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˖࣪ ❛ CAPÍTULO VINTE E DOIS
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PERSA VIU O sinal passar quando Jasper disse, deixando uma vida para trás novamente com todos os seus entes queridos, impacientes para que ela ficasse bem.
Ela franziu a testa quando percebeu algo e olhou para Jasper com intriga e zombaria. — Como você planeja cruzar a fronteira sem nenhum documento, senhor esperto? Porque, até onde eu entendo, precisamos de passaportes e toda essa porcaria.
Jasper olhou para ela por um segundo e acenou para o banco de trás. Persa olhou para ele ainda mais intrigada, virando a cabeça para trás, franziu a testa ao ver sua mochila e outra que não conhecia.
Ela pegou a bolsa de Jasper, esticando um braço e com algum esforço para alcançá-la. Sem sequer perguntar, ela começou a vasculhar os pertences de Jasper, tentando não corar com as diferentes coisas lá dentro.
— Bagagem leve. — Comentou Perséfone ainda procurando.
— Saída rápida. — Ele respondeu com um encolher de ombros.
Persa pegou o envelope nas mãos e jogou a mochila no chão do carro, sem parar para analisar o objeto em suas mãos.
Era pesado demais para ser uma carta e leve demais para ser uma arma para matá-la, afinal, ela não sabia nada sobre a pessoa ao seu lado.
Ela abriu o envelope e olhou para o que estava dentro, dando a Jasper um olhar chocado enquanto o virava e deixava os documentos caírem em seu colo. O loiro parecia divertido vendo a expressão de Perséfone.
— Como... — ela se cortou. — Alice. — Ela afirmou sem sequer hesitar.
Jasper assentiu e olhou para ela por alguns segundos. — Alice viu isso chegando. Primeiro não entendi por que, antes de sua chegada, ela insistiu em entrar em contato com um velho amigo que sabe falsificar documentos... — Perséfone o interrompeu, bufando divertida.
— Com um baseado ruim, eu gosto.
Jasper riu levemente. — Sim, acho que sim. — Ele respondeu e depois voltou ao assunto. — Ela nos viu fugindo e queria ter certeza de que era assim. — Ele deu de ombros.
Perséfone pegou o passaporte nas mãos e o examinou da cabeça aos pés, de ponta a ponta, o amigo de Jasper com certeza sabia fazer boas falsificações. Ele abriu o pequeno caderno e olhou para Jasper com uma sobrancelha levantada.
— Onde você conseguiu a foto se ainda não me conhece? — Perguntou a garota.
— Alice cuidou de tudo, não me pergunte como, ela sempre tem seus truques na manga. — Ele murmurou com um sorriso lembrando quem foi sua esposa por décadas.
— Proserpina? Sério? — A garota perguntou e Jasper olhou para ela com um encolher de ombros.
— Você sabe quem ela é? — A garota negou. — É a versão romana de Perséfone, a rainha do inferno como você se chama. — Ele disse zombeteiramente ganhando-lhe um tapa brincalhão.
— Eu ainda sou a rainha do inferno.
— Não tenho dúvidas disso, Proserpina. — Tespondeu o menino em um sussurro. — Achei que seria melhor mudar os nomes. — Admitiu Jasper.
Perséfone sorriu de lado e olhou para a estrada colocando os documentos no referido envelope.
— Kore. — A garota ao lado dele deixou escapar do nada, enquanto colocava as coisas na mochila.
— Que?
Persa olhou para ele com um pequeno sorriso e estendeu a mão para ele. — Meu nome verdadeiro é Kore Relish. — Ela continuou esperando ele apertar sua mão. — O sobrenome pertence ao meu parceiro de vida morto. — Disse ela, encolhendo os ombros com uma careta triste. — Rosalie sabia que meu nome verdadeiro me causava dor por dentro. — Explicou a garota. — E outro nome para Perséfone é Kore.
— É por isso que você a chamou de Perséfone, certo? — Jasper perguntou enquanto ela se sentia.
— Kore, é um prazer. — Ela repetiu novamente com um sorriso sem nem mesmo tirar a mão.
Jasper olhou para a mão dela e sorriu para ela. — Jasper Whitlock, o prazer é inteiramente meu, Srta. Kore. — Ele pegou sua mão e deu um pequeno beijo nela.
Este foi o novo começo.
Seu próprio novo começo.
Persa riu levemente quando ele tirou a mão e balançou a cabeça.
— O que? — Perguntou o menino, vendo como a híbrida ria.
— É bom, eu posso me acostumar com isso. — Perséfone respondeu com um encolher de ombros. Ela suspirou enquanto colocava os pés no banco. — É divertido, você sabe, correr ao redor do mundo. — Disse ela divertida, mudando de assunto pronta para iniciar uma conversa.
Jasper riu e assentiu. — Eu sei no que estou me metendo. — Ele respondeu.
— Eu sei, você tem idade suficiente para saber. — Zombou a garota, como se fosse a única garota da família que parecia ter 17 anos.
Jasper olhou para ela com a sobrancelha levantada e fez outra mudança, enquanto balançava a cabeça. — Diz a menina que tem quase um século. — Ele zombou desta vez, ganhando um olhar ruim de Perséfone.
— Ainda sou mais jovem, mas ainda sei mais coisas do que você.
— Ah, sim? — Jasper perguntou com falsa surpresa.
— Sim, escapar dos Volturi é divertido. — A garota afirmou, seguindo seu jogo. — Minha vida foi um: olhe para esta caixa se você quer me beijar. — Apontou para a direita e depois apontou para a outra. — Olhe para esta caixa se você quer me matar.
— Eu realmente quero olhar para a caixa à sua direita. — Jasper murmurou, não precisando olhar para ela para saber que suas bochechas estavam ficando levemente.
— Você vai ter que continuar tentando, Major Whitlock. — A garota disse com um leve tom de zombaria, aproximando-se ligeiramente. — Você não quer ficar com o desejo. — Ela continuou se aproximando sem nem mesmo se incomodar em desafivelar o cinto.
Jasper sabia que Perséfone estava brincando com fogo e adorava. — Melhor com culpa do que com desejo. — O menino murmurou, olhando para ela enquanto sorria para ela de lado.
★
Os dois saíram rapidamente do carro, quase correndo em direção ao interior do aeroporto.
— Onde estamos indo? — Perséfone perguntou enquanto se esquivava de alguém, fazendo com que Jasper pegasse a cabeça.
— Alemanha. — Respondeu o menino, pegando o pulso de Persa para ajudá-la a caminhar ao lado dele. — Ou eu estava pensando na Índia. — Ele falou novamente. — Algum país em guerra.
Persa balançou a cabeça sem perder o passo, alcançando Jasper. — Não, não são grandes cidades, eles vão procurar lá primeiro. Você tem que manter um perfil baixo.
— Que melhor perfil discreto do que a Índia, Persa? — Ele parou seu passo para olhar para ela.
Grandes cidades, Paris, Barcelona. Países em guerra, Paquistão, Afeganistão. — Ela nomeou os países enquanto contava nos dedos. — Países onde ninguém iria, eles também vão procurar lá primeiro. — Ela apertou os lábios e respirou fundo.
Eles tiveram que deixar o país naquela mesma noite antes das 00:00 da manhã. Eles não iriam arriscar deixar os Volturi vencerem. Até que seu olhar caiu sobre dois africanos conversando rapidamente um com o outro, dizendo coisas em sua língua enquanto o ouvido e o cérebro de Perséfone traduziam as palavras.
— Mantenha um perfil discreto. — Jasper lembrou.
Persa olhou para ele com leve preocupação. — Há um lugar onde eu sei que eles não vão me procurar, mas vamos ter que mudar nossas vidas. — Alertou. — No Chade, África. Há uma tribo que adora vampiros, fiquei com eles por um tempo antes de continuar meu caminho. — Ela começou a falar e explicar sobre seus amigos. — Eu era enfermeira, ajudava aqueles que voltavam da guerrilha ou que eram animais feridos de luta.
— Nós vamos lá. — Jasper afirmou e olhou nos olhos dela. — Tudo para mantê-la viva, Perséfone. Você não pode morrer. Não depois que te conheci.
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