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037; EXTRA

˖࣪ ❛ CAPÍTULO TRINTA E SETE
— 37 —

Maio de 1936

PERSÉFONE SOLTOU O ar que tinha nos pulmões, agarrando-se com força à mesa à sua frente, deixando escapar um pequeno gemido ao sentir como Esme apertava bem a renda do espartilho.

Ela fez uma pequena careta de desconforto que não passou despercebida à mais velha, observando pelo espelho diante delas como Perséfone discordava da roupa que haviam escolhido para ela.

Esme estalou novamente, fazendo com que Perséfone soltasse um pouco de ar e fechasse os olhos.

— Normalmente as pessoas respiram. — Perséfone apontou, olhando para Esme no espelho na frente delas.

— Você não precisa disso, querida. — a mulher de cabelo preto sussurrou, trazendo seus olhos dourados para o espelho, vendo como Perséfone bufou.

— Eu gostaria de ter minhas costelas... — ela não conseguiu terminar enquanto a matriarca da família ajustava o espartilho novamente. — Em vez disso. — terminou a frase.

Emmett entrou na sala, pouco se importando com o fato de a garota estar de espartilho e meio vestida, arrumando sua elegante jaqueta enquanto se posicionava ao lado de Perséfone, olhando-se no espelho.

— Diga-me que estou bonito. — disse o menino, ainda ocupado olhando para seu reflexo.

— Mentir é errado. — Perséfone respondeu com um sorriso divertido.

Emmett assentiu com uma careta e virou a cabeça para ver sua mãe adotiva. — Ela disse que o espartilho está muito solto, Esme.

— Emmett! — a garota repreendeu e sentiu como eles se ajustaram novamente, rindo pelas costas dela.

— Vamos, Perséfone. Você tem que causar uma boa impressão. — disse o menino em tom de deboche, sentando-se em uma das cadeiras da sala. — Nós não queremos ter uma corrida ruim em Forks. — ele continuou falando com diversão.

Perséfone puxou a saia que cobria suas pernas, movendo-se desconfortavelmente no banco de trás do carro porque o espartilho apertava suas costelas, limitando sua respiração a leves sopros de oxigênio. Ela colocou o vestido de lado e agora se dirigiu para o cinto do inferno que sua mãe havia exigido que ela colocasse.

— Perséfone, deixe o vestido para trás. — Rosalie repreendeu, observando sua filha tentar encontrar uma maneira de tirá-lo.

Persa olhou para ela e franziu a testa. — Eu me sinto ridícula, parece que voltamos a 1800. — ela bufou ao sentir como Rosalie começou a acomodá-lo ao lado dela.

— Chama-se elegância, querida. — Esme disse virando a cabeça para olhar para sua neta. — Você parece bem. — ela olhou para frente do banco do passageiro.

— Se eu soubesse que eles iam me arrastar até aqui, eu teria me enterrado com Jacky. — reclamou a garota, tirando a mão da loira.

— Perséfone. — Edward exigiu sem tirar os olhos da estrada, apertando o controle remoto do carro em suas mãos.

— O que? Até quatro meses atrás ela era uma prostituta que morava na rua. — respondeu Perséfone ao ouvir o tio. — A mulher que me criou morreu. E agora sou uma vampira e como animais crus. – ela continuou falando.

— Poderia ser pior. — Emmett disse para um lado da garota, que o olhou com uma sobrancelha erguida, ele deu de ombros. — Pelo menos você não é parceiro de Edward. — ele disse com um sorriso, ganhando um olhar de seu irmão pelo espelho retrovisor.

Perséfone olhou para ele da mesma forma que seu tio e Rosalie riu pegando a mão da menina, sorrindo ao ver como a garota revirava os olhos.

— Eu não gosto de você, Emmett. — disse a mais nova de todos, tentando reprimir um sorriso.

— Estamos chegando. — Edward avisou enquanto olhava para a grande casa à distância, ouvindo os pensamentos de Carlisle ficando mais altos.

— Esta arma mortal que eles chamam de espartilho está espremendo órgãos que eu não sabia que tinha. — Perséfone continuou a reclamar enquanto se mexia em seu assento, procurando uma maneira de sair daquele vestido desconfortável.

— Perséfone, pare de se mexer. — Emmett disse, pressionando contra a porta quando viu a ruiva se mexer.

— Perséfone, você vai estragar o vestido! — Rosalie exclamou tentando manter a garota parada.

— Não, quero tirar meu espartilho. Ele está apertando meus seios. – ela levou as mãos até a região, mexendo levemente a roupa em busca de aliviar a pressão.

— Oh meu Deus, Perséfone. Não seja vulgar. — Edward disse com desgosto.

— Desculpe? Você é a única mente fechada aqui, vampiro estúpido. — a garota repreendeu enquanto movia o espartilho e com ele os seios.

— Perséfone! — Esme exclamou com as palavras da garota.

— Ah vamos lá, Rosa. Ela está apertando ele, deixe ela tirar isso dela. — Emmett entrou na conversa observando como a loira e a ruiva discutiam.

— Não, devemos ter uma boa impressão. — Rosalie respondeu, parando para brigar com a ruiva. — Chega, Perséfone. — a loira gritou, olhando nos olhos dourados da jovem.

As duas mulheres se olharam desafiadoramente, fazendo com que o clima tenso começasse a não passar despercebido pelo resto da família.

Por outro lado, Carlisle viu como o carro começou a se aproximar aos poucos da casa que haviam comprado nas terras de Forks; ouvindo toda a discussão que havia dentro daquele carro.

— Tudo bem. — a ruiva concordou entre dentes. — Chato. — Perséfone murmurou, direcionando seu olhar para a frente.

— Perséfone! — repreendeu a família presente no carro.

— Ok! — a garota gritou, erguendo as mãos e as sobrancelhas.

A ruiva apoiou os cotovelos nos joelhos, colocando o rosto entre as mãos, posicionando-se no meio dos bancos da frente, sem saber como Emmett e Rosalie se olhavam com um pequeno sorriso divertido diante do comportamento da menor da família.

Trouxe alegria e brigas idiotas que tomavam seu tempo em tudo, ambos estavam encantados com a nova membro do clã.

Perséfone desceu do carro pegando a mão que lhe foi oferecida pelo patriarca do clã, dirigindo seu olhar para a grande casa de época que ficava em frente à família Cullen, apreciando cada parte dela. A imensa floresta abraçava os arredores do novo lar de Perséfone, pensando que na hora da caçada ela não precisaria viajar muito para se alimentar.

Ela pegou o vestido e o levantou levemente enquanto caminhava, parando ao lado de Emmett, admirando as pessoas que estavam na frente deles com sorrisos em seus rostos.

Um homem loiro de olhos azuis estava agarrado à mulher ao seu lado, com seus olhos castanhos e cabelos pretos, enquanto ela segurava a mão de uma menina pequena, de olhos azuis e cabeça de corvo.

Emmett pegou a mão de Rosalie enquanto colocava um braço em volta da cintura da jovem Hale, sentindo-a observando a família que estava presente a eles.

— Fernand, esta é minha família. — Carlisle falou com um sorriso. — Minha esposa, Esme. Meus filhos, Edward, Emmett, Rosalie e nosso novo membro, Perséfone. — ele nomeou um por um enquanto eles davam um leve aceno de cabeça.

Perséfone deu um sorriso para a garotinha e acenou com a mão em uma saudação exclusiva, fazendo com que a menina ficasse vermelha e se agarrasse a sua mãe com um sorriso no rosto.

— É um prazer conhecer vocês. Carlisle falou muito sobre vocês. — disse a mulher com um sorriso encantador.

— Estas são minha esposa Timotea e minha filha mais nova Nicanora.

A garotinha ainda olhava para a ruiva à sua frente, mesmo com as bochechas coradas de constrangimento, fazendo Perséfone sorrir com a ternura e inocência de Nicanora.

— Desculpe, meu filho foi para o mato e ainda não voltou. — a voz do patriarca de outra família a tirou de seus pensamentos e ela dirigiu seu olhar para ela.

— Sinto muito, Sr. Fernand. Eu não ouvi seus sobrenomes. — Perséfone falou tão elegantemente quanto possível, mas por dentro ela estava mordendo a língua.

Edward sorriu levemente ao ouvir os pensamentos da ruiva da família.

Fernand sorriu. — Certo. Somos a família Relish, Srta. Perséfone.

Perséfone parecia arrogante e enojada com seu novo quarto; Ela não queria abandonar suas raízes, deixar para trás as ruas que eram sua casa ao lado do túmulo de Jacky era difícil, mas Carlisle insistia que ela precisava de um novo começo e isso não englobava apenas seu nome.

Kore se foi e eu entendo isso. Portanto, a partir de agora você será Perséfone. As palavras de Rosalie ecoaram em sua cabeça.

— Você está bem? — Emmett perguntou, aparecendo no quadro da sala.

Sua camisa já havia sido desabotoada e suas roupas haviam sido trocadas por outras mais confortáveis, enquanto Perséfone ainda usava o desconfortável vestido preto.

A ruiva não se virou para olhá-lo, apenas deu de ombros e continuou olhando ao redor da sala.

— Eu sei que não era o que você queria, gatinha Persa. — o menino suspirou, entrando na sala.

Ele se aproximou de Perséfone e colocou as mãos na cintura dela. A menina continuou olhando para o quarto até fixar o olhar na janela do terraço, admirando a floresta fria que ela mostrava.

Emmett se moveu um pouco mais perto da garota, apertando-a ainda mais. Ela colocou um beijo suave no cabelo da garota, fazendo-a fechar os olhos com uma careta.

— Eu quero ir para casa. — ela murmurou, ainda sem abrir os olhos.

Gatinha Persa, sua casa é conosco. — Emmett murmurou, afastando-se dela, dando-lhe espaço pessoal. — Somos sua família.

— Emmett está certo.

Persa e Emmet se viraram para encontrar Rosalie, que tinha um leve sorriso no rosto, encostada no batente da porta admirando as duas pessoas que haviam roubado seu coração frio.

— Eu sei. — Perséfone simplesmente respondeu. — Obrigada, mãe. — a garota murmurou, dando-lhe um sorriso triste.

Rosalie tentou esconder a felicidade que se formou em seu corpo ao ouvir como Persa se dirigia a ela com a palavra mãe.

— Oh, minhas duas gatinhas ronronantes. — Emmett disse com um sorriso no rosto.

— Cala a boca. — ambos repreenderam com uma expressão divertida e irritada.

Perséfone caminhou pela floresta sem duvidar de seus passos, pouco se importando se seu vestido estava arruinado ou se seus pés descalços ficaram enlameados. Ela precisava sentir algo.

Ela queria se sentir viva.

Respirar o ar puro que o verde das plantas soltava ao seu redor, o barulho dos bichos desde a árvore de um lado até o puma que estava a quilômetros de distância dela. Não foi suficiente. Ela continuou, tocando cada superfície ao seu alcance.

— Espera! Não! Cuidado!

Ela ouviu o grito de um lado dela e antes que pudesse se virar para ver o que estava acontecendo, ela foi jogada no chão, fazendo com que seu corpo e o corpo da pessoa que a havia jogado rolassem algumas vezes na terra molhada de a floresta.

Persa abriu os olhos quando sentiu que alguém estava em cima dela, encontrando olhos azuis profundos e cachos loiros de um garoto de pele branca com uma expressão preocupada.

Naquele momento, Perséfone sentiu seu coração frio de vampiro bater novamente pelo garoto acima dela.

A corrente elétrica de sentir como suas veias começaram a receber aquele líquido escarlate que havia desaparecido meses atrás no dia em que Kore morreu e renasceu como Perséfone. O ardor de seus olhos, mudando aquela irritante cor dourada para suas velhas orbes azuis.

— Sinto muito, senhorita. — disse o menino, ajoelhando-se e levantando-se em seu lugar. — Deixe-me ajudá-la, por favor. — ele continuou enquanto segurava gentilmente os braços da garota e a ajudava a se firmar.

Ela continuou examinando-o, respirando o cheiro forte e doce que seu sangue e cada pequena parte dele emanava. O cheiro da floresta e da terra estavam presentes, assim como o único aroma característico que todo ser humano na terra tinha, e para falar a verdade, era o cheiro mais inebriante que ele já havia experimentado.

A roupa do menino estava completamente suja, assim como o vestido preto que ela usava, mas naquele momento ela não se importou.

— Você está bem? — o garoto disse com uma expressão preocupada, tirando Perséfone de seu devaneio.

Persa franziu ligeiramente a testa. — Sim. Sim. Eu estou.

O loiro a olhou nos olhos e se perdeu por alguns instantes nas orbes azuis de Perséfone, engoliu em seco sem conseguir evitar o sorriso que se formou em seu rosto ao ver a garota a sua frente.

— Você está bem? — a doce voz da garota o tirou de seus pensamentos.

O garoto piscou algumas vezes e manteve sua postura cavalheiresca sem tirar os olhos da ruiva.

— Sinto muito pela coragem que tomei, senhorita. — ele se desculpou novamente, tentando ignorar o fato de que suas palmas atrás das costas começaram a suar. — Mas eu vi como você ia dar um passo em direção a uma armadilha para ursos e peço desculpas pela forma como a parei. — ele continuou falando nervosamente, sentindo como o olhar penetrante da garota se suavizou.

— Nesse caso, agradeço muito por salvar minha perna. — Perséfone disse colocando um sorriso no rosto.

O garoto retribuiu a expressão, relaxando em seu lugar por alguns segundos, mas rapidamente retomou sua posição e fez uma pequena reverência diante da garota, baixando os olhos para mostrar respeito à ruiva.

— Eu sou Mecías Relish, ao seu serviço, senhorita. — ela olhou para cima, encontrando o pequeno sorriso desdentado da garota.

Ela imitou a mesura, pegando o vestido pela frente e levantando-o levemente, baixando também o olhar.

— Perséfone Hale. — olhou nos olhos azuis de Mecías. — É um prazer, Sr. Relish.

— O prazer é todo meu, senhorita Perséfone. — o menino murmurou, dando-lhe um leve sorriso. — Por favor, permita-me acompanhá-la até em casa. Devo desculpas à sua família pelo estado de sua roupa. — falou Mecías, esticando o braço para a ruiva, sem pensar Perséfone enganchou o braço dela no dele.

Ambos os corações estavam prestes a explodir com a rapidez com que seus corações batiam, sendo muito bem escondidos pelo respeito e cortesia.

— Espero que sejamos amigos, Sr. Relish. — disse a garota enquanto caminhavam pela floresta.

— Por favor. — respondeu ele, olhando para ela com um sorriso.

Sem saber que esse era o começo de uma trágica história de amor.

Agosto de 1936

O jantar foi repleto de risadas dos anciãos da família Cullen e Relish, conversando entre si sobre os acontecimentos que aconteceram em Forks ou sobre as viagens dos Cullen, enquanto as crianças apenas ouviam e sorriam.

Mas a Hale mais jovem e o Relish mais velho eram obedientes um ao outro, apenas olhando um para o outro com pequenos sorrisos enquanto Mecías comia, alheios às conversas ao redor deles como se olhar nos olhos um do outro e sorrir fosse o mais importante.

Aproximadamente três meses se passaram desde que eles se conheceram na floresta de Forks. Partilhando ao máximo cada momento que coincidiram - por acaso - no mesmo local onde se viram pela primeira vez, com a desculpa de desfrutarem do ar livre.

Perséfone cortou um pedaço de carne no prato, sem tirar os olhos de Mecías, com aquele uniforme vermelho que destacava sua pele branca e seu olhar embaraçoso, mas sério.

— Certo, Perséfone? — Esme perguntou tirando os dois de seus devaneios.

Perséfone olhou para sua mãe adotiva diante dos olhos da lei, a ruiva sorriu para ela e limpou a garganta.

— Sinto muito, mãe. Eu não ouvi. — disse ela com falsa vergonha olhando para a mulher.

— Nada está errado, Perséfone. — Fernand respondeu de seu assento. — Nós estávamos falando sobre como há muitos garotos na Reserva Quileute que estão dispostos a cortejar você. — ele confessou alegremente enquanto enfiava um pedaço de comida na boca.

A família Cullen não pôde deixar de se sentir intimidada e desconfortável com a menção do território Quileute, depois do que aconteceu através do tratado que eles fizeram com os lobisomens por volta das datas de junho, eles evitaram todo contato com eles, exceto com a família Relish, quem trabalharam muito para não serem deixados de lado pela simpática família.

Mecías Relish, por outro lado, sentiu-se desconfortável com a menção de Perséfone sendo cortejada. A simples ideia daquela garota ruiva que havia roubado seu coração no momento em que a viu, ser casada com alguém fez seu estômago revirar de horror.

Perséfone sorriu levemente para Fernand e lambeu os lábios tentando encontrar as palavras certas sem soar como uma sufragista pronta para a estaca; embora ela não se importasse muito, mas sua família - exceto Rosalie e Emmett - tinham insistido para que ela se mantivesse discreta.

— Na verdade, gostaria de me ajustar à ideia de terminar meus estudos antes de algum tipo de namoro. — respondeu ela da forma mais gentil possível, sem tirar o sorriso do rosto.

— Você deveria pensar nisso, você está em uma boa idade para se casar. — continuou o homem a falar. — Você tem 17 anos, certo? — Fernand perguntou e ela assentiu. — Perfeito, se quiser posso te ajudar. Acredite em mim, você é muito procurada, Srta. Perséfone.

Ela forçou um sorriso.

— Oh não. — Edward sussurrou, sendo ouvido apenas pelos vampiros da casa.

— Isso vai ser bom. — Emmett continuou sem mover os lábios.

Perséfone ignorou os comentários audíveis aos ouvidos dos vampiros e apenas respondeu a Fernand.

— Você quer que eu seja honesto, Sr. Relish? — a garota perguntou elegantemente, ao que o homem assentiu enquanto engolia. — Acredito que as mulheres não precisam ser cortejadas para ter voz no mundo comandado pelos homens.

Mecías engoliu uma risada enquanto olhava para Perséfone, tentando esconder o sorriso que apareceu em seu rosto.

— Então, eu realmente aprecio sua proposta, mas terei que me recusar a seguir minha própria moral para ser livre. — ela continuou falando ainda com seu sorriso.

— Essa é minha garota. — Rosalie murmurou baixinho.

— Mulher independente. — disse Timotea, balançando a cabeça. Ela deu ao adolescente um grande sorriso. — Eu gosto disso. — ela aprovou, dirigindo um olhar severo para o marido, que também ligeiramente. — Você disse que queria estudar. — ela recomeçou a conversar com a ruiva.

Persa concordou. — Estava pensando em estudar medicina como meu pai ou também direito, ainda tenho muitas opções. — Engoliu a saliva e junto com ela tudo o que tinha a dizer.

— Que legal, querida. — elogiou Timotea diante das expectativas. — Você pode se alistar na milícia, ouvi dizer que eles precisam de médicos lá. — disse a mulher com um encolher de ombros. — Mecías pode ajudá-la a entrar.

Carlisle olhou estranhamente para o menino. — É militar?

Mecías sorriu e acenou com a cabeça para o homem. — Sim, Sr. Cullen. Eles me colocaram muito cedo por causa do meu potencial. — explicou em poucas palavras, sentindo o olhar poderoso da jovem Hale.

— Você parece muito jovem, quantos anos você tem? — Esme perguntou com um sorriso gentil.

Mecías olhou rapidamente para Perséfone e respondeu com um sorriso. — Vinte e dois anos e contando.

Janeiro de 1937

Perséfone sorriu ao ver como Mecías se aproximava dela, enquanto caminhava não hesitou em retribuir o sorriso à ruiva que o esperava sentada na clareira onde sempre se acompanhavam. Mas, aos poucos, todos os vestígios de felicidade foram lentamente apagados quando ele ouviu a voz de Ephraim Black ressoando em sua cabeça.

Os Cullen são o clã inimigo. Não confie na sua namoradinha, a sugadora de sangue.

Perséfone franziu a testa e olhou para cima, encontrando um sério Mecías sem expressão no rosto. — Aconteceu alguma coisa?

Mecias ficou petrificado no lugar, observando enquanto Perséfone se levantava do chão com uma expressão confusa e preocupada. Ele queria insistir que ela não estava, ele estava confuso. Os orbes azuis de Perséfone não eram vampiros, não eram vermelhos ou dourados como sua família.

Perséfone saberá sobre sua família?
Ela escondeu a verdade de mim?
Por que você não me contou?
Confie em mim?

As perguntas desesperadas de Mecias estavam presentes em sua cabeça, sem deixar o olhar de Perséfone. O adolescente que roubou seu coração de uma só vez.

— Sr. Relish, está tudo em ordem? — perguntou a ruiva, tentando se aproximar, mas automaticamente se afastou.

Perséfone olhou para ele estranhamente, desde que se conheceram ela nunca tinha feito isso com ele.

— Qual é o seu nome? — Mecias perguntou do nada, tenso em seu lugar.

Persa olhou para ele com o cenho franzido. — Você está bem, Mecias?

Ela balançou sob o olhar dele e ele olhou para as flores e ervas ao seu redor, concentrando-se exclusivamente nisso. Em busca de palavras e coragem para enfrentar a natureza possível de seu grande amor.

— Qual é o seu nome, senhorita? — ele perguntou novamente, sem olhar para ela.

— Perséfone. — ela respondeu lentamente, duvidando da palavra pelo estranho comportamento do garoto.

Mecías olhou para cima e suas orbes azuis estavam com lágrimas nos olhos. — Quanto tempo?

Persa ficou ainda mais surpresa. — Desde que nasci.

O loiro balançou a cabeça e começou a andar de um lado para o outro passando as mãos frustradas pelos cachos, Persa ainda estava ali tentando adivinhar o que estava acontecendo com ele.

De um momento para o outro, Mecías parou e olhou para ela. As lágrimas já haviam deixado seus olhos e estavam se espalhando por suas bochechas.

— Olhe nos meus olhos e diga que nunca mentiu para mim. — o coração de Persa deu um salto. — Diga-me que você não escondeu nada de mim e que sempre me disse a verdade. — exigiu o menino.

Perséfone agarrou-se firmemente a seu vestido de pano simples, fechando-a em punhos, envolvendo-o com as mãos. Ela franziu os lábios e começou a se perguntar se Mecías havia descoberto a verdade, se ele havia percebido que as lendas sobre os frios eram reais.

— Faça isso! — Mecías gritou desesperadamente. — Diga-me que você não é! Diga-me que você está viva!

Naquele momento, Persa teve vontade de chorar. Ela queria romper toda a floresta e matar tudo que se mexesse, ela estava com raiva e frustrada. Mecías sabia a verdade e estava confirmando, não queria mentir para ele. De novo não.

— Sinto muito. — sussurrou a garota, olhando-o nos olhos, apreciando como o brilho de Mecías ia diminuindo aos poucos. — Mecías, me desculpe. Eu não poderia dizer a você... — o menino a interrompeu.

— Eu confiei em você! — o loiro gritou para ela com lágrimas escorrendo pelo rosto. — Você não foi capaz de me dizer! — ele gritou novamente.

Perséfone balançou a cabeça. — Não consegui, não consegui, me desculpe. — a garota sussurrou cerrando os dentes.

— O que você não poderia? Não poderia? — repreendeu Mecias bufando, deixando de lado todo o cavalheirismo. — Perséfone, você é o que eu mais amo. Você acha que eu não teria aceitado o que você é? — ele gritou com raiva.

— Mecías, você vive entre os lobos! Você é um deles! Eu não queria te perder, nem queria colocar você contra a sua família! — a ruiva reclamou, aproximando-se com o cenho franzido. — Você acha que eu não queria te contar? Odiei olhar para você e mentir para você, Mecías.

— Então por que você fez isso? — ele levantou a voz enquanto se aproximava dela. — Eu não teria me importado em saber que você iria cravar seus dentes em mim.

— Porque eu não vou colocar minha família em perigo! — Perséfone exclamou enquanto bufava. — Além disso, você fala como se fôssemos te machucar, — a ruiva repreendeu ironicamente. — Caso você não saiba, os olhos da minha família são dourados, não fique... — Mecías a interrompeu.

— Eu sei. Sei tudo. O tratado, sua forma de comer e o quanto são civilizados, eu sei de tudo. Mas está claro que não é graças a você. — ele cuspiu suas palavras. — Mas ainda não entendo porque seus olhos são azuis.

Perséfone bufou, revirando os olhos. — Nós também não.

Mecías ergueu as sobrancelhas. — Você não sabem? — ele perguntou ironicamente. — Você está brincando comigo?

Persa franziu a testa em aborrecimento. — Não, não sabemos. Você vê alguma enciclopédia de vampiros nas bibliotecas? — ela respondeu sarcasticamente. — Só sabemos que começou quando chegamos aqui e não temos ideia de como isso vai me afetar no futuro.

O olhar de Mecías se estreitou, deixando de lado todo o escândalo que estavam fazendo naquela clareira.

— Afetar você?

Persa bufou. — Você se importa comigo agora? — ela perguntou ironicamente.

Mecías assentiu enquanto lambia os lábios, aproximou-se dela ameaçadoramente, mas Perséfone não moveu um único músculo.

— Nunca vou deixar de me preocupar com você e a verdade é que não dou a mínima para você ser imortal.

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