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4 capítulo

"Quanto mais fecho os olhos,
melhor vejo...
Meu dia é noite quando estás ausente...
E à noite eu vejo o sol
se estás presente...

- William Shakespeare"

Uma semana se passou desde o primeiro encontro de Lauren e Camila, depois disso, elas tiveram outros milhares encontros nesses sete dias, a maioria noturnos e poucos a luz do dia porém todos tinham a mesma finalidade, ambas suadas, arfando e exaustas, muitas das vezes, Camila acabava por dormir depois de muitos orgasmos e quando acordava, estava sozinha na cama mas sempre havia uma rosa no lugar onde Lauren havia dormido.

Para conseguir fugir, Camila sempre inventava algo relacionado a igreja para que seus pais permitissem que ela fosse, mesmo que ela tivesse quase vinte anos, eles a tratavam como uma adolescente de doze e isso a irritava muito.

Camila coloca seu celular sobre sua coxa enquanto comia em silêncio na mesa onde sua família se encontrava almoçando.

Maria, sua irmã mais velha de vinte e dois anos, falava sem parar sobre o maravilhoso namorado que em breve se tornaria noivo e depois marido. Alessandro e Solange ouviam tudo com atenção, enquanto isso, Camila estava perdida no mundo dela pensando quando veria Lauren novamente.

- E você, Camila. Quando vai começar a nós apresentar seus pretendentes? - Alessandro pergunta tirando Camila do mundo da Lua.

- O que? - franzi o cenho encarando seu pai.

- Namorados. - fala com um sorriso divertido.

- Agora pronto, só porque a Maria tem namorado eu preciso ter também? - pergunta fazendo todos na mesa rirem.

- Na sua idade, eu já estava me casando com seu pai.

- Nem comecem com isso. - resmunga sentindo seu celular vibrar em sua coxa, o pega rapidamente e vê uma mensagem de Lauren.

"Lauren: Ei, quando vamos nos ver?"

Camila controla o sorriso e pousa novamente o celular sobre sua coxa. Volta a olhar para os três na mesa que conversavam sobre a reunião na igreja no dia seguinte fazendo-a se perguntar se ela era a única daquela família que não gostava de ira igreja por se sentir desconfortável.

Maria fica responsável por lavar a louça e Camila por tirar a mesa, ela faz isso em menos de dois minutos por querer responder Lauren o mais rápido o possível.

Ao tirar a mesa e correr para seu quarto, Camila se joga na cama e pega seu celular, o desbloqueia entrando imediatamente no aplicativo de mensagens.

Camila: Quero te ver o mais rápido que eu puder mas como amanhã eu irei a igreja, meus pais não vão me deixar sair hoje :(

Lauren: Você é cristã ou crente? Não sei muito bem sobre isso.

Camila: Não, minha família e mas eu sou a "ovelha negra" da família.

Lauren: Sério? Que interessante.

Camila solta uma risada baixa e sai do aplicativo para checar suas redes sociais. E as horas se passaram até que chegou a noite, ela foi obrigada a sair do quarto para cumprimentar alguns obreiros da igreja que eram amigos da sua irmã que estavam em sua casa, mas inventou que estava passando mal para poder se trancar no quarto.

No dia seguinte, Camila acorda irritada às seis da manhã. Toma um banho repleto de reclamações e resmungos baixos, tudo piora seu humor quando sua mãe pede para ela usar uma saía gigante.

Naquele momento, Camila sente vontade de morrer e dizer não mas sabia que sua mãe iria ficar reclamando na sua cabeça por dias caso ela não fizesse o que ela mandou.

As três horas dentro da igreja, para Camila foi como uma eternidade, quando a reunião terminou, ela foi arrastada para um canto por sua amiga, Maria Lívia.

- Me conta, você vai encontrar com ela hoje? - pergunta em um tom baixo olhando em volta para ter certeza que ninguém as ouviria.

- Meus pais não vão me deixar sair. - revira os olhos.

- Quer que eu te ajude? - sorri animada.

- Como iria?

- Seus pais me amam, eu posso pedir para você dormir na minha casa hoje.

- Faria isso?

- É claro, você faria o mesmo por mim, não é? - Camila sorri afirmando com a cabeça, abraça Mali e a garota se afasta - Só preciso saber de uma coisa.

- O que?

- É grande? - Camila levanta a sobrancelha - Você não me deu essa informação, eu estou curiosa.

- Sim é. - se limita a dizer sentindo suas bochechas esquentando.

- Será que ela me deixaria ver? - cruza os braços e leva um tapa no braço vindo de Camila - Estou brincando. - solta uma risada fazendo Camila revirar os olhos - Eu já volto.

Mali se afasta andando apressadamente em direção aos pais de Camila que estavam conversando com sua irmã que também era obreira. Camila suspira procurando seu celular se sentindo completamente desconfortável naquela saia.

Camila: Está no hotel?

Segundos depois da mensagem ser entregue, ela é visualizada.

Lauren: Claro, está vindo para cá?

Camila: Acho que sim.

Lauren: Ótimo, vou ir em uma farmácia comprar mais camisinhas.

Lauren: Quer que eu mande o carro para te buscar?

Ao ler a mensagem, Camila morde a língua na tentativa de controlar uma risada e se assustado ouvir um "buh" em seu ouvido.

- Meu Deus, Mali! - leva a mão até o peito fazendo a garota rir.

- Seus pais deixaram, só querem que você passe na sua casa para pegar algumas roupas. - sorri orgulhosa do seu feito - O que estava conversando para se assustar dessa forma? - pergunta de uma forma sugestiva.

- Ela perguntou se eu não quero que ela mande o carro para me buscar.

- Fala que sim. - dispara.

- Como eu vou explicar para os meus pais que uma Mercedes foi me buscar na porta de casa?

- Então fala para ela mandar o carro para pegar quando você chegar na minha casa. - responde como se fosse óbvio.

Camila fica a encarando analisando a situação, os riscos e os males que poderiam gerar caso algum conhecido de seus pais a vissem entrando em um carro daquele porte.

- Tudo bem, vamos logo. - afirma com a cabeça fazendo Mali sorrir orgulhosa.

Como Camila morava longe da igreja, ela precisou esperar seus pais para darem carona para as duas, depois disso elas foram andando até a casa onde Mali morava. Ela toma um banho rápido por ter suado decido o calor infernal daquela região.

Mali abre a boca surpresa ao ver uma Mercedes branca estacionar na frente da sua casa, o vidro traseiro começa a ser abaixado e uma Lauren sorridente.

- Oi, Camila. - acena e abre a porta para a mulher entrar - Olá, você deve ser a Mali. - diz olhando para Maria Lívia que estava paralisada ao lado de Camila.

- Olá, Lauren. - é a única coisa que consegue dizer já que estava babando no carro luxuoso.

- Eu prometo devolver sua amiga amanhã. - fala assim que Camila se aproxima do carro, entra pousando sua bolsa sobre suas próprias pernas e olha para Lauren - Olá, princesa. - diz baixo enquanto Camila fechava a porta do carro.

- Tchau, Mali. Obrigada pelo quebra galho. - olha para sua amiga que apenas faz um sinal com a cabeça sem dar muita atenção e continuar a encarar o carro.

Lauren solta uma risada baixa fazendo uma nota mental de um dia levar Camila e sua amiga para um passeio. As duas mulheres se despedem de Mali antes de Lauren dar sinal para o motorista ir.

O vidro é fechado e o ar condicionado começa a esfriar ainda mais o ambiente.

- Não vai te causar problemas por estar vindo tantas vezes para o hotel? - Lauren questiona de forma atenciosa e preocupada. Ela não queria causar problemas para Camila.

- Não, não vai. - nega com a cabeça - Meus pais acham que eu vou ficar na casa da Mali. - diz sentindo a mão de Lauren pousar sobre seu joelho iniciando um carinho no mesmo instante.

- Menos mal. - sorri - Eu estava pesquisando e aqui não tem BK. - comenta franzindo o cenho.

- Bem vinda ao interior. - brinca arrancando uma risada da mulher.

Elas ficam em silêncio até o carro estacionar na frente do hotel, ambas saem do carro e vão rapidamente para o quarto Lauren onde estava hospedada.

- Aqui é tão gostoso. - Camila diz tirando seus sapatos e se joga na cama fazendo Lauren rir colocando a sacola da farmácia sobre a escrivaninha - O que é isso?

- O que eu falei que iria comprar? - levanta a sobrancelha se virando para Camila fazendo a mulher repetir o seu movimento - Camisinha. - enfia a mão dentro da sacola e retira alguns pacotes de diferentes cores.

- Você só pensa em transar? - questiona fazendo Lauren a olhar confusa.

- Você não? - Camila tenta ficar séria mas solta uma risada.

- Tudo bem. - afirma com a cabeça, Lauren solta um sorriso vitorioso e solta os pacotes dentro da sacola, se aproxima da cama, deita ao de Camila e fica a olhando.

- Precisa conversar? - pergunta minutos depois vendo que ela estava com a cabeça longe.

- Oi? - olha para Lauren.

- No que pensa?

- Nada, coisas da minha família. - faz careta se arrastando até os travesseiros e afunda o rosto nos mesmos.

- Quer conversar? - pergunta novamente.

- É só a minha família que me cansa por não aceitar nenhuma opinião contrária ou um "não" meu sem fazer um escarcéu. - revira os olhos.

- Por que não tenta fazer Enem e se mudar para longe? Parece que eles não te fazem bem. - se arrasta até os travesseiros e olha Camila de perto.

- Meus pais dizem que estudar é besteira e não me dariam paz para que eu estudasse. - suspira frustrada fazendo Lauren ficar em silêncio por não saber o que dizer.

Ela não podia usar uma experiência própria para dar um conselho pois desde sempre, seus pais a apoiavam acima de tudo e todos.

- No que seus pais trabalham?

- Meu pai é o único que trabalha, ele é pescador. - se vira de barriga para baixo e respira fundo sentindo o cheiro do shampoo de Lauren no travesseiro.

- Entendo... - murmura colocando as mãos atrás da cabeça encara o teto - Por que não sai da casa deles? - pergunta.

- É mais difícil do que você imagina. Eles controlam cada parte da minha vida, cada mínimo detalhe. - fala e o cansaço toma conta da sua voz.

- Sinto muito por você passar por isso. - vira a cabeça em direção a Camila que sorri sem mostrar os dentes.

- E seus pais?

- Eu não tenho nada sobre o que reclamar sobre os meus pais, eles sempre me apoiam em tudo, até quando eu decidi que era intersexual e poderia escolher ser mulher ou homem e quis mudar meu nome de Nathan para Lauren.

- Eu não entendo muito sobre a sua condição. - confessa.

- Ah, é complicado no começo mas quando você entende um pouco, entende quase tudo. - sorri se virando ficando de frente para Camila.

- Quando você descobriu que era intersexual? - pergunta com medo de ser invasiva.

- Quando minha voz ficou mais feminina, meus peitos começaram a crescer junto com a minha bunda. - aponta para sua bunda fazendo Camila rir - Eu tinha catorze anos.

- Deve ter sido confuso...

- Até que não foi pois eu nunca me identifiquei como homem, entende? - Camila afirma com a cabeça e leva sua mão até o braço de Lauren - Eu até cheguei a pensar que poderia ser transexual mas quando o médico chegou para mim e disse: "Você é intersexual, você tem pode escolher ser homem ou mulher." Eu tive certeza que era mulher e não homem. - diz de uma forma bem resumida pois na verdade, o médico ficou quase uma hora sentado com ela conversando sobre a sua condição rara - Eu tive que começar a tomar hormônios femininos na outra semana para controlar o testosterona e complementar o estrógeno que eu tenho para não acabar crescendo pêlos em locais inapropriados. - faz careta apontando para o próprio rosto.

- Posso perguntar, como isso aconteceu? Tipo, você nascer assim...

- Bom, eu nunca perguntei para os médicos mas acho que foi porque minha mãe não sabia que estava grávida até os sete meses, ela foi tomando aquelas bombas de hormônios que são os anticoncepcionais e meio que interferiu na gravidez. - suspira.

- Desculpe, isso me deixa curiosa. - fala sem jeito fazendo Lauren rir, se inclinar e beijar a bochecha da mais nova.

- Tudo bem, eu gosto de falar e tirar as dúvidas das pessoas sobre isso. Ajuda a acabar um pouco com o preconceito.

- Eu tenho medo de acabar sendo insensível ou invasiva. - morde o lábio inferior fazendo Lauren sorrir.

- Se você for invasiva alguma vez, eu aviso. Pode ser? - Camila afirma com a cabeça.

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