Capítulo 5: Revele tua história
Andamos por alguns minutos, até que Alessandra para, me fazendo parar junto.
Me encontrava cansado e ofegante, havia neve por toda parte, afinal, o inverno reinava nessa cidade.
Coloquei as mãos sob o joelho e respirei fundo sentindo um novo indício de dor subri para o meu peito.
— Para de ser molenga. – Me provocou com um sorriso de canto. — Agora olhe e veja o quão bonita a vida é. O quão bonito o mundo pode ser quando aprendemos ao ver de uma nova forma.
Seguindo suas palavras, retirei minhas mãos do joelho e levantei a cabeça tendo a bela visão de uma paisagem natural, tão bela e emocionante que me fazia querer acreditar que vale a pena viver, que na vida podemos escolher como queremos viver... Tudo depende do viver.
Era algo simples, mas belo, o simples pôr do sol a se esconder dentre as montanhas carregadas de neve, tendo como enfeite as belas árvores verdes tendo sua cobertura branca.
— Isso é lindo. - Encontrei meu foco em Alessandra que parou em minha frente.
— Claro! Como não admirar uma paisagem dessa? Como não se deixar levar, se esvair com o por do sol esperando que o mesmo leve todos nossos problemas?
Ela falava sem me olhar, pud perceber seu porte pequeno, seus ombros caídos como se estivesse a relaxar.
Então eu só pude dizer:
— Realmente... Como?!
Alessandra virou-se para mim me olhando em meus olhos, pude perceber algo neles.
— Você está pronto para deixar que seus problemas sejam libertos? Esta pronto para encarar uma nova fase de vida deixando de lado toda a amargura e rancor que carrega em teu coração? Você esta pronto?
Não entendia o porquê de sua pergunta repentina, não entendia o porquê de seus olhos demonstrarem um ponto de esperança que não deveria existir por mim.
— Porquê me pergunta isso? Porquê agora? – Minha voz sai como se tivesse sendo despertar depois de milhares de anos.
— Porque eu sinto que você está pronto. Você não se sente pronto? – Perguntou mostrando curiosidade por minha resposta.
Mas tudo que fiz foi ficar calado digerindo todos os acontecimentos e futuras decisões. Meu coração estava batendo rapidamente, me sentia mais gelado, mesmo com todos os agasalhos que me cobriam.
Vendo que de minha boca não sairia nada, Alessandra respirou fundo e virou o rosto balançando a cabeça negativamente.
— Vamos embora – Disse andando ma frente, sem puxar minha mão como costuma fazer.
••
Começou a nevar, a neve tão bonita, porém estava se tornando perigosa para mim, dificultando o meu andar.
Estava começando a sentir um frio intenso, e a longa caminhada ainda estava ativa.
Posso ver Alessandra andar na frente, olhando sempre para frente como se buscasse um objetivo. Ela parecia não sentir frio, me peguei a achar que era fraco por estar sentindo até meu coração tremer.
— Arr – O som sairá de minha boca me fazendo ajoelhar no chão. O ar havia me faltado, e eu já sabia o motivo do porquê disso.
Alessandra que até então andava despreocupada virou-se para trás e então fora ao meu encontro.
— Oh meu Deus! – Exclamou ela levantando meu rosto e batendo levemente no mesmo.
— Alessandra... – Murmurei abrindo a boca para o ar entrar, mas nada vinha.
— A caminhada longa, você não podia... Foi tudo minha culpa. – Se lamentou terminando de me deitar na neve gelada.
Sentia um ardor em meu estômago, assim como meu peito que parecia queimar.
— Merda. – Alessandra começara a resmungar coisas as quais não conseguia distinguir.
Logo então seus olhos fitou os meus; Algo então tocou meus lábios, algo quente e molhado, poucos segundos depois pude despertar de um modo embriagado que me encontrava, e então o ar me encontrou, pude enfim respirar.
O ar veio! Eu pude respirar!
— Alessandra...
— Me desculpe! Desculpe Stephan.
Ela estava tão próxima de mim que se eu levantasse os braços poderia tocar em seu rosto. Sim, eu poderia, eu posso!
Aproximei minha mão para toca-la, a mesma me olhava com o cenho franzido. Sua respiração estava aura e rápida, me esforcei para sentar e me aproximar cada vez mais.
Pude imaginar sua textura, pude ansiar toca-la, porém, algo aconteceu... Alessandra desviou de meu toque, se afastando de mim.
••
— Você está melhor? – Perguntara para mim.
— Sim... – Minha resposta fora tão curta quanto a sua pergunta.
Me aconchego na cama respirando fundo. Alessandra colocou uma bandeja de sanduíche e chá sob o criado mudo velho que se encontrava ao lado da cama.
Antes da mulher sair do quarto, eu disse enquanto respirava fundo:
— Estou pronto.
— Como? – Perguntou caminhando para a minha frente.
— Estou pronto para contar a minha história.
Enfim poderia me libertar de um passado que não me permitia alcançar a luz.
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Olá pessoas. Me desculpem pela demora, tive um breve bloqueio, mas o mesmo passou.
Grandes revelações no próximo capítulo. ♥ .
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