𝙊 𝙝𝙤𝙢𝙚𝙢 𝙙𝙚 𝙙𝙪𝙖𝙨 𝙘𝙖𝙧𝙖𝙨
> Capítulo 12 <
O homem de duas caras
Quirrell sorriu, seu rosto não tinha nenhum tique.
— Eu — disse calmamente — Estive me perguntando se encontraria vocês aqui.
---- Não é a hora mais.... Eu avisei ____ disse Ayla
---- Tem razão não é a hora____ disse Harry
--- Deveria ter escutado sua amiga Harry.... Ela sempre duvidou de mim
---- Mas pensamos... Snape...
--- Severo? ____ Quirrell deu uma gargalhada e não era aquela gargalhadinha tremida de sempre, era fria e cortante. --- É, Severo faz o tipo, não faz? Tão útil tê-lo esvoaçando por aí como um morcegão. Perto dele, quem suspeitaria do c-c-coitado do ga-gaguinho do P-Prof. Quirrell?
Harry não conseguia assimilar, isto não podia ser verdade, não podia, já Ayla estava com raiva
----Mas Snape tentou me matar! ____ Harry disse
---- Meu pai tentou te salvar , mais não acreditou____ disse Ayla
--- Não, não, não. Eu tentei matá-lo. Sua amiga Hermione Granger, por acaso, me empurrou quando estava correndo para tocar fogo no Snape naquela partida de quadribol. Ela interrompeu o meu contato visual com você. Mais uns segundos e eu o teria derrubado daquela vassoura. Teria conseguido isso antes se Snape não ficasse murmurando um antifeitiço, tentando salvá-lo.
---- Snape estava tentando me salvar ?___ Harry perguntou e a loira respirou fundo
--- É claro , foi como sua amiga disse___disse Quirrell calmamente --- Por que você acha que ele queria apitar o próximo jogo? Ele estava tentando garantir que eu não repetisse aquilo. O que na realidade é engraçado... ele nem precisava ter se dado ao trabalho. Eu não poderia fazer nada com Dumbledore assistindo. Todos os outros professores acharam que Snape estava tentando impedir Grifinória de ganhar, ele conseguiu realmente se tornar impopular... e que perda de tempo, se depois disso vou matar os dois esta noite.
Quirrell estalou os dedos, surgiram no ar cordas que amarraram Ayla e Harry bem apertado e a loira lutava contra as cordas.
---- Vocês são muito metidos para continuarem vivos. Sair correndo pela escola no Dia das Bruxas daquele jeito e, pelo que imaginei, descobrir o que é que estava guardando a pedra.
---- O senhor deixou o trasgo entrar?
--- não , não imagina Harry___ pensou a loira
--- Claro que sim. Tenho um talento especial para lidar com trasgos. Vocês devem ter visto o que fiz com aquele na câmara lá atrás? Infelizmente, enquanto o resto do pessoal estava procurando o trasgo, Snape, que já desconfiava de mim, foi direto ao terceiro andar para me afastar, e não só o meu trasgo não conseguiu matar vocês de pancada, como o cachorro de três cabeças nem sequer conseguiu morder a perna de Snape direito. Agora esperem aí quietos. Preciso examinar este espelho curioso.
Foi somente então que Ayla percebeu o que estava parado atrás de Quirrell. Era o Espelho de Oiesed.
--- Este espelho é a chave para encontrar a pedra ___ murmurou Quirrell, batendo de leve na moldura. ---- Pode-se confiar em Dumbledore para inventar uma coisa dessas... mas ele está em Londres... e estarei bem longe quando voltar.
A única coisa que ocorreu aos dois foi manter Quirrell falando para impedi-lo de se concentrar no espelho.
— Vi o senhor e Snape na floresta — falou Harry de um fôlego só.
---- Sei ____ disse Quirrell indiferente, dando a volta ao espelho para examinar o avesso. ---- Naquela altura ele já percebera minhas intenções, e tentava descobrir até onde eu tinha ido. Suspeitou de mim o tempo todo. Tentou me assustar, como se fosse possível, quando tenho Lorde Voldemort do meu lado...
Quirrell saiu de trás do espelho e mirou-o cheio de cobiça.
--- Mais eu vi você soluçar____ disse Harry e pela a primeira Quirrell estremeceu
— Às vezes, eu tenho dificuldade em seguir as instruções do meu mestre. Ele é um grande mago e eu sou fraco.
--- O senhor quer dizer que ele estava na sala de aula com o senhor?! — exclamou Ayla admirada.
--- Está comigo aonde quer que eu vá — disse Quirrell em voz baixa. — Conheci-o quando estava viajando pelo mundo. Eu era um rapaz tolo naquela época, cheio de ideias ridículas sobre o bem e o mal. Lorde Voldemort me mostrou como eu estava errado. Não existe bem nem mal, só existe o poder, e aqueles que são demasiado fracos para o desejarem... desde então, eu o tenho servido com fidelidade, embora o desaponte muitas vezes. Por isso tem precisado ser muito severo comigo. — Quirrell estremeceu de repente. ----Não perdoa erros com muita facilidade. Quando não consegui roubar a pedra de Gringotes, ele ficou muito aborrecido. Me castigou... resolveu me vigiar mais de perto...
A voz de Quirrell foi morrendo. Ayla lembrou-se de sua viagem ao Beco Diagonal, como podia ter sido tão burra? Ela viu Quirrell lá naquele dia, apertou a mão dele no Caldeirão Furado e Quirrell praguejou baixinho, mais ela não havia dado importância a isso
---- Eu não entendo... a Pedra está dentro do espelho? Devo quebrá-lo?
A cabeça de Ayla doía e pensava sem parar. Ela e Harry precisavam encontrar a pedra antes de Quirrel, antes que Quirrell pudesse dar ela a Voldemort.
Ayla tentou se deslocar para a esquerda, para se posicionar diante do espelho sem Quirrell notar, mas as cordas que prendiam seus tornozelos estavam muito apertadas, e ela tropeçou e caiu. Quirrell não lhe deu atenção. Continuou falando sozinho.
---- O que é que o espelho faz? Como é funciona? Me ajude, mestre.
E para horror dos meninos, uma voz respondeu, e a voz parecia vir do próprio Quirrell.
---- Use os meninos.... Meninos....
E os dois garotos arregalaram os olhos com aquela voz
---- Venham cá. ___e bateu palmas uma vez e as cordas que prendiam Ayla e Harry caíram.
Os dois se levantaram sem pressa, e os dois foram na direção de Quirrell.
---- E então? ___ perguntou Quirrell, impaciente. --- O que é que você está vendo Harry?
--- Estou me vendo apertando a mão de Dumbledore ___ Ayla sabia que o moreno estava inventando.---- Ganhei... o campeonato das casas para Grifinória.____ e Quirrell xingou outra vez.
---- Saia do meu caminho ___ disse.
Mas Harry não deu dois passos quando uma voz alta falou, embora os lábios de Quirrell não estivessem se mexendo.
---- Ele está mentindo... Use a garota... A garota ....
--- Potter, volte aqui! ___ gritou Quirrell ---- Diga-me a verdade! O que foi que você acabou de ver?___ e a voz alta tornou a falar.
---- Deixe-me falar com eles... cara a cara...
----Mestre, o senhor não está bastante forte!
--- Estou bastante forte... para isso...
Ayla agarrou a mão e Harry e se sentiu como tivesse pregado no chão. Não conseguia mover nem um músculo. Petrificada, viu Quirrell erguer os braços e começar a desenrolar o turbante.
O turbante caiu. A cabeça de Quirrell parecia estranhamente pequena sem ele. Então ele virou de costas sem sair do lugar.
Ayla poderia ter berrado, mas não conseguiu produzir nem um som. Onde deveria estar a parte de trás da cabeça de Quirrell, havia um rosto, o rosto mais horrível que os meninos já vira. Era branco-giz com intensos olhos vermelhos e fendas no lugar das narinas, como uma cobra.
---- O Harry e Ayla... ____falou o rosto.
Ayla tentou dar um passo atrás e puxar Harry mas suas pernas não obedeceram.
---- Está vendo no que me transformei?____ disse o rosto. ---- Apenas uma sombra vaporosa... só tenho forma quando posso compartir o corpo de alguém... mas sempre houve gente disposta a me deixar entrar no seu coração e na sua mente... o sangue do unicórnio me fortaleceu, nessas últimas semanas... vocês viram o fiel Quirrell bebendo-o por mim na floresta... e uma vez que eu tenha o elixir da vida, poderei criar um corpo só meu... agora... Harry Potter por que você não me dá essa pedra no seu bolso?
Então ele sabia, então ele sabia e a pedra estava no bolso de Harry. E a loira sentiu Harry cambalear para trás.
---- Não...— foi a única coisa que a menina conseguiu dizer. O rosto se virou para ela, era uma cena horrível, ela sentiu seu corpo cair sobre o chão; mas ainda estava em pé.
----Você se sente cheia de coragem, não é? ___ o rosto riu --- Mas não passa de uma garotinha... medrosa que chora pela morte da mãe e de um pai que não se importa ____ Ayla ofegou. --- Eu toco em você, Ayla Snape, e você vira poeira, então cale a boca e não seja uma tolinha. É melhor salvar suas vidas e se unir a mim... ou vão ter o mesmo fim dos seus pais e sua mãe... eles morreram suplicando piedade...
— MENTIRA! — gritaram.
Quirrell estava andando de costas para eles, de modo que Voldemort pudesse vê-los. O rosto malvado sorria agora.
---- Que comovente... ___ sibilou. — Sempre dei valor à coragem... É, meninos, seus pais foram corajosos... matei seu primeiro e ele me enfrentou com coragem... mas a mãe de vocês não precisava ter morrido... estava tentando protegê-los... agora me dê a pedra, a não ser que queiram que a morte dela tenha sido em vão.
— NUNCA! — Harry puxou Ayla e assim saltaram para a porta em chamas, mas Voldemort gritou: ---- AGARRE ELES!
E, no instante seguinte, Ayla sentiu a mão de Quirrell fechar-se em torno de seu pulso. E, ao mesmo tempo, uma dor fina como uma agulhada queimou sua cicatriz; parecia que seu braço ia se rachar em dois; ela e Harry berraram, lutando com todas as forças e, para sua surpresa, Quirrell largou eles.
A dor no braço diminuiu, ela olhou alucinado à volta para ver onde foi Quirrell e o viu dobrar de dor, examinando os dedos, eles se enchiam de bolhas, diante dos seus olhos.
--- Agarre eles! AGARRE ELES! — esganicou-se Voldemort outra vez e Quirrell investiu, derrubando Harry e Ayla no chão, caindo por cima dele, as duas mãos apertando o pescoço do menino.
Ayla ficou sem reação, a menina juntou toda a força que podia e chutou o rosto de Quirrell, fazendo assim Quirrell largar seu amigo
--- Nunca mais me chame de medrosa, e nunca mais tocar em Harry! — gritou com raiva.
Ayla levantou Harry que tossiu um pouco, e os dois se voltaram a Quirrell, que chorava encarando as próprias mãos.
---- Mestre, não posso segurá-los. Minhas mãos. Minhas mãos! Minhas mãos!
A loira encarou as mãos de Quirrell elas pareciam queimadas, vermelhas, em carne viva.
— Então mate-os, seu tolo, e acabe com isso! ___ guinchou Voldemort.
Quirrell levantou a mão para jogar uma praga letal em Harry e gritou:
---- AVADA KEDAVRA !
Uma luz verde saiu de sua varinha e a loira empurrou Harry para longe e o mesmo acabou pegando fazendo ela gritar e cair no chão desacordada.
--- NAOOOOO_____ Gritou Harry e correu até a loira --- Ayla vamos.... Sol... Ayla... ____ choramingou
---- Agora só falta você ____ disse Quirrell e apontou a varinha mais antes que ele jogasse algo Harry foi mais rápido e colocou suas mãos em seu rosto
---- AAAAAI!
Quirrell saiu de cima dele, seu rosto se encheu de bolhas também, e então Harry finalmente entendeu Quirrell não podia tocar pele deles, sem sofrer dores terríveis, a única chance do moreno era dominar Quirrell, causar-lhe dor suficiente para impedi-lo de lançar feitiços.
Harry ficou em pé de um salto, agarrou Quirrell pelo braço e segurou com toda a força que pôde. Quirrell berrou e tentou se desvencilhar, e logo o moreno levou suas mãos ao rosto do homem que gritava de dor.
A cicatriz de Harry doía como se estivesse em chamas, doíam ainda mais ao ouvir os gritos terríveis de Quirrell e os berros de Voldemort.
----MATE ELES! MATE ELES!
E outras vozes, talvez dentro de sua própria cabeça, chamando “Harryy! Aylaa"
Harry sentiu o rosto de Quirrell desprender-se com força de sua mão, teve certeza de que tudo estava perdido e mergulhou na escuridão, cada vez mais profunda, mais antes de desmaiar viu uma sombra em formato de rosto vindo em sua direção até que não viu mais nada.
Malfeito feito
Continua...
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