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˖࣪ ❛ CAPÍTULO QUARENTA E NOVE
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PERSA ERGUEU A cabeça ao ouvir o uivo no norte da floresta, suspirou internamente ao começar a caminhar para lá, sentindo o olhar de seus companheiros fixo em suas costas.
— Eles uivam para você e você vem? Simples assim?— ele ouviu Garrett perguntar fazendo Persa se virar para olhá-lo.
— Sim, é o meu bando. Portanto, eu sou responsável pelos filhotes. — ela simplesmente respondeu pronta para se virar, mas a voz de Carmen Denali a tirou de sua ação.
— Você tem seu próprio bando? — ela perguntou, intrigada com a situação híbrida da garota. — Deve ser interessante pertencer a ambas as raças.
— Jacob e eu somos os alfas, ele está em nossa linhagem. — ela explicou brevemente, sem saber bem o que responder.
— Apenas tome cuidado. — Bella concordou sabendo que Persa estava começando a ficar tensa.
A ruiva apenas acenou com a cabeça para a amiga, dando-lhe um sorriso caloroso de segurança para tranquilizar a recém-criada.
Os vampiros começaram a observar enquanto a garota dava um leve trote antes de desaparecer na velocidade dos vampiros, pronta para se juntar ao bando.
— Agora entendo porque os Volturi a odeiam. — Eleazar falou, observando para onde a ruiva havia ido, ganhando os olhares dos presentes. — Você tem uma arma poderosa em seu clã, embora eu deva admitir que ainda não desenvolveu totalmente seu poder... — Bella o interrompeu com uma careta.
— O que você está falando?
Eleazar olhou para ela e sorriu. — Você realmente acha que ela só pode praticar uma parte do poder absorvido? — ele perguntou com leve zombaria.
— Explique. — Carlisle perguntou gentilmente.
— Não há muito o que dizer, é só focar na parte que roubou e estender ao original. — vangloriou-se sem saber ao certo como dizê-lo. — Persa absorveu parte do dom da audição, mas a fonte é capaz de expandi-lo para outros sentidos. — encolheu os ombros. — Ela deve apenas canalizar a pequena parte do poder que absorveu e imitar para os outros sentidos. — ele ergueu as sobrancelhas com uma careta. — Eu chegaria ao ponto de dizer que ela pode devolvê-los ao portador original.
— Isso significa que pode bloquear mais do que apenas ouvir? — Edward perguntou dando alguns passos para frente.
Eleazar hesitou. — Se ela quiser, sim. Embora eu não ache que aguente vários sentidos ao mesmo tempo, tem muito pouca absorção nesse dom e elementos, embora o escudo seja o que mais pude perceber depois do espelho sifão. — disse o Denali de olhos dourados. — Claro que ela absorveu, pois não está na íntegra.
Bella franziu a testa em confusão e olhou para o marido com as informações que haviam acabado de receber do leitor de presentes.
— Persa nunca nos disse isso, ela não gosta de roubar presentes de outras pessoas. — falou a recén-criada, lembrando-se de todas as conversas com o vampiro.
— Ou talvez ela tenha feito isso sem perceber quando seu dom ainda não havia sido ativado. — Carlisle falou para a garota Swan.
— Mas Persa só se juntou a nós antes de seu dom ser totalmente ativado. — Edward disse em um murmúrio um tanto confuso.
Garrett sorriu. — Parece que a pequena híbrida mortal tem seus segredos sujos debaixo do travesseiro.
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— Vocês ainda tem muito que aprender, mas não se preocupem. Vamos ajudá-los a passar por essa mudança... — Jacob não conseguiu terminar.
Antes que os novos lobos de seu bando pudessem reagir, Persa já estava avançando sobre Jacob, agarrando-o rapidamente pela camisa sem mangas, jogando-o contra uma das árvores da floresta com sua velocidade de vampiro.
Os mais novos ficaram petrificados ao sentir o cheiro de coco da garota que caiu contra seu alfa, ela era muito rápida e, aparentemente, forte. As três crianças deram um passo à frente ao ver a ruiva com o antebraço em volta do pescoço de seu alfa.
— Sempre fazendo grandes entradas, Persa. — Jacob disse ofegante devido ao aperto da sua marca.
A garota sorriu de lado com auto-suficiência e seu ego nas nuvens, mas ela virou a cabeça quando ouviu como os três lobos rosnaram para ela em defesa de seu alfa, fazendo-a fazer um beicinho.
— Eles são muito fofos para ainda serem lobos. — a garota apontou enquanto soltava Jacob e focava sua atenção nas crianças a sua frente. — Mas eu gosto da ideia de novos cachorrinhos. — ela sorriu animadamente.
— Ela é Perséfone, a co-alfa. — Jacob disse, de pé ao lado da menina.
— Uma mulher? — perguntou um deles franzindo a testa, fazendo com que Persa entendesse mal a pergunta.
— Você acha que porque eu sou uma mulher eu não posso ser alfa? — ela perguntou ameaçadoramente com sua sobrancelha levantada.
O garoto rapidamente balançou a cabeça com o tom que a ruiva havia implementado, sentindo como seu lobo interior gritava com o rabo entre as pernas.
— Não, não, não. Não quis dizer isso, só não vejo muitos lobos mulheres. — o garoto explicou rapidamente, fazendo com que Persa acalmasse radicalmente sua carranca ao esboçar um sorriso radiante, confundindo os novos membros com sua mudança de humor.
— Cachorrinhos, vocês tem tanto a aprender. — disse a menina enquanto se aproximava dos três meninos e se colocava entre eles. — Vocês tem que me dizer suas comidas favoritas, eu gosto de manter meus filhotes felizes. — Persa começou a tagarelar enquanto se moviam com os lobos pela fauna da floresta.
— Por que só eles você alimenta com coisas que eles gostam? — Jacob perguntou com um leve aborrecimento. — Eu também quero coisas ricas.
— Você tem 17 anos, você pode cozinhar sozinho. Além disso, eles são meus filhotes, temos que alimentá-los. — exclamou a menina enquanto pegava a bochecha de um dos lobos e os apertava.
— Que bela marca. — Jacob revirou os olhos ironicamente.
Os três lobinhos soltavam pequenas exclamações enquanto mostravam suas caras de espanto, fazendo Persa rir um pouco com a reação dos meninos ao saberem disso.
— Você encontrou sua marca? — um gritou, avançando para Jacob.
O moreno olhou com admiração para Persa enquanto assentia. — Eu tenho a melhor. — disse ele com um sorriso enquanto caminhava pela vegetação rasteira.
— Isso significa que você também teve um imprinting com ele? — perguntou um dos garotos que estava ao lado de Persa.
A ruiva deu um leve sorriso e balançou a cabeça. — Meu imprint é Renesmee. — explicou ela, lembrando-se da garota de seus sonhos dourados. — Mas Jake e eu sempre teremos um vínculo especial.
Os lobos novamente exclamaram com os planos que os ancestrais haviam feito para eles, e as dúvidas não demoraram a surgir. Ambos os lobos responderam a todas as dúvidas que os presentes tinham diante daquela rara combinação de improria e mistura de espécies; onde os novos integrantes rapidamente entenderam que os imprints não estavam destinados apenas a ser um casal, mas que estavam satisfeitos com o que deveria ser e pronto.
— Vocês podem causar muito dano, então cuidado com seus golpes. — Jacob falou enquanto se esquivava das árvores e descia a colina.
— Claro, não quero nenhuma notícia sobre um cachorro gigante atacando sua mãe porque não vai assistir na televisão. — acrescentou Persa, divertida, fazendo os lobos rirem um pouco.
Mas o riso e a tranquilidade cessaram de ouvir e sentir a presença de vampiros fora de Forks. Um cheiro desconhecido e potencialmente morto invadiu as narinas de Perséfone, onde o aroma não demorou nem dois segundos para chegar aos lobos.
— Eu os odeio. — Perséfone murmurou antes de correr para onde os passos vieram.
Ela imaginou duas figuras humanas correndo rápida e agilmente pela floresta de Forks, assim que ela começou a ganhar velocidade ao ouvir os lobos se aproximando. Perséfone saltou em direção ao de cabelo branco pronto para derrubá-lo, mas ele foi mais ágil e com um tapa a jogou pelo ar, atingindo uma árvore.
O grito de Perséfone não passou despercebido por Jacob, que ordenou que o rebanho continuasse enquanto ele buscava sua marca. Ele ouviu os leves gemidos de dor emitidos pela ruiva, então o lobo colocou as orelhas para trás enquanto miava e a lambia levemente.
Com a ajuda de Jacob, Persa se levantou, admirando como os homens estavam em uma das colinas, observando a cena com ar divertido; os vampiros com quem Perséfone estava interagindo horas atrás não demoraram a chegar.
Perséfone rosnou para eles com raiva, sem precisar esconder seu descontentamento com as novas presenças.
— Vladimir, Stefan. — o líder do clã Cullen gritou. — Estão muito longe de casa. — disse ele com um sorriso tenso.
— O que eles estão fazendo aqui? — Kate sussurrou defensivamente.
Perséfone bufou, revirando os olhos. — Por que todos parecem saber quem eles são? — perguntou irritada olhando para seus aliados.
— Estou surpreso que você não tenha ouvido falar de nós. — Vladimir falou com seu velho sotaque europeu. — Embora você seja muito jovem para saber quem somos, lupul suge sânge. — ele pronunciou em um idioma desconhecido para a ruiva. — Mas devo dizer que seu sangue é realmente tentador.
— Lupu...? O quê? — indagou com desdém, sem entender uma só palavra do que dizia.
— Nós ouvimos que os Volturi estavam se vendendo para enfrentá-los, eles não achavam que fariam isso sozinhos. — o loiro continuou falando, ignorando as palavras da garota.
— Nós não fizemos o que eles pensam. — Carlisle se defendeu.
— Nós não nos importamos com o que vocês fizeram, Carlisle. Embora ter a vampira vârcolac prove muito do que eles especulam. — ele se gabou, desviando o olhar com desinteresse.
— Esperamos um milênio para que a escória italiana fosse desafiada. — Stefan sibilou com um sorriso macabro.
— Milênio? — Perséfone engasgou em um sussurro, levantando as sobrancelhas em espanto, ela sabia que Carlisle era velho, mas não era tão velho quanto eles.
— Não vamos lutar contra os Volturi. — Carlisle advertiu sobre as suposições dos vampiros.
— Que pena. — Vladimir disse sem nenhuma expressão. — As testemunhas de Aro ficarão desapontadas. — limitou o amigo, olhando-o com o canto do olho.
— Eles gostam de brigas. — ambos disseram falsamente.
Perséfone não pôde deixar de sentir olhares fixos nela, fazendo-a olhar ao redor de toda a floresta. Se as pessoas de Aro os estivessem seguindo e de olho neles, os Volturi viriam atrás dela, mas antes que ela pudesse continuar pensando sobre os diferentes cenários, Jacob esfregou a cabeça contra ela, tirando-a de seu devaneio.
Ela olhou com leve suspeita para os dois novos vampiros que se juntaram à linha de testemunhas, enquanto os dois homens estudavam a híbrida do Clã com seus olhos.
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Perséfone suspirou ao ouvir a conversa que os clãs estavam tendo na biblioteca de Carlisle, sentada de um lado de Jacob, com ele envolvendo seus ombros em sinal de apoio, e do outro lado Bella, ambos os amigos tensos e atentos ao que estava sendo dito.
— Quando Aro quer alguém de um clã, não demora muito para ele encontrar evidências de que aquele clã cometeu um crime. — Eleazar explicou ficando de braços cruzados.
— Então ele já fez isso antes. — Bella afirmou.
— Muito raramente, nunca notei que era um padrão. — disse o encolher de ombros.
— Parece que ele sempre perdoa uma pessoa se ela realmente mostra arrependimento. — Carlisle interveio, olhando para os presentes.
Perséfone bufou no lugar enquanto cruzava os braços e as pernas. —Essa pessoa sempre tem um presente que Aro quer. Eu sou a prova disso, aqui estou eu, a híbrida que ameaça toda a raça vampírica, continuo viva e torcendo pelo meu presenteS — falou a ruiva. — Muitas vezes Aro tentou me recrutar como um deles. — acrescentou em seu discurso.
— E o que aconteceu? — Alistair perguntou atrás dela com um leve interesse em sua voz.
Persa virou-se para vê-lo encolher os ombros. — Eu recusei por 50 anos, mantendo-me cativo e me torturando várias vezes. — ela respondeu simplesmente ao retornar à sua posição anterior.
— Isso é tudo por causa de Alice e Perséfone, ela não tem ninguém como elas... — Bella interrompeu as palavras de Edward.
— E foi por isso que ela foi embora. — ela interveio, olhando para a híbrida ao seu lado. — Você também escapou para a Armênia. — disse ela com uma careta.
— Eu não fugi como uma covarde. — ela gritou, tentando soar tão convencida quanto possível, ninguém em sua família deveria saber o que ela, Jasper e Alice sabiam.
— Então por que ele quer testemunhas?
— Para espalhar a notícia de que a justiça foi feita. — Alistair falou avançando alguns passos, sua voz profunda fazendo o cabelo de Perséfone ficar ligeiramente em pé, rapidamente se sentindo desconfortável. — Depois de massacrar um clã inteiro.
Os vampiros na sala estavam cheios de confusão de nervos e inquietação, Persa observou como Carmen e Tanya Denali deram as mãos, preocupadas com as palavras do homem loiro.
Persa ficou tenso ao ver como Amun, líder do clã egípcio, se levantou ao lado de seu parceiro, indo rapidamente em direção a seu amigo e seu parceiro.
— Benjamin, tia. Estamos indo. — ele anunciou com uma voz firme, mas Edward interveio.
— E para onde vocês irão? — Edward perguntou com uma carranca. — Vocês acham que Aro não vai atrás de vocês? Diga a eles, Perséfone, diga a eles o que você ouviu dos Volturi. — seu tio pressionou, fazendo os clãs olharem para ela.
Persa franziu os lábios e suspirou. — Aro quer Benjamin sob sua guarda, ele acredita que seu dom com os elementos é muito poderoso. — ela falou com a voz o mais suave possível. — Mas agora que tenho parte de sua habilidade, estou ligado a Benji.
— Todo vampiro que tem uma habilidade estará atento. — Edward continuou seu discurso. — O objetivo de Aro não é punição, é poder. — ele franziu os lábios. — Talvez Carlisle não peça para vocês lutarem, mas eu peço. Para o bem da minha família, e da de vocês, e para o seu modo de vida.
Por alguns breves segundos, a sala ficou completamente silenciosa, Perséfone e Jacob quebrando-o enquanto se levantavam juntos.
— Os bandos vão lutar. — Perséfone anunciou determinadamente e com o rosto cheio de seriedade. — Vou convencer Sam a se juntar à luta.
— Um de nós está envolvido, ela vai concorda. — afirmou Jacob, acenando levemente para o vampiro.
Os romenos deram um passo à frente. — Se a vampira vâlorac lutar, lutaremos ao lado dela.
Persa franziu a testa com as palavras dos estrangeiros, tendo em conta que ambos a chamavam daquela forma exclusiva, mas limitou-se a agradecer-lhes com um pequeno sorriso.
As mulheres Denali se levantaram, chamando a atenção dos presentes. — Nós também.
Garrett olhou para as loiras e deu um passo em direção ao clã Cullen. — Não será a primeira vez que enfrento uma tirania.
Perséfone observou Benji se levantar. — Vamos nos juntar a vocês.
— Não. — o líder egípcio rapidamente objetou, fazendo o menino olhá-lo com um leve sorriso.
— Não para você, mas Perséfone é da família e se ela vai enfrentar um exército, eu vou ao lado dela. — afirmou com um tom leve, olhando para a híbrida, que franziu os lábios e fez um leve sinal de agradecimento.
Senna e Zafrina deram um passo determinado à frente, sentindo que aquela que seu clã admirava sorriu para elas de lado e fez uma pequena reverência. — Nós estamos com vocês.
O clã holandês que Carlisle contatou levantou-se, dando a entender que apoiava o movimento.
Charlotte e Peter acenaram para a parceira de seu velho amigo, dispostos a ajudar a família de Jasper.
Não foi muito difícil. Perséfone falou do vínculo com Jacob, fazendo o moreno sorrir levemente.
A conexão deles foi interrompida quando ela viu como Alistair saiu da sala ignorando todos os presentes, Perséfone franziu a testa e não hesitou em correr em velocidade de vampiro em sua direção, interpondo-se entre ele e a porta do sótão da casa dos Cullen, bloqueando a porta.
— Você não vai ajudar? — a ruiva repreendeu.
— Eu esclareci desde o início. — ele respondeu secamente, fingindo se esquivar, mas Persa mais uma vez se colocou na frente dele.
— Alistair. — ela murmurou, pressionando os lábios. — Por favor. Nós precisamos de você.
Por um momento, apenas por alguns momentos, algo dentro do vampiro poderia vacilar nas desesperadas orbes azuis da garota à sua frente, inalando o rico aroma que o sangue de seu coração pulsante liberava; mas rapidamente essa ideia desapareceu de sua cabeça.
Ela empurrou a garota para o lado e entrou no sótão, fechando a porta no processo, deixando alguns segundos de silêncio antes de Perséfone abrir a porta e fechá-la com força.
— Covarde. — Perséfone gritou entre os dentes, fazendo com que Alistair se virasse para olhá-la por alguns segundos com a sobrancelha erguida. — Você é um covarde.
O loiro rapidamente se aproximou dela com sua velocidade de vampiro, agarrando-a pelo pescoço e furiosamente prendendo-a contra a porta, sentindo como a garota começou a tossir e tentar se livrar de seu aperto.
— Preciso lembrar quem te ajudou a fugir dos territórios italianos, Kore Relish? — murmurou o loiro, aproximando seu rosto do dela, ameaçadoramente.
A garota parou de lutar quando ouviu seu nome verdadeiro, deixando o ar sair de seus pulmões, mas consciente o suficiente do que estava acontecendo. O loiro observou o rosto de Perséfone se transformar em um rosto confuso e suspeito.
— É você, não é? — ela sussurrou com a voz embargada, lutando com suas forças para respirar. — Foi você quem me encontrou em Micciano. — dizendo isso, Alistair a soltou.
Perséfone levou uma das mãos ao pescoço, respirando fundo.
Pequenos borrões de lembranças estavam presentes na cabeça de Perséfone, lembrando a sensação de ser levantada do chão por uma pessoa que cobria o rosto com uma capa preta; naqueles momentos ela havia acreditado que os Volturi a haviam encontrado novamente, mas quando acordou estava completamente limpa, trocada e com bolsas de sangue para se alimentar
— O garoto me disse que os Volturis deveriam parar de me procurar se eu te ajudasse. — ele disse ironicamente com desgosto. — Tudo o que fiz foi salvar sua vida e minha cabeça estava em jogo. — ela sabia no fundo que não deveria acreditar nele, sua ingenuidade levou a melhor sobre ela.
— Alec? — ela perguntou inconscientemente, franzindo ligeiramente a testa.
Alistair bufou. — Um certo Mecías que fez parte dos Volturi me convenceu a fazer isso. — Perséfone empalideceu ao ouvir aquele nome.
Não poderia ser uma coincidência certo?
— Mecías? — ela sussurrou, confusa e com medo.
— Sim, aquele pirralho viu minha cara e me convenceu de que fazia parte da escória italiana. — cuspiu suas palavras com desgosto.
Perséfone engoliu em seco e tirou a mão do pescoço, analisando o homem que havia sido seu salvador algumas décadas atrás, ela franziu os lábios e assentiu levemente.
— Obrigada. — a ruiva murmurou enquanto o homem a olhava com leve curiosidade. — Você salvou minha vida, para seus próprios interesses é claro, mas ainda assim.
Alistair ficou tenso em seu lugar observando o sorriso que a garota lhe deu.
— Obrigada. — ela sussurrou uma última vez, fixando seus olhos azuis nos vermelhos do homem, mostrando a mais sincera gratidão.
O loiro franziu os lábios e deu de ombros, ignorando tudo o que a adolescente estava provocando. — Vá embora.
lupul suge sânge: lobo sugador de sangue.
vârcolac vampiro: lobisomem vampiro.
vârcolac: lobisomem.
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