Encarando-me no espelho

Perguntei à minha alma:

"Você não se cansa do orgulho

Que todo ser humano exala?"

Encarando-me de volta

Não tardou em me dar a resposta:

"Como lhe posso ser franca

Se até mesmo você está cega pela revolta?"

"Não posso tornar a enxergar?", questionei-a.

"Só se eu conseguir me libertar.", respondeu-me.

"Farei qualquer coisa que me ordenar.", supliquei-a.

"Basta tirar a máscara, basta me encarar.", revelou-me.

Então, não havia mais porque hesitar,

quebrei-a.

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