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˖࣪ ❛ CAPÍTULO VINTE E CINCO
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— POR QUE VOCÊ ligou para ela? — Edward gritou para sua esposa, que se encolheu no sofá. — Você não sabe que ela assinou sua sentença de morte?
— E-ela não vai me... — a humana desculpou-se gaguejando, agarrando-se aos cobertores que cobriam metade de seu torso.
— Você não sabe o que fez, Bella! — O garoto exclamou com aborrecimento.
— Já chega, Edward. — Esme advertiu, caminhando até Bella para dar-lhe apoio.
A humana apertou os lábios e se encolheu no sofá da sala dos Cullen, tentando não se arrepender de ter chamado Perséfone. Os vampiros na sala ficaram no lugar, trocando olhares entre si, sentindo algo que ela não podia.
— O que está acontecendo?
Perséfone admirou a mansão Cullen na frente dela, mais uma vez sentindo exatamente o mesmo que ela sentiu alguns meses atrás, quando a vida de Bella estava em perigo e sua família – vampiro idiota Edward – tinha se voltado para ela.
Ela achou muito engraçado que apenas sua família se preocupasse em pedir-lhe favores em vez de pedir que ela voltasse para eles, portanto, não a surpreendeu em nada que Bella se voltasse para ela como um escudo humano para seus problemas.
Ela inalou profundamente e soltou o ar enquanto seu companheiro se empoleirava ao seu lado direito com as malas na mão direita, esperando que ela estivesse pronta para entrar na casa. Ela sentiu o pequeno toque frio de Jasper descansando em seu braço, acariciando aquela área em busca de fazê-la se sentir confortável.
— Oh merda, aqui vamos nós de novo. — Perséfone murmurou, suspirando uma segunda vez.
Jasper sorriu e acelerou para abrir a porta para a garota. Persa entrou na casa num passo seguro e entediado, com um leve dejavú no corpo. Aquela sensação estranha de repetir alguma coisa. Oh espere, sim, eu estava.
O clã Cullen e Bella podiam ouvir passos se aproximando enquanto a híbrida andava por sua casa e seus gritos podiam ser ouvidos assim que ela pôs os pés nela.
— Da próxima vez que eu cruzar toda a América por sua causa, espero que você esteja morrendo.
— Bella, caso você não saiba, você me fez atravessar o mundo inteiro de novo! — A garota gritou enquanto subia as escadas. — Então eu espero que você tenha uma boa explicação sobre por que você me fez sair da Oceania para vir para a América! — Ela começou a entrar na sala. — Eu pensei ter deixado claro para você não me liga se você não estiver morrendo, então pelo seu bem eu espero que você esteja morrendo- — sua voz sumiu quando ele entrou na sala, ignorando toda a sua família. — Oh querida, você parece enojada. — Ela foi capaz de expressar, parando seus passos a poucos metros da humana.
A imagem cansada de Bella em condições precárias de saúde, mas o suficiente para não assustar, fez sua frase ficar no ar e suas palavras foram liberadas deixando a última frase escapar de seus lábios.
Ela franziu a testa quando Bella deu a ela um pequeno sorriso em seu estado ligeiramente doente, seu olhar fixo na barriga não tão grande sob as cobertas.
Não eram mais suspeitas. Bella estava completamente grávida e com uma barriga no corpo para provar isso.
— Devo dizer que senti falta dos seus gritos, Perséfone. — Bella admitiu tentando brincar e mudar o rosto ilegível da garota.
— Como é possível? — Ela perguntou incrédula virando para Carlisle, ignorando completamente a humana.
O médico apertou os lábios sem saber a resposta. — Pelo que entendi, vampiros não podem procriar porque estão mortos, mas- — Perséfone interrompeu sua explicação vaga.
— Espere. Pare aí mesmo, vaqueiro. Pause e volte. — Ela o cortou e olhou para ele em alarme. — Você está me dizendo que vampiros podem procriar? — A voz de Perséfone saiu de sua garganta em um tom desesperado.
— Perséfone? — Emmett perguntou confuso com a reação de sua filha.
Carlisle respirou fundo e olhou para o híbrido. — Você não disse a eles.
— Eu não via isso importante até agora, Carlisle! Eu pensei que vampiros não pudessem ter filhos. — A garota gritou, se desculpando com a culpa batendo em seu ombro. — E até onde eu sei, Jasper é.
— Do que vocês estão falando? — Alice perguntou entrando na conversa, tentando ignorar o fato de que Jasper e Perséfone ainda estavam juntos.
A híbrida não disse uma palavra, ela se recusou a dizer em voz alta e deixou sua família descobrir assim. Nem era da conta deles, ele nem se lembrava disso até ver a barriga de Bella.
— Perséfone, — Edward exigiu no silêncio de sua sobrinha, — diga a eles. — O presente intrometido de seu tio amaldiçoou.
Persa olhou fixamente para Carlisle, que estava olhando para ela da mesma forma, ambos se comunicando com simples olhares desafiadores de ambos, seus ombros tensos e firmes em seus lugares.
— Perséfone é fértil. — Carlisle deixou escapar sem tirar os olhos dos olhos azuis da garota.
— O quê? — Jasper perguntou intrigado, optando por sua melhor posição ereta.
— Como? — Perguntou a humana surpresa, admirando a briga da família.
Perde relaxou abruptamente ainda permanecendo em seu lugar, sabendo que não tinha nada a ganhar continuando a desafiar Carlisle com os olhos.
Ela franziu os lábios e se virou para encarar sua família.
— Assim como eu posso comer comida, respirar, ter meus olhos azuis, não brilhar no sol... — A ruiva começou a falar. — Minha loba, e para ser honesta, ela está sendo um pé no saco. — Comentou Persa asperamente. — Mas isso não dependia de você, Carlisle. — Repreendeu a garota com raiva.
— É melhor eles saberem, ou você vai me dizer que eles foram cuidadosos com Jasper? — Carlisle perguntou com seriedade na voz, ele sabia que a coisa toda não era uma brincadeira, ele estava preocupado com sua neta.
A nova informação caiu como um balde de água fria, a fez tremer de terror, lembrando de todas as vezes que Jasper e ela se relacionaram – claramente – sem camisinha, ou qualquer outro método de contracepção. Eles sabiam que Jasper não podia procriar e acreditavam que Perséfone também não.
Perséfone colocou a mão na parte inferior do estômago enquanto se virava para Jasper com seu olhar assustado enquanto o menino permanecia congelado no lugar, idealizando a possibilidade de Persa estar grávida.
A família entendeu perfeitamente a reação da híbrida. Se Bella engravidasse, havia provas de que Perséfone também poderia estar.
Ela estava com medo, ela não queria um filho, muito menos um que saísse dela com tudo o que era ser um lobo e um vampiro ao mesmo tempo, sabendo que ela seria a cabeça da caçada dos Volturi. Ela não queria que eles tivessem mais motivos para procurá-la, especialmente se ela tivesse alguém que dependesse dela.
A ruiva, ainda com a mão na barriga, olhou para a humana enquanto dava um passo para mais perto dela.
— Como você sabia? — Ela perguntou exasperada.
Bella apertou os lábios e apenas respondeu. — Minha menstruação e vômitos, esses foram os principais. — Disse a menina, acariciando sua barriga.
Persa assentiu, olhando para baixo, perdida no chão assim como a de Jasper, os dois planejando com a cabeça para saber se Perséfone não estava menstruada.
As mãos de Persa tremeram, ela tentou manter o controle e não perder a cabeça na tentativa.
— Quando foi... — Perséfone virou-se para Jasper, mas ela não teve que terminar a pergunta para ele saber.
— Faz umas semanas. Dois, eu não sei. — Jasper respondeu com uma carranca.
Rosalie deu um passo em direção à filha sem saber o que fazer, as duas mulheres sabiam que nada de bom viria de Perséfone devido à sua condição e ela não condenaria um bebê a ter a mesma vida nômade pelo simples fato de ser como ela.
— Está bem, está bem. Minha menstruação foi há duas semanas, minha fértil seria... — Perséfone murmurou pressionando os lábios tentando fazer as contas. — Deus, eu não posso nem pensar. — Ela sussurrou angustiada para ela, inútil em uma casa cheia de vampiros.
Jasper respirou fundo e caminhou até Perséfone, viu como as mãos dela tremiam um pouco e rapidamente as envolveu nas dele. Sem dizer uma palavra, ele se ajoelhou na frente dela, chegando até o ventre.
Persa sabia que era isso que ele ia fazer, ela respirou fundo, tentando acalmar seu batimento cardíaco errático enquanto sentia a pele de granito de Jasper descansando em sua camisa.
A audição de Jasper era altamente aguçada, ele podia ouvir o organismo interno de Perséfone funcionando. Suas entranhas se moviam inquietas, provavelmente processando a comida que havia comido no avião, seus pulmões se enchiam de ar e seu batimento cardíaco estava acelerado.
Nada longe de anormal foi ouvido, nem mais ou menos batimentos cardíacos, aliviando-os rapidamente sem tirar a orelha da barriga de Perséfone, querendo ter certeza de que ele não estava errado.
— Ele não está ouvindo nada. — Edward disse ouvindo os pensamentos de seu irmão. dois
Persa soltou um soluço reprimido em sua garganta enquanto acariciava a cabeça de Jasper, que rapidamente relaxou ao ver que Perséfone não tinha nenhuma aberração dentro dela.
Jasper se levantou e beijou Perséfone na frente de toda a família, eles tentaram esconder os pequenos sorrisos em seus rostos enquanto a tranquilidade lentamente inundava a sala.
Separaram-se e inconscientemente fundiram-se em um abraço, investigando a calma e o apoio que davam um ao outro, em busca de um efeito de cetamina antes da descarga de adrenalina pela possível gravidez.
Bella suspirou em vez disso, assegurando-se de que Perséfone havia recuperado a compostura, como sempre fazia; ela sabia que a garota a odiava depois de beijar o — amor de sua vida — , mas vamos lá! Veja como ela está feliz com Jasper.
— Bella, eu vou te cobrar um serviço extra pelo inconveniente. — Brincou Perséfone avançando em direção a ela, voltando ao normal após o susto.
Bella deu-lhe um sorriso quando viu como ela se empoleirou na frente dela e estava no nível de seu estômago volumoso.
Não havia dúvida de que Persa não a suportava, mas sua fraqueza pelo bebê que ela acreditava dentro da humana era maior. Era a primeira vez que ela ia compartilhar uma gravidez com um membro de sua família ou da população em geral. Pode-se dizer que a permanência dela com os Volturi não permitia mulheres grávidas, ou qualquer tipo de ser vivo que não fosse comida.
Perséfone olhou para ela com um sorriso no rosto pedindo algum tipo de permissão para se aproximar ainda mais, Bella assentiu enquanto afastava os cobertores de seu corpo, dando-lhe uma visão de sua barriga que crescia a cada minuto do dia.
A ruiva ficou maravilhada. Ela tinha visto pessoas grávidas ao longo de seus anos, mas nunca teve a oportunidade de estar tão perto.
— Oh pequena aberração, nós vamos nos divertir muito quando você nascer. — Ela disse divertida enquanto colocava as mãos em seu abdômen e o acariciava.
— Não se empolgue. — Edward repreendeu bruscamente de seu lugar na sala. — Vamos tirá-lo.
Bella balançou a cabeça, seu rosto transformado em desespero e angústia, não precisou do poder de Jasper para adivinhar que ela estava apavorada e ela confirmou quando sentiu como ela se agarrou às mãos para se apoiar.
Perséfone virou a cabeça, olhando para ele por cima do ombro. Sua testa franziu ao ver o rosto frio e neutro de seu tio.
— A decisão não é sua. — Disse a garota tentando manter a calma. 32
— Nem o seu, Perséfone. Ela é minha esposa e o assunto é entre nós. — Seu tio cuspiu com uma expressão irritada.
A família Cullen permaneceu alheia à situação, mas ainda estava presente na sala para garantir que nenhum deles arrancasse suas cabeças, embora fosse difícil depois de ouvir o que Edward disse a sua sobrinha – também conhecida como advogada feminina.
Perséfone virou a cabeça para Bella, onde ela olhou em seus olhos e apertou os lábios por paciência. Em uma expressão simples, ela embalou as mãos da humana e deu a ela um rosto de — não se preocupe.
Persa se levantou de seu lugar enquanto suspirava alto e batia as mãos nas coxas.
— Você acha que porque você é o marido dela você tem algum tipo de poder machista sobre ela? — Ela perguntou zombeteiramente enquanto se virava para ele e cruzava os braços. — Bem-vindo ao século 21, as mulheres são capazes de decidir sobre seus corpos. — Ela deu alguns passos mais perto. — E se você acha que ele não é capaz, estou aqui para avisar quantas vezes você quiser, querido. Acho que você não quer brincar de boneca comigo. — Disse ela, venenosa como uma cobra, cuspindo cada palavra que dizia.
— Fique fora dos negócios que não dizem respeito a você, Perséfone. — Ele deu passos em direção a ela com os punhos cerrados e a mandíbula travada. Jasper instintivamente deu um passo para intervir, mas Alice não o deixou.
Sobrinha e tio se confrontando, enquanto Bella se encolheu em seu lugar ao ver como uma briga no clã se formou novamente; a família deu um passo à frente, ainda alheia à situação, mas apenas por precaução.
Rosalie discretamente ficou ao lado de Bella, caso as coisas saíssem do controle, ela a levaria para um lugar seguro; sua filha podia ser uma bomba-relógio quando ela quisesse, e ainda mais se fosse para proteger uma mulher, ela estava orgulhosa da mulher que ela e Jacky haviam criado.
— Comecei a me preocupar no momento em que você acreditou que poderia tomar as decisões que ela deveria tomar. — Ela assegurou a situação mortal. — Por que você acha que ela veio até mim, Edward? Ela sabe que eu vou defendê-la com unhas e dentes se você quiser ficar esperto demais, e deixe-me dizer, ela não está errada.
— Ela é minha esposa... — mas antes que ele pudesse continuar, Perséfone já havia interferido.
— E antes disso, ela é uma mulher independente, então é melhor você dar um passo para trás ou eu vou te jogar no território Quileute. — A garota ameaçou sem tirar os olhos um do outro.
Eles estavam literalmente se encarando. Edward estava cansado da intromissão de Perséfone e ela estava furiosa com o machismo de seu tio, acreditando que ele poderia decidir sobre o corpo da humana pelo simples fato de ela ser sua esposa.
Emmett deu um passo e afastou o braço de seu irmão da híbrida, tentando manter a compostura enquanto murmurava coisas com as quais Perséfone pouco se importava.
A ruiva virou as costas para sua família e caminhou até o sofá onde Bella estava sentada. Ainda com seu rosto sério e ameaçador, ela se sentou ao lado da humana, invadindo seu espaço pessoal, mas não se importou.
Seu olhar estava em Edward e o dele nela.
Seria uma convivência muito longa.
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