Pov Nix

*Estava a correr por uma vasta e extensa floresta, contendo árvores imensas, onde pareciam alcançar o céu, sinto os galhos pontudos e afiados, rasgarem meus braços e rosto, porém o perigo que me assola, não me deixa parar de correr por nada.

Ouço ao longe passadas pesadas, se aproximando cada vez mais, e perante o silêncio daquela monstruosa floresta ouço uma voz em alto e bom som dizer:

- Minha pequena e querida filha, não tens como fugir do próprio criador do mundo, sempre irei lhe achar, essa brincadeira de pega-pega tens que terminar.

Sinto minhas pernas fraquejarem, minha respiração cada vez mais falhada, me diz para desistir, me entregar de bom grado a Caos, talvez assim teria uma morte rápida.
Porém, sinto uma mão me puxando para detrás de uma das imensas árvores dispostas ali. Estou prestes a gritar, mas sou interrompida por uma voz conhecida:

- Fuja, minha deusa, não se deixe ser derrotada por seu pai. Eu lhe encontrarei, e lhe protegerei, porém enquanto isso não acontecer, sobreviva.

Essas são as unicas palavras que me são ditas, antes de sentir a adrenalina me consumir e sair correndo daquele lugar, sinto o vento a chacoalhar meus cabelos, enquanto ouço ao longe os gritos de meu pai.*

✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶

Acordo sobressaltada, ofegante, por mais uma noite de sono perdida, atormentada por sonhos sem sentido, vivo isso há exatos 18 anos, e nunca soube o significado desses sonhos.
Os sonhos retratam sempre outra época, onde estou a fugir de alguém, mas nunca me lembro de quem, ou porque estou a fugir, já tentei ir as psicólogas e até mesmo psiquiatras, para descobrir se seria algum tipo de distúrbio mental, porém nada foi encontrado.

✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶

Me levanto pronta para mais um dia de trabalho na empresa Colonomos Interprise, empresa de minha família, mais especificamente minha mãe.
Minha mãe, sempre foi e sempre será meu espelho de mulher guerreira, construiu o império de nossa família do zero, sem nenhuma ajuda, apenas sua vontade e perseverança.
Chego à empresa 2 minutos atrasada, o que para mim, é um tremendo absurdo, em 2 anos e meio, que sou estagiária nesta empresa, me atrasei apenas duas vezes.
Caminho apressadamente até minha mesa, ao ser anunciado a chegada da presidente na empresa, vulgo, minha mãe. Todos pensam que tenho privilégio, porém mal sabem, que família e trabalho, são totalmente inimigos no dicionário de minha mãe.
Vejo-a passar feito um jato, para sua sala, porém não deixo de a analisar. Óculos pretos, sapatos pretos, cabelo preso em um coque alto.
Logo confirmo que o dia será extremamente cansativo e estressante.

Nota da autora: Sei que acabou de repente o capítulo, mas era esse o intuito mesmo.
Então até o próximo capítulo.