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capítulo 8: celeste

A sala espaçosa fora invadida pela luz amarelada da tarde quando Hailey começou a contar, sentada na cadeira normalmente utilizada pelo professor, bem na frente dos outros. Sua voz tinha um ar misterioso e dramático adicionado ao tom natural rouco.

— Tudo começa na volta as aulas de 1992... Uma aluna nova, ela se chamava Celeste, chegou ao Preparatório Jefferson.

Os outros a ouviram atentamente, ouvidos ávidos por descobrir onde ela queria chegar.

— Sabe, ela era muito bonita, era bolsista. Chegou na escola através de uma ONG, que achava adolescentes inteligentes e davam o primeiro passo na educação deles. Celeste tinha 17 anos quando foi brutalmente assassinada.

— O quê? Morreu como? — Edward pergunta, sério.

— Aguarde e você saberá... Bom, a Celeste demorou para fazer amigos, mas o que não faltava pra coitada eram inimigos. As pessoas eram muito maldosas com ela... Hoje, temos a casa Bittencourt, mas, por muito tempo, não havia espaço para bolsistas. Alguns valentões fizeram da vida dela um verdadeiro inferno e, bom, ela aguentou...

Hailey fez uma pausa dramática, limpando seu garganta.

— Até uma fatídica sexta-feira... Uma sexta-feira em que ela decidiu revidar. Celeste vandalizou o quarto deles, não existiam casas ainda, então a invasão foi muito mais fácil, ela cagou em um saco e sujou o quarto deles, pichou as paredes, roubou diversas coisas deles… E eles ficaram putos.

— Meu Deus... — Brittany soltou, as sobrancelhas juntas, a mão delicada sobre sua boca aberta.

— E, como quase todo branco riquinho, eles eram sociopatas, prontos para dar o troco, três vezes pior. Eles planejavam fazer uma brincadeira, aparentemente inocente, mas as coisas saíram do controle.

— Que merda eles fizeram? — foi Pablo quem perguntou, o rosto contorcido de raiva, sua mão sobre a de Billy, que chorava silenciosamente.

— Pelo que dizem, eles a amarraram, de cabeça pra baixo, com a máscara de Demônio Violeta, o mascote do Preparatório na época, numa árvore um pouco além dos limites do campus.

— E o que aconteceu depois? — Billy questiona, abraçando o próprio braço para se proteger do frio, não causado pela temperatura, mas pelo terror.

— Alegaram ser apenas uma brincadeira, mas eles esqueceram ela lá, Celeste sufocou, o sangue se concentrou em sua cabeça, eles a encontraram roxa... O conselho fez o que pode pra livrar os garotos, eles eram ricos, os pais eram importantes... Mas, mais tarde naquele mesmo ano, uma garota desconhecida que havia descoberto o ato dos rapazes decidiu entregá-los para a polícia, apesar de não ter adiantado.

Hailey se levanta e vira para os outros, encostada na mesa, enquanto revirava sua bolsa.

— Até hoje ninguém sabe ao certo quem era a garota, — ela continuou — nem como ela conseguiu se esconder durante todo esse tempo.

— Jesus... — Ava expressa, embasbacada.

— Isso ficou conhecido entre os funcionários mais antigos como o Caso Celeste, mas o conselho encobriu tudo e a pobre coitada, morta, desapareceu.

— O quê? — os outros ficaram chocados.

— É que o corpo dela sumiu da sala da autópsia, todos sabem que o conselho pegou para que não fosse provado o que havia acontecido com ela. Isso é algo que, obviamente, não foi provado! Os desgraçados provavelmente tiveram um momento de pânico e foram atrás do Conselho, para se safarem.

— Mas, Hailey, como foi que esconderam isso por tanto tempo? E como você sabe disso? — Edward perguntou.

— Dinheiro, poder, influência! E a segunda parte, eu posso ou não ter invadido a sala do meu pai diversas vezes nos últimos anos…

— Então, você acha que os assassinatos no colégio estão acontecendo por causa desse assassinato de 30 anos atrás? — Abby pergunta, cético.

— Não sei... O que sei é que esse ano o assassinato completará 31 anos... Temos motivos para desconfiar — ela diz, convicta, levantando os olhos — Mas, para termos certeza, precisamos investigar.

— Então, vamos descobrir quem é esse desgraçado — Ava diz.

— Ou desgraçada. — Abby completa.

Hailey se afasta da mesa, tirando alguns papéis e fita adesiva de sua característica bolsa de lado.

— Então, por onde começamos? — Pablo perguntou.

— Vamos analisar as mortes! — Hailey disse, colando no quadro negro as fotos que conseguiu encontrar dos assassinatos. Ava virou o rosto para não relembrar do corpo morto de Noah. — Até agora foram dois, mas podemos teorizar sobre o perfil desse assassino.

— Tá bom, eu preciso dizer que isso é perturbador demais, Hailey! — Billy comenta, com as duas mãos sobre os olhos.

— Eu sei, mas juro que é necessário, Bil... Temos que descobrir quem tá fazendo essa merda antes que mais alguém morra.

— Então, você acha que é um assassino só? — Ava pergunta.

— Honestamente, não acho que uma pessoa só conseguiria colocar o Noah lá em cima daquela forma e, sabe... Vocês viram aqueles nós...

— É, infelizmente todos vimos — Jason responde, amargo, depois de ouvir toda a conversa em silêncio.

— Talvez não seja um assassino muito forte, nem muito calculista, nem metodista. O que me faz pensar que provavelmente é um adolescente por trás dos assassinatos, ou dois.

— Por que acha isso?

— Primeiro, ambas as vítimas eram magras e, se vocês reparem, — apontou a foto no quadro — ele atacou Eric por trás... Não deu a chance de defesa. — Hailey disse.

— Eu acho que o assassino é um exibicionista... A primeira vez que ele matou foi na frente de uma plateia e, depois, expôs o corpo no baile — Edward teoriza, os olhos focados nas fotos.

— De fato e isso, talvez, se encaixaria na história da Celeste? Tipo, toda a questão com humilhação pública e tal — Abby diz, coçando o queixo.

— A forma como o Eric morreu... — Pablo diz, passando os olhos de Abby para Ava — Estávamos sendo desafiados e provocados pelos veteranos... Uma situação de… Bullying?

— E a Celeste não foi morta usando cordas? Que nem o Noah… — Ava diz.

Antes que qualquer um pudesse responder, a diretora Brown entrou na sala de aula, as mãos posicionadas de forma rígida na barra de seu paletó, os olhos ágeis varrendo a sala. A diretora juntou as sobrancelhas quando viu as fotos dos corpos que Hailey tentava de todo jeito tirar, o mais rápido possível.

— Okay, crianças — disse, virando o rosto de forma relutante — Estão liberados, mas não quero vocês brigando de novo. Precisamos de união num momento como esse, ok?

— Ok, diretora Brown — responderam em coro.

Eles saíram juntos e depois cada um foi pro seu devido lugar. Exceto por Pablo, Abby, Edward e Billy, os quais a diretora chamou.

— Então, rapazes... Há um rearranjo, vocês quatro vão precisar dividir o quarto.

— Quê? Mãe?! Não!

— Sinto muito, Abby! Mas é necessário, vocês não vão ser os únicos, é necessário! Para nossa segurança, sim? — ela diz, afagando o braço do garoto.

— Eu acho que... Vamos ter que nos dar bem! — Billy disse.

Os outros três bufaram, reprovando o otimismo do loiro.

— Billyzinho, eu poderia socar a sua cara bem agora! — Abby sussurra, o rosto contorcido de raiva. O moreno saiu pisando firme do pavilhão. Edward se despediu e saiu também.

Pablo olhou para Billy, sorrindo.

— Tô começando a achar que o Abby gosta de você — provocou.

— E eu tô começando a achar que você é cego — o loiro respondeu, dando um soquinho no ombro de Pablo antes de também se afastar, deixando o de pele escura com uma expressão confusa e parado no meio do corredor.

Hailey estava saindo da biblioteca do pavilhão onde estavam anteriormente. A garota tinha alguns livros de psicologia e artigos sobre psicopatia em sua bolsa.

Àquela altura, o sol já estava se pondo e ela se dirigia a residência Albuquerque, a sombra longa se estendendo no concreto. O ar soturno do fim de tarde deixava Hailey pensativa, sua mente em um frenesi, tentando unir as informações: talvez fossem dois assassinos, provavelmente dois, quase certeza que dois... Talvez como em Pânico: um está arquitetando e o outro matando... Talvez...

— Genia, Hailey! — a voz ecoou, vindo de trás da garota, perto o suficiente para ser ouvido, mas longe o suficiente para que não fosse identificada, mesmo que fosse, definitivamente, familiar.

O coração de Hailey se acelerou, como se estivesse sentindo o que iria acontecer.

A morena se virou. Encarando a pessoa alta, vestindo o macacão roxo, azul e vermelho de corpo inteiro característico do uniforme masculino da torcida do Jefferson e... A máscara de Demônio Violeta. Hailey engoliu em seco, andando para trás.

— Mas, eu odeio gênios! — o desconhecido mostrou sua mão, deixando a faca reluzir na luz do crepúsculo. Andando, ele foi em direção a Hailey, a garota se virou e correu.

O pânico tomou conta dela quando a garota percebeu que aquela era uma área aberta, sem lugar algum para se esconder. A estrada se estendia por metros o suficiente para que ela estivesse, bem, fodida.

Suas têmporas estavam latejando, o vento se chocava contra seu rosto enquanto ela corria sem nem mesmo saber para onde estava indo. A bolsa pesada fazia seu ombro doer, seus pés já estavam doloridos. Ela não poderia evitar olhar para trás de tempos em tempos, vendo o borrão roxo se movimentar atrás dela, ao longe.

Hailey só parou quando chegou ao estacionamento elevado do Preparatório. A garota se agachou atrás de um dos carros, tentando pensar.

— Não adianta se esconder, Hailey... — o mascarado diz, passando a faca pela lateral de um dos carros, causando um barulho alto e irritante enquanto ele adentra o estacionamento com passos lentos e silenciosos. — Eu realmente não queria te matar... Mas, as vadias enxeridas precisam sempre se meter onde não são chamadas. — Sua voz soa esganiçada agora, indignada.

Através do vidro do veículo, ela viu o assassino procurar por ela, apenas alguns carros a frente. Havia fileiras de veículos no estacionamento. Ela tocou a bolsa com os diversos livros e, finalmente, encontrou uma solução.

Com movimentos delicados, retira um dos livros da bolsa, ouvindo as pisadas do assassino cada vez mais próximas. Sua respiração se tornando mais pesada, enquanto ela, com a mão na boca, tenta ficar quieta.

Hailey se esforça para não fazer nenhum barulho. Ela para para pensar, pega o calhamaço de psicologia e o mira para o lado oposto ao qual ela planejava ir.

Hailey joga o livro, acionando o alarme de um dos carros mais distantes. Chamando assim a atenção de seu perseguidor. Ainda agachada, ela dá a volta no carro, ouvindo o assassino correr em direção ao carro com o alarme acionado, fazendo um barulho irritante e ensurdecedor. Sapatos pesados batendo contra o concreto. A garota também corre, na direção contrária. Garganta seca. A respiração parece presa em algum lugar entre o pulmão e a garganta.

Correu, fazendo zigue zague pelos prédios, até a piscina olímpica. Jogando a bolsa primeiro, ela escalou o portão trancado e correu para dentro. Os braços já estavam doloridos quando a garota subiu, através de uma escadinha escondida, no telhado do vestiário. Hailey nunca agradeceu tanto por ter namorado Jeremy Thomas no segundo ano, provavelmente ela estaria morta se não tivesse aprendido sobre aquela escada.

Abaixada, Hailey viu o momento em que duas pessoas vestidas com as roupas em vermelho, roxo e azul se encontraram no portão fechado da piscina. As máscaras violeta se encarando.

Hailey ficou escondida, mão na boca enquanto ocultava sua respiração, tremendo por tanto tempo que ela nem se quer tinha noção de quantas horas haviam se passado. Com lábios trêmulos, ela correu, paranoica, até a casa Albuquerque.

Porém, o choque foi inevitável. O horror a perseguiu.

A garota deu um passo para trás ao perceber o corpo ali, sereno, iluminado pela luz amarelada do poste em frente a residência. A brutalidade era evidente em cada traço do corpo morto. Amarrado na árvore, tinha a barriga aberta, os intestinos puxados para fora, o sangue escorrendo da barriga até sua cabeça, os olhos ainda abertos.

— J-Jason? — gaguejou, antes de vomitar.

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