Capítulo IV
Peter
- Quem é você!? - Me aproximo um pouco bravo em frente ao garoto e Luca que estava bêbado ao sei lado sentados no sofá.
- Sou Teles, amigo dele - Passa a mão no cabelo azul de Luca.
- Não, você não é amigo dele! - Fecho a cara com raiva, Teles faz um ar de deboche.
- Claro que sou, e algo a mais - Vira o rosto de Luca e dá um selinho. Luca estava sem consciência nenhuma.
- Eu vi você, passando a mão nele! - Ele se levanta deixando Luca deitar por completo no sofá.
- Idai, ele é fofo não acha - Ele fala lento com um olhar que eu gostaria de socar.
- O que está acontecendo! - Camila chega com Marta ao meu lado.
- Oi gatinhas - Sorri cínico.
- O que houve - Marta pergunta colocando sua mão no meu ombro.
- Ele passou a mão no Luca inconsciente - Camila caminhou até o garoto que mantém uma postura firme.
- O que você fez? - Olhou diretamente para o garoto.
- Ele gostou, sua boca é macia - Lambe os lábios e Thomas se aproxima com um olhar enfurecido.
- Eu vou pedir que saia daqui! - Thomas fala a abaixando ao lado de Luca que estava no sofá.
- A festa é pública não é? - Vira de costas para Camila e fica de frente para Thomas que se levanta.
- Mas eu sou o dono - Serra os punhos.
- Que emburrado, você gosta dele? - Faz um beicinho.
- Olha aqui - Camila o vira pelo ombro e dá um soco certeiro na boca.
- Sua idiota! - Tenta ir pra cima de Camila e Cauã entra no meio o empurrando para o lado de Thomas, que dá a volta e fica ao nosso lado.
- Querendo bater em mulher, que feio - Cauã nos olha sorrindo.
- Não gostamos disso, é muita covardia - Jane se junta com Camila e Marta.
- Olha só, os capangas - Ele nos olha todos juntos e dá um passo para trás.
- Saia daqui inteiro, ou sairá dentro de uma ambulância com os dentes faltando! - Cauã estreita os olhos, o que deixou apavorado.
- E não volte - Thomas cruza os braços, assim Teles sai batendo os pés.
- Ufa, obrigado gente - Abaixo os ombros.
- Se o Cauã não tivesse entrado no meio ele ia me bater - Camila suspira e abraça Marta e Jane.
- Foi quase amiga - Jane fala entre os abraços.
- Mas o que houve - Thomas pergunta.
- Ele passou a mão no Luca - Thomas respira fundo e fecha os olhos.
- Isso não vai mais acontecer - Cauã fica ao meu lado e logo vai até Jane e voltaram a festa.
- Quer que eu cuide dele? Não vai acontecer nada, eu juro - Thomas passa a mão no rosto de Luca e me encara.
- Pode ser, vamos levá-lo no seu quarto - Pegamos Luca e o levamos no quarto, Thomas ficou com ele o resto da festa, fui algumas vezes dar uma verificada pra ver se estava tudo bem.
- Ei, vamos voltar a pé - Camila chega até mim enquanto descia as escadas.
- Tudo bem, eu já vou indo - Desço as escadas e me encontro com aquela garota na qual fiz sexo. Ela estava com outro garoto, aceitei que ela não iria ficar só comigo e logo os vi indo para um quarto, o que me deixou triste.
Fomos para casa, Camila iria sair cedo de casa para ir na biblioteca, minha mãe e meu padrasto sai cedo para trabalhar, e espero que Luca acorde bem e vá para a escola.
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Acordo suando, como um desespero agoniante, tudo estava escuro como se eu tivesse cego, mas de repente apareceu uma luz, ela brilhava como um sol, começou a mudar de forma, uma forma humana. A luz se aproximou de mim, voltei a ver tudo novamente, eu estava no meu quarto e a luz estava lá, como uma luz novamente no meio do quarto.
Caminhei até ela, ergui meu braço e estiquei meus dedos para tocá-la sei que não é o certo a se fazer e que uma pessoa maus lúcida poderia ter corrido dela. Mas algo nessa luz me intrigava e me senti atraído pelo seu brilho, ao tocá-la eu vi algo, um homem loiro agachado no meio do nada, vi a luz entrar pelos meus dedos, não sentia dor.
Ela foi acabando entre do pelso meus dedos, minhas veias estavam brilhando a luz, fiquei levitando sobre o tapete, eu me sentia livre. Me senti tordoado a acabei apagando batendo a cabeça com força no chão.
Uma chama vermelha, era tudo que eu via, estava quente e me sentia ameaçado como se algo pudesse me atacar a qualquer momento. Caminhei por cima de um lago que parecia ser de sangue, aestava descalço e sentia a sola do pé molhando, ergui um dos pés e levei minha mão até a sola. Era sangue, um vermelho vivo.
Caminhei mais rápido me sentindo pressionado e claustrofóbico, avistei uma coisa preteada brilhando de longe. Andei até lá e vi algum tipo de trono, com espinhos nas pontas, altos e afiados, fechei os olhos tentando voltar pro mundo real, com certeza não passava de um sonho maluco.
Abri os olhos novamente e vi cabeças nas pontas dos espinhos do trono. Uma delas era preta com chifres junto com duas grandes assas negras fincadas acima da cabeça, outra como a cabeça de um robô, azul com detalhes prateados, e mais um que não dava pra ver o rosto, pois estava com um tipo de cabo de uma energia laranja enrolado em volta da cabeça.
Uma risada diabólica soava por todo canto olhei em volta mas não via nada.
- Olha só, um campeão, todo poder que desconhece, mas eu sou merecedor, e mereço esse poder - Uma sombra aparece sentado no trono, me afastar rapidamente. Eu só via olhos vermelhos.
- Quem é você? Do que está falando? - Falo com medo.
- Eu recebi a vibração do poder, eu vi o futuro - Ele olhou para as cabeças - E no futuro, eu irei matar esses hipócritas que pensam que vão me destruir - Pega a cabeça do robô e esmaga com suas garras extremamente longas.
- Eu-eu tenho que sair daqui - Começo a correr, mas eu não saia do lugar.
- Você não sabe o que estar por vir, portador - Tudo apaga novamente. E ficou assim por muito tempo.
Luca
Acordo com um braço em cima do meu peito, eu estava em outro quarto, penso bem antes de ter uma conclusão. Puta merda, eu sei de quem é, viro o rosto para o lado, me levanto apressado. Vejo Thomas coçar os olhos.
- O que eu estou fazendo aqui!! - Me afasto da cama, vejo ele saindo apenas de cueca.
- Você ficou bêbado ontem cara, não dava pra você dirigir - Olho em volta engolindo seco.
- Por que está assim? - Aponto para seu corpo.
- Eu sempre durmo assim.... Mas se quiser... Eu posso te levar embora! - Tenta se aproximar mas eu coloco a mão na frente impedindo. Vou até a janela, meu carro estava lá fora.
- Meu carro tá aí, eu vou ir - Tento passar por ele mas ele bloqueia.
- Eu quero conversar com você - Pega um short em cima da cama e veste.
- Sobre o que? - Seus olhos me olhavam sério e com um pouco de preocupação.
- Um cara chamado Teles abusou de você desmaiado ontem - Ele abaixa a cabeça, mas volta a atenção a mim rapidamente.
- Merda!! - Começo a tremer as mãos, de nervoso, raiva e preocupação.
- Eu verifiquei as câmeras depois da festa...... Quando você estava consciente, na área da piscina, você beijou ele - Que merda!
- O que você tem haver com isso!!!! Não é da sua conta - Fico irritado e tento passar por ele, que me bloqueia novamente.
- Espere - Olho nos seus olhos, mas o empurro pro lado.
- Se falar pra alguém, eu te esgano - Passo pela porta e saio da casa depois.
Que merda, eu me esqueci das câmeras, mas só foi um beijo rápido, eu estava confuso e com uma curiosidade imensa. Entro no meu carro e fecho os olhos sentindo toda raiva, como ele abusou de mim. Escroto nojento. Abro os olhos e começo a bater no volante sentindo lágrimas nos meus olhos, o que eu acho até muito dramático.
Vou para casa e durmo assim que chego, sem mandar mensagem pra ninguém ou nenhuma coisa do tipo.
Peter
Acordo quando já estava escurecendo, meu quarto estava todo bagunçado, antes de tomar um banho, limpei todo o quarto com uma grande dor de cabeça. Enfim abro o chuveiro e sinto a água cair, me senti em paz que até a dor de cabeça sumir.
A água para de cair sobre mim, olho para cima e vejo a água no ar, parecia que eu estava em gravidade zero, dou um leve susto que faz com que a água toda caia, e volta tudo ao normal. O que estava acontecendo?
Sai do banho me enxuguei e me vesti, desci as estava vendo minha mãe e meu padrasto, ele lia o jornal na poltrona, não lia de manhã porque saia antes de entregarem o jornal. Minha mãe fazia a janta e Camila na bancada mexendo no celular.
- Olha quem apareceu - Meu padrasto fala pegando o copo de café que estava na sua frente.
- Ouvi barulho a tarde inteira, tentei te chamar mas você fingiu que não ouvia - Camila bufa.
- Estava com fone - Não podia dizer que foi algo sobrenatural, eles iriam me chamar de louco. Ainda mais se eu contasse sobre o que aconteceu no chuveiro agora pouco.
- Sei - Volta a atenção no celular.
- Peter, querido. Seu padrasto vai viajar e ele decidiu me levar, só podia ser uma pessoa - Ela fala com cuidado e camila olha direto para o pai.
- E por que não levar eu - Ela fala.
- Me desculpe filha, mas só pode ir adultos - Ela bufa.
- Que saco, quero ser adulta logo - Cruza os braços.
- Melhor não falar isso, na minha época eu também queria ser, mas a vida só complica quando se vira adulta - Minha mãe fala abraçando por trás meu padrasto.
- Tanto faz - Dou um riso com sua resposta.
- Bom, Eu vou mandar mensagem pro Luca, vamos dar uma saída - Falo me retirando da cozinha.
- Mas e o jantar - Minha mãe me olha.
- Eu vou comer quando eu chegar - Subo as escadas indo para meu quarto.
Mando mensagem para o Luca dizendo pra gente ir até uma ponte abandonada onde passa os trilhos de trem, teríamos que deixar o carro parado e caminhar ate a ponte. Luca não demorou pra responder, e falou pra mim levar lanternas, ele iria levar uma garrafa de vodka. Sai de casa o esperando na frente.
Enfim ele chegou, entrei no carro e fomos até a beira da estrada, desci do carro já ligando a lanterna, dava uns vinte minutos até a ponte, não conversamos sobre nada no caminho, o silêncio era agoniante. Chegamos na ponte e nos sentamos nos trilhos, bebemos alguns goles ainda calados, então decidi começar uma conversa.
- Luca, eu preciso te contar uma coisa, maluca - Ele concorda com a cabeça então fala.
- Pode falar, estou ouvindo - Dá um sorriso.
- Acho que, um tipo de luz entrou no meu corpo, aquele dia no banheiro.. - Ele para e da uma risada.
- O dia do consolo? - Segura o riso pra eu continuar.
- Não era meu, deixa eu explicar - Ele ri do mesmo jeito.
- Tá bom, é que foi muito engraçado - Segura mais o riso.
- A luz tava na dentro, e acho que transformou a tampa do ralo.... No... No negócio - Agora rimos juntos.
- Transformou? Como assim Peter - Ele me olha om pouco mais sério.
- Ela entrou em mim hoje e.. - Começo ouvir uma risada medonha.
- E o que? Continua! - Me levanto e a risada estava mais alta.
- Essa risada, tá ouvindo - No fim da ponte vejo uma sombra, como uma grande capa, que cobria quase todo o corpo, desfazia como fumaça e voltava como um lop.
- Não tô ouvindo nada - Começa a caminhar na minha direção rapidamente, começo correr, Luca ficou parado.
Voltei para traz em direção a Luca mas esse ser, essa sombra aparece bem na frente, o que me fez cambalear para trás e tropeçar na madeira caindo da ponte, ouso Luca gritar e então fecho os olhos. Era meu fim vejo Luca gritando e aquele ser ao lado dele sem que Luca pudesse vê-lo, o que era mais estranho.
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