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Capítulo dois

 2.817 palavras

Durante toda a semana que restava antes da viagem, Fê, Dani e Paty não conseguiram conter ou esconder a ansiedade, que praticamente escorria pelos poros. As mensagens no WhatsApp eram infinitas e iam por horas a fio, fazendo planos para aqueles sete dias intermináveis. Mas claro, que ainda faltava a última semana de aula pela frente e mesmo que a mente das três não estivesse no clima para escola, nenhum dos quinze professores que tinham se importava muito, deixando três trabalhos de pesquisa nas mãos da turma.

    — Fê, me empresta a caneta gel roxa? — Dani, jogada na cadeira do computador com o pé quase em cima da escrivaninha de Fê pediu, apoiando as folhas de almaço meio gastas nas pontas e o caderno nos joelhos. — Só pra eu fazer um detalhe na conclusão… 

     — Pega no organizador, você sabe que não precisa pedir. — Quando reparou no ponto de interrogação estampado na cara de Dani, encarando os sete organizadores lotados de canetas decorando a escrivaninha, completou. — Naquele de trenzinho… — Ela apontou, muito bem aconchegada na poltrona branca ao lado de sua cama.

     — Valeu mana… — A morena resmungou, a única emoção no rosto pálido era a concentração. Catou a caneta quase sem olhar, floreando o final da conclusão.

     — Mano, vocês já acharam alguma coisa sobre o sistema de irrigação asiático? — Paty perguntou, a voz baixa e ligeiramente desesperada, olhando para o computador e para o trabalho revezadamente. — Meu Deus do céu, acho que eu vou zerar nessa merda… 

     — Tem uma videoaula no youtube que te explica isso direito, melhor que nos sites, joga irrigação asiática é o terceiro vídeo, o que tem a barrinha vermelha em baixo. — Dani respondeu, abrindo um sorriso ao constatar que tinha conseguido terminar.

     Paty olhou com o canto dos olhos para o trabalho da morena e teve que olhar de novo, para checar se tinha contado direito. Seis páginas de almaço escritas da primeira à última linha. Paty folheou a única folha de almaço, uma página e meia preenchida, enfiando as mãos no cabelo em desespero.

     — Você sabe que é só um trabalho de história né, pra quê tudo isso? E tá todo floreado, meu Deus Dani! — Encarou o trabalho da amiga em cima da escrivaninha, indignada.

     — Deixar as coisas organizadas me ajuda a memorizar melhor… — Dani riu baixinho. — Ainda falta a capa pra fazer, tenho que achar grampo pro grampeador.

    — Como você, logo você Dani, tem paciência pra isso? — A crespa perguntou, apontando para a caligrafia diferente e o lettering feito com marca texto nos títulos.

     — Na verdade, sabia que desenhos e pinturas ajudam a melhorar a ansiedade, essa que faz as pessoas se anteciparem muito? — Fê apontou com a caneta que estava escrevendo para as duas amigas, as sobrancelhas levantadas. Ao ver a cara desacreditada de Paty, continuou, rindo. — É sério! Por que você acha que estava cheio de livros de colorir nas livrarias em 2016? Todo mundo achando que ia ficar calmo pintando flores, igual quando a gente era criança.

     — Eu sei lá Fernanda, faz tempo que eu não entro em uma livraria. — Respondeu, revirando os olhos e enfiando a cara na mesa, decepcionada. — Mas é tão mais fácil e rápido escrever algo que só esteja legível e eu não to com tempo nem cabeça pra fazer um negócio bonito desse… 

     — Terminei o meu. — Fê descruzou as pernas, desligando o celular e colocando as folhas organizadas para grampear. — Senta a bunda pra fazer Patrícia, faz favor, antes que anoiteça, melhor do que ficar reclamando princesa… 

     A menina apoiou a cabeça nas mãos, um pouco irritada. Pegou a caneta que usava e voltou a se concentrar nas folhas de almaço, raspando a tinta com raiva no papel.

     — Sou só eu, ou vocês também não estão conseguindo escolher pouca roupa pra levar na viagem? Não queria levar mais de uma mala pra não ter que carregar peso. — Fê se jogou na cama, do seu jeito favorito, igual a uma estrela do mar e quando viu que Dani a olhava com uma sobrancelha erguida, se virou e puxou a mala de viagem guardada embaixo da cama, enorme e cinza, colocando na frente das duas.

     — Eu não consigo colocar tudo em uma só, são sete dias! Acho que vou levar duas, mais uma mochila pras coisinhas menores, tipo o notebook. — Dani disse. — Mas o que você vai levar, deixa eu ver que se pah te ajudo a arrumar tudo dentro de uma só.

     — Vocês querem que eu termine isso aqui ou não? — Paty se irritou de verdade agora, cruzando os braços por cima da camiseta do colégio, a cara emburrada.

     Fê e Dani calaram a boca com as mãos, as duas se segurando para não rir e pegando os celulares como distração. As três ficaram em silêncio, enquanto Patrícia tentava não surtar, sentada e ainda encarando a tela do computador em busca das respostas. As duas meninas, jogadas na cama, se comunicavam com o olhar, rindo um pouco do além, as vezes cantarolando as músicas que tocavam no computador. A mãe de Fê trouxe o lanche para elas, batendo na porta, exatamente no momento em que o barulho do grampeador de Paty soou, avisando que ela terminou seu trabalho.

     — Obrigada Tia Gi. — Dani sorriu para a mãe da amiga, pegando um pedaço um pouco grande demais da torta de morango que a mulher colocou sobre a cama.

     — Não é nada meninas, cérebros precisam de um pouco de açúcar pra funcionar bem. — Ela fechou a porta, indo embora. O click clack dos remédios de Fê e as mordidas foram o único barulho.

     — Agora que eu já terminei vocês decidem ficar quietas! — Paty balançou a cabeça indignada, cruzando os braços sobre o peito. Ela tirou o tênis, colocando os pés com meias em cima da cama.

     — Você tá muito irritadinha hoje dona Patrícia… — Fê reclamou, um meio sorriso no rosto arredondado.

     — E você tá falando muito meu nome inteiro, dona Fernanda Tavares!

     Fê se encolheu na própria cama, tentando não rir com a voz irritada e fininha de Paty. Comeu mais do creme que cobria a torta, tomando cuidado para não derrubar a calda no lençol.

      — Foi golpe baixo Paty. Fala... O que tá acontecendo? — Dani encarou a amiga, os olhos cor de safira exigindo uma resposta que não fosse o silêncio. A crespa cruzou os braços mais forte e dava pra ver que estava mordendo o lábio por dentro.

     — Ah mano, é o Thiago! Pronto, falei. Satisfeitas?!

     Fê e Dani fizeram cara de surpresas, apesar que a única que estava genuinamente surpresa era Dani. A crespa encarou o pé da cama, fazendo uma careta. Ela pegou um lápis jogado na mesa e batucou um pouco, antes de Dani tentar continuar a conversa.

     — O Thiago...

     — Com todo respeito minha nega, o que o embuste do seu irmão fez agora? Me fala que eu estou deixando as unhas crescerem justamente pra arrancar sangue desse tipo de gente. — Fê resmungou com a mesma irritação de Paty. Dani sabia que a loira não ia muito com a cara de Thiago, desde que ele entrara no ensino médio. Segundo Fê, Thiago tinha virado o maior cuzão do país depois do fundamental.

     — Eu estou ficando irritada sabe, me pego querendo socar a parede, por quê tudo o que ele faz agora é ficar bufando toda vez que me vê na casa. A semana toda ele fez isso… Eu não posso nem falar com ele, pedir qualquer coisa, que o desgraçado do Thiago fica reclamando por uma hora e meia, diz que já tinha planos, não queria viajar, os amigos estavam rindo dele e reclama, reclama, reclama e reclama mais um pouco! — Dani e Fê seguraram as mãos da amiga, antes que ela arrancasse os próprios cabelos, espumando de raiva. As duas repararam que o doce de Paty estava intocado, o que era sinal de que a coisa era bem mais grave do que parecia. Paty jamais rejeitava comida. — Ele já quebrou dois copos, por quê está fazendo tudo contrariado e quando eu reclamei do segundo copo na lixeira, o Thiago fez questão de gritar na minha cara que eu sou culpada de tudo aquilo e que se estava achando ruim que ele quebrou um copo, que eu levantasse a bunda na cadeira e fosse lavar a louça. Mas o filho da puta é meu irmão, ele sabe que eu tenho alergia a detergente e minha pele racha de sangrar!

     Paty se jogou na cama e as duas amigas colocaram a cabeça dela aninhada entre as pernas de Dani, passando a mão pelos cabelos de Paty ´para acalmar ela.

     — Sabe por que ele fez isso nega? PORQUE É UM ESCROTO! — A loira praticamente gritou igual uma maníaca, tentando sem sucesso controlar o tom de voz. Mesmo assim, Fê estava muito mais triste do que irritada. — Poh Paty, tu não merece fazer papel de trouxa por um embuste desses, mesmo que ele seja teu irmão… 

     — Eu sei que você está certa Fê, mas mano… Eu sou trouxa pra caramba quando assunto é Thiago. Eu tento confiar nele, mas ele não ajuda… — Paty já estava calma o suficiente para começar a atacar a torta de morango.

     — Não presta atenção no que ele fala pra tu, ele foi um cuzão contigo, nem uma palavra dele merece tanta atenção assim. — A loira voltou o olhar de novo para Paty, abrindo um meio sorriso.

     — Eu moro com ele, é um pouco difícil seguir seus conselhos assim… 

     — Me avisa então, da próxima vez que ele ficar com esse doce, que eu mesma vou lá enfiar o copo que ele quebrar goela a baixo. — Cruzando os braços, Fê estufou o peito, escondendo o sorriso brincalhão na pose durona.

     — Deve ser por isso que eu adoro vocês… — Paty riu, alternando o olhar entre Dani e Fê, abraçando as meninas com força. — Vocês são impossíveis!

       

     Já na sexta-feira, com todos os trabalhos finalmente na mão dos professores e a lição de casa esquecida pela ansiedade do feriadão prolongado, a coisa que as meninas mais queriam era finalmente botar o pé para fora da escola e esperar ansiosamente o domingo chegar.

     — Poh Paty, é só um gole! — Fê pediu, piscando os olhos grandes e com uma cara de cachorrinho sem dono, enquanto as três se seguravam com dificuldade no ônibus que sacolejava. O veículo estava lotado e mais quente do que os 34°graus que fazia lá fora.

     — É H2O mano, você sabe que eu amo H2O Fê! — Paty disse, mostrando a garrafinha já pela metade, rebatendo no mesmo tom de choro.

     — Eu sei! E eu não estaria te pedindo se não estivesse praticamente 50°graus aqui dentro! — Dani observava, rindo, encostada na parede do ônibus, a batalha entre olhares pidões. Quem acabou cedendo foi Paty e seu coração mole.

     — Okay, mas saiba que você está partindo meu coração.

   Fê deu uma risada gostosa ao ver o beicinho da amiga, igual ao de uma criança contrariada. Os outros passageiros do ônibus olhavam com curiosidade, mas elas já estavam acostumadas. Fê deu um longo gole e devolveu a bebida, ainda rindo.

     — Você fica uma fofa com cara de brava!

     — Ainnnn, vocês são maravilhosas! — Dani disse, tentando dar um abraço nas amigas. Mas bem nesse momento, o motorista fez uma curva acentuada que não existia no percurso habitual do ônibus, o que fez Dani não conseguir se segurar e cair por cima das amigas.

     — Olha, eu tenho superbonder dentro da mochila aqui, se você precisar… — Paty começou a rir, ajudando a morena a se reerguer.

     — Vai se foder Paty.

     — Ela ficou bravinha, que fofa! — Fê provocou, apertando o nariz de Dani.

     — Né? Mandou até um palavrão… To vendo que os vizinhos vão vir reclamar, por quê nós três em um apartamento vamos gritar tanto uma com a outra… — A crespa encarou a loira, conversando como se duas tias da vizinhança estivessem comentando sobre a vida alheia.

     — Podem parar de falar de mim como se eu não estivesse aqui?

     — Ai, desculpa meu anjo, é que os seus tombos são sempre maravilhosos! — Paty se inclinou com um sorriso nos lábios para dar um abraço na garota.

     Mas o motorista parecia não ser muito a favor de demonstrações de afeto entre amigas e novamente fez uma curva inexistente no percurso, acentuada e rápida e Paty não conseguiu evitar também se desequilibrar e cair em cima de Dani.

      — Esse cara só pode estar brincando com a nossa cara. — Dani reclamou, quase sem forças para levantar a amiga. Fê riu e teve que ajudar as duas antes que fossem parar no chão, juntas.

     — Saíram duas moças lá atrás, tem lugar vago, vamos antes que alguém sente! — Dani reparou, olhando o fundo do ônibus. Ao ouvir isso, Paty e Fê entraram em uma batalha, se engalfinhando para ver quem ocuparia o assento primeiro. Dani aproveitou a distração das amigas e pegou um dos lugares, jogando a mochila aos seus pés.

     — Ah nem, eu fico quarenta minutos dentro do ônibus, deixa eu sentar… 

     — Não vai conseguir dessa vez sua safada, acabei de me vacinar contra essa carinha de cachorro sem dono, não me afeta mais! — Paty, conseguindo se sentar, encarou Fê com um sorrisinho sarcástico e cruzou os braços.

     — Tá bom, mas quem senta segura as mochilas, é a regra da vida! — Dani pegou a mochila da loira, colocando no colo antes que Paty a atirasse pela janela. — Além do mais, é mais seguro que a única pessoa equilibrada entre nós fique de pé… 

     O olhar com que Dani e Paty encararam Fê, era de quem cogitava jogar a loira para fora do ônibus.

       

PERFEITAMENTE ADOLESCENTE

Fê<3. Vocês estão levando canga pra praia?

Dani<3. To levando uma pra vestir e outra pra estender na areia.

Paty<3¬¬¬¬Checklist, o Carnaval das nossas vidas¬¬¬¬

☆Canga

☆Biquini ou maiô

☆Protetor Solar

☆mudas de roupa

☆óculos de sol

☆OB pra se der ruim

☆baralho

☆produtos de higiene

 ☆aleatórios aí

☆chinelo pra ninguém roubar o meu

☆lingerie

☆notebook

Fê<3 Muda de roupa, lingerie, chinelo, biquini, óculos e protetor na mala já! Meu remédio também já tá na necessaire.

Dani<3 Também tá tudo okay por aqui. OB e baralho é por minha conta, xampu e condicionador to levando litrão.

Paty<3 Falta alguma coisa na Checklist? Já anotei a senha da netflix.

Fê<3 Só o copo pra eu matar o Thiago mesmo...

Dani<3 kakkkkkkkakak

Paty<3 kkkkk

       

     — Tô indo dormir mãe! — Dani avisou com um grito, suspirando fundo ao guardar a mala quase completamente feita embaixo da cama.

     — Espera um minutinho, deixa eu te perguntar uma coisa Dani. — Lilian chamou a filha, sentando-se na cama dela. Fez sinal para que Dani se sentasse entre suas pernas e começou a trançar os longos cabelos da filha, coisa que costumava fazer muito quando a menina era mais nova. — Está tudo bem dentro desse coraçãozinho? Mesmo o Thiago indo também?

   Dani ficou vermelha, todas as suas sardinhas sumindo em meio ao rubor. Encarou a escrivaninha do quarto, respirando fundo e agradecendo ao céus por não ter que encarar a mãe. Começou a roer a cutícula dos dedos de ansiedade.

   — Como… — Tentou começar, mas sua mãe a interrompeu e mesmo sem olhar sabia que Lilian estava sorrindo.

   — Eu sou tua mãe Dani, meu anjo, eu sempre sei das coisas que se passam aí dentro. — A mulher riu, dando batidinhas na cabeça da filha. — E olha, você não faz muita questão de esconder não, provavelmente até ele já sabe.

   — Tá tudo bem, mesmo… — Respondeu, escolhendo ignorar o último comentário da mãe, a voz mais firme do que esperava. Não podia contar sobre o que Thiago fez com Paty, não sabia se tinha permissão da amiga para isso. — Não vou ter um ataque por dormir na mesma casa que ele, prometo.

   — Se acontecer alguma coisa, não deixe de ligar pra mim.

   Dani sabia o significado oculto debaixo da frase da mãe e sentiu o rosto queimar ainda mais. A mulher terminou a trança habilidosa, deixando a menina dormir. Antes que Lilian pudesse sair do quarto e desligar a luz, Dani resmungou, meio sorrindo.

     — Fica tranquila, eu vou ficar bem.

     Segundo capítulo já postado milhos pra pipoca!! Uma coisa, vocês gostariam de outro apelido ao invés de milhos pra pipoca aqui nesse livro? Se sim, deixa algum aqui nos comentários, se pah eu posso até trocar para outro que faça mais sentido com o enredo! Acho que deu para entender um pouquinho mais da relação das nossas meninas, entre elas e com suas famílias em sí né? Muito amor está envolvido nessa história e o principal dessa obra pra mim é mostrar a relação das três, claro, com um enredo do tipo que eu gosto, kkkkkkk.

     Joguem uma bomba atômica, ou se pah uma bombinha de São João no carnaval mesmo, nessa estrelinha linda que me ajuda demaaaaaiis, SEMPRE!!! E deixem qualquer comentário sobre o capítulo, amo muito ler todos eles, me motivam demais e eu respondo todinhooss!! Até a próxima meus milhos pra pipoca!!!

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