Por Writing
O dia mal era nascido e as tropas já se preparavam para o grande impasse. Muitos se questionavam pelos cantos do porque de estarem se envolvendo naquele suicídio em massa, outros afiavam suas lâminas ansiosos pela batalha. Ao centro de tudo, alguns ainda tentavam convencer o grande mago a desistir dessa insanidade.
– Tem certeza que quer mesmo todo esse sangue? – Sandriely o encarava séria.
– Nada, nada vai me fazer mudar de ideia – falou firme retribuindo sua encarada – A hora de recuar é agora! – gritou observando cada um ao redor.
Seu tom foi alto e firme para que todos os presentes escutassem, por medo do mago, de seu olhar de pura fúria e sua aura carregada, ninguém ousou responder, apoiavam sua causa, estariam ao seu lado embora duvidosamente acreditassem na vitória. Ele apenas voltou seu olhar para sua irmã alada, a mensagem era clara em seu olhar, a vitória ou a morte, e não estaria disposto a segunda opção, a não ser a morte do Pai Celestial.
O olhar dos presentes o acompanhou enquanto saia do meio de todos e seguia seu caminho. A atenção de Sandri saiu de seu irmão para o Deus dragão ao lado, que também a olhava com um leve erguer das sobrancelhas com uma mensagem clara, não havia mais conversa.
– Porque a gente topou fazer parte disso? – perguntou para seu amigo, mas principalmente para si mesma.
– Boa pergunta – diz Will distraído se aproximando – Vai ser legal – sorriu a observando e já tomando seu rumo – Se durar mas de dois segundos vai ser suficiente para lembrarem de nós.
– Ou nos esquecer completamente – completou em voz alta para que o mago a escutasse de onde estava.
– É o mais provável – Will a acompanhou no tom elevado.
O olhar da garota apenas se dirigiu para o pé do monte à frente, avistando entre os vários seu irmão, que já tomava a subir rumo ao topo.
– Cheguei – comentou a sereia cósmica, pousando em uma das nuvens onde um pequeno grupo se reunia para assistir a batalha.
– Vai ser um massacre – comentou sorridente a mercenária Rose, dando um cole em seu café, providenciado pela elfa.
– Vamos ver no que vai dar isso tudo afinal! – falou, atenta a meia elfa.
As tropas marcharam até o topo da colina, o céu tomava um tom roxo e laranja. O sol despontava no horizonte, revelando a silhueta gigantesca do celestial, que a pouco ficará sabendo da tolice e estupidez de um mero grupo, que planejava tomar o seu lugar como grande senhor do universo.
Ao topo do mundo, o anjo caído, o destemido mago e bispo, guardião do templo dos deuses, avançava, sentindo o calor leve do sol nascente lhe atingir o rosto, a brisa soprava levemente por ele, anunciando o início e o fim de uma era. Muitos haviam chamado ele de louco e imprudente por tal estúpida ideia de enfrentar o Pai Celestial, era cria daquele ser, mas dele nada herdou além da teimosia e força de batalha. Seus aliados chegaram logo atrás, sua irmã alada se pôs ao seu lado, assim como seu fiel amigo Deus dos dragões Will, ambos não apoiavam totalmente essa ideia completamente insana, mas o gosto de poder esbofetear a cara gorda daquele celestial patético, era maior do que a sanidade e o medo da morte.
O pai celestial, à frente de todos, mantinha seu olhar neutro aos patéticos mortais abaixo, que mais se assimilavam a formigas assustadas. Sua atenção naquele momento, era destinada ao líder dessa guerra, com o mais puro ódio mortal o encarava, jurando com cada fibra de fúria de seu coração inexistente, partir em pedaços aquele ser que nem ao menos deveria ter sido criado.
Em sua devida nuvem camarote o pequeno grupo se ajeitava.
– Vai começar – falou empolgada a pequena fada Duda, atraindo a atenção das outras.
Haviam garantido pelo menos a sua sobrevivência, e um ótimo show de fogos que viria ser a batalha.
– Acha que vai sobrar algo para nós? – perguntou a sereia Aqua, já imaginando o saque que faria ao fim desse conflito.
– Com certeza! – solta animada a marcenaria, também pensando em tudo que poderia adquirir.
– Quanto tempo acha que vai durar? – perguntou a pequena fada observando as outras.
– Uns dez minutos talvez – diz a mercenária dando de ombros.
– Sério – a observou um tanto espantada – Tá tão positiva assim?
– Não... – foi rápida em se explicar, com um malicioso sorriso – É só o tempo de seus corações inflarem com a honra da batalha, daí o Pai Celestial vai estourar todos eles como balões – diz com sorriso satisfatório, dando outra golada em seu café.
– Ah sim, sim – comentaram as outras concordando com seu ponto – Verdade.
Apesar da fala anterior de seu líder, permitindo com que partissem dali, o medo só os atingia no momento em que viram o Pai Celestial, todo poderoso à adiante, alguns que ficaram mais atrás da infantaria começam a se dispersar discretamente com medo da morte iminente
O grande mago Iago voltou seu olhar para seus irmãos ao seu lado, buscando apoio, sua irmã alada apenas assentiu com a cabeça, estava disposta a ir com ele até o fim, até que ele ganhe ou que ela morra. Retribuiu o aceno, apesar de seu olhar firme, de um puro ódio e do pequeno brilho de uma incerta vitória, carregava também uma névoa de medo e da dor que viria a seguir com a perda de todas aquelas vidas caso não saísse vitorioso.
E não sairia, ao menos não pretendia sair, não sem ao menos sujar sua espada com aquele podre sangue celestial. Voltou seu olhar para o todo poderoso a adiante, jurando silenciosamente limpar o universo de todo o mal que ele causou, de vingar todos os que matou, e de retomar a vida que um dia ele o tirou.
Ergueu sua espada com um glorioso e estrondoso grito de guerra.
– POR WRITING!!
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