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˖࣪ ❛ CAPÍTULO QUARENTA E CINCO
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OS VOLTURI ESTAVAM vindo atrás dela e de Renesmee, embora a primeira não se lembrasse muito bem do que tinha visto, mas a visão de Alice era clara. Os Volturi iriam atrás dela e de Renesmee.
Aparentemente, Irina foi acusá-los de um dos crimes mais hediondos que a guarda não tolerava. As crianças imortais, com um acréscimo da híbrida que escapou de suas terras.
Perséfone tinha visto muitas crianças imortais durante seu cativeiro. Os Volturi limitavam-se a assassiná-los, torturá-los por diversão e não seria nenhuma surpresa se eles fossem estuprados.
Para ela, a imortalidade em um menor era uma questão delicada. Depois de dividir uma cela e cuidar de uma garotinha por 20 anos, seu coração ficou frio com a situação. Ela não estava negando que crianças imortais eram um problema, mas aquela pequena africana havia despertado o pouco instinto maternal que ela possuía.
Depois de algumas décadas, eles a assassinaram na frente dela por tê-la alimentado com seu sangue depois que os Volturi a privaram de seu sangue.
A noite já havia caído e Perséfone já havia voltado para casa, que foi recebida de braços abertos por Renesmee, gritando com ela através de seu dom para nunca mais ir embora daquele jeito.
Mas neste momento, Perséfone se mexeu desconfortavelmente ao ver como Bella estava olhando para as imagens sobre as crianças imortais na mesa da biblioteca da casa dos Cullen.
— As crianças imortais eram muito bonitas, encantadoras. Estar com eles era amá-los. Mas o desenvolvimento deles foi congelado na idade em que eles mudaram. — Carlisle falou para Bella, que não sabia qual era o problema. — Descontrolado, desobediente. Um único deslize destruiu uma aldeia inteira.
O olhar de Perséfone se perdeu em seus pensamentos, lembrando-se da garotinha de 6 anos de pele negra que se autodenominava Sarabi. Os gritos de dor da garotinha retumbaram em sua mente antes de arrancarem sua cabeça. Ela nem se incomodou em colocar uma barreira mental para Edward, ela estava exausta demais para fazer isso.
A movimentação abrupta da cadeira de Perséfone fez com que todas as suas atenções recaíssem sobre ela, levantando-se e caminhando em direção a uma das janelas, onde simplesmente lhes deu as costas, direcionando o olhar para a floresta.
Ela podia sentir o olhar de Edward em sua nuca, provavelmente se questionando, já que ela nunca tinha falado sobre isso; Não que ela gostasse de lembrar como os Volturi a fizeram morrer de fome, implorar para parar os estupros, ou simplesmente torturá-la com o dom de Jane.
— Os Volturi tiveram que intervir quando as... Indiscrições começaram a chamar a atenção da humanidade. — Perséfone falou sem se virar para vê-los. — As crianças deviam ser destruídas por serem crianças e não serem capazes de guardar o segredo. — ela franziu os lábios e cruzou os braços sobre o peito enquanto se virava.
— Seus criadores eram muito apegados a eles, lutavam para protegê-los. Acordos foram quebrados que, por muito tempo, muitos humanos foram massacrados. — Carlisle continuou. — Amizades, tradições e até famílias, tudo foi devastado.
— A mãe do Denali criou uma criança imortal? — Bella perguntou com uma carranca.
O médico franziu os lábios. — Sim. E ela pagou o preço. A morte.
Perséfone se mexeu desconfortavelmente com o olhar de Edward, era mais do que óbvio que ele iria falar depois de ter ignorado a telepatia que o garoto estava tentando estabelecer.
— Perséfone teve um filho imortal. — Edward murmurou, observando-a.
Todos os olhos estavam nela. — O quê? — Jacob perguntou.
— Você criou uma criança imortal? Em que estava pensando? Você poderia morrer. — Emmett repreendeu com raiva de sua filha.
Persa olhou para Edward e se sentiu constrangida. —Não era minha, só dividimos uma cela quando os Volturis me pegaram. — ela murmurou em um leve tom de tristeza. — O nome dela era Sarabi.
— Eu pensei que crianças imortais tivessem deixado de existir. — Alice apontou, olhando para Perséfone, que olhou para ela com leve zombaria.
— Regras são feitas para serem quebradas. Quem você acha que são os melhores soldados espiões, Alice? O olhar doce, a beleza inocente, uma criança pequena. Eu também cairia na armadilha. — ela deu de ombros. — Crianças imortais não deveriam ser criadas, mas são.
— Mas Renesmee não é como aquelas crianças, não morderam ela. Ela nasceu de mim. Cresce a cada dia. — Bella repreendeu, irritada com o idealismo dos Volturi.
— Eles não podem explicar isso para os Volturi? — Jacob perguntou olhando para Edward, mas o bufo de Perséfone o fez olhar para ela.
— Irina viu Perséfone, e viu ela virando lobo também, Aro viu que Persa está conosco e o carinho que ela tem por Ness. — Edward falou. — Os Volturis não querem apenas Renesmee, mas também Persa. — explicou o homem de cabelos cor de cobre em poucas palavras. — Você vai ter que ir para a Rússia. — disse ele, olhando para a garota.
— Esqueça. — ela respondeu instantaneamente. — Eu não vou deixar Ness, nem vou forçar Jasper a deixá-los para trás novamente. Eu não vou nem deixar Jacob, muito menos minha matilha. — a ruiva repreendeu.
— Se eu garantir sua segurança, você vai entrar naquele maldito avião, Perséfone. — desta vez foi o lobisomem quem falou, fazendo Perséfone lhe dar um olhar de reprovação.
— Para que? A que preço? Você sabe muito bem que não vou deixá-los chegar a Nessie sem me matarem primeiro... — Jacob a interrompeu.
— E eu não vou deixar você fazer isso, Perséfone. Eu tenho que protegê-la... — desta vez foi Persa quem o interrompeu.
— Não, o que você tem que fazer é me apoiar no que eu decidir e me ajudar a manter Renesmee segura a todo custo. — a garota voltou a falar.
— Renesmee não está acima de você na minha vida, Persa. — o lobisomem repreendeu com uma carranca.
— Mas na minha vida, sim. — nenhum dos dois levantou o tom, ambos estavam tendo uma discussão silenciosa na frente da família Cullen.
— Persa...
Persa suspirou e coçou um olho. — Jacob, por favor, não posso fazer isso sozinha. Eu preciso que você cuide de mim. — ela deu de ombros. — Estou cansada de fugir. E garanto a você, o cartão de Carlisle também.
Os dois se encararam por alguns segundos, enquanto os Cullen esperavam algum tipo de reação violenta dos lobos, já que não era comum eles discutirem sem acabar se agredindo. Mas nada aconteceu, Jacob franziu os lábios e virou a cabeça para Jasper, que estava com Alice de um lado.
— O que você diz? — o lobisomem perguntou, ao que o vampiro olhou para ele, analisando mentalmente a situação.
— Eu não estou pedindo sua permissão, homens bonitos. Posso decidir por mim mesma, meu cérebro está funcionando bem. — repreendeu a híbrida com uma leve careta de desgosto. — Só estou pedindo sua ajuda. Eu não posso lutar contra os Volturi sozinha.
— Teremos que lutar. — disse Jacob em tom determinado para a família.
— Suas armas são muito poderosas, ninguém pode derrotar Jane. — Jasper interveio seriamente com uma carranca.
— Alec é pior. — Alice murmurou.
— Alec não vai fazer nada comigo, foi ele quem me protegeu e me alimentou quando os Volturi me mantiveram cativa. — Perséfone assegurou colocando as mãos em seu pote.
— Você não, Persa. Nós sim. — Carlisle respondeu em um tom calmo.
Edward franziu os lábios e fixou o olhar na mesa. — Existe alguém que pode vencê-la. — murmurou, então você pisa nos olhos dela em Perséfone. — Você pode absorver seu poder. — sugeriu o vampiro, mas Persa rapidamente negou. — Você fez isso com Alec, você pode fazer isso com Jane.
— Esqueça isso. Não tem como. — ela balançou a cabeça. — Toda vez que absorvo um pouco de poder, fico inconsciente com meu corpo usando o dom. — explicou vagamente, cruzando os braços novamente.
Jasper deu um passo à frente. — Verdade. Quase incendiou a casa onde nos refugiamos depois disso. — relatou, lembrando do corpo de Persa com leves chamas ao redor.
— Se lutar não é uma opção, então nós os convencemos a fazer isso. — Bella entrou na conversa.
Perséfone bufou quando Emmett falou. — Eles vieram para nos matar e levar a gatinha embora, não para falar.
— Tem razão. Eles não vão nos ouvir. Mas talvez haja outra maneira. Carlisle, você tem amigos em todo o mundo... — antes que Edward pudesse continuar, ele q interrompeu.
— Eu não vou pedir para lutarem.
— Não lutar. Testemunhar. Se um número suficiente de pessoas souber a verdade, poderemos convencer os Volturis. — o homem de cabelos cor de cobre falou.
Esme virou a cabeça para ver Carlisle e tocou seu antebraço. — Nossos amigos fariam isso.
Perséfone franziu a testa com a proximidade que Jasper tinha com Alice, não gostando cada vez mais da maneira como eles se olhavam, mas as palavras de Edward a tiraram de seus pensamentos.
— Perséfone, você também. Você viajou o mundo como ninguém. — a garota rapidamente assentiu determinada, deixando de lado a leve dor no peito.
— As tribos têm me ajudado, eles vão fazer isso de novo, eu tenho alguns amigos egípcios. — ela falou levemente enquanto aceno.
★
Perséfone estreitou os olhos enquanto observava Jasper e Alice correrem pela floresta, ela se encostou em uma das árvores esperando que eles estivessem perto o suficiente para emboscá-los.
Depois de alguns segundos esperando por eles, ela suspirou ao se levantar, começou a correr para a esquerda e não hesitou em pular, batendo em Jasper e Alice, ambos rolando e caindo em direção ao chão da floresta de Forks.
— Você deveria pelo menos ter a decência de me dizer que me deixaria pelo sua ex. — Perséfone repreendeu, olhando como Jasper ainda estava confuso no chão.
— Persa? — ele perguntou inconscientemente quando viu a garota de pé.
— Ding-ding-ding. Temos um vencedor. Você sabe qual é o prêmio? Deixe-me arrancar sua cabeça por não ser capaz de ser fiel a mim. — ela agarrou o braço de Alice e a levantou com força.
— Não é o que você pensa. — o loiro disse rapidamente enquanto se levantava.
— Não é o que você pensa, blá, blá, blá. Não é você, sou eu, blá, blá, blá. — Perséfone zombou vagamente e olhou para Alice. — Não é o problema com você, querida, mas realmente vai ser se vocês não começarem a falar.
— É verdade, ela não está te traindo. — Alice interveio, olhando-a nos olhos. — Mesmo, precisamos da sua ajuda.
Perséfone franziu a testa, mas prestou atenção.
— Acho que encontramos uma maneira de ajudar Ness.
★
— Pelo amor de Deus, quem vem morar no meio do mato? Só você. — foi a primeira coisa que Bella ouviu quando abriu a porta de sua nova casa para Perséfone.
Bella não foi capaz de se mover quando Perséfone a empurrou para o lado para entrar na casa. — Bom dia para você também, Pers.
— O que esta cozinhando? Cheira delicioso. — disse a garota, virando-se para ver o recém-criada.
— É o café da manhã de Ness, vá acordá-la enquanto eu preparo você também. — a vampira gabou-se distraidamente enquanto voltava para a cozinha.
Persa se dirigiu para o quarto de sua marca, era a primeira vez que ela entrava na casa dos Cullen-Swan, mas não foi muito difícil encontrá-la. Ela podia sentir o cheiro de Renesmee que emanava da porta do quarto, na dúvida se entrava ou não, ela tocou levemente a porta antes de abri-la.
Ela sorriu de lado quando viu o rosto calmo de Renesmee quando ela estava dormindo, ela estava deitada de lado em uma ponta da cama. Ela fechou a porta lentamente e se aproximou lentamente da garotinha.
Sentou-se na ponta da cama que não estava em uso, e começou a deixar leves toques nos cabelos da menina, a cada carícia ela se aproximava do couro cabeludo e colocava a mão em seu rosto.
— Ness. — a ruiva sussurrou enquanto continuava a acariciá-la. — Vamos, Ness, temos que acordar e comer o que quer que Bella esteja fazendo, que tem um cheiro delicioso. — ela falou em um tom baixo e doce.
Ela sabia que a garota já havia acordado assim que ela a tocou, mas ela ainda estava rígida em seu lugar, implorando por mais alguns minutos de sono.
Perséfone continuou a acariciar levemente a menina, dando-lhe o tempo que precisava para acordar, no momento em que a menina se virou e olhou para ela com os olhos semicerrados, ela sorriu para ela.
— Pequena criatura, levante-se ou eu como tudo. — Persa brincou.
Nessie sorriu ligeiramente ao ouvi-la, mas sua testa ficou franzida por alguns momentos, seu olhar fixo no peito de Perséfone. A menina levantou a mão e tocou no lugar onde estava o colar que Mecías lhe dera, Perséfone ameaçou parar sua mão, mas ficou no meio do caminho lembrando o que havia acontecido.
— Você tirou. — Renesmee sussurrou, tocando-a.
Persa franziu os lábios. — Eu prometi proteger você. — ela respondeu no mesmo tom.
— Você também prometeu nunca mais tirá-lo. — ela respondeu em outro sussurro enquanto levantava a mão um pouco mais, até que estava na bochecha de Persa.
O segundo de contato Persephone foi capaz de ver e sentir tudo da perspectiva de Renesmee naquele dia, o terror e a dor em seus próprios olhos azuis enquanto a mão do bebê de Ness doía, sentindo como a garota não a culpava por nada que aconteceu naquele dia.
No momento em que Renesmee tirou a mão da bochecha de Persa, a ruiva franziu os lábios.
— Fiquei com raiva de mim mesma por te machucar por causa daquele colar, tirei e não me lembro o que aconteceu com ele. — a híbrida sussurrou enquanto acariciava a bochecha de Nessie. — Mas estou bem com isso, não preciso desse colar estúpido para lembrar do amor da minha vida. — ela sorriu. — Assim como você não precisa de algo meu para se sentir ao meu lado.
A garota franziu os lábios e aproximou-se ligeiramente de Persa, abraçando-a ao seu lado, deixando sua cabeça em seu peito, fechando os olhos e agarrando-se a híbrida.
— Depois do Alasca, terei que me ausentar por alguns dias. Você deve me prometer que vai cuidar de Jacob, não sei porque mas ele te escuta. Dê banho em Seth, ele gosta de se sujar na lama quando é lobo... — Perséfone saiu da cama para se agachar no chão, tendo uma visão melhor de Nessie. — Prometa-me que vai, e se eu não voltar em 2 dias, você vai usar o número que escondi. — ela sussurrou e sorriu.
— Eu prometo. — a garota concordou com um sorriso.
— Essa é minha garota. — Perséfone murmurou enquanto acariciava o cabelo de Renesmee. — Eu te amo, Ness. Nunca duvide disso.
Renesmee sorriu e se jogou nos braços da loba. — Eu também te amo, tia Kore.
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