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Capítulo 1: "Caminhos"

Eu estava coberta de sangue. Coberta de corpos. O cheiro de morte estava forte no ar e a única forma de vida além de mim, eram inimigos armados e ferozes, prontos para decapitar qualquer adversário que se opusesse a eles. Aliás, eu duvido que seria diferente se eu tentasse ser pacífica e me entregar. Foi um massacre. Todos foram mortos. Acabou. Acabou muito rápido. E não tive tempo de dar adeus a ninguém. Também não pude proteger ninguém, e odeio me sentir tão impotente e fraca. É como se esses anos de treinamento ano tivessem servido pra nada. Mesmo com pouca idade, minha vida foi essa academia. Esse centro de formação. Eu deveria ser mais forte. Por minha culpa, estão todos mortos. E se não tomar cuidado, serei a próxima.

Por mais que uma parte minha esteja me dizendo pra levantar e entregar minha caveira, pois é o que acho que mereço.

Mas não, preciso viver. Viver é fazê-los pagar por isso. Mostrar ao mundo que estou viva e que um ia eles não estarão mais. Vão todos pagar. Nunca mais farão meu coração bater tão rápido como se fosse explodir. Me fazer sentir vontade de chorar pelo luto enquanto tudo que posso fazer é engolir as lágrimas pela minha vida. O silêncio no meio dos cadáveres é tudo o que me trará um futuro. Irônico.

Passos por cima de corpos ensangüentados e estripados me fazem ficar alerta. Um rosto familiar. Horrivelmente familiar, surge na minha visão. Ele e seu machado arrastando no chão, sendo puxado pelos seus braços longos. Suas feições doentias de satisfação. Sinto vontade de vomitar, mas finjo que estou morta. Fecho os olhos assim que o olhar dele quase se cruza com o meu, afiado como sua lâmina.

Quando acordo, estou na carruagem. A cabeça apoiada no vidro da janela. Meu coração acelerado e o rosto suado. Estou salva. Cochilei. Foi só um pesadelo. Mais um pesadelo sobre aquela noite. Aquela maldita noite.

Meus punhos se fecham ao redor da minha carta. A carta de admissão que recebi do meu novo mestre. Merlin me aceitou como sua aprendiz para ensino superior. E agora estou me mudando para sua cabana.

Sinto uma mão quente sobre a minha, e olho para o lado.

Serafe.

Minha recém conquistada amiga sorri levemente em silêncio, percebendo algo em mim. Acredito que eu tenha acordado de forma abrupta por causa do meu pesadelo, vendo que as outras cinco pessoas na carruagem também estavam me olhando. A terceira ao lado de Serafe, bem como as outras três no outro banco da carruagem, bem na nossa frente, vão perdendo o interesse quando me acalmo e volto e olhar pela janela depois de responder ao sorriso gentil de Serafe com outro um pouco nervoso.

Esse bosque. O bosque que rodeia o monte Fuji. Lar de muitos seres de aproximação impensável para a maior parte dos humanos. Bruxas, vampiros, lobisomens...além de outra raças mais bem vistas, como os elfos, a exata raça de Serafe.

E tem eu, uma maga. Filha de dois outros magos de poderes inimagináveis e carreira perfeita. Cargos no país cobiçados. Sora e Shigeo são grandes magos. Competentes. E são meus pais. Meus amados pais. Sorrio ao passar pela memória deles enquanto olho para as árvores e lembro da floresta ao redor da nossa casa. Memórias de quando não eram tão ocupados. Memórias de mais de 6 meses atrás. Que foi a última vez que os vi. Meu sorriso diminui.

Logo, a carruagem para. Serafe e eu olhamos para fora e ouvimos uma voz.

- Ponto final: Fundo do Poço. - Ouvimos o homem que guiava a carruagem gritar do lado de fora.

Nossa parada.

Descemos lentamente da carruagem, passando pelas outras pessoas. Assim que ponho a cabeça pra fora, sinto um frio absurdo e me aconchego no tecido grosso da minha capa. Serafe também se encolhe e cruza os braços entre o pano.

- Aqui estão suas malas, senhoritas. - O homem, que nem vi descer do banco por onde guiava a carruagem sentado, aparece atrás de nós duas, com minhas duas malas na mão. Sorrio bem ligeiramente e as pego.

- Obrigada. - Respondo. Ele nos faz uma reverência e sobe novamente na carruagem. Ele parte rapidamente, como se estivesse fugindo de algo.

- Parece que minha terra natal não é muito bem vista mesmo, afinal. - Ouço a voz gentil de Serafe falar e olho pra ela.

- O Fundo do Poço. Exatamente como eu imaginei. Talvez até mais macabro. - Digo, tentando soar um pouco descontraída.

Serafe ri abafado.

- Você aprende a gostar. Não é tão ruim quando se atenta aos detalhes. Vou te mostrar alguns lugares legais quando tiver tempo entre as suas aulas. - Ela diz, sempre com um sorriso sereno no rosto.

- Ficarei feliz de conhecer os arredores do meu novo lar. - Respondo.

- Não temos tempo a perder. Ainda vão continuar paradas aí ou posso fazer meu serviço e ir embora?

Mais uma voz surge. Olhamos rapidamente na direção de onde vinha, uma árvore próxima, onde alguém estava sentado. Bem em cima de um galho, nos olhando com uma expressão nada satisfeita, sem paciência e de braços cruzados.

- Kana. - Serafe diz. - Que bom te ver.

Kana pula de cima do galho e aterrissa no chão com facilidade. Vem andando na nossa direção e para, tirando seu capuz e revelando sua pele alva. Ela olha ao redor.

- O sol se acovardou hoje. Está de dia mas mal deu as caras. Sua luz só faz cócegas no meu rosto. - Ela diz, com certo orgulho na sua fala. Depois volta seu olhar pra mim. - Mahina.

- Kana. Olá.

Nos cumprimentamos brevemente e voltamos ao percurso até o meu destino. Fico feliz que Kana veio até o ponto da carruagem para me esperar chegar. Parede que ela é realmente mais gentil do que aparenta.

- Não vai contar para Mahina por que não foi comigo até a cidade vizinha para esperá-la? - Serafe diz, parecendo cutucar Kana com algum assunto que não a deixa muito contente.

- Já expliquei, Serafe. Por que eu iria até a cidade? Está de dia. E diferente daqui, lá o sol está sempre mais quente e a mostra. Acabaria dentro de alguma construção o tempo todo porque nem meu capuz me salvaria. E ainda que arriscasse isso, sou uma vampira. - Ela parece um pouco triste ao falar isto, e olha pro chão, caminhando chutando pedras e com as mãos nos bolsos da capa, com uma cara emburrada. - Ninguém me quer por perto.

- Eu quero. - Respondo. Kana olha pelo canto dos olhos. - Somos amigas, não somos?

- Hmm...somos? Acho que só quer me usar de guarda costas. - Ela diz. E sei que está brincando. Até vejo que sorri livremente no fim.

- Ah, sim. Como se precisasse da sua proteção. Posso estar vindo aqui para aprender, mas não estou de bagagens vazias. - Digo sorrindo, até lembrar do acidente. - Talvez estejam até cheias demais.

Um leve silêncio se faz no ambiente por alguns segundos.

- Bom, é bom estarmos todas juntas. - Serafe diz e sorri para nós duas.

- É. Finalmente. - Digo.

- Sim...finalmente... - Kana parece absorta em pensamentos, e não posso culpar ela. Faço a mesma coisa muitas vezes. Principalmente depois daquilo...

Alguns minutos se passam e chegamos onde eu precisava chegar. A casa de Merlin. O mago. Meu novo Mestre.

- Bem, não passo daqui. - Kana diz.

- Ué. Por que? Achei que fosse próxima do mago Merlin. - Digo, estranhando.

- Não é que eu não seja. Mas ele plantou hortênsias. Odeio hortênsias. E tenho alergia. Não quero chegar perto desse jardim. - Ela diz, torcendo o nariz.

- Que fresca. - Respondo, rindo. Serafe ri também.

- Do que me chamou??? - Ela diz, falando alto.

- Nada. Vou entrar. Vejo vocês amanhã, meninas.

Digo, e me despeço de Serafe e Kana. Elas acenam, Serafe calma e alegre como sempre, e Kana com um jeito sério, mas que não me incomoda. Não mais.

Elas vão embora e estou sozinha. Eu e a entrada da casa. Só preciso bater na porta. Mas antes, ainda sinto no coração o peso da razão de ter vindo pra cá, e olho pra trás, analisando os arredores do bosque.

Úmido. Escuro mesmo de dia. Atmosfera pesada. Árvore tortas. Neblina grossa.

O lugar perfeito para criar cascas grossas capazes de proteger minhas feridas do passado. E é agora que começo meu caminho para ser mais forte do que jamais fui.

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