Cap.5
E lá estava eu em frente a casa do Yoongi com o carro estacionado esperando a Sarah terminar de se arrumar.
- Ela vai chegar logo. - Manu diz - Sabe como a Sarah é quando o assunto é se arrumar.
- Você disse que quando eu chegasse aqui ela já estaria arrumada.
- Eu sei, Jin, mas ela meio que não gostou da roupa e voltou pra se trocar. Tenha paciência.
- Eu cancelei tudo que ia fazer pra estar aqui hoje e ela está me fazendo perder esse tempo.
- O que iria fazer hoje?
- Limpeza de pele, hidratação no cabelo, ia fazer as unhas e comprar um novo gloss labial porquê o meu acabou.
- Você estava realmente muito ocupado. - ela suspira - Espera só um minuto, eu vou lá dentro chamar ela.
Enquanto Manu entra pra poder falar com a Sarah, analiso a casa que compraram. Era moderna e parcialmente grande, bem estilo Yoongi. Emanava um ar aconchegante, o que me fazia pensar que eles criariam muito bem seus filhos ali. Eu estava disposto a ajudá-los com a organização da mudança, mas agora que aceitei levar a Sarah para um tour os outros meninos teriam de ajudar, e isso não me agradava em nada.
- Tô pronta. - Sarah diz parada em minha frente - Pra onde nós vamos primeiro?
- Já tomou café da manhã?
- Sim, graças a Manu que se lembrou de comprar meu café.
- Vou te levar em um lugar muito famoso e que você pode espalhar currículos, lá tem uma diversidade de comércios e estabelecimentos com vagas disponíveis para emprego.
- Vamos começar pela parte chata?
- Vamos começar pela parte importante, depois pensamos em diversão. - ela bufa.
- Tudo bem, senhor certinho.
Durante o caminho, Sarah não disse nada e eu também não fiz questão de abrir a boca. Por mais que a Manu queira que isso dê certo ela tem razão em uma coisa, eu e Sarah começamos com o pé errado, mas nenhum de nós dois estávamos a fim de concertar nada.
Quando chegamos em Myeongdong ela ficou maravilhada com o excesso de gente e na diversidade de coisas que tinham. Andamos por entre os prédios, lojas, restaurantes, e a mulher não parava quieta. Distribuímos alguns currículos e depois continuamos andando para admirar o lugar.
- Você podia mesmo estar aqui? - ela pergunta.
- Por quê?
- Tem aquela coisa de mídia, paparazzi, gente fofoqueira... você não liga pra isso?
- Não. - Sarah me encara.
- Não?
- Não!
- É que o Namjoon parece se preocupar bastante com isso.
- O problema das pessoas é espalhar boatos sem fundamentos. E daí que eu saí de casa com uma garota? Isso não significa nada.
- Pela primeira vez você disse algo que eu concordo. Foda-se as pessoas e o que elas acham.
- O Namjoon só quer que nós estejamos longe de comentários maldosos, mas mesmo sem fazer nada muitas pessoas nos criticam, alguns comentários à mais não faz diferença.
- Tiro meu chapéu pra você. Nunca pensei que pensasse assim.
- E eu nunca pensei que concordaria comigo. - ela sorri me fazendo sorrir junto.
- Tá com fome?
- Não vai me forçar a comer aquelas comidas estranhas, né?
- Você não provou nada daqui.
- Claro que eu provei, comi aquela coisa verde estranha.
- A sopa de algas que o Namjoon fez não conta, ele mal pôs sal e encheu aquilo de alho.
- Para de criticar o Namjoon!
- Então me deixa te levar pra comer alguma coisa boa e tirar essa mal impressão que a comida coreana passou pra você.
Encontramos um restaurante com uma boa referência e pedi alguns pratos que tinha certeza que Sarah iria gostar. Depois de um tempo eles já estavam em nossa mesa e eu a encarava esperando a mesma comer.
- Jin...
- Sabe como se segura o hashi?
- Existe colher, quero que esse hashi vá para a puta que pariu.
- Sarah!
- Vou experimentar só um pouco. - ela segura a colher e pega um pouco de arroz - Isso tá grudento.
- Come logo!
E então ela pôs a primeira colherada na boca e aos poucos as outras tigelas também foram degustadas. Sua expressão era neutra mas eu sabia que ela tinha gostado pois não hesitava mais.
- E então? - pergunto.
- Não é melhor que a comida do Brasil mas... é gostoso. - ela sorri.
E pela primeira vez senti que podíamos nos aproximar de alguma forma.
- Tem um parque muito famoso aqui em Seul, mas é do outro lado da cidade, não sei se vai querer ir.
- Parque de diversões?
- Sim, mas é uns trinta e sete minutos de metrô.
- Não estamos fazendo nada mesmo, e eu não quero voltar pra casa com a Manu e Yoongi se agarrando na cozinha de novo.
- Eles ainda fazem isso?
- Aqueles dois esquecem que há mais gente na casa. - ela revira os olhos.
- Boa sorte com eles. - suspiro - É melhor irmos agora.
Pegamos o metrô até o Lotte World como Sarah sugeriu e desta vez durante o caminho nós conversamos sobre diversos assuntos. E enquanto ela tagarelava sobre como a mãe dela não queria deixar ela se mudar pra cá eu percebi que aquela casca grossa que Sarah aparentava ser não passava de uma má impressão. Os xingamentos ainda saiam de sua boca, mas de uma maneira mais amena e descontraída.
- E foi assim que o meu irmão foi pra cadeia.
- Sinto muito.
- Não sinta, aquele desgraçado merecia ficar mais tempo lá. - ela bufa - Eu só queria ter tido um irmão que estivesse do meu lado quando eu precisei.
- Mas você cresceu bem, e é uma ótima pessoa.
- Eu sei, mas o foda é que eu não consigo parar de pensar no que teria mudado se ele tivesse sido mais presente.
- Mas ele não foi, e agora você é assim.
- Isso foi um elogio?
- Foi. - sorrio - Para de pensar nisso, seu irmão foi um idiota e não tem como mudar isso.
- E mais uma vez você tem razão. Kim SeokJin, você está me impressionando hoje.
- Eu impressiono muita gente, não é de se espantar. - ela revira os olhos.
- E aí está o ego que eu tanto evitei até agora.
[...]
Quando chegamos no Lotte World vi os grandes olhos da Sarah brilharem como os de qualquer criança naquele lugar.
- Onde vamos primeiro? - pergunto.
- Não sei, é tanta coisa. - ela olha para algumas direções - Vamos ver tudo!
- Não vai dar tempo, temos que voltar em algumas horas e preciso me lembrar onde estacionei o carro em Myeongdong.
- Então precisamos ser rápidos!
E depois de passarmos a tarde inteira vendo brinquedos, apresentações e comendo várias besteiras, voltamos a tempo para Myeongdong e encontramos o carro. Sarah estava visivelmente cansada e também calada, o que me fazia ficar um pouco preocupado.
- Você está bem? - pergunto.
- Estou.
- Então tá. - ela suspira e me encara.
- Eu tô me sentindo mal por ter falado coisas ruins sobre você, e não é todo dia que eu me arrependo por algo que fiz.
- Também me sinto mal por ter dito coisas sobre você.
- Então estamos quites?
- Estamos.
- Ótimo. - ela sorri - A Manu conseguiu o que queria.
Ei amores, turu bom?
Estão gostando da fic?
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