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˖࣪ ❛ CAPÍTULO CINQUENTA E SETE
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PERSÉFONE CAMINHOU DETERMINADAMENTE para o lado de Bella, que tinha Renesmee em sua mão assim como Edward. Eles pararam no meio da clareira cheia de geada e neve, sendo eles a cabeça que liderava o clã.
O ambiente tenso arrepiou os cabelos de Perséfone, onde ela buscou o apoio das únicas pessoas que poderiam lhe dar segurança naqueles momentos críticos.
Ela virou a cabeça em seu ombro, olhando para seus pais, que rapidamente voltaram o olhar para a pessoa mais amada entre eles; Persa deu a ele um pequeno sorriso que foi retribuído por Emmett e um aceno de cabeça de Rosalie.
Se tudo corresse bem, sua família sobreviveria.
Agora que seu olhar estava direcionado para os vampiros que haviam jurado sua lealdade eterna, Vladimir percebeu que Perséfone estava procurando por seus orbes vermelhos, onde ele não hesitou em olhar para ela e dar-lhe um aceno confiante tentando tranquilizá-la.
Ela virou a cabeça para frente, observando os quilômetros que havia entre eles e a entrada da floresta por onde os Volturi chegariam.
— Se sobrevivermos a isso, eu vou seguir você em qualquer lugar, mulher. — ela ouviu a voz de Garrett se dirigindo a Kate, que sorriu levemente.
— Agora que me fala?
— Quero muito ver o patriota comer um bambi. — Perséfone sussurrou com um pequeno sorriso no rosto, tentando amenizar a situação.
Ela ouviu a leve risada de Benji atrás dela, onde ela se virou para vê-lo por alguns segundos, pressionando os lábios em um sorriso, grata por ter encontrado um menino assim.
Os passos rápidos e firmes que se aproximavam do outro lado da clareira fizeram seu nervosismo crescer e ele ficar atento à chegada do inimigo.
— Bella. — Perséfone sussurrou uma vez que ela voltou seu olhar para a frente. — Eu quero te dizer... — Bella a cortou.
— Não o faça. Não diga adeus.
— Eu quero ter certeza de que disse isso, Bella. — ela continuou falando em persa. — Você é minha melhor amiga e eu te amo. — ela murmurou, apertando os lábios quando sentiu Bella olhando para ela com o canto do olho.
— Eu sei. Eu também, Pers.
— Lá vêm os mantos vermelhos. Aí vêm os mantos vermelhos. — ouve os murmúrios ansiosos de Garrett ao pensar em uma batalha.
O ar deixou os pulmões de Perséfone ao ver o grande exército que os Volturi possuíam, seus músculos se contraíram e ela engoliu em seco, observando cada rosto pálido que estava a muitos metros dela.
Edward. São muitos.Perséfone disse removendo a barreira de sua mente.
Muitos.
Não sobreviveremos ao primeiro turno. Ela se contorceu um pouco com medo através da conexão antes de colocar a barreira de volta.
O exército começou a se abrir, permitindo a passagem das mais altas autoridades do clã Volturi.
O olhar de Aro fixou-se diretamente na híbrida que Bella tinha ao seu lado, e ele sorriu perversamente, apreciando a tensão que ele causava nos músculos de Perséfone.
— Persa. — Edward falou baixinho.
Rapidamente a garota ativou seu dom auditivo, tentando criar alguma barreira invisível que os separasse da audição dos Volturi.
— Aro está procurando por Alice. — o vampiro murmurou, lendo a mente.
Dizendo isso, Perséfone removeu a barreira e continuou examinando cada Volturi até que seu olhar recaiu sobre Alec, o rosto do garoto estava contorcido em uma expressão de arrependimento e preocupação, a última coisa que ele queria era encarar a garota que ele cuidou por décadas devido a sua lealdade ao seu clã.
Perséfone queria correr e abraçá-lo e dizer-lhe o quanto sentia sua falta, mas não era possível. Ela não conseguia nem gesticular uma palavra sem que os Volturi suspeitassem da amizade clandestina que eles tinham. Ela não iria condenar Alec.
— Filhotes. — Perséfone chamou em voz alta, ainda olhando para o inimigo.
Os uivos não demoraram a chegar, os lobos respondendo ao chamado de sua alfa, deixando-a orgulhosa da lealdade e dos laços que formou com seus betas. Os passos dos animais não demoraram a aparecer, assim como a presença de Jacob de um lado de sua marca, rosnando para os Volturi ao sentir a ameaça que faziam a Perséfone.
Persa olhou para o lobo ao lado dela, seus orbes azuis cheios de preocupação. Ela franziu os lábios enquanto olhava mais para trás, observando Seth e Leah acenarem para ela.
Estamos com você, Perséfone. Ela ouviu a voz de Seth em sua cabeça.
Ela se virou novamente para encarar os Volturi, enquanto Carlisle se separava de Esme disposto a falar já que ele era o mais diplomático de todos eles.
— Aro. Vamos conversar. Vamos conversar de maneira civilizada como costumávamos fazer. — ele falou com uma voz calma e neutra.
— Palavras justas, Carlisle. Mas um pouco deslocado depois de ver o batalhão que você reuniu contra nós. — ele respondeu da mesma forma para dirigir seu olhar para Perséfone com um grande sorriso. — Mais quando você tem uma criminosa entre vocês.
— É bom ver você também, velhote. — Perséfone disse com sua melhor cara de nojo fazendo Aro sorrir ainda mais.
— Eu lhe dou minha palavra, essa nunca foi nossa intenção. Nenhuma lei foi quebrada.
— Vemos a menina e a híbrida! Não tire sarro de nós! — Persa fez uma careta.
— Ela não é uma garota imortal! — Carlisle gritou, seguro de suas palavras.
— E quanto a Perséfone, Carlisle? Eu adoraria saber por que ela está com você. — Aro perguntou torcido.
— Aro quer falar com Perséfone. — Edward murmurou sem olhar para sua sobrinha, lendo a mente de Aro.
Persa suspirou sabendo que teria que fazer isso mais cedo ou mais tarde, ela deu um passo a frente e deu outro, mas parou ao ouvir como Jacob iria segui-la e virou seu corpo para o lobisomem.
— Fique. — ela ordenou sério com seu olhar exigente fazendo o lobo rosnar em insatisfação. Ela olhou para seus betas que também estavam tomando medidas para seguir seu alfa. — Vocês também.
Colocando uma barreira mental nas vozes de Jacob, Seth e Leah repreendendo-o por suas ações, ela começou a se mover em um ritmo humano, sentindo como seus nervos cresciam pouco a pouco.
Renesmee agarrou-se à mão da mãe e do pai ao ver como a loba se afastava dela, sentindo aquela sensação de insegurança que só desapareceu com Perséfone.
Nesses momentos, Bella agradeceu mentalmente por ter dado parte de seu poder a Perséfone, esperando que isso lhe fosse útil quando ela entrasse na cova dos leões. Mesmo assim, não parecia suficiente, ela começou a tentar transmitir parte de seu escudo para ela para protegê-la, falhando várias vezes na tentativa.
Em velocidade vampírica, ela correu em direção aos Volturi, ficando a poucos metros dos líderes, que a olhavam com desconfiança e nojo, embora ela não esperasse menos depois de ter escapado de suas mãos.
— Velho. Oxigenado. Marcus. — ela cumprimentou um por um com um aceno de cabeça.
Este último teve que reprimir o pequeno sorriso que ameaçava surgir.
— Vadia psicótica, criança diabólica. O prazer é todo seu, como sempre. — ela falou com Jane e Alec, que pararam para olhar para ela com a mensagem clara de 'cale a boca antes que eles me façam te matar'.
Aro sorriu macabramente, ignorando todo tipo de fanfarronice que a garota à sua frente proferiu.
— Perséfone, que bom ver você bem, estávamos preocupados porque você havia fugido, não sabíamos onde você estava. — o vampiro estendeu a mão para a garota. — Me permite?
Perséfone avançou os dois passos que os afastavam, lambeu os lábios e observou entediada o membro que o homem lhe oferecia.
— Não, eu não permito. — simplificou, cruzando os braços e analisando cada falso olhar de diversão que Aro colocou em seu rosto.
— É uma pena. Eu realmente gostaria de ver como você evoluiu desta vez.
— Como eu evoluí ou como meu poder cresceu? — Perséfone zombou. — Meu poder cresceu um pouco, você sabe. Absorvendo um pouco sua guarda, daqui, dali. — a moça falava entediada sem dar importância.
— Como você ousa depois de tudo que fez? — Caius repreendeu com seu olhar furioso.
— Depois de quê...? Você realmente tem problemas com suas mentiras, você está começando a... — a mão de Caius em seu pescoço a fez cortar a frase. — Acreditar. — ela parou com uma voz pequena.
— Não me provoque. — o loiro disse por entre os dentes.
— Calma, querido. Você é gostoso, mas eu não dormiria com você, além disso, você tem mulher, certo? Ela é muito bonita atrás de todos vocês vendo o marido me sufocar. — ela dirigiu seu olhar para a mulher loira que a observava curiosamente em sua ligação. — Olá, linda. Deixe-me dizer-lhe que o seu marido é muito disfuncional. — tendo dito isso, Caius apertou ainda mais o seu aperto.
— Caius. — Marcus disse em um tom calmo, mas alerta, intervindo antes que ele pudesse quebrar o pescoço de Persa.
Para seu pesar, o loiro soltou a garota, voltando ao seu lugar anterior. Perséfone começou a tomar o ar que lhe faltava e riu levemente do comportamento do oxigenado, levantou-se como se nada tivesse acontecido e observou o líder atentamente.
— Minha amada Perséfone, você se transformou em uma híbrida impressionante. — ele saboreou cada uma de suas palavras. — Eu continuo insistindo para que você se junte a nós, mas vejo que você já escolheu um lado. — ele comentou desconfiado, fazendo Perséfone estremecer.
Perséfone suspirou e se aproximou um pouco mais de Aro, deixando a guarda um pouco tenso e alerta. Ela virou a cabeça para ver sua família e todo o clã que havia se reunido para lutar contra os Volturi, ela franziu os lábios enquanto ativava seu dom auditivo e olhava para Bella.
— Sinto muito. — ela sussurrou antes de me virar para ver Aro. — Eu vim propor um acordo. — ao ouvir as palavras da híbrida, Aro sorriu ainda mais.
Alec ficou tenso no lugar e desejou poder tirar o discurso dele antes de continuar cavando sua sepultura.
— Perséfone, não. — Bella disse dando um passo à frente, mas foi interrompida por Edward olhando para as costas de sua sobrinha. — Perséfone vai se entregar, tire suas mãos de mim.
— Ela já fez sua escolha.
Renesmee olhou preocupada para Jacob, que estava rosnando em desacordo assim como Seth e Leah, prontos para começar uma batalha enquanto seu alfa não desistisse.
— Quero a paz da minha família em troca de mim. — murmurou a ruiva, ignorando a amiga e matilha, baixando a barreira auditiva já que era em vão.
O clã congelou, Kate olhou estupefata para Perséfone e depois virou a cabeça para seu companheiro de vida, que estava franzindo a testa com o desgosto que a ideia de Perséfone deixar sua família estava causando nela.
— Harirat misria. — alertou Benji, dando alguns passos à frente, mas sua esposa o deteve com um forte aperto em seu braço.
Benji olhou para a Tía, ela franziu os lábios e balançou a cabeça. Benji olhou novamente para os cabelos ruivos da amiga, onde ela se entregava para impedir a luta.
Aro observou Perséfone atentamente sem tirar o sorriso de seu rosto, sem dizer uma palavra ele estendeu uma das mãos convidando-a a ler sua mente. Persa relutantemente pegou a mão do homem, deixando-o excitado e envolveu a outra em torno dela, tentando apreciar cada memória que a híbrida possuía desde que ela escapou de sua guarda.
Aro fixou seu olhar em Perséfone, que franziu a testa quando viu que o vampiro olhava para ela, interessada e atordoada.
— Eu não vejo nada. — ele gritou excitado, soltando a mão de Perséfone.
— Como isso é possível? — Marcus perguntou, olhando para a híbrida.
— Eu me pergunto se você já se desenvolveu o suficiente para ser imune a todos os nossos dons como a maravilhosa Isabella. — Aro falou olhando para a recém nomeada. — Jane.
Perséfone suspirou ao ver a vampira com um pequeno sorriso com a ideia de fazê-la sofrer.
— Vamos lá, sua vadia psicopata. Não se segure, eu sei que você quer fazer isso. — a híbrida se estreitou com uma leve diversão.
Jane respondeu com um leve sorriso irônico antes de começar a aplicar sua dor paralisante em Perséfone. A ruiva pôde sentir como a aura da habilidade começou a se prender em seu corpo, onde ela logo se encolheu, levando as mãos às têmporas e levemente gritando de dor, fazendo Aro sorrir no rosto ao vê-la sofrer.
Perséfone interrompeu abruptamente sua apresentação e ergueu a cabeça com um sorriso. — Se você quiser ferir um híbrido, você precisará de mais do que isso.
Ela rapidamente fixou seu olhar em Jane, invertendo os papéis enquanto era ela quem aplicava o presente, a loira rapidamente sentiu sua própria dor agonizante fazendo-a cair no chão. Alec olhou para a irmã e se aproximou dela, mas vendo que a dor não parava, começou a soltar sua fumaça neutralizante em direção a Perséfone.
— Chega. — Aro berrou para a híbrida, fazendo-a pular e perder o foco, interrompendo o presente.
— Eu não vou dizer isso de novo. Tique-taque, Aro. Você aceita sim ou não? — perguntou Perséfone, encarando-o.
O líder manteve o olhar em Perséfone por alguns segundos, examinando a garota com intriga e seriedade. Ele virou a cabeça para seus guardas, dando-lhe um leve aceno de cabeça, fazendo com que eles se aproximassem rapidamente da híbrida para pegá-la pelos dois braços.
Perséfone começou a lutar com os dois guardas que a seguravam, movendo-a para o lado dos líderes enquanto continuava a segurá-la.
Aro concentrou sua atenção de volta em Renesmee.
— Edward. — ela chamou. — Vendo a garota pendurada em sua nova parceira. — ele estendeu a mão dando alguns passos curtos. — Presumo que esteja envolvido.
Perséfone observou com tristeza a cena em que Edward tocou o cabelo de sua filha e começou a caminhar em direção ao líder dos Volturi. No momento em que o vampiro deixou sua posição lateral, Bella franziu os lábios observando sua melhor amiga enquanto ela mudava sua filha para a direita, deixando-a entre ela e Jacob.
Perséfone continuou a lutar um pouco com o olhar fixo nos degraus que se aproximavam de seu tio, concentrando-se no escudo que Bella lhe deu, tentando transmiti-lo a ele. Ela poderia jurar que conseguiu por alguns segundos, mas a aura avermelhada voltou para ela abruptamente.
Aro pegou a mão de Edward, envolvendo-o em todas as memórias que seu tio possuía em apenas alguns segundos, inevitavelmente criando caretas de espanto. O líder vampiro separou-se de Edward, encarando a garota que estava alguns quarteirões à frente deles, examinando-a com muita curiosidade e preocupação.
— Eu gostaria de conhecê-la.
Perséfone rapidamente começou a lutar rudemente, recusando-se a deixar sua marca chegar perto do homem. O guarda apertou seu aperto forçando-a a parar de se esforçar se ela ainda queria seus membros em seu corpo, mas isso não impediu o lobo de Perséfone de rosnar enquanto sua marca caminhava em direção à ameaça junto com Jacob, Bella e Emmett.
Aro olhou com adoração para a pequena híbrida humana-vampira que apareceu diante de seus olhos, até que ele notou Bella.
Ele suspirou enquanto a olhava de cima a baixo. — Muito bonita. A imortalidade combina com você.
Ele olhou para Renesmee novamente, fazendo com que Perséfone começasse a lutar novamente sem se importar em perder seus membros.
Ela girou o braço direito fazendo com que o homem que a segurava soltasse sem querer e chutou o outro com força fazendo com que ele caísse, desaparecendo o aperto.
Ela ficou na frente de Renesmee rosnando para o líder dos Volturi, que olhou para ela com um sorriso perverso e torto, como se estivesse esperando que Perséfone reagisse assim.
Ele soltou uma risada estridente enquanto apontava para os híbridos.
— Pela sua reação, tenho certeza que você sente algo pela garota, querida. — Aro falou para Perséfone, que olhou de soslaio para baixo, onde Ness estava segurando seu braço enquanto observava Aro, um pouco assustada com sua risada peculiar.
Aro suspirou dramaticamente e olhou para Perséfone com um sorriso. — Você se envolveu com ela. — ele expressou com um espanto macabro. Ele soltou outra risada fazendo Ness olhar para ele com mais curiosidade. — Eu tinha certeza que você continuaria reprimindo seu lobo até o dia em que morresse.
— Bem-vindo ao clube. — Perséfone respondeu ironicamente.
Aro olhou novamente para a garotinha agarrada na híbrida. Renesmee começou a se separar do lobo e avançou em direção a Aro cautelosa e desconfiada, ela sabia de tudo que havia feito a Perséfone e não queria que ela se entregasse para que pudesse continuar vivendo em paz.
— Olá, Aro. — Renesmee pronunciou enquanto dava os passos leves.
A híbrida observou como sua marca ignorou a mão que Aro estendeu para ela para que ela mesma pudesse aplicar seu próprio dom; Ela colocou a mão na bochecha do homem sem deixar seus olhos vermelhos, transmitindo-lhe todas as lembranças que ela teve em sua curta vida.
— Magnífico. — o líder foi capaz de articular enquanto se endireitava.
Bella não perdeu tempo, pegando o ombro de sua filha e rapidamente puxando-a para o lado dela e de Perséfone.
— Meio mortal, meio imortal, e marca da híbrida. — Aro anunciou, virando-se para seu exército. — Concebido e gerado por essa... — ele se virou para Bella. — Recém-criada, quando ela ainda era humana.
— Impossível, — Caius retrucou, fazendo Jacob rosnar para ele.
— Vá embora. — declarou Perséfone antes de ser levada novamente por dois guardas e colocada no local inicial onde a haviam colocado.
— Você acha que eles me enganaram, irmão? — Aro perguntou, virando-se para o homem.
Bella, Edward e Renesmee começaram a sair em um ritmo rápido, enquanto Jacob continuou a rosnar para Aro enquanto sentia a ameaça de sua marca e companheira de vida.
— Traga a informante. — declarou o loiro fazendo Irina Denali se aproximar do local.
Perséfone rapidamente a reconheceu como a mulher que a vira se transformar quando Renesmee estava caçando flocos de neve; prima distante de Denali. Persa observou atentamente as irmãs da loira, onde elas ficaram tensas ao vê-la.
— É a garota que você viu? — Caius perguntou com muita seriedade no rosto, apontando para Renesmee, que já havia retornado ao seu lugar.
Irina sob seu olhar. — E-eu não sei.
— Jane.
— Perséfone. — ela ouviu o sussurro de Tanya de sua posição no momento em que Caius nomeia a loira.
Automaticamente Perséfone fez questão de soltar seu escudo em direção à irmã do Denali, tentando ignorar o fato de que era dela que eles estavam ali em primeiro lugar.
— Ela mudou. Esta menina é maior.
— Suas acusações são falsas. — decidiu Caius.
— Os Cullen são inocentes. Errei e assumo a responsabilidade. — afirmou Irina antes de olhar para o clã de suas irmãs. — Sinto muito.
Perséfone começou a lutar ao ouvir os gritos penetrantes das irmãs Denali pela perda de Irina.
— Zafrina. Cegue-as. Perséfone, desative os presentes de Kate. — Edward ordenou, fazendo com que a híbrida focasse seu olhar em Kate.
De longe, Perséfone se concentrou na aura elétrica liberada pelo Denali, vendo como a loira estava eletrizando Garrett para escapar e atacar os Volturi; até que ela aplicou força mental suficiente, parando os choques elétricos que ele forneceu.
— Dor. — ela ouviu o sussurro de Jane ao lado da de Edward.
— Hey! — Perséfone exclamou, lutando para atacar Jane.
Sem hesitar, ela começou a buscar cegá-la com seu dom, assim como Bella criou um campo protetor em seu clã.
Graças a Eleazar e Benji, ela conseguiu dominar o sentido da audição e do tato, nunca havia tentado implementá-lo sob tanta pressão, mas aparentemente funcionou.
Jane se agarrou ao irmão, atordoada por perder a visão, Aro franziu a testa para o rosto assustado proporcionado por sua melhor arma, virando a cabeça para Perséfone, que estava com seus orbes azuis presos na loira Volturi; então ele olhou para Bella, onde a garota estava lançando uma aura transparente cobrindo todo o clã.
Bella olhou para Perséfone ao mesmo tempo em que trazia suas orbes azuis para ela, onde elas se entreolharam com um sorriso cúmplice, vendo como uma ganhava tempo e a outra protegia os que mais amavam.
Os líderes automaticamente deram um passo, surpresos ao ver como o presente de Bella tinha tanta grandeza para repelir o presente de Jane. Assim como Perséfone.
— Aro, nenhuma lei foi quebrada. — Carlisle assegurou.
— E quanto a proteger uma criminosa? — Caius repreendeu com uma cara de nojo.
— Eu não quebrei nenhuma lei, Oxigenado! Eu sou uma híbrida! A criatura mais poderosa do mundo inteiro, a união das raças!— Perséfone gritou, lutando novamente. — Se meu crime é ser mais poderosa do que todos vocês e me temer, terei prazer em alimentá-los com o pó.
— Perséfone, você está absolutamente certa. Nenhuma lei foi quebrada. Mas isso significa que não há perigo? — indagou Aro com voz calma. — A vampira vârcolac é uma criatura muito poderosa que deve ser dominada... — Perséfone o interrompeu.
— Antes de ingressar no seu império, prefiro a morte.
— Pela primeira vez em nossa história, os humanos são uma ameaça para nós. — Aro continuou seu discurso, ignorando completamente a híbrida. — Com sua tecnologia moderna, eles fizeram armas que podem nos destruir. — ele se virou para Perséfone. — É por isso que a híbrida mais recente nos pertence e deve estar sob nossos cuidados.
Vladimir e Stefan começaram a dar passos em direção aos Volturi, assim como Emmett e Rosalie antes de levar sua filha de volta com eles, mas foram parados por seu próprio clã antes de fazerem algo louco.
— Tire suas mãos de mim, ela é minha filha. — Rosalie repreendeu tentando se livrar de Carmen.
— Se você for agora, eles vão nos matar.
Os lobos em seu bando rugiram ameaçadoramente, atraindo a atenção rápida de Perséfone, fazendo-a balançar a cabeça, tentando acalmá-los.
— Fiquem. — Perséfone ordenou com voz firme de seu lugar, fazendo com que Vladimir e Stefan automaticamente parassem de lutar para ir procurá-la.
— Proteger nosso segredo nunca foi tão... Imperativo. — Aro continuou seu discurso. — Em tempos tão perigosos, apenas o conhecido está seguro. Apenas o conhecido, é tolerável e não temos ideia do que vocês... Os híbridos podem causar.
— Não! Tínhamos um acordo!— Perséfone gritou com as ideias de Aro, tentando dar um passo adiante que foi rapidamente privado.
— Vamos viver com tanta incerteza? Evitamos uma luta hoje para deixar de existir amanhã?
Um aroma doce atingiu as narinas afiadas de Perséfone, fazendo suas pernas tremerem e ela olhou ainda mais para trás em todo o seu clã e matilha.
Ela conhecia muito bem aquele cheiro, era preciso muito autocontrole para estar perto dele; mas senti-lo novamente a deixou louca.
La tua cantante.
— Você está atrasado. — ela sussurrou desanimada, olhando para longe.
— Irmão. — a voz murcha de Edward foi ouvida quando ele jogou a cabeça para trás.
Lá estava Mecías Relish aproximando-se do campo de batalha com passo rápido e firme como um soldado, ao lado dele estava sua irmã Nicanora, assim como Alice e Jasper.
Edward e Rosalie olharam atentamente para os dois meninos, Mecías ainda tinha seus cachos loiros e olhos azuis, enquanto Nicanora havia trocado aquele cabelo preto azeviche que ela tinha quando criança, por cabelos loiros como os de seu irmão.
Eles conseguiram. Encontraram Mecías.
O passo do loiro e de Nicanora diminuíram pouco a pouco enquanto eles se acomodavam no exército, Cullen, Alice e Jasper seguiram seu caminho, aproximando-se da guarda Volturi; este último com o olhar fixo na esposa, sentindo todo o turbilhão de sentimentos que teve ao reencontrar seu primeiro amor.
Mecías foi para o lado de Edward, desconfiado da reação do vampiro, mas ele apenas estava ali, observando-o como se estivesse em algum tipo de devaneio. O loiro olhou com mais atenção para o policial que estava ao seu lado.
— Mecías. — ele ouviu a doce voz melódica da garota de sua espécie, cativando toda a sua atenção.
— Sempre pensei que seria Rosalie quem começaria uma guerra. — disse Mecías, sem saber o que dizer quando visse Edward novamente. — Eds... — ele murmurou seu apelido, fazendo o homem de cabelos cor de cobre apertar os lábios.
— Obrigado por vir, mano. — foi a única coisa que conseguiu articular, resistindo à sensação de abraçar o loiro.
— Através de bons e maus momentos para você. — ele brincou, voltando o olhar para a frente.
Lá ele a viu. O amor de sua vida.
Perséfone Hale. A mulher que ele sempre amará, não importa o que aconteça.
Seu coração encolheu de fúria e agonia ao vê-la capturada novamente nas mãos dos Volturi; ele passou décadas protegendo-a junto com Alistair - embora ele o odiasse por tê-lo colocado à procura dos Volturi - para vê-la novamente tão vulnerável, não importa o quão sérios e desafiadores seus olhos fossem.
Mecías limitou-se a apertar os lábios e dar-lhe um leve aceno de cabeça.
Perséfone teve que resistir ao impulso de se livrar dos Volturi e ir abraçá-lo com todas as suas forças para dizer o quanto sentia falta dele. Ela sabia que Mecías sentia o mesmo que ela, mas naquele momento eles não podiam fazer nada além de se admirar de longe.
Então Perséfone apenas franziu os lábios e devolveu o consentimento.
O ar deixou seus pulmões quando ela olhou para o marido e, ao lado dele, Alice. Ela lutou inconscientemente quando o viu se aproximando cada vez mais de sua posição, aumentando a velocidade de seus passos e sua firmeza.
Rapidamente, alguns membros da guarda os interceptaram violentamente, impedindo sua passagem devido à força que exerciam junto com as lutas que aplicavam; Isso não passou despercebido por Perséfone, que também começou a se debater ao ver como Jasper era maltratado.
— Minha querida, querida Alice. Você não sabe o quanto estou feliz em vê-la aqui, afinal. — Aro disse animadamente antes da presença.
— Tenho provas e testemunhas de que a menina não será um risco para nós. — Alice assegurou, ainda sendo segurada pelo guarda, ela estendeu a mão. — Te mostrarei.
— Irmão. — Caius murmurou desconfiado.
Aro acenou para Alice passar, onde ela empurrou o guarda com o rosto manchado de tédio. Enquanto a vampira avançava em direção a Aro, Jasper aproveitou para ver Perséfone mais de perto, apreciando cada momento de deleite com a imagem dela até que Demetri lhe deu um tapa fazendo com que Perse reagisse mal.
— Se você colocar outro dedo nele... — Perséfone sibilou, lutando contra o aperto, mas o vampiro se virou para ela e chutou seu joelho que a fez ofegar de dor; A luta e o olhar preocupado de Jasper foram imediatos. — Imbecil. — Persa murmurou enquanto se curava e se recuperava, ganhando a paz de espírito de seu parceiro.
Alice chegou a Aro, onde o homem pegou sua mão emocionado, disposto a ver o futuro que lhe era proposto.
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