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˖࣪ ❛ CAPÍTULO TRINTA
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PERSA CORREU PARA sua casa e não hesitou em entrar, sem se importar por ter deixado Jacob e Seth para trás. Ela se apressou escada acima e foi para o quarto onde ela sentiu que Jasper estava. O loiro se levantou do sofá em que estava e se aproximou rapidamente da garota que estava entrando.
Angústia, raiva e desconforto foram os primeiros sentimentos que ele percebeu de sua garota quando ela entrou na sala.
Persa não perdeu tempo e nem ele, eles se abraçaram rudemente, cambaleando em busca de equilíbrio para se manterem de pé. Jasper cheirou Perséfone descuidadamente, enquanto a garota se agarrava às suas costas buscando apoio que só Jasper sabia dar.
— O que aconteceu? — Perguntou o loiro, pressionando Perséfone mais perto dele.
— Eles estão vindo atrás de Bella. Sam quer matá-la. — Ela disse baixinho, como se estivesse absorta em suas memórias. — Eu tentei argumentar com ele, ele queria me colocar contra você, eu recusei e ele me expulsou do bando. — Ela suspirou, franzindo a testa, sentindo como a calma lentamente a invadiu.
— Tudo vai ficar bem, Persa. Nada vai acontecer. — Ele disse olhando por cima do ombro ainda abraçando Persa, indicando com um aceno para Esme e Emmett saírem da sala, eles o fizeram sem hesitação.
Perséfone levantou a cabeça do peito duro do menino, não deixando que ele fosse muito longe. Jasper afrouxou seu aperto firme. Ela olhou nos olhos dele e algo dentro de Jasper se mexeu desconfortavelmente, os orbes azuis de Perséfone estavam rasgando e seu olhar expressava angústia.
— Sinto muito. Eu sou muito patética em te perguntar isso, mas me prometa que você não vai me deixar. — A híbrida falou, respirando fundo, tentando acalmar seu peito fechado e evitar que as lágrimas caíssem. — Prometa.
Jasper franziu a testa e se separou completamente dela, nesse momento as lágrimas nos olhos de Perséfone começaram a escorrer por suas bochechas, ela fechou as pálpebras para evitar ver o rosto do vampiro, mas o loiro rapidamente enxugou as lágrimas e embalou as bochechas persas em suas bochechas.
Lentamente, Persa abriu os olhos e encontrou o leve sorriso que Jasper deu a ela com seus dentes retos e dentes brancos.
— Você não está brilhando. — Perséfone murmurou com um encolher de ombros.
Jasper lambeu os lábios, ignorando o comentário de Persa, e sorriu novamente antes de ficar sério.
— Eu nunca vou te deixar, Proserpina. — Jasper disse, olhando em seus olhos. — Eu prometo que estarei com você, mesmo que você não me queira por perto, pelo resto dos meus dias. — Ele lambeu os lábios novamente. — Mesmo se você não me escolher. — Ele sussurrou colocando uma mecha de cabelo ruivo atrás da orelha de Persa, sentindo os vários brincos roçarem em seus dedos.
O rosto de Perséfone mudou lentamente e ela lhe deu um pequeno sorriso envergonhado. — Você o ouviu. — Ela afirmou em um sussurro, desviando o olhar dele.
— Bem, você não ativou seu dom e eu sou um vampiro com alta audição. — Jasper disse, dando-lhe um sorriso. — Acrescentando que você estava gritando como uma louca. — Acrescentou o menino levantando as sobrancelhas. — Emmett estava chateado por você ter assustado todos os ursos na área. — Ele brincou, ganhando Perséfone um revirar de olhos e um sorriso reprimido.
— Eu estava louca. — ela tentou se desculpar baixinho. — E se isso faz você se sentir melhor, meu dom está ativado agora. — Ela deu de ombros.
Jasper sorriu para ela e passou as mãos em volta da cintura dela, puxando-a para mais perto novamente. — Eu realmente digo que mesmo que você não me escolha, eu continuarei ao seu lado, Proserpina. — Confessou o militar com a testa ligeiramente franzida. — E se você fizer isso, tudo bem. Eu já te disse, é o suficiente para mim sentir sua felicidade todos os dias. — Ele disse sorrindo para ela vendo como Persa colocou os braços em volta do pescoço de Jasper. — Sei que você tem um vínculo com Jacob, mas não duvido do que sente por mim, seu olhar o denuncia. — Persa baixou os olhos tristemente. — Escolha com paciência, ninguém te obriga, mas sobretudo escolha com o coração.
Jasper deixou uma de suas mãos no peito da garota, sentindo como batia mais rápido e mais forte ao seu contato, ele sorriu internamente vendo como ele colocou Perséfone com seu simples toque.
— Você saberá quem é e quem não é. — Finalizou, deixando um beijo suave na testa da garota.
Ele lentamente se afastou dela e abriu a porta para sair do quarto, mas não pôde deixar de se virar para Perséfone e olhar para ela com um sorriso.
— E se você estiver errada, eu ainda estarei esperando por você. — Assegurou o menino.
Persa olhou para ele com um leve sorriso e assentiu.
— Eu sei, Jazz.
★
Perséfone entrou em seu quarto depois de bater na porta mais cedo, dando um sorriso largo para Bella, que estava sentada na cama tentando desembaraçar o cabelo, falhando.
— Tock, tock. — Disse Persa, abrindo a porta e entrando na sala.
Bella parou de pentear o cabelo quando sentiu o bom humor de Perséfone, ela sorriu levemente para ela enquanto fechava a porta e se aproximava dela.
— Deixe-me ajudá-la, querida. — Disse Persa, pegando o pente de suas mãos fracas.
Perséfone sentou atrás dela e gentilmente começou a passar o objeto sobre o cabelo emaranhado da humana, ao passar por ele, o cabelo de Bella caiu aos poucos, tornando-o ainda mais fraco.
— Me desculpe, eu não estava aqui para que eu pudesse fugir durante a sua hora do banho. — Perséfone brincou, pronta para iniciar uma conversa.
Mas Persa ficou surpresa ao ver que Bella não respondeu com algum comentário que não era engraçado, mas que ela estava tentando ser engraçada, e então ela respondia que a piada era ruim e que ela poderia fazer melhor.
O relacionamento delas havia crescido naquelas últimas semanas, ainda cada um mantendo distância, já que Persa não gostava que a humana acreditasse que elas tinham feito as pazes, embora fosse Bella quem se mantinha na linha e Perséfone gostasse disso.
— Tem alguma coisa errada? — Perguntou Persa, parando de pentear o cabelo.
Bella suspirou e Perséfone pôde sentir um soluço inaudível saindo dela. A híbrida colocou o pente de lado e não hesitou em ficar na frente da humana.
Os olhos de Bella estavam embaçados de lágrimas, assim como suas bochechas, suas mãos tremiam e seus soluços eram auto-reprimidos, sabendo que na casa dos vampiros, eles a ouviriam.
— Bella, — Persephone chamou antes de abraçá-la, — ninguém pode te ouvir.
A fria humana agarrou-se a ela como se quisesse acalmar seu choro agonizante que ela soltou no ombro de Persa, a híbrida limitou-se a abraçá-la gentilmente com medo de quebrá-la, deixando suaves carícias na pele ossuda de Bella.
A morena apertou os lábios e levou uma das mãos ao grande abdômen, pensando várias vezes no que ela era e ia fazer, mas não tinha escolha. Não depois que Edward virou as costas para ela.
— Perséfone, eu preciso te pedir um último favor. — Bella se afastou enquanto falava.
A menina franziu a testa, mas ainda assentiu. — O que você precisar, Bella. — Ela falou encorajando o humano a falar.
Bella respirou fundo tentando se acalmar. A menina tinha pensado seriamente em algum manto que esconderia ela e seu filho ainda não nascido para sempre, algum muro de proteção onde ela pudesse manter o pequeno para que ela pudesse continuar seu caminho para a morte se o destino esperasse, e seu muro estava bem ali na frente dele. ela. ela.
Persa pegou as mãos frias e trêmulas de Bella, transmitindo-lhe um pouco de calma com aquela ação; ela adivinhou pelo rosto de Bella que isso era muito sério e ela daria a ela o tempo que ela precisa para poder dizer isso.
— Quero me desculpar novamente, Perséfone. Por toda a dor que causei quando você estava com Jacob. — A humana começou a falar e quase instantaneamente Persa quis intervir. — E eu sei que você vai me dizer para não ficar confusa, que não somos amigas, e tudo bem, eu entendo. — Bella disse em um tom desesperado. — Mas eu realmente preciso saber que você me perdoou antes que eu possa continuar.
Perséfone olhou para ela estranhamente. — Bella, há algo acontecendo, certo? O que aconteceu? — Ela perguntou ao ver os olhos angustiados da humana. — Foi Jacob? Se ele colocou a mão em você, eu- — Bella cortou.
— Não. Claro que não. — Disse a garota, balançando a cabeça enquanto fechava os olhos.
— O que houve?
Bella olhou nos olhos de Perséfone, aqueles olhos azuis hipnotizantes que encantaram e hipnotizaram muitos homens ao longo de suas vidas. Mas aqueles olhos mostravam outro sentimento, transmitiam confiança e paciência.
— Edward negou meu filho. — Bella pronunciou sem cair em lágrimas e Persa olhou para ela atordoada. — Ele disse que era apenas minha escolha e que ele não seria capaz de amar algo que me matou. — Ela contou em poucas palavras tudo o que seu marido lhe dissera.
Persephone olhou para ela desfigurada em fúria. Quem ele pensava que era para engravidá-la e deixá-la em paz? E mais quando a vida de Bella estava em perigo por isso!
A humana estremeceu quando viu o rosto de Persa, ela sabia que ela não ia reagir bem, então ela se agarrou aos braços dela antes que a garota decidisse ir e arrancar o membro de Edward.
— Mas quem aquele desgraçado pensa que é? Além disso, ele sabe que a gravidez é uma fase sensível, e ainda mais com as condições em que estamos, ele se esforça para dizer isso! — Perséfone começou a gritar enquanto bufava a cada palavra que ela dava.
Persa se levantou de seu assento e começou a andar de um lado para o outro enquanto fazia seu monólogo, que ela provavelmente não sabia que estava dando.
— Mas o que você acha? Que pode entrar assim e nada mais? Quero dizer, é a sua vida! — Perséfone continuou a gritar, fazendo Bella rir um pouco, esquecendo a situação do choro.
Perséfone voltou sua atenção para Bella ouvindo-a rir de tudo o que ela estava dizendo. — Eu fiz isso de novo, certo? — Ela perguntou, parando seu passo.
Bella inclinou a cabeça para acabar balançando a cabeça levemente com um pequeno sorriso, automaticamente colocando a mão em sua barriga acariciando-a no processo.
— Eu não me importo. — Perséfone disse começando a andar novamente.
Persa ficou furiosa e Bella sabia disso, ela apenas olhou para ela e ouviu tudo o que ela tinha a dizer.
— Quer saber, Bella? Você não precisa de nenhum homem. — A garota assegurou, parando seus passos na frente do humano. — Nem Edward, nem Jacob, nem qualquer tipo de tetosterona ambulante. — Ela continuou seu discurso. — Você precisa de si mesma. Você mostrou força e coragem ao decidir que seu filho pode ter uma vida mesmo que isso custe a sua, e essa moral vai te tirar disso, eu te garanto. — Afirmou a híbrida com severidade. — Você não precisa de um homem ao seu lado. Você vai ter essa pequena aberração e você não vai dar a esse idiota do Edward um único olhar. — Ela cruzou os braços com determinação. — E é melhor você se preparar, porque a rainha do inferno trouxe o Tártaro para sua casa.
Bella franziu a testa ouvindo o discurso de Perséfone, confirmando todas as dúvidas que ela tinha. Ela mudou seu semblante para um mais calma e sorriu para a híbrida, que ainda estava fazendo seu discurso.
— Pelo menos eu sei que meu filho estará em boas mãos. — Ela murmurou, desviando o olhar de Perséfone, mas ela ouviu e sentiu como a ruiva parou de falar e olhou para ela.
— Do que você está falando? — Ela perguntou cruzando os braços na frente de Bella.
A morena sorriu de lado e acariciou sua barriga. — No caso de algo acontecer comigo... — Persa a interrompeu.
— O que não vai acontecer.
— Eu quero que você cuide do meu filho, Perséfone. — O ar angustiado estava presente novamente.
Persa mudou de sua postura firme e determinada para uma mais calma e triste, deixando seus braços caírem lentamente para os lados enquanto observava o humano sentado na cama.
— Eu sei que você não quer ter filhos por causa de sua condição. Mas se algo acontecer comigo, eu quero morrer com a paz de que meu bebê estará seguro. — A voz de Bella foi quebrando aos poucos. Ela olhou diretamente nos olhos de Perséfone. — Eu não confiaria em mais ninguém com meu filho, Perséfone. — Ela assegurou com firmeza, engolindo em seco.
Persa ficou parada em seu lugar, ouvindo o som do pequeno coração batendo dentro de Bella, tensa com a ideia do que o humano estava propondo.
Ele estava confiando a ela a vida de seu filho.
— Eu sei que ele vai crescer feliz, amado e com grande moral porque, acredite, você está cheio disso. — Disse a humana esfregando o nariz. — Eu vi o brilho nos olhos de Jasper ao pensar em ter um filho com você, Persa. Mas eu sei que ele não colocaria você em perigo mesmo que isso custasse a vida dele. — Bella segurou, apertando os lábios.
Cada palavra que Bella dizia partia o coração de Perséfone, sabendo que ela tinha que recusar a ideia de ter um filho com ela, as razões pelas quais ela não queria eram óbvias.
— Eu sei o que você está pensando. — A humana repreendeu com uma voz suave, tirando-a de seus pensamentos. — Vida nômade, cabeça para recompensa, eu sei, Perséfone. E eu pensei muito bem sobre isso, acredite. Não é algo que eu possa tomar de ânimo leve. — Ela afirmou levantando as sobrancelhas e balançou a cabeça levemente. — Mas sempre terminava na conclusão de que não há melhor guardião do que você, Persa... — a híbrida interrompeu o discurso de Bella.
— E o que vai acontecer quando ele me perguntar por que fugimos? Ou se os Volturi me capturarem ou até mesmo me matarem. Diga-me Bella, o que posso dar ao seu filho que uma pessoa comum não pode? — A garota repreendeu duramente, cerrando os dentes.
Bella deu de ombros. — Uma pessoa comum não daria o que você dá, Perséfone. — Ela respondeu em um murmúrio sincero.
Ela sabia que Persa ficaria na defensiva e também sabia exatamente o que dizer.
— Você cruzou o continente por mim, uma humana que você nem conhecia de uma foto. Você me ajudou e eu te apunhalei pelas costas beijando com quem você estava. — Bella disse, sorrindo levemente, vendo como o rosto de Persa se acalmou. — E, no entanto, só precisei de um telefonema para levá-lo ao continente. Pela segunda vez. — Acrescentou o humano como se fosse engraçado. — Persa, você tem grandes valores e alta moral que eu quero que meu filho tenha. — Ela acaricio sua barriga.
Persa ficou tensa novamente e acenou com a cabeça. — Deixe-me ver, Xenofonte. O que você diz sobre os Volturi? Porque honestamente, eu não acho que eles mostram qualquer misericórdia por carregar uma criança comigo.
Bella deu de ombros novamente. — Eu não duvido por um segundo que você vai defendê-lo com unhas e dentes. — Ela respondeu com sinceridade carregada em sua voz. — Venha.
Persa se aproximou dela, tomando o lugar que ela estava ocupando anteriormente e colocou a mão na de Bella.
Ambas se olharam nos olhos e Perséfone deu-lhe um pequeno sorriso. — Você não está sozinha nisso, Bella. — Ela afirmou com tanta certeza que a humana não podia não acreditar nela. — E eu ainda não estou completamente convencida da ideia, mas se você acha que é o melhor para o seu filho, eu vou levá-lo para visitar todas as minhas tribos amigas na África. — Ela suspirou, ganhando um sorriso de Bella. — Ainda não disse sim. — Avisou a híbrida, mas a morena já sabia que Persa já havia aceitado. — E eu ainda te odeio. — Bella riu levemente, assentindo.
— Eu mereço isso. — Ela murmurou divertida.
— Eu prometo que farei o meu melhor para mantê-lo seguro. — A ruiva sussurrou. — Não importa o que.
Persa teve a audácia de abaixar a cabeça até o abdômen de Bella e deixar um pequeno beijo nele, um ato que tocou a humana e deu um sorriso na ruiva.
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