, Robin. Ou bom de briga como a Zoe. Nem vocês deram conta. — suspirou.
— Você sempre foi um lutador, Finn. — encarei o Blake e assenti.
— Ele está certo.
— É o que temos em comum. Por isso éramos amigos. Sempre teve medo de dar um soco, mas sempre soube tomar um. E você sempre se levantava.
— Não sou forte o suficiente.
— Tem de ser. Vocês vão sair daqui. Se não por vocês, por mim e pelo Bruce.
— Por que isso importa? — o garoto indagou.
— Porque não queremos morrer à toa. Pelo menos, quero salvar meus amigos. Não posso matar o hijo de puta. Façam isso por mim.
— Como? — perguntei.
— Vai usar uma arma.
— Que arma? — Finn perguntou.
— A que está na sua mão.
— O telefone?
— Encha-o de terra. Até não sobrar espaço. Vai ficar pesado.
— E depois? — perguntei.
— Treine sem parar. Levante o telefone. Dê um passo rápido para trás. Para frente, para trás, e acerte. Tente.
— Agora?
Me afastei do Blake e o encarei seguir os passos do garoto.
Um sorriso apareceu em meu rosto vendo o garoto ali. Ele tinha coragem, estava explícito. Só precisava achá-la.
Então Finn parou e se aproximou de mim com um sorriso.
— Vocês conseguem. Agora, encham o telefone de terra.
— Ainda poderemos falar com você? Ou com o Bruce? — perguntei.
— Essa e aquela serão a última ligação, Zoe. Daqui em diante, é com vocês.
— Sentimos falta de vocês. — suspirei.
— Então, escapem por nós. Usem o que nós demos à vocês.
— Faremos isso.
— Tchau, amigos.
— Tchau, Robin. — falamos em uníssono.
Então percebi a linha ficar muda, Finn foi desligar o telefone pra poder pegar o mesmo.
— Vai dar certo. — farei esperançosa. — Tenho certeza disso.
será que vai querida Zoe?
oioi leitores, como vão?
meu amigos, eu fui pra uma festa ontem que só consegui chegar em casa agoraKKKK
enfim, o que acharam do novo capítulo?
será que eles conseguiram fugir vivos?
eu fiquei com ódio do sequestrador sério mesmo
coitada da nossa pequena zoe :(
mas ela vai erguer forças!! (eu acho
até o próximo capítulos, amores!!
amo vocês!!
beijos!
votem e comentem, se puderem!!
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