°•° Capítulo 02 °•°
(84 anos depois...)
Jungkook
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Pela primeira vez em seis anos, desde que comecei a trabalhar na renomeada Architecture Jeon's, a respeitosa empresa de arquitetura do meu avô. Eu havia deixado todas as gracinhas e provocações de Ho-Sook, me fazerem perder a cabeça por um momento. Apesar do enorme sermão que fui obrigado a ouvir, não me arrependia de ter acertado um soco certeiro bem no meio do rosto de Ho-Sook. Desde que éramos crianças, essa ridícula rivalidade entre nós dois, sempre estava presente nas reuniões de família. Mas as coisas entre nós só haviam piorado mesmo, quando aos dezenove anos, nosso avô nos deu o estágio na empresa da família.
Ho-Sook queria herda a empresa, mas eu também estava na lista para isso. Apesar de não sermos os únicos netos do velho Jeon, éramos os únicos que realmente seguiam o ramo da arquitetura. Então, a partir do instante, em que nosso avô havia falado que iria passar o cargo de diretor geral para um de nós, as coisas pioraram de vez. As provocações bestas de antes, hoje eram trocas de soco. Durante o último mês, eu realmente estava tentando o meu máximo para ignora as provocações de Ho-Sook, mas quando o mesmo teve a coragem de tocar no nome de minha mãe, não consegui me segurar mais e parti para cima do mesmo.
— Merda!
Praguejando, afasto o saco de ervilhas congeladas do meu nariz. Eu não tinha sido o único a ter dado um soco em frente ao escritório de meu avô. Quando um dos funcionários da empresa tinha me segurado, Ho-Sook aproveitou o momento para devolver o presente.
— Tudo bem aí amigo?- ao som da voz, me viro para a porta da cozinha ainda com o pacote de ervilhas sobre o rosto, me deparando com Taehyung de braços cruzados e um sorriso zombeiro.— Quer uma pomada pra dor? Quem sabe um cházinho de camomila?
— Vai se foder Taehyung!- o encaro sério. O mesmo apenas nega com a cabeça rindo e se aproxima da geladeira, enquanto eu puxava um dos bancos para me sentar.
— Sério cara...- volta a me encarar com uma latinha de cerveja em mãos.
— Qual foi a da entrada teatral? Você chegou xingando alto e agora te encontro com um saco de ervilhas congeladas sobre o rosto e eu nem sabia que aqui em casa tinha ervilhas.- Sua feição confusa me faz sorrir de leve, mas acabo fazendo uma careta quando uma pontada de dor surge em meu rosto.
— Ho-Sook!- falo o nome e vejo meu amigo fazer uma expressão de entendimento.— Não consegui me segurar quando ele tocou no nome da minha mãe.
— E seu avô?- me encara preocupado. Meu avô era bem rígido Quanto a ter uma imagem profissional na empresa.
— Bom, depois de ter feito um discurso enorme de como estávamos agindo feito crianças, ele apenas me mandou sair mais cedo.
— Jungkook eu já te disse...- abaixa o olhar, enquanto passava uma das mãos sobre os cabelos.— Não pode deixar seu primo te fazer perder a cabeça. Você sabe que ele não vai parar até fazer você sair de lá. Apenas tente ignorar ele.
Me aconselha outra vez. Não era a primeira vez que meu amigo me dizia para não cair nas provocações, Também não era a primeira vez que eu chegava em casa puto por conta do babaca do Ho-Sook. Mas eu simplesmente não consigo me segurar, quando ele ou qualquer parente da família por parte de pai, toca no nome da minha mãe.
— Eu sei.. - Suspiro frustado, tirando a saco de ervilhas congeladas do rosto.
— Mas não consegui me segurar.
— Kim Taehyung!- antes do meu amigo me responder, ele é cortado por outra pessoa.— Eu já não te falei para não deixar toalha molhada em cima da cama? Fica fedendo e eu molhei minha bunda naquela merda!
Alyssa entra na cozinha com uma cara nada boa. Abro um sorriso divertido vendo a garota nos encarar de braços cruzados.
— Você falou para não fazer isso na sua cama, essa é a minha cama mulher! Faço o que eu quiser!- Taehyung devolve cruzando os braços também a encarando.
— Mas é uma mula besta mesmo!- eu apenas olhava de um para o outro.— Não me interessa se é a sua cama, o fato é: não deixe toalha molhada em cima de nenhuma delas!
Não me aguento e deixo minha risada escapar. Era engraçado assistir esse relacionamento totalmente estranho entre Taehyung e Alyssa. Já fazia mais de um ano que os dois estavam juntos. E eu nunca tinha visto um casal mas bizarro que esses dois. Em um momento estão discutindo até por causa de uma nuvem no céu e em outro estão se pegando no sofá. Mas confesso que eles são perfeitos um para o outro.
— Boa tarde Aly...- seu rosto se vira para mim, ainda com a expressão fechada.— Como anda a vida em?
— Não enche o saco também Jungkook!- devolve e abro mais ainda meu sorriso.
— Aah, doce como um limão! Adoro isso em você zangado!- vejo a garota revirar os olhos com o apelido que eu a chamava.
— Eita, apanhou na rua foi Jungkook?- Pergunta debochada quando me vê voltando a por o saco de ervilhas congeladas sobre o nariz.
— Isso é bem feito, deve que foi tentar mexer com alguma mulher. Já falei para você Larga de ser tão galinha garoto!
— Você é tão engraçada.- lhe lanço um sorriso amarelo e ela apenas me ignora.
— Vamos amor, preciso passar em casa Primeiro para deixar umas coisas lá.- volta sua atenção para o namorado que logo chega até a Garota, dando um beijo em sua bochecha.
— Aonde vocês vão?- pergunto curioso.
— Na casa da Lala e do Jin Hyung, vamos jantar juntos em casal.- Taehyung me responde.
— Se quiser ir, leve o Yeontan de par, assim você não fica sozinho Jungkook.- Alyssa fala em deboche enquanto Taehyung a abraçava por trás, achando graça na zoação de sua querida Namorada com a minha cara.
— Nossa Aly, alguém já te disse o quão você é hilária?
— Eu sei, mas não dou autógrafos não. Tchau Jungkook!
— Mas sério cara, se quiser, aparecer lá.- meu amigo convida antes de seguir sua namorada.
Deixo outra risada escapar, quando escuto os dois discutindo de novo na sala antes de saírem do apartamento. Balanço a cabeça achando graça nos meus amigos. O pior, era que até o Yeontan estava influenciado nessas discussões. Quantas vezes já peguei Alyssa e Taehyung em uma discussão sobre o preço do iogurte e o Cachorrinho tava lá resmungando junto.
Por fim me levanto e olho em meu relógio, já se passavam das seis da tarde e eu precisava de um bom banho relaxante. Me levanto da bancada, sentindo menas dor no nariz e sigo o rumo de meu quarto. Enquanto estou passando pela sala, tiro logo minha camiseta e começo a abrir o cinto. Termino de tirar minha roupa em meu quarto e pego apenas uma toalha indo logo para o banheiro.
Quando as primeiras gotas de água se chocam com minha pele, deixo meu corpo relaxar. Começo a lembrar outra vez da briga de mais cedo, agora eu estava mais calmo e as lembranças das palavras de He-Sook sobre minha mãe, me faz fechar os punhos em raiva na mesma hora. Não era segredo nenhum para mim, que meus parentes por parte da família do meu pai, não gostavam da minha mãe. Mas por conta do meu avô, eles não falavam nada sobre meus pais em minha frente.
Já faziam quinze anos desde o acidente de carro que havia acabado com minha família. Eu tinha apenas dez anos naquele tempo, mas me lembro de como tudo aconteceu. Estávamos voltando do rancho do meu avô, meus pais entraram em uma discussão por conta das fofocas entre meus familiares por causa da minha mãe. Eles não a aceitavam, por conta de que a mesma vinha de família humilde. Para eles, minha mãe era apenas uma golpista atrás do dinheiro do meu pai.
Apesar do que meus parentes diziam, meu avô não era como eles. O que só fazia meus tios se revoltarem mais, já que era bem óbvio a preferência do meu avô para que meus pais assumissem as empresas. Mas isso nunca chegou a acontecer, já que em uma noite tempestuosa, o carro do meu pai se chocou com um caminhão carregado de madeiras. Me lembro de uma dor forte em minhas costelas e logo em seguida acordei em uma cama de hospital, mas meus pais não tiveram essa mesma sorte.
Então fui morar com meus avós, duas pessoas incríveis que sempre me deram amor. Mas cresci sendo uma criança órfã, sem saber como era ter os pais orgulhosos em cada pequeno momento de conquista da minha vida. Quando fiz dezoito anos, decidi sair de casa, queria ter um lugar só para mim. Morei por um bom tempo sozinho, mas isso acabou me deixando mais solitário ainda. Então um dia conheci Taehyung em um bar, novo na cidade, sem ter onde morar. Posso dizer que foi meio loucura trazer um desconhecido para casa, mas não me arrependo disso, pois eu havia acabado de ganhar um irmão.
Fechos meus olhos fortes, tentando afastar aquelas lágrimas de meus olhos. Precisava sair! Não iria aguentar ficar em casa, sentado, me afundando em uma tristeza.
Desligo o chuveiro e me apresso a sair do banheiro. Quando já estou no meu quarto, olho outra vez as horas. Já estava perto das oito da noite, pelo visto Acabei me enrolando muito no banheiro. Escolho uma roupa qualquer em meu guarda roupa decidido a sair para relaxar um pouco. Antes de sair de casa, vou até a cozinha, pegando uma maçã e a chave da minha moto. Só esperava que essa noite conseguisse me distrair um pouco.
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Oi gente bonitaaaa
Eu sei, ficou depre esse Capítulo 🤧
Mas eu preciso contar a história de vida do menino Jeon né kskksk
Inté o próximo ♥️
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