13 • | unconditionally
Louis não era de errar.
No entanto, ele errou realmente feio quando disse que o que houve entre nós no dia das bruxas não se repetiria, pois foi justamente o contrário. Naquela mesma noite em Dover, quando ele estava com roupas secas e entediado, o chamei para dividir meus biscoitos e uma coisa levou a outra até que ele estivesse me fodendo contra as paredes de pedra do castelo. A vista do campo aberto, das ruínas e dos lagos iluminados pelas lamparinas não eram tão interessantes ou atraentes quanto ter Tomlinson saindo e entrando de mim com cada vez mais força, tapando minha boca para conter meus gemidos escandalosos e bem, naturalmente que em todos os três agradáveis dias em que estivemos na cidade, visitando os Penhascos brancos de Dover, South Foreland Lighthouse e o Porto de Dover, onde passeamos em um navio recém-inaugurado, apenas pela ilustre presença dos Tomlinson, nós transamos em todas estas paradas.
Voltamos em carros separados e depois dele ter me feito gozar no banco de trás do carro, enquanto Liam tagarelava algo sobre sua cidade natal, concordamos que não teríamos mais esse tipo de envolvimento e que guardaríamos com carinho a lembrança de Dover.
O que até então estávamos conseguindo cumprir. Até que eu inocentemente comentei sobre ele estar certo quando disse que eu poderia desenvolver um pouco de mama por conta da gravidez e ele entende isso como um tipo de provocação, então ele praticamente me ataca e eu não resisto. Desta forma a nossa trégua é rompida com Louis em cima de mim, arranhando minha cintura e prendendo entre os dentes o inchaço sensível em meu tórax e seus quadris vindo encontro ao meu com minhas pernas entrelaçadas no final da sua coluna, comigo me contorcendo e implorando para que ele parasse.
- Dói. - Soluço puxando seus cabelos e tentando afastar seu rosto.
- Não dói nada, para de ser fresco. - Ele rugiu em resposta, segurando meus pulsos e os prendendo ao lado do meu corpo. Estávamos deitados ao contrário em sua cama, minha cabeça já pendia fora dela e meus cachos balançavam numa bagunça castanha, alguns fios se colavam na minha testa por conta do suor escorrendo pelo meu rosto.
Conseguia ver nossos reflexos no espelho. A minha figura com as bochechas vermelhas rendida abaixo dele e ele por cima fazendo o que bem quisesse comigo, embora mantenha um ritmo, entrando e saindo rápido e me deixando extremamente sensível ele se atentava a não deixar seu peso cair sobre a minha barriga maior e mais arredondada com seus quase quatro meses.
- Eu não sou fresco. - Rebato ofegante, respirando aliviado quando afasta a sua boca do meu mamilo em um vermelho vivo, mas então ele pressiona seu peito contra o meu e a dor triplica - Ai, caralho!
- Quanto drama, você não se cansa de ser um garotinho mimado, não? - Coloca seu rosto na altura do meu, mudando de ângulo ligeiramente e eu me impulsiono para baixo, de encontro ao seu pau - Oh, então é aqui? É onde eu devo te foder, amor? - Sua voz está mais grave e excitada e ele passa a estocar mais forte e rápido atingindo repetidas vezes o mesmo ponto.
- Sim, ai, bem ai.... Oh meu deus, me fode. Mais forte, mais forte, Lou. - Imploro e Louis puxa seu pau até estar completamente fora e eu arregalo os olhos, espantado - Heeeey.
- Você pode fazer melhor do que Lou. - Arqueia as sobrancelhas e eu me pego em um segundo de confusão, até ter um lampejo dos meus primeiros dias aqui, quando o chamei pelo nome depois de ter tido uma atitude muito inadequada e então sorrio safado sabendo o que ele quer.
- Por favor, volte pra dentro de mim, estava tão bom... Coronel. - Peço num tom manhoso fazendo biquinho e ele larga meus pulsos para segurar com firmeza minha cintura e entrar novamente. ficando tão perfeitamente encaixado dentro de mim, que me faz gritar e gemer tão alto quanto ele que continua obstinado a me foder profundamente.
- Poderia passar o resto da minha vida entre as suas pernas, amor. - Geme, mordendo meus lábios, choramingo por ele já os ter ferido o suficiente com suas mordidas desmedidas, mas o ardor combinado a sua voz, seu pau e a sua mão me masturbando me fazem apertar as pernas ao seu redor, segurando os lençóis e me contorcendo inteiro ao gozar em minha barriga e seus dedos. A pressão da minha entrada ao redor do seu membro o faz vir em seguida e ele desliza seu pau para fora, deixando que seu gozo escorra por ela. Por sabermos que não estávamos transando com mais ninguém, não termos nenhuma doença e eu não poder ficar atualmente grávido acabamos por deixar a camisinha de lado e assim podia me deliciar com a minha sensação predileta que era sentir o gozo quente e espesso saindo de mim. Louis deita a cabeça em meu peito arfante, me abraçando e ofegando exausto, abraço sua cabeça afastando os fios lisos e encharcados para longe de seu rosto corado.
Nos prendemos um ao outro com tamanho carinho e afeição que poderia facilmente ser confundido com amor ou qualquer sentimento romântico.
- Isso foi tão bom. Porque fica cada vez melhor?
- Porque eu sou gostoso. - Digo baixinho e ele ri, beijando meu mamilo e trilhando beijos pela minha barriga, esfregando o nariz no meu umbigo causando cócegas e lambendo o gozo da minha pele, também deixando uma sugada leve na minha glande que estava sensível demais para a suas gracinhas e rolei para fora da cama.
- Onde você vai, gostoso?
- Banheiro. - Respondo batendo a porta e parando em frente ao espelho acima da pia e examinando os hematomas que cobrem a minha pele, as marcas de seus dedos em minha cintura e bunda, os resultados de seus chupões no meu pescoço e peitoral e as consequências de seus beijos em meus lábios feridos, inchados e até mesmo com um pouquinho de sangue. Limpo sua porra das minhas coxas e lavo o rosto antes de voltar para o quarto, procurando por uma calça.
Ele está sentado na cama, com as pernas afastadas, costas apoiadas na cabeceira, os cabelos arrumados em um topete precário, a barba por fazer e um copo de conhaque na mão. Completamente nu. Louis parece um deus do sexo. O próprio pecado diante dos meus olhos.
- Harry.
- Senhor?
- O que está fazendo?
- Procurando algo para vestir.
- Não. - Declara rígido - Neste quarto você está proibido de usar roupas.
- Isso é uma regra? - Cruzo os braços diante do peito, o medindo.
- Sim. Então se você quiser continuar aqui sugiro que permaneça nu ou você pode usar isso. - Louis puxa um embrulho da mesa de cabeceira, não muito bem feito, o que indica que foi realizado por ele e me dá. Pego, meio desconfiado, tirando o excesso de durex e tomando cuidado para não rasgar o papel e então contemplo o meu presente, inusitado, mas adorável. É um quimono curto, rosa bem clarinho, repleto de desenhos e figuras coloridas de flores dos mais variados tipo. O que me faz sorrir porque eu amo flores e secretamente a cor rosa. Nas bordas ele tem grossas tiras pretas e a bainha é rendada com tecidos branco e preto. Ele é feito de seda e é extremamente macio ao toque, tento não pensar na fortuna que deve ter sido e o visto não me surpreendendo por ele deixar a minha bunda à mostra. Essa já deveria ser a ideia desde o principio e giro em frente ao espelho, parecendo bem mais dócil e delicado com o tecido envolvendo meu corpo, pego a faixa que serve para amarrar na cintura e a uso para prender meus cabelos que estão grandes demais e caem em frente ao meu rosto.
- Eu fiquei tão lindinho. - Digo por fim, me virando para Louis, as mangas largas escorregando conforme eu ajeito a fita preta nos cabelos.
- Eu imagino.
- Roubou isso da Clare?
- Não, mas eu a pedi que comprasse como presente para um certo alguém. - Provavelmente ele disse que seria para Bebe, mas não me deixei incomodar, eu também não queria que os outros soubessem sobre isso, seja lá o que for - Também tive que reembolsar a calcinha que você roubou dela.
- Foi por uma boa causa. - Resmungo, me colocando em mãos e joelhos e engatinhando até Louis.
- Proteger a sua própria pele não pode ser considerado como uma boa causa. - Fala, depositando o copo vazio na mesinha e voltando a posição para me receber em seus braços, meu rosto vai direito para o seu pescoço, deixando um beijo molhado.
- Então acha que eu deveria ter apanhado daqueles garotos malvados?
- Shiii, amor, não diga besteiras. Ninguém pode te tocar, nem te fazer mal. Não quando você está no lugar mais seguro da face da terra. - E me aperta com força contra seu corpo.
Sorrio concordando plenamente e sugando sua pele, sentindo seus dedos acariciando minha bunda, perigosamente perto da minha entrada e eu tenho sérias desconfianças de que não sairemos desta cama hoje.
Na manhã seguinte eu estou exausto e andando um pouquinho estranho graças as minhas atividades da noite anterior, que devido ao ânimo de um certo alguém foram intensas demais. Me partiu o coração deslizar para fora dos braços de Louis durante a madrugada, mas eu não podia arriscar que alguém nos flagrasse e voltei para o meu quarto, tendo poucas horas de sono antes de ser acordado pelo despertador avisando que estava na hora do colégio. Eu havia voltado há alguns dias da suspensão e todos me tratavam como se eu fosse um ex presidiário, já que para eles eu é quem tinha xingado a professora que guardou rancor de mim.
No meu tempo fora ela iniciou uma nova matéria, muito complicada, eu não tinha entendido muito bem e pela minha falta de amigos na turma não podia contar com ninguém por ali, fui até sua mesa na esperança de que ela sanasse as minhas dúvidas, o que não deu muito certo:
- Sra. Gallagher, será que poderia... - Começo em tom baixo e respeitoso, apertando meu caderno contra o peito.
- Não, não poderia. - Ela rosna com seu sotaque dinamarquês carregado, os olhos azuis frios me encarando com uma raiva incubada e eu aperto ainda mais meu caderno, querendo me esconder atrás dele.
- Mas eu não entendi a matéria.
- Não entendeu porque é burro. - Rebate, abaixando os olhos para as folhas em sua mesa.
- Eu não sou burro! - Me defendo, nem um pouco confiante e a professora bufa audivelmente.
- O que quer que eu faça, Styles? Segundo você eu sou só uma vadia. - O burburinho na sala se encerra, dando indícios de que todos ouviram e estão prestando atenção. Meu pomo-de-adão se movendo conforme engulo em seco - Vá se sentar antes que eu o mande ter uma conversa com o diretor.
- Sim, senhora. - Suspiro derrotado, girando nos calcanhares e me deparando com quarenta olhos atentos fixos a mim.
- Aliás, deveria cuidar da alimentação, está ficando com uma barriga muito saliente para um garoto da sua idade. - Seu complemento arranca algumas risadinhas da classe e baixo o caderno em frente a minha barriga, mesmo com meu rosto ardendo rastejo de volta ao meu lugar, olhando para a página do livro e as perguntas da atividade que eu não consigo responder. Louis com certeza saberia fazer isso, ele é tão inteligente, enquanto eu sou um burro que todos acham que está acima do peso.
Estou à beira do choro quando o som de uma cadeira se arrastando me assusta. Levanto o rosto encontrando o sorriso brilhante de Anthony.
- Para o seu lugar, Murdoch. - A Sra. Galagher manda.
- Já estou indo, só preciso tirar uma dúvida com Harry sobre o trabalho. - Ele responde com seu tom de voz calmo e sereno que conquista a todos. Ele tem todo aquele charme e simpatia que eu costumava ter no meu antigo colégio, depois do ocorrido com Lance Carter ninguém mais gostava de mim. Eu era o patinho feio da escola.
Com a professora domada ele volta os olhos para mim, as bochechas reconchudas se elevando por conta de seu sorriso largo e ele toca a ponta do meu nariz. Anthony no fim das contas era legal, nós passamos muitos dias do intervalo sentando juntos para fazer nosso trabalho. Ele falava bastante, era engraçado e atencioso e não virou as costas pra mim, apesar de ser amigo de Lance e também um brutamontes, com o triplo do meu tamanho e músculos o suficiente para ser capaz de levantar uma árvore, não se importava comigo dormindo ou não com as garotas do Lady Ângela, nem perguntava se eu era ou não hétero. Pelo jeito não importava e isso me deixava extremamente feliz, saber que mesmo sem Ed ou Niall, ainda haviam pessoas gentis e amigáveis ao meu redor.
- Está difícil?
- Muito. Eu sou péssimo em inglês e não entendo nada.
- A matéria é complicada mesmo. Quer que eu te ajude? - Ele oferece, puxando sua cadeira mais perto da minha até que nossos ombros e joelhos estejam encostando. Mordo os lábios, um pouco apreensivo com sua aproximação, mas aceito, afinal eu preciso muito de nota.
Anthony me ajuda, explicando o conteúdo que a Sra. Gallagher aplicou na última semana e tudo mais que ela fez questão de não me ensinar por implicância, com seu auxílio fica muito mais fácil, mas não há como ignorar que enquanto eu leio o livro, acompanhando sua explicação sua mão sobe do meu joelho até estar tocando minha coxa e seu nariz vez ou outra se esfrega no meu cabelo.
- Acho que eu já entendi agora. Se quiser pode voltar para o seu lugar, eu ficarei bem, Anthony. - Digo, apertando as pernas e tentando, educadamente afastar sua mão.
- Você tem um cheiro tão bom. - Inspira, esfregando novamente o nariz no meu cabelo e até enrolando um cacho em seu dedo. Qual é a desse garoto?
- Obrigado, mas eu acho melhor eu terminar sozinho. - Viro para ele, sorrindo o mais amigável e menos afetado que consigo.
- Você é muito bonito, Harry. - Murmura e eu posso ver com clareza o momento em que seus olhos caem em minha boca e seus dedos praticamente cravam em minha pele.
- Aí, você está me machucando. - Choramingo, observando que com exceção da professora carrancuda corrigindo os deveres, estamos só nós dois na sala.
Ele parece se dar conta do que está fazendo e recolhe a mão. Uma expressão de desconforto tomando seu rosto e então se levanta.
- Claro, desculpe. - Diz rapidamente, saindo da sala.
Essa não foi a primeira vez que Anthony age estranho. Em muitos momentos durante nossas conversas eu o pego encarando a minha boca ou acariciando alguma parte do meu corpo que ele não deveria estar tocando. Tenho dúvidas sobre sua sexualidade, mas não é como se eu pudesse falar abertamente sobre isso. Na sexta feira, quando estou animado por ter conseguido uma boa nota em inglês o encontro no vestiário. Estou faltando cada vez mais na ginástica, primeiro, porque eu detesto atividades físicas não-sexuais e segundo, vou ter um bebê que pesa cada dia mais.
Anthony cai na minha desculpa de que eu não estou bem disposto e aceita ficar comigo, jogando ping pong, do jeito mais lento e menos emocionante possível, mas que acaba sendo divertido. Mesmo assim ele conseguiu suar e quando entramos novamente no vestiário arranca toda a sua roupa e fica totalmente nu na minha frente, sem pudores e com um olhar malicioso ao que insiste para que eu também tome um banho.
- Não, eu prefiro ir pra casa, não gosto de chuveiros desconhecidos.
- Para com isso, Harry. Vamos, é um banho rápido. - Ele diz aquilo puxando minha camisa e soa como se ele estivesse se referindo a outra coisa, uma coisa que não me importa, diga-se de passagem.
- Não, valeu! - Exclamo, dando alguns passos para trás e ele bufa:
- Okay, seu gordo! - E dá um tapa estalado na minha barriga. Prendo o ar e os xingamentos até que ele suma e eu possa ouvir o som do chuveiro. Encosto na parede, massageando o volume em meu umbigo.
- Tudo bem, bebê. Tudo bem, ignora aquele bobo que bateu em você. Idiota! - Resmungo olhando atravessado na direção em que ele saiu. Até que toda a minha irritação para com ele some quando eu sinto algo estranho, melhor dizendo, extraordinário. O meu bebê está mexendo.
- O bebê mexeu. - Chego anunciando na mansão e Louis, que está deitado com as pernas pro alto no sofá levanta a cabeça apenas para gritar:
- Não mexeu nada.
Corro até ele, sentando em sua frente e levantando a camisa.
- Sente. - Pego sua mão, colocando na minha barriga.
- Cinquentinha que são só gases.
- Porque você envolve dinheiro em tudo?
- O capitalismo vicia, Harold. - Diz, deixando sua mão na minha barriga por uma hora inteira até exigir suas cinquenta libras. É claro que a Melanie não iria se mexer para alguém irritante como Louis. Eu sei o que senti e meu bebê mexeu sim!
Xx
O domingo é chuvoso, com nuvens carregadas dominando os céus. O dia está cinza e frio, às vezes iluminando a paisagem escura com seus relâmpagos que me fazem saltar na cama, quando eles maneram o telefone em meu quarto começa a tocar e eu rolo, ainda embrulhado nas cobertas até a cabeceira para atender.
- Hey, Hazzy! - Ed diz animado do outro lado da linha e eu me sento afoito, agarrando o telefone com as duas mãos.
- Ed! Que saudades, como você está? Tudo bem? Aconteceu alguma coisa?
- Calminha, curly. Está tudo bem. Quer dizer, os seus pais deram queixa de mim por agressão, já que o violão era meu, mas como meu pai é o xerife eu fui confinado no quarto invés da prisão.
- Que bom. Fiquei preocupado com vocês.
- Bem e tem o Niall...
- O Niall foi preso? - Sinto meu coração acelerar, ao imaginar aquele estúpido leprechaun atrás das grades por minha causa.
- Não, não, ele provavelmente vai ser morto, não preso. - Ed brinca com um tom de voz estranho. O imagino com seu sorriso amarelo coçando os olhos, como fazia quando ficava nervoso - Ele fugiu... Com a sua irmã.
Um minuto inteiro de silêncio e eu explodo.
- Maldito Louis! - Fico em pé na cama, irritado. Tendo que levar o telefone inteiro comigo pra não precisar ficar dobrado.
- Louis? O que ele tem haver?
- Foi ele quem deu a ideia ao Nialler.
- Tá brincando? Que tipo de professor é esse cara?
- Ele não é professor. É um doido ricaço de quem sou cuidador.
- Caralho! - Ed berra - O quão rico ele é?
- Sei lá, bastante. Por quê?
- Se lembra daquele orfanato que eu sou voluntário? - Resmungo um "sim" - Eu falei com ele sobre e então no dia seguinte alguém tinha feito uma doação gigantesca. Tá todo mundo tão feliz, puderam comprar roupas para as crianças, brinquedos e até fazer algumas reformas. Depois chegou outro que é pra celebrar o Natal e no cartão estava dizendo que viria mais um para que organizassemos o baile do dia do Amor ao próximo que é dia primeiro de fevereiro.
Rio comigo mesmo, não acreditando em uma coisa dessas.
- Achou engraçado?
- Não é só que eu me lembrei de algo.
- Acha que foi ele?
- Talvez. - Sorrio.
- Se for dê o meu muito obrigado, Louis é um cara legal.
- Muito.
- E você gosta dele. - Ed diz o óbvio e eu murmuru um sim fraquinho - Como vai o bebê?
- Bem, oh, ele mexeu, Ed.
- Que lindo! Niall pediu pra avisar quando nascesse.
- Você viu os dois? Como aconteceu?
- Foi tudo bem inacreditável, eu o ajudei a achar o cavalo branco e ele entrou no baile montado nele. Segundo o que disseram a Gemma nem esperou o convite. Eles se amam e esse era o único jeito de ficarem juntos, às vezes pra alcançar nossa felicidade precisamos quebrar algumas regras. - Ele fala e algo me diz que aquilo não vale apenas para Niall e Gemma.
Continuamos conversando por horas a fio até que escuto a voz de Cherry do outro lado e sei que é hora de me despedir, assim que devolvo o telefone ao gancho, saio às pressas do quarto, mas trombando com alguém no corredor e caindo sentado no assoalho.
- Desculpa, eu não te vi. - Digo, começando a me levantar e me assustando ao ver Sarah largar o cesto de roupas que segurava para vir até mim, com o rosto preocupado.
- Eu te machuquei? Você está bem? - Ela toca em meu rosto e me ajuda a levantar, checando mais de uma vez se todos os meus membros estão no lugar e tendo as mãos hesitantes pairando em frente a minha barriga, debatendo consigo mesma se toca ou não.
- Eu estou bem! Quem diria, você preocupada comigo.
- Eu não estou preocupada. - Sarah rebate, se afastando e me virando a cara.
- Você estava quase me pegando no colo. - Provoco a perseguindo ao que ela bufa, pegando o cesto e descendo as escadas, fingindo não me dar ouvidos - Você está me odiando menos? Afinal, porque você não gosta de mim?
- Não te devo satisfações. - É tudo o que ela diz, duramente, antes de dobrar o corredor e seguir em direção a lavanderia.
A observo sumir e franzo a testa sem saber porque ela age de forma tão estranha comigo.
Resolvo deixar essa história de lado e entro na biblioteca, empurrando a pesada porta de carvalho e a fechando em seguida, entro com passos cautelosos. O Sr. Tomlinson está em sua poltrona, em frente a lareira acessa e até agora não havia tentado se jogar nela. O que era ótimo. Ele vestia um roupão de veludo azul, que parecia ser bem quentinho, seus pés estavam estirados no pufe a sua frente e os olhos fechados, cantarolando com o vinil no toca discos. Meus pés cobertos por meias o impediam de ouvir o som dos passos se aproximando.
Paro um instante para apreciar seu perfil sereno e deslizo meus dedos por seu maxilar, com devoção. Louis grunhi, apertando as pálpebras e eu sorrio, sentando em seu colo de lado, deixando um beijinho abaixo da sua orelha.
- Oi. - Sussurro baixinho em seu ouvido.
Preservando o clima calmo e silencioso, ele devolve na mesma altura:
- Oi. Você sumiu o dia todo.
- Estava com frio!
- Sabe que tem uma lareira enorme, aqui, não é? E se ela não fosse o suficiente, eu sou quente o bastante pra te aquecer. - Ele envolve meu corpo no calor de seus braços, mordendo minha bochecha e eu solto um ofego singelo. Sua mão toca a parte de trás da minha cabeça - O que é isso? Onde estão os cachos?
Sorrio contra a sua pele, raspando os dentes em seu maxilar de leve.
- Estou de touca. - Digo, enfiando minhas mãos frias dentro de seu roupão, as pressionando em seu abdômen quente - Ela é cinza, como a calça de moletom que estou vestindo. Minha camisa é branca e...oh, minhas meias são de girafas. - Balanço meus pés, realmente surpreso com as pequenas girafas estampadas. Louis, sendo maldoso como sempre, me pega desprevenido fazendo cócegas e eu me encolho contra seu corpo para fugir do ataque - Não gosto, para.
- Okay, desculpinha. - Debocha, me puxa ainda mais para perto até que eu seja capaz de ouvir as batidas do seu coração com minha cabeça deitada em seu peito - Você parece delicioso. - Mordo os lábios, sentindo sua mão alisando meu braço e a outra imóvel na minha coxa, pego ela a colocando no meio das minhas pernas, usando-a para estimular meu pênis.
- Me come, então.
- Céus! Garoto, você é tão sujo. - Louis fala, fingindo estar chocado, mas permitindo que eu mova sua mão como bem quiser.
- Sim, eu sou tão sujo e necessitado. - Digo, erguendo o rosto para poder provar dos seus lábios que se encaixam perfeitamente aos meus, sua mão aperta com força meu membro e eu abro a boca para soltar um gemido e ele tira proveito para escorregar a língua quente e molhada para dentro da minha boca, acariciando minha língua no mesmo ritmo em que sua mão se move.
- Não deveria me provocar. - Fecha os dentes, puxando meu lábio inferior e o chupando.
- Mas eu quero.... - Me esfrego em sua mão e consequentemente minha bunda pressiona seu pau e eu posso senti-lo tão duro que eu sei exatamente o que fazer. Seguro as bochechas de Louis, estendendo minha língua e lambendo desde seu queixo até a pontinha de seu nariz, rebolando em seu colo, antes de levantar, empurrar o pufe e me ajoelhar por entre suas pernas. Levanto seu roupão, sorrindo satisfeito ao tê-lo completamente livre para mim - , quero seu pau fodendo com a minha garganta até que eu não seja capaz de falar.
- Porra! - Exclama, colocando as mãos no rosto e jogando a cabeça pra trás.
- Não, o correto seria Harry. - Instruo, segurando seu pau e o levantando para poder lamber seus testículos. Ele geme arrastado e eu continuo a deslizar minha língua úmida por eles, minha mão brinca com um enquanto chupo o outro, fazendo questão de gemer e grunhir, apenas para que Louis fique ainda mais excitado. É correto afirmar que a sua audição é o seu ponto mais sensível.
Ele continua tapando o rosto e me impedindo de ver aquela carinha linda que ele tem.
- Oh, não! Você está envergonhado? Tem vergonha porque gosta disso, não é mesmo? - Louis grunhe e eu passo a chupar seu outro testículo, rodando a língua e me deliciando com mais um gemido sôfrego seu - Gosta de ter um garoto de dezesseis anos de joelhos, tão louco e necessitado pra engasgar no seu pau. Você gosta de saber que eu poderia ter qualquer garoto da minha idade, mas eu quero você. Porque você, Coronel, é o melhor. - Digo lascivo, lambendo desde suas bolas, passando pela extensão de seu pau, avermelhado, duro e repleto de veias marcadas, até a cabeça larga e úmida. Esfrego meus lábios grossos por ela apenas para deixa-los sujos com a sua porra - Ninguém chega aos seus pés. Ninguém me fode tão bem quanto você. - Ele suspira mais forte, agarrando o couro do braço da poltrona e puxando a franja com a outra - Você é tão bonito e gostoso, Louis. Gostoso demais. - Arranho seu abdômen que se contrai, expondo ainda mais seus músculos - Você não faz ideia do quanto eu amo sentir o seu pau me abrindo e indo tão fundo em mim. Deus, só de pensar no seu nome eu fico tão molhado, o meu corpo inteiro queima, a minha boca saliva e a minha entrada pisca sem parar.
- Harry, não faz isso.... - Pede choroso, com o rosto brilhando de suor e ele parece um gatinho, tão lindinho e frágil, mas eu não estou afim de parar.
- Eu não consigo evitar. - Sugo a glande, esfregando minha língua nela e gemendo contente em poder provar seu gosto delicioso, então deslizo meus lábios, tomando toda a sua extensão para dentro da minha boca.
- Caralho. - Diz rouco, cravando as unhas na poltrona. Desço e subo minha boca por seu pau, lentamente, apenas para que ele seja obrigado a fazer o que eu quero.
- Você não deveria se envergonhar, muito menos se conter. - Acaricio as veias firmes, com a língua, roçando os dentes vez ou outra e fazendo suas pernas tremerem - Deveria se orgulhar! - Deixo um beijinho em sua coxa, antes de continuar com o que eu acredito ser meu xeque-mate: - Fode a minha boca como você tem me fodido todas as noites.
E sem precisar pedir duas vezes Louis Tomlinson cede as suas vontade e prende um punhado de cachos entre seus dedos e eu alegremente engulo todo o seu pênis, deixando que ele guie meus movimentos, impulsionando minha cabeça para cima e para baixo como bem entende. Finco as unhas em sua barriga e ele agarra uma das minhas mãos, entrelaçando nossos dedos. Meus olhos analisam aquele gesto estranho. Estamos mesmo de mãos dadas enquanto eu lhe pago um boquete, porquê? Eu o chupo com toda a vontade e desejo que há em mim, engasgando vez ou outra devido ao seu ritmo frenético, mas continuo sentindo sua glande raspando na minha garganta e me deliciando com seus gemidos altos.
- Ah, p-porra! Harreh, você tem uma boca tão.... - Morde os lábios com força, apertando ainda mais meus cachos fazendo meu couro cabeludo reclamar - Tão gostosa. Você me chupa tão bem, amor.
Aqueles elogios mandam sinais diretos para a minha ereção dolorida entre minhas pernas. Louis continua a meter na minha boca até alcançar o orgasmo. Ele solta meus cabelos, enquanto engulo tudo, lambendo seu pênis com cuidado até deixa-lo limpo e distribuindo beijinhos em sua glande. Até que a porta é subitamente aberta e Louis ergue a cabeça, por sorte a poltrona cobre meu corpo e Charlotte não me vê.
- Oi, Lou, eu acabei de chegar. Pensei que poderíamos tomar chá juntos. - Ouço sua voz alegre e carinhosa.
- Não, eu vou dispensar. - Louis pigarreia, puxando o roupão sobre suas pernas novamente - Estou com dor de cabeça, mas obrigada pelo convite.
- Está bem. Talvez Harry aceite o convite.
- Não, ele também está meio ruim, com aquelas frescuras da gravidez. - Imita o som de vômito e ri em seguida.
- Ok. Se precisar de algo me chame. - Escuto passos e então a porta bate novamente. Louis vai até lá e gira a chave, mas eu já estou emburrado e deito no sofá, abraçando meu corpo.
- Harry, cadê você? - Ele pergunta assustado, tateando a poltrona e não me encontrando.
- Sofá. - Digo, me surpreendendo com o quão rouca minha voz está. Louis chega até mim, puxando minhas pernas e me obrigando a deitar de frente - Eu não tenho frescuras nenhuma.
- Oh, a girafinha ficou dengosa.
- Fiquei não. - Faço bico, olhando pro lado.
- Ficou sim. - Insiste, se inclinando e levantando minha camisa para plantar um beijo na minha barriga - Você ouviu isso, bebê? O seu papai é tão fresco, qualquer coisa e ele fica de mal de mim. Eu acho que ele não gosta de mim, você também acha? - Ele gruda o ouvido na minha pele, assentindo como se estivesse recebendo uma resposta - Sim, eu entendo, a vida vai ser difícil pra você. Imagina se ele acaba de te trocar e você faz caquinha, ou gorfa nele. Deus me livre! Ele nunca mais vai olhar na sua cara.
- Pare de dizer calúnias pro meu filho.
- Alguém tem que alertá-lo. Harry, eu estava pensando, já que você é quem está gerando esta criança e também é um garoto, você vai ganhar presente de dia dos pais e das mães? - Ele pergunta coçando o queixo, parecendo realmente intrigado.
- Sai. - Empurro seus ombros e ele gargalha, deitando comigo e me beijando, quando ele se afasta o canto de sua boca está sujo com seu próprio gozo, limpo com o polegar levando de volta a minha boca - Obrigado por me alimentar, Lou.
- Você é muito pornográfico, garoto!
Xx
Quando acordamos com câimbra por termos dormidos espremidos no sofá por não sei quanto tempo, a chuva está mais fraca e não ouvimos som algum do lado de fora da biblioteca, então Louis sugere algo que eu jamais poderia imaginar. Irmos ao drive-in assistir há um filme. Em casa ele nunca se aproximava da televisão, nem em um milhão de anos pensaria nele em um cinema ao ar livre, mas era justamente a onde estávamos, depois de um sermão longo e chato por eu ter cometido a gafe de querer ver um filme mudo.
Com toda a independência de Louis é normal que eu esqueça uma vez ou outra que ele é cego.
No fim, O Mágico de Oz venceu, não que as minhas sugestões tenham sido levadas em consideração. Louis estava com o braço apoiado na janela, os olhos fechados e em completo silêncio com os ouvidos atentos, eu já tinha abandonado o banco do motorista e estava com meu corpo jogado em cima do seu, roncando não tão lindamente quanto eu gostaria, mas conseguia ouvir de longe a voz de Dorothy falando com seu bendito cachorrinho, como se ele entendesse alguma coisa.
- Hazza, Hazza, acorda. - Louis chama, bagunçando meus cabelos. Grunhi em resposta, sem a menor vontade de abrir meus olhos - Hazzy, acorda, anjinho. - Louis sendo gentil só pode significar uma coisa - Meu refrigerante acabou!
Sabia.
- Nossa, que chato! - Resmungo.
- Vai pegar outro pra mim.
- Não tô afim.
- Harry, eu sou cego e estou com sede. Que tipo de monstro negaria o pedido de um cego?
- Um grávido?
- Beleza. Fica aí com a sua preguiça, eu vou lá. - Ouço o som da porta sendo destravada e acordo na hora.
- Okay, eu vou. Você vai ficar bem? - Ele balança a cabeça afirmativamente, checo se seu cinto está bem preso, deixo as frestas da janela aberta, o suficiente para que ele não morra asfixiado e que ninguém possa entrar - Eu já venho, - Lhe dou um selinho e bato a porta.
O drive-in está lotado por ser final de semana. Os carros dos mais variados tipos estão alinhados, pelas janelas abertas é possível ver as pessoas embrulhadas em cobertores e mantas, algumas com travesseiros pressionados contra o vidro. O chão está molhado pela chuva de mais cedo, há uma pequena garoa e o frio prevalece. A tela gigantesca onde o filme passa, ilumina além dos limites do pátio onde algumas barraquinhas de doce, cachorro-quente e bebidas estão. Aperto meu moletom ao redor do corpo, viemos com as mesmas roupas com o acréscimo de apenas um casaco, eu deveria ter pegado algo mais quente, estou congelando.
Quando alcanço a barraquinha de bebidas a encontro deserta com uma plaquinha de fechada. Esgueiro os olhos pela janelinha, tentando ver se ainda há alguém.
- O Sr. Thompson já saiu, ele fecha cedo. - Levo um susto ao ouvir a voz soando tão próxima. Viro dando de cara com o corpo grande de Anthony Murdoch, ele sorri pequeno para mim, apoiando o queixo em seu cachecol vermelho - Não esperava te ver aqui, Harry.
- E-eu vim com o meu tio. - Esfrego os olhos, irritados pela fumaça dos carros que vão chegando - Tinha vindo pegar uma bebida pra ele, mas como está fechado é melhor voltar. - Dou um soquinho amigável em seu ombro, me afastando - Legal te ver, Anthony.
- Espera. - Ele agarra meu braço e franzo as sobrancelhas. O garoto me solta, mordendo os lábios nervosamente - Desculpe. É que eu conheço outro lugar, aqui pertinho, eles vendem refrigerante também.
Penso por um instante. Olho ao redor, está cheio de gente, não há como acontecer nada de mal com Louis, ele está seguro aqui. Também não gostaria de voltar sem o seu refrigerante, ele disse que estava com sede, não custa nada ir com Anthony até esse lugar, já que é perto posso voltar em menos de um minuto.
- Tudo bem, vamos lá.
Andamos lado a lado, ele exagerou bastante quando disse ser pertinho, o drive-in está ficando cada vez mais distante e nenhum sinal da barraca.
- Eu acho que você se eng... - Não termino a frase quando seu corpo se choca com o meu, me fazendo bater as costas na parede. Ele tinha me puxado para um beco, escuro e deserto e sua boca estava na minha...O quê? Empurro seu peito com dificuldade - O que você está fazendo?
- Aquilo que você não tem coragem. - Responde com os olhos azuis brilhando de malicia.
- Do que você está falando? - Tento mantê-lo afastado, mas Murdoch é um armário, e suas mãos grandes estão me apertando e sua boca fica perseguindo a minha. Estou ficando em pânico.
- Oh, Harry, porque você tem que ser tão tímido? - Seus braços imensos circundam minha cintura e me puxam com força contra seu corpo firme. Prendo o ar pela dor na minha barriga ao que ele praticamente a esmaga entre nossos corpos, o meu apertar de olhos, soa pra ele como aprovação que cola a boca na minha têmpora - Se bem que é tão meigo. Você deve ficar ainda mais lindo sendo fodido, é isso o que você quer, não é?
- Não, eu não quero! Eu não sei qual é o seu problema, mas entenda que eu não estou interessado.
Sua risada grossa e contida faz com que eu trema dos pés a cabeça.
- Para, garoto. Eu via como você agia com as meninas, o seu negocio é outro e tudo bem, eu curto também, ainda mais meninos com carinho de bebê como você. - Sua palma grande desce até agarrar minha bunda, num aperto tão grosseiro que me faz gritar de dor.
- Não importa, eu não quero isso, então p-pare. - Minha voz sai vacilante, não por estar inclinado a aceitar. Mas por medo, eu lembro da vez em que Louis me imobilizou e fez menção de me penetrar contra a minha vontade, se naquela época eu fiquei assustado, agora me encontro apavorado. Porque no fundo eu sabia que Tomlinson não faria nada, ele não me tocaria contra a minha vontade, mas esse estúpido a minha frente tem um ego tão inflamado que acha que estou fazendo doce - Isso é abuso, Murdoch. - Grito, empurrando seus bíceps.
- Ei, caladinho. Vai acabar chamando atenção. - Alerta com o olhar endurecendo, pressionando o dedo em minha boca - Ou você é daquelas vadias escandalosas mesmo?
Por reflexo ou idiotice, lhe dou um tapa na cara, o que não ajuda em nada na minha situação.
- Então você gosta de brutalidade? Certo, então vai adorar quando eu meter a seco em você, bonitinho. - Ele gira meu corpo e o prensa contra a parede. Eu grito novamente, mas as ruas estão desertas. Minhas unhas estão ficando em carne viva conforme arranho a parede não querendo acreditar que aquilo está acontecendo comigo. Não importa o quanto eu chute ou esperneie, Anthony nem ao menos se move e quando eu sinto a garoa tocando minha pele nua, sei que ele tem as mãos no cós da minha calça, a abaixando. Isso não pode ser verdade, eu não posso ter fugido de casa com medo da repressão, ter vindo para Londres comer o pão que o diabo amassou e ainda por cima ser estuprado em um beco sujo. Eu não mereço isso, ninguém merece.
Puxo pela memória todas as vezes em que vi Liam e Louis treinando. Eles tinham vários golpes complicados demais que eu não saberia como dar, mas havia um... Sim, quando Louis entrou no meu quarto alucinado, Liam o nocauteou com um soco no queixo. Se eu conseguir nocauteá-lo vou poder fugir. Tento manter a calma enquanto viro bem lentamente para Anthony, me sentindo enojado pela forma suja que ele olha para mim, principalmente para o meu membro exposto que não apresenta indicio algum de um semi-ereção. Como ele pode achar que eu quero isso?
- Hum, quer que eu comece por ai. - Fala, inclinando a cabeça para me chupar, mas eu seguro seus ombros, o puxando para cima, ele se levanta e seu queixo fica na altura da minha testa, sem chance de conseguir acertá-lo. A não ser que... Levo minha mão tremula até o meio de suas pernas e quase chorando por encontra-lo tão duro. Doente! - Oh, isso! - Geme, esfregando-se na minha mão. Me esforço para não vomitar enquanto o acaricio e como eu esperava ele vai se dobrando, as mãos espalmadas na parede e o rosto ficando na altura do meu. Sem tempo para hesitação ou pensar no quão fodido eu estarei se errar, atinjo seu queixo com meu punho, ele grunhe feito um animal selvagem e cambaleia para trás antes de despencar no chão desacordado.
Levanto minha calça e pulo sobre seu corpo para correr pela rua deserta, o mais rápido que eu posso, mas em um momento precisando parar por falta de ar por conta das lágrimas e soluços incessantes. Respiro fundo, secando o rosto e me apressando, com medo que ele acorde e venha atrás de mim. A chuva está mais forte e Dorothy havia acabado de encontrar o Leão covarde quando entro no carro.
- Eba, a Coca-Cola chegou! - Louis comemora, ficando de lado e estendendo as mãos em minha direção. Bato a porta e agarro seu rosto, pressionando nossos lábios, que funciona para me reconfortar e impedir que eu grite - Wow, que repentino, girafinha.
- Não tinha refrigerante. Desculpa. - Digo, abraçando seu corpo e deitando a cabeça em seu ombro, fungando algumas vezes.
- Tudo bem, não precisa ficar chateado por isso ou aconteceu alguma coisa? - Pergunta, acariciando minhas costas e beijando meu rosto.
- E-eu me p-perdi no caminho e fiquei assustado, só isso.
- Sua girafinha covarde.
- Eu tenho medo do mundo lá fora, Louis. Tenho medo das pessoas e do que elas podem fazer. - Soluço, deixando que ele me puxe para o seu colo e fiquemos encolhidos no seu banco.
- Você não precisa ir pra fora de novo, pode ficar aqui comigo. - Lamento que ele não tenha entendido o que eu quis dizer, mas eu não quero estragar esse momento com o que provavelmente foi culpa minha - Seu coração está acelerado? - Balanço a cabeça, assentindo. Ele segura minha mão, a colocando sobre seu coração - Pronto, sinta o meu. - Fecho os olhos, sentindo as batidas calmas que acabam por se refletir no meu peito - Viu, estamos bem novamente. Quer ir pra casa agora?
Suspiro, ainda sentindo medo, contudo a sua presença me traz paz o suficiente para não querer mais chorar e isso só pode significar uma coisa.
- Eu já estou em casa.
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