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Diálogo e metáforas


Como você COM CERTEZA leu no texto sugerido no capítulo anterior, "evite deixar o personagem sozinho", e foi aí que notei que muita informação dada através da narrativa poderia ser apresentada como diálogos muito mais dinâmicos! Basta aprender a conduzir as cenas.


Vamos ao exemplo:


"Ser pai solteiro não é fácil, é chegar do trabalho e cuidar do jantar, de uma criança e de uma casa. É saber com quem ela anda, estar atento a cada pequena mudança física e mental dela. É acompanhar os anos que passam voando. É aprender uma coisa nova por dia. É prover o sustento. É nunca se cansar. É aprender a ser mãe pra suprir um buraco na vida da sua filha. É nunca, poder, errar... e ainda ouvir que minha paranoia não é boa para minha filha."



"TRECHO DO CAPÍTULO 3 DE "AINDA JOVENS""

O persigo.

— Eu sou pai! O bem da minha filha vem acima de tudo! Não me interessa se a porra da vizinha é uma boa pessoa ou não!

— É isso o que quer ensinar pra sua filha? — Ele abre a geladeira. — Que o mundo é um lugar fudido e não se pode confiar em ninguém?

— Você sabe o que é ser um pai solteiro? Não! É chegar do trabalho e cuidar do jantar, de uma criança e de uma casa! É saber com quem ela anda, estar atento a cada pequena mudança física e mental dela. É acompanhar os anos que passam voando. É aprender uma coisa nova por dia. É prover o sustento. É nunca se cansar. É aprender a ser mãe pra suprir um buraco na vida da sua filha! É nunca, poder, errar!

Oscar tira duas cerveja da geladeira, bate a porta e volta a me encarar. O olhar sobre mim continua imperturbável.

— Essa sua paranoia não é boa para a Psy. — O ombro largo desvia do meu para poder cruzar a porta e me deixa sem uma única palavra de apoio.

"FIM DE TRECHO"



A diferença chega a ser gritante, não? Ao invés de uma longa narrativa sobre ser pai, conduzi o leitor por um diálogo exaltado que revela como o protagonista é protetor com a filha, defensivo também, e como a condição de Pai pesa em seus ombros; e a indiferença do amigo deixa claro o quando discorda dele. Em "Ainda Jovens" trabalho com muito diálogo que me ajudaram a tornar a leitura fluída e a conduzir o leitor por sentimentos diversos, o livro é recheado de capítulos que começam leves e terminam em uma verdadeira tempestade emocional.



"TRECHO DO CAPÍTULO 2 DE "AINDA JOVENS""

A estranha continua sentada na mesma cadeira em que a deixei, mas a louça brilha úmida sobre a pia.

— Não precisava ter lavado a louça. — Aponto.

— São apenas alguns pratos.

Minha alma inquieta se recusa a se sentar novamente com ela, é incômoda a forma como se encaixa na minha cadeira, como conseguiu se infiltrar em minha casa.

— Aqui. — Estendo a foto para ela. — Estava voando com o vento.

As íris negras deixam o papel e se fixam novamente nas minhas, essa mania estúpida de nos olhar direta, ela toma o papel confusa e o gira em seu punho. O reconhecimento vem em um segundo, a mão sobe em um golpe rápido e oculta a boca, mas o choque não foge do olhar.

— Eu... — A voz falha. — Pensei que tinha perdido ela.

— Deve apenas ter...

O soluço alto corta a cozinha como uma navalha, os cotovelos voltam para mesa, as mãos espalmadas mantém a foto a salva entre os dedos e ocultam como pode a face que não pode mais conter as lágrimas.

— Ei...

O choro copioso rasga o peito, é profundo, doloroso como nunca se vê em um adulto.

— Está tudo bem. — Minha mão afaga as costas dela sem autorização para estarem ali, muito menos consolar.

— Não faz ideia... — Ela luta contra as lágrimas. — Do quanto essa foto é importante pra mim.

— Percebo. — A mão se recusa a me obedecer. — É sua avó? — A distraio.

— Minha mãe.

Existe algo pesado naquela declaração, meus olhos buscam a foto desnorteados, são muitas rugas e poucos anos tanto para versão adolescente que sorri na foto, quanto para versão jovem que não passa muito dos vinte anos e chora ao meu lado. Não faz sentido... assim como não faz sentido a mão que recusa a se afastar da mulher, ou meu corpo que se senta próximo a ela em uma cadeira que não estava ali minutos atrás.

"FIM DE TRECHO"


Esse é um exemplo simples, pode encontrar exemplos melhores no livro disponível aqui na plataforma, para agora, que tal enriquecer a narrativa com metáforas?



"TRECHO DO CAPÍTULO 3 DE "AINDA JOVENS""

— Filho da puta! — Cruzo a sala, agarro maçaneta e escancaro a porta do quartinho.

Um velho novo mundo se amontoa em pilhas pelas prateleiras, o cheiro horrível de mofo queima as narinas.

"Puta que pariu, preciso limpar essa merda qualquer dia desses."

O fogareiro portátil parece uma pilha de ferro inutilizável, a garrafa térmica encardida mata qualquer sede só de a olhar, o poliéster esbranquiçado da barraca pode se juntar a casa da vizinha, a velha mochila de camping realmente me odeia. Aquele mundo do jovem Elio que viajava para cidades desconhecidas em busca de rave, convive com as ferramentas, pregos, furadeira e utensílios de manutenção que o velho Elio enfiou ali, é como se aguardassem o seu dia de voltar a ativa sem saber que jazem mortas.

"Preciso me livrar dessa merda."

As cadeiras de arma se espremem ao lado do cortador de grama. O novo convive com o velho, o velho convive com o novo em uma interação supostamente fácil.

— Fácil! — Uma das cadeiras engancha no cortado. — Nada nessa vida é fácil. — A solto com um forte puxão.

"FIM DE TRECHO"



Metáforas! Sou uma amante de metáforas, note como o quartinho que abriga o presente e passado nada mais é que uma representação da própria alma do protagonista; como o personagem se define como velho mesmo tendo apenas 24 anos na história; como diz que precisa se livrar do passado, mas não faz nada para que isso aconteça; como se ressente com as cadeiras do passado que conseguem conviver com o cortador do presente. Essa entrelinhas trazem informação, enriquecem a narrativa e aguçam a curiosidade do leitor.

Acho que podemos parar por aqui, nos vemos novamente em: Últimas dicas.

Contribua com uma estrela e nos conte se gosta ou não de trabalhar com diálogos.

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