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Capítulo 4

******Ally******

Situações inusitadas acontecem com todo mundo e se ainda não aconteceu com você, se prepare.

Eu já havia ficado envergonhada, sem palavras, sem saber explicar uma determinada situação, mas nada se comparou com Will me encontrando na igreja com o Gael.

Eu havia encontrado um amigo virtual pessoalmente. Isso definitivamente não era traição.

Mas para o Will era.

Você já tentou explicar para uma pedra que ela não pode ficar no seu caminho porque você não quer tropeçar e passar vergonha? Ela, obviamente não vai te responder e tão pouco sair do caminho.

Basicamente, Will é a pedra e eu sou a retardada tentando falar com ele.

- Eu não esperava​ isso de você Allyson​. Você foi a melhor namorada que eu já tive. Como você foi capaz?

Cínico. Olhei para ele tentando entender como ele havia se tornado esse monstro manipulador.

- Bem William​, eu não estava te traindo, até porque se eu fosse fazer isso não seria na Igreja. E tem mais, você tem suas amiguinhas e eu não posso ter um amigo?

- Ele é gay? Porque se for, não há problema. - disse com naturalidade.

- Pelo amor de Deus, agora eu só posso ter amigo gay? - perguntei ficando ainda mais indignada.

- Lógico! - disse como se fosse a coisa mais óbvia que já tivesse me dito em toda a sua vida.

- Olha William, quer saber? - disse me levantando do sofá de sua casa - Ninguém merece namorar com você! Eu vou embora e espero que você não venha atrás de mim. - ele me olhava com os olhos arregalados, parecia verdadeiramente assustado. Mas não me importei, não mais. - Nunca mais!

- Você nunca mais vai encontrar um namorado como eu, Allyson.

- Deus te ouça. - disse e bati com força a porta de sua sala, indo em direção ao portão que estava milagrosamente destrancado.

Eu esperava que ele fosse vir atrás de mim, que tentasse me impedir ou que ao menos gritasse meu nome, mas não. Ele não fez nada. Simplesmente deixou que eu fosse embora de sua casa, completamente sozinha.

Decidi passar pela igreja novamente e assim que adentrei, corri para a entrada da capela, me ajoelhei e chorei, dando graças a Deus por estar sozinha mesmo não querendo estar sozinha.

Chorei até não aguentar mais. Estava soluçando, com os olhos inchados e o nariz escorrendo. Um nojo só.

Will era importante para mim, eu o amava, porém, tarde demais, percebi que não passava de status para ele.

Chorei ainda mais pensando nisso.

De repente, senti braços me envolverem. Num primeiro momento, eu não conseguia ver quem era, pois minhas vistas estavam embaçadas, mas aquele inconfundível cheiro me fez ter certeza de que era alguém para quem eu era importante.

Gael.

Ele se sentou no chão ao meu lado e deitou minha cabeça em seu ombro direito. Tocou com suave carinho nos meus cabelos e sem dizer sequer uma palavra, me consolou.

Me aninhei ainda mais em seus braços e ele sussurrou repetidas vezes:

- Shhh, vai ficar tudo bem...

Eu sentia que tudo ficaria bem, mas naquele momento eu só queria chorar até morrer. Depois de alguns minutos em silêncio, Gael perguntou:

- Ally, o que aconteceu? - eu senti a preocupação em sua voz.

Como eu responderia àquilo? O motivo do término do meu relacionamento com Will havia sido ridículo.

Me afundei em seu peito buscando coragem para falar e tentando esconder o meu rosto inchado de tanto chorar.

- Eu terminei com o William. Ele foi um babaca machista e horrível comigo. - disse com voz abafada.

- Eu sempre achei ele muito pouco para você. Você merece alguém que te ame e que a respeite.

Algumas pessoas começaram a entrar na igreja e eu estranhei toda aquela movimentação. Olhei para a janela e vi que já estava ficando escuro, isso significava que uma missa logo começaria.

Eu não queria continuar ali, mas me sentia tão vazia e desnecessária que não queria voltar para casa.

- Gael? - o chamei na esperança de que ele não dissesse não, para o meu pedido ainda não feito.

- Sim querida? - ele respondeu enquanto seus dedos tocavam minhas bochechas, limpando os vestígios das lágrimas que, anteriormente caíram por ali.

- Me leve para algum lugar, qualquer lugar, eu só não quero ir para casa.

- Eu ainda não conheço bem a cidade e...

- Me leve para a sua casa então. - pedi levantando o rosto e olhando em seus olhos. Vi que ele ponderava sobre a resposta, então insisti - Por favor, Gael.

Ele se levantou e estendeu sua mão direita em minha direção e com um sorriso polido, respondeu:

- Então vamos!

**********

É estranho como nós, meros seres humanos sempre julgamos o outro pela aparência.

A personalidade de Gael era diferente da maioria, e eu achava absolutamente impossível encontrar alguém como ele em qualquer parte do mundo.

Seu jeito doce de me enxergar e me fazer sentir bem, era apenas uma das muitas qualidades que ele possuía. E ao entrar em seu apartamento eu soube que, irrevogavelmente, ele tinha bom gosto.

- Meu Deus! - disse maravilhada. Pelo que ele disse, ele tinha chegado hoje e feito uma pequena faxina no local.

Mas as paredes impecavelmente brancas com alguns quadros de anjos que pareciam feitos a mão, davam um charme que remetia a galerias de arte.

Os móveis dispostos de forma harmoniosa, tudo parecia milimetricamente feito sob medida. Era tudo tão perfeito que parecia uma casa de bonecas, daquelas que eu sonhava em ter quando criança.

Enquanto eu caminhava a sua frente e me dirigia ao sofá, pensei em fazer diversas perguntas que invadiam minha mente todas as noites. Como por exemplo, onde estaria sua família, se tinha irmãos ou parentes vivos ou até porque ele havia se mudado para cá e por qual motivo ele era tão sozinho.

Mesmo com todas essas questões querendo sair, mantive minha boca fechada o máximo que consegui, não queria parecer intrometida ou invasiva.

Me aproximei de um dos quadros, que ficava logo acima de um jarro de flores que eu nunca havia visto, e o que vi me deixou confusa.

Eram anjos, assim como nos outros quadros, porém as feições de um deles era exatamente igual ao homem que estava ao meu lado.

O pensamento​ de que Gael poderia ser um anjo me fez sorrir. Afinal, ele tinha me salvado da solidão naquela igreja, tinha conversado comigo noites a fio, simplesmente porque eu me sentia sozinha, e agora confiava em me levar para sua casa.. e pelo que eu sei, o dever dos anjos é proteger e foi isso que ele fez comigo durante esse pequeno espaço de tempo.

Enquanto ele ia na cozinha buscar não sei o quê, fiz uma nota mental de pesquisar o significado de seu nome, que ironicamente, era um nome tão angelical quanto seu rosto.

Me sentei no sofá, espantando os pensamentos e focando agora numa estante de livros ao lado do painel onde ficava a televisão.

Uma estante simples, porém cheia. Tenho certeza que meus olhos estavam brilhando naquele momento.

Me levantei e novamente caminhei, agora em direção oposta ao quadro que antes era dono da minha atenção, levantei a mão e quando ia tocar em um dos livros, Gael segurou minha mão. Não me impedindo, mas com gentileza e um olhar que dizia: Não mexa nos meus livros, por favor.

E eu o entendia perfeitamente​. Afinal, são livros, e livros são como filhos, é meu e ninguém pode mexer se eu não deixar.

Sorri para ele e ainda segurando em sua mão, voltei para o sofá.

- Eu fiz sanduíches e suco. Isso é tudo que eu posso oferecer hoje, já que ainda não tive tempo de fazer compras.

Ele disse parecendo envergonhado. _Fofo_.

- Você nem precisa se incomodar com isso, mas sabe, agora que você falou em comida, eu percebi uma coisa.

Disse fingindo estar pensativa.

- O quê? - me olhou curioso.

- Eu estou com fome. - disse e sem querer, acabei arrancando a risada mais sincera que eu já ouvi na vida.

Aquele sorriso era tão lindo que eu poderia passar o resto da vida o vendo, que não ficaria enjoada.

Eu devo ter ficado olhando por tempo demais, já que ele logo perguntou:

- O que foi? Tem alguma coisa no meu dente? - perguntou e por mais que fosse uma pergunta descontraída, ele estava falando sério.

- Não, não é isso. É.. - meio trêmula, peguei o sanduíche e disse - vamos comer!

Nós comemos e depois de arrumar a bagunça, eu o chamei. Precisava ir embora, ou então minha mãe colocaria a polícia atrás de mim.

- Gael, eu preciso ir agora. Muito obrigada pela força e principalmente, obrigada pelo lanche. - disse sorrindo mais uma vez.

A facilidade com a qual eu sorria na presença dele, era impressionante.

- Eu levo você. Não tenho carro, mas posso te acompanhar se quiser.

- Eu até poderia dizer que não precisa, mas eu tenho medo de andar por aí a noite. Então vamos.

Grudei em seu braço e ele disse, aparentemente, feliz:

- Calma Ally, preciso de um casaco e você também.

- Eu não.. - antes que terminasse a frase ele já tinha ido pelo corredor estreito e sumido na última porta, que presumi ser o seu quarto.

Não demorou muito até ele voltar, vestido em um casaco marrom escuro, que realçou ainda mais seus lindos olhos e me entregou um preto, que tinha seu cheiro incrível impregnado.

Em silêncio e de braços dados, caminhamos pelas ruas até chegar em minha casa, que não era tão longe.

Ao chegar no portão, fiquei meio sem jeito, pois não sabia como me despedir dele. Ele pareceu tão tímido quanto eu.

Então, ao olhar para os olhos dele, iluminados pelo reflexo da lua, tomei impulso. Levantei os pés e o abracei levemente.

Ele se abaixou e retribuiu o abraço. Quando íamos nos separar, num surto inexplicável de coragem e talvez um pouco de desejo, deixei um beijo em seus lábios e sorri.

Ele ficou parado, como se estivesse processando o acontecido.

- Boa noite, Gael.

Ele não respondeu, mas tocou os próprios lábios e sorriu se afastando.

Eu teria muitos motivos para sonhar bastante essa noite.

Mas antes...

- Onde você estava mocinha? - minha mãe estava parada bem na porta da casa e provavelmente havia visto tudo.

Eu não estava muito ferrada, mas teria que contar tudo a ela, e eu ainda não estava preparada para ter essa conversa.

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