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• Prólogo •

Nota inicial:  Vamos recordar que o livro está  em degustação.

music:  Sam Smith - Fire On Fire

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          O dia está nascendo, os pássaros cantam, os carros buzinam e, olhando para cima, vejo que o céu está limpo, que se colore de uma maneira singela e bonita. Hoje farei o percurso até o shopping sozinha, porque fui abandonada pela Nina. Coloco o meu fone de ouvido e ao som de Aerosmith, em passos tranquilos, caminho pelas ruas, mas seria mentira em dizer que não sinto a falta da minha melhor amiga.

         Nina? Está sumida! Traidora! Não, espera. Mentira, ela mandou um SMS avisando que estava fazendo uma súbita viagem com o Luke. Mal se recuperou do ataque das vadias, mas o fogo na bunda dos dois não diminui. Incrível! Mas... Talvez finalmente tenham tomado vergonha na cara e assumiram compromisso. Conhecendo a filha perfeita de bons modos, foram falar com a sua mãe e pai para avisar sobre o relacionamento.

        O melhor de tudo é que aquelas vacas das primas dela terão que calar a maldita boca, quando verem o homem que a Nina, a "solteirona", arrumou! Vai, Nina! Taca-lhe pau!

        Estou chegando ao shopping que, como sempre, vou durante as manhãs, antes do trabalho. A rotina é a mesma, sempre aparece um e outro funcionário para me cumprimentar, respondo apenas com um acenar de cabeça. Não sou de muitos amigos, pois não confio neles. Tantos moldes de gente sem caráter, que existem só para me encher o saco! Contudo, de alguma forma, sempre aparecem pessoas como a Nina. Elas vão entrando na minha vida e quando vejo... Plop! Já entrou.

         Já estou aqui, diante da minha arqui-inimiga, esta máquina que tem sido a minha adversária, meu tormento e vício diário nos últimos cinco anos. Contudo, estou sentindo... Hoje este gato será meu! Mas também, seremos francas! Já passou da hora! Infelizmente, para mim, três das minhas quatro fichas já se foram, tão rápidas que nem vi e muito menos consegui.

         Porra de máquina! Ameaço chutá-la, mas paro e olho bem para o meu pé. O meu querido pé que me aguenta o dia inteiro. Bom, vamos lá. Chutar vale a pena? Ir para o trabalho mancando... Hum... Não. Por falar nisso, já passou da hora de comprar um carro.

         Respiro fundo e olho esperançosa para minha última ficha do dia. Engulo em seco, mas quando vou colocar a ficha na máquina, o som de início de uma discussão se faz presente, porém ignoro, ou tento... Porque as vozes estão muito alteradas e, infelizmente, não tem como ignorar. "Cara, você arranhou a minha motocicleta!" diz um deles. "Mano, estou bêbado. O que você esperava?". Irei ignorar esta discussão idiota. Respirando fundo, coloco a ficha.

         — Vamos lá, gracinha... Vai garra! — falo, dando a minha voz a entonação dos aliens do Toy Story. Manuseio a garra, esta que finalmente parece que estar me obedecendo, desço-a lentamente. O nervosismo me faz começar a suar.

         Isso! Só mais um pouco! Estou quase conseguindo, e se este gancho não me trair, é hoje! A garra balança me fazendo engolir em seco e o gato quase cai, ficando preso pelo pé. Puta merda! Não! Não, filhote. Cai não, por favor! Nunca te pedi nada! E neste momento, a garra para e respiro aliviada, sentindo o meu suor rolar pela minha face, descendo pelo pescoço e se perdendo no vão dos meus seios.

        Em mais um movimento, o gato de Cheshire seria meu, porém um infeliz esbarra em mim e ele cai fora do buraco. Filho da p-u-t-a! Em um lento movimento irritado e, com um olhar perdido em ira, viro encarando o idiota.

        — Ow, cara! Não vê por onde anda?! Tem olhos não? Ou não tem noção de espaço? Estou aqui na minha! Sem atrapalhar a vida de ninguém! Você vem e me faz perder a maior chance de conseguir este gato de pelúcia em anos! Está de brincadeira comigo?

        Quando meus olhos recaem sobre ele. Quase um marginal... É esse o meu primeiro pensamento. É feio e sei que não deveria, nem o conheço. Não serei preconceituosa, só raivosa mesmo, OK?

         Com uma jaqueta de couro, fedendo a cerveja e um chapéu de mafioso. Cheio de tatuagens bem evidentes, incluindo um número 21 no rosto, pequeno e abaixo do olho, este que está com leves círculos escuros pela óbvia falta de sono. Um alargador razoavelmente grande em cada orelha, de cabelo cortado baixo e barba irregular, com uma boca bem definida, além dos profundos e significativos olhos azuis. Um legítimo bad boy. Ele não é feio, na verdade, é exatamente o contrário. É um homem muito bonito. Só tem tanta informação no homem, que a primeira vista me atordoa. O cara parece um jornal de rock.

         Ele para e me olha, atento ao que lhe disse, e assim que seus olhos encontram os meus, o meu corpo se arrepia por algum motivo. Olhos que não eram só significativos, mas também felinos. Ele tira a jaqueta e sua clássica regata branca, revelando um corpo magro, mas com cada músculo definido, algumas cicatrizes e mais algumas/muitas tatuagens.

        Observo-o enrolar a camisa na mão, tira o seu chapéu preto e o entrega para mim, com uma calma e serenidade no olhar, é preocupante. Em poucos segundos, ele dá um soco forte contra a máquina. Vejo o vidro se quebrar, me surpreendendo. A atitude foi tão drástica e rápida que fico sem reação, no mais pleno silêncio. Ele pega o gato de Cheshire que eu tanto almejo e o joga em meus braços, piscando para mim.

        Sorri de um jeito cafajeste. Aproxima-se em passos calmos, soltando a camisa deixando-a cair no chão, elevando-a até o meu queixo. Meio estranho, pois ele parece estar um tanto alterado. Provavelmente bebeu muita cerveja, o que explica o cheiro na jaqueta.

        Inconscientemente, tendo apenas ele e mais ninguém aos meus olhos. Não era o cara ideal, correto e digno para se encantar, mas havia algo no seu olhar. No seu "eu" despreocupado e irresponsável. Sinto minha face corar e é estranho o que estou sentindo, mas não tenho tempo para mais reações e pensamentos. Os guardas do shopping surgem correndo e apitando, pegando-o e o imobilizando.

         — Por que fez isso rapaz? — pergunta um dos seguranças. — Está filmado! Não há como você negar!

         Neste momento, o tal desconhecido olha para mim e sinto algo esquisito. Algo não vai dar certo. Ele vai colocar a culpa em mim? — Foi por amor! Amor, senhor segurança!

        Sou completamente surpreendida e as bochechas esquentam. Minhas sobrancelhas se unem numa expressão legítima de what that fuck? Entretanto, uma gargalhada toma o lugar da incredulidade. Não consigo deixar de rir diante da cena que estou envolvida.

         Antes de ele se perder do meu campo de vista grita:

        — Cuida bem do meu chapéu!

        Segurando o chapéu juntamente com o bicho de pelúcia, reparo que é muito bem feito. Bem costurado e parece muito caro.

       Durante o dia no trabalho, não tinha como não rir sozinha lembrando. Ajudou-me com o bom humor no resto do dia, me rendendo até alguns elogios do chefe. Não que o velho tenha perdido oportunidade de salientar como era difícil me ver rindo sozinha. Quando chegada a hora de sair do trabalho, ao pegar a bolsa, ela se abre um pouco e vejo o gato de pelúcia lá.

        Demorou cinco anos de tentativas frustradas e um cara socando o vidro, na delicadeza do mamute, em pouquíssimo tempo, pegou e me deu! E lá estou rindo novamente. Welcome to my life.

        Quando perdi a ultima ficha, por causa dele, nunca imaginaria no que se transformou. Com seu jeito todo peculiar, ele simplesmente arrumou um jeito de me dar. Mas a pergunta é... Como devolverei o seu chapéu? Pegando-o, eu o giro, olhando a parte de dentro. Na etiqueta tem uma pequena nota costurada com uma frase escrita.

Se encontrar, por favor, devolver.

Item de colecionador.

Mr Bianco – Alfaiataria. Numb: XXX XXX XXX

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BETA&REVISORA: Natália Dias ( natyodias )

BETA: Monique Cassemiro ( MoniqueCassemiro ) 

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