Capitulo 5. Sonhos incompreensíveis
POV NIX
* Em uma floresta imensamente grande, ouço o farfalhar das folhas, enquanto estou a olhar, para um lago, que estás a refletir, o meu reflexo distorcido, em razão do vento que movimenta a água.
Sinto uma brisa gélida e forte, atingir meu rosto e movimentar meus cabelos.
Sempre fui de admirar a sensação de liberdade e paz, que o vento me traz, me sinto imensamente leve e livre, naquele momento.
Porém, aquela calmaria é interrompida, por passadas fortes e ritmadas, deixando-me em alerta.
Escondo-me atrás de umas das imensas árvores ali dispostas, até ouvir uma voz rouca e calma, dizer:
- Oh pequena criança, não precisa esconder-se de mim, não sou a pessoa que está a sua procura, sou apenas, alguém enviado para lhe passar um pequeno recado.
Sinto-me completamente confusa, se deveria, revelar-me ou não. Em um curto momento de coragem, saio detrás da árvore, e me revelo ao homem.
- Olá criança, venho a pedido de uma velha amiga, lhe informar, que sua ascensão, está perto de acontecer, seu protetor estás a vir em seu encontro. Confie nele, ele saberá como lhe ajudar.
Novamente me sinto confusa, e o respondo de prontidão:
- Ascensão? Protetor? O que o senhor quer dizer com isso?
- Não posso falar, mais do que isso, bela criança, espero que se lembre logo. Até algum dia.
E tão misteriosamente que apareceu, se foi. *
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Acordo sobressaltada, com o coração a bater tão rapidamente, parecendo que a qualquer momento, estaria pronto, para pular pra fora de seu lugar.
Venho tendo sonhos estranhos, a algumas semanas, sempre contendo alguém me dizendo para esperar meu protetor, não me recordo exatamente como começou, mas depois de ter tido o primeiro, não parou mais. Sempre fui acostumada a ter sonhos estranhos, mas esses estão diferente. O estranho é, sempre ter a sensação de estar em outra vida, em outra época, como se minha alma não pertencesse à época que estás a viver.
Logo livro-me desses pensamentos, e levanto-me para mais um dia de faculdade e trabalho. Hoje teremos apresentação, de história, sobre como o que aconteceu a anos atrás, pode nos afetar hoje.
Faço minhas higienes matinais, e desço para tomar um café reforçado, seria um longo dia.
Enquanto espero o café ficar pronto, me aproximo da janela, olhando o horizonte imponente, alguns raios solares, atravessam a janela, iluminando meu rosto, sinto-me revigorada.
Pego-me distraída, até sentir uma brisa leve, atravessar uma pequena brecha da janela, ao sentir a brisa bater em meu rosto, ouço um pequeno sussurro:
- Tão linda, minha deusa.
Assusto-me, logo olhando ao redor, afim de procurar algum invasor, porém não encontro nada.
- Ok Nix, estás a ficar louca mesmo, primeiro sonhos estranhos, agora vozes. O estresse da faculdade estás a me matar.
Recomponho-me no momento que a cafeteira apita, avisando que o café está pronto. Pego uma caneca, logo tomando o café extra forte. Após o café, arrumo minhas coisas, e logo saio em direção a faculdade.
O bom de se morar perto da faculdade, é não precisar de nenhum meio de transporte, uma caminhada de 10 minutos já basta.
Chego a faculdade com 20 minutos de antecedência, antes das aulas começarem, precisava finalizar o trabalho de história.
Sento-me ao pé de uma árvore, pegando os materiais necessários, releio o que já tinha escrito.
" A história sempre nos afetou, e continuará nos afetando, a história foram escolhas feitas por pessoas, que nos atingiram, seja ela ruim ou boa.
Ao decidirmos cruzar a esquerda e não a direita, estamos fazendo história. Ao decidirmos com quem iremos manter uma relação, seja ela de amizade ou de namoro, estamos fazendo história, estamos afetando a realidade daquela pessoa.
A história nos afeta, mais do que imaginamos. Por exemplo: se não estivéssemos decidido, cursar Arqueologia e História, onde estaríamos? O que estaríamos fazendo?
Nossa história é escrita, todos os dias, a mudamos constantemente, esse é o legal da história. Ela pode ser mudada.
Então, quando acharem que a história pode não afetar vocês, lembrem-se de todas as escolhas, que foram feitas, até estarem aqui."
Termino o relatório, faltando apenas 10 minutos para início das aulas, apresso-me em ir guardar os materiais que não iria usar no momento, e caminho-me lentamente para a sala de aula. Ao chegar na sala, sento-me em meu lugar de sempre.
Observo a sala, ainda composta por apenas três alunos, dispersos em seu próprio mundo.
Logo, pego-me a pensar em todos os acontecimentos, desses últimos dias. Todos os sonhos, o dia no museu.
Nada parecia-me, fazer sentido. Enquanto me perco em meus próprios pensamentos, ouço a porta fazer seu típico ranger, anunciando a entrada de alguém na sala.
Levanto meu olhar, e me deparo, com um homem de pele negra, alto, de uma beleza inigualável. Sinto-me completamente atraída.
Seria um novo aluno? Nunca o tinha visto por aqui. Encaro-o por um tempo, até ele retribuir o olhar, sinto-o passar do meu lado, e sentar-se no assento livre atrás de mim. Penso em virar para o cumprimentar, mas logo elimino essa possibilidade.
Quando estou prestes a me levantar, para ir ao lixo, ouço a mesma voz de manhã, mas dessa vez, ela vem do homem sentando atrás de mim:
- Olá, como vai? Sou novo aqui, e vi tu a me observar com curiosidade.
- Oh, desculpe ter lhe encarado, mas nunca o vi por aqui. Aliás, como se chama?
- Chamo-me Éter Kalonimos, e tu, bela moça?
- Bela moça? Não sei aonde, Éter. Mas meu nome é Nix Colonomos.
- Nix? Como a deusa?
- Exatamente como ela, minha mãe batizou-me com esse nome, por ser fascinada por mitologia grega.
- Ela fez uma boa escolha, combina perfeitamente contigo.
- Claro, uma deusa combina perfeitamente comigo.
- Iria se impressionar se pudesse ver o quão parecida é.
- Bom dia alunos (as), sei que a conversa está boa, mas vamos a apresentação do trabalho. Menos o aluno novo, uma vez que quando os informei da apresentação, ele não estava. Enfim, a primeira a apresentar, será a minha melhor aluna. Nix querida, pode começar, por favor?
Encaminho-me para frente da sala, e começo minha apresentação. Ao terminar, vejo todos aplaudirem, sinto-me envergonhada e ao menos tempo imensamente feliz.
Volto para o meu lugar, com um mínimo sorriso, logo a me sentar, viro-me para Éter:
- O que achou da apresentação, percebi que seu olhar, parecendo não aprovar muito.
- Eu gostei demais senhorita Nix, porém, muitos não sabem sobre sua história, vivem em sua própria mesmice, achando que são o centro do universo, que nada nunca será capaz, de os atingir.
- Isso é verdade, porém as vezes, não nos são dadas as oportunidades, para sabermos sobre nossa história.
- Nix e Éter, por favor, prestem atenção na apresentação de seus colegas, deixem os assuntos dispersos, para o intervalo.
Calo-me imediatamente, prestando total atenção, na aula. O tempo parece não passar, o relógio parece estar contra mim.
Quero saber muito mais sobre o aluno novo, ele parece ser totalmente interessante.
Mal posso esperar para ouvir sobre ele.
Nota da autora: E mais um capítulo chega ao fim, espero que gostem.
Se encontrarem quaisquer erro, me avisem para concertar.
Até logo,
Xoxo, Misaki
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