Perdoe-me por tudo
Megan
— Mãe?
— Olá meu amor.- A voz de minha mãe soou doce e serena, diferente da minha que soara um pouco mais trêmula que o normal.
— Aconteceu mãe.- ouvi um breve silêncio.
— O qué aconteceu Megan?.- Quase me joguei na cama.
— A velá, Salém, essa coisa toda de bruxas. Oque e isso mãe? Oque há de errado comigo?- falei enquanto algumas lágrimas cairão involuntariamente sobre minhas bochechas.
— Calma Megan, tudo vai ficar bem querida.- Outra vez o silêncio.- Irei lhe encontrar meu amor. Lhe contarei tudo com mais calma.- Do outro lado da linha ouvi alguém falar algo.- Megan me escute, Você precisa aguentar isso querida. Seus irmãos irão para a escola na semana que vem e as coisas estão bastantes agitadas na empresa. Mas assim que as coisas se acalmarem eu irei vela e lhe explicarei
Então a linha ficou muda.
Passei a mão pelo rosto úmido e arremecei o celular sobre a cama. Aquela não era minha mãe, minha mãe pegaria o primeiro vôo que visse e viria aqui, Seria a mãe protetora que tem sido em toda minha vida.
"Talvez ela ache quê isso realmente não exista, talvez tenha sido só minha cabeça."
Olhei para a vela apagada em minha cabeceira e joguei a mesma com força no pequeno lixeiro que havia ali.
Eu sou uma idiota, uma completa idiota. Como um ser humano tão inteligente como eu, pode acreditar em toda essa baboseira. O fato da vela poderia ser facilmente resolvido por um professor de química.
Me chinguei mentalmente mais uma vez e então me levantei e caminhei vagarosamente até o andar de baixo.
Elisa
Aquele egocêntrico metido a besta.
Como eu posso ser filha de alguém assim?
Que não quer se dá o trabalho nem de conhecer a própria filha.
Praticamente joguei a bicicleta na varanda de minha casa é adentrei na mesma sem aviso prévio. Olhei mais uma vez para meu joelho ralado e fiz uma careta.
Caminhei até a cozinha e avistei Megan comendo algumas torradas, ela parecia tão atormentada quanto eu.
— Não vai acreditar.- Me sentei ao seu lado na bancada e ela me olhou curiosa.- Ele está me ignorando Megan, ignorando sua própria filha.- ela Inclinou a cabeça e me olhou.
— Ele é uma idiota.- Megan Pós o cabelo atrás dá orelha.- Mas as vezes até os idiotas precisam de um tempo.
— Até você Megan.- Revirei os olhos.- Qual o bloqueio? eu sou filha dele, ele é meu pai.
— Simples como fazer torradas.- Tirou Sarro e eu rolei os olhos.
Caminhei mancando para a sala e puxei a caixa que estava escondida em um canto qualquer.
Com cuidado tirei os porta retratos dá família.
Peguei a primeira foto. Era ela, sorrindo para a câmera como sempre fazia.
Lembro me bem desse dia, estávamos no lago, eu, mamãe, Anna, Marc e vovó.
A pescaria que fazíamos todo ano.
Na foto mamãe aparecia sorridente.
Seus cabelos em um tom de caramelo quase ruivo. Os olhos brilhantes como estrelas. E o sorrindo sem dúvida algumas o mais bonito.
Depois dá foto Anna acabou pegando um peixe, não sei quem mostrava mais alegria, ela por pegar o primeiro peixe em meia hora ou Marc por finalmente ter alguns minutos de descanso.
Bom, Marc era o Marido dá mamãe, casou se com ela quando eu tinha 3 anos. Foi o pai que nunca tive, tanto para mim quanto para Anna, que veio dois anos depois do casamento.
A um ano atrás eu tinha tudo. E como num piscar de olhos, eu perdi tudo.
Eu deveria ter lembrado que ela não cairia em um truque como aquele, Mamãe me avisará três ou quatro vezes que eu não iria a festa. Mas eu estava preocapada de mais com uma festa qualquer para me preocupar com uma só viagem. Como eu fui idiota. Por uma mísera festa eu os perdi. Se eu não tivesse insistido para nós irmos para aquela viagem um dia depois, eles estariam aqui.
Me perdoe mãe. Eu nunca quis aquilo.
Diga algo mãe, eu estou desistindo, estou desmoronando. Lamento não ter dito isso antes. Lamento não lhe dizer o quanto eu te amo todos as manhãs. Lamento muito mãe, eu realmente lamento. Queria ter engolido meu orgulho,você era a pessoa que mais amo.
Senti as lágrimas sobre minha bochechas, mas um pouco e eu já estava soluçando.
A foto foi retirada de minha mão e colocada de volta na caixa. Olhei para Megan, que sem exitar me abraçou. Ela já saberá o porquê do choro.
— Liz.- Ela chamou afastando se do abraço.- Liz olhe pra mim. Sei que se sente culpada. Mas não foi sua culpa.
Megan
Liz passara toda a manhã chorando no quarto. Nem mesmo minhas palavras a vieram Cesar o choro. Não a julgo, não é nada fácil perder os pais. Uma ferida tão grande não curará tão rápido assim.
Ela me contara oque acontecerá mais cedo com Damon, despertando em mim uma irá enorme contra o mesmo.
Mesmo não querendo, eu tinha de sair.
Precisava ir em alguma biblioteca antiga.
Precisava de respostas para algumas perguntas pendentes.
Tomei um banho, me vestir e sai.
Look ↓
O sol de mais cedo desaparecera, dando lugar a nuvens cinzas que cobriam toda cidade.
Dirigi rumo ao centro dá cidade. Lá eu provavelmente acharia alguma biblioteca.
Eu me sentia mal pela Liz, a dor de perder a mãe deve ser horrível. E bom, Damon não está ajudando muito.
Saltei do carro assim que o estacionei em frente a biblioteca. O travei e caminhei até a porta. Empurrei a porta de vidro e madeira é um tilintar de sino anúncio minha chagada.
Um senhor levantou a cabeça do livro que lia e me observou.
Andei devagar até uma prateleira é fingi me enteressar em um livro qualquer, soltei um suspiro quando ele voltou sua atenção para o livro.
Com atenção, procurei oque eu precisava.
Não havia nada de novo alí, só livros antigos e inciclopedias pesadas e grossas.
Na terceira prateleira eu finalmente encontrei.
Do canto mais empoeirado eu puxei o livro de capa dura.
Observei o mesmo. Era marron e estava completamente empoeirado.
— Escolha interessante.- A voz masculina atrás de mim me fez soltar o livro no chão.
Meus batimentos cardíacos mudaram repentinamente. Me virei para observar a figura que acabara de me assustar.
Henrique Horrendous. O garoto do mercado, estava ali parado em minha frente. Ele pareceu me reconhecer.
— Precisa de ajuda?- Sua voz soará com deboche, não gostei disso.
— Não.- Puxei o livro que ele pegará do chão.- Obrigada.- Agarrei o livro sobre meus seios e caminhei com dureza até o balcão onde se encontrava o senhor. Limpei a garganta,com intuito de chamar a atenção do homem de meia idade.
— Só isso?.- O senhor indagou ajeitando os óculos sobre o rosto.
— Isso aqui também George.- Henrique interrompeu me e pôs sobre o balcão mais alguns livros.
Não bata nele Megan.
— Não. Muito obrigada.- Empurrei seus livros para o lado e suspirei irritada.
— Estou tentando te ajudar garota.- empurrou os livros de volta.
— você tem algum problema comigo?.- Perguntei impaciente.
— Está vendo Isso George? - O idoso nos olhou.- Estou tentando ajudar e como recompensa ganho grosserias.
— Está me chamando de grosseira? - o olhei e arqueei as sobrancelhas.
— Parem com isso.- O senhor ao qual se chamava George nos repreendeu.- Parecem duas crianças mimadas.
— Não se pode mas comprar livros sem ser interrompida.- Semicerrei os olhos enquanto fitava o garoto.
— Mas é muito mal agradecida mesmo.- Me olhou com desdém.- Ela não vai levar os livros George.-
Não garoto. Ninguém diz oque irei fazer.
— Vou levar.- Antes que o garoto pode-se argumentar algo George me deu a ficha dos livros.- Obrigada.- Sorri para George e tentei carregar os livros.
Sem sucesso.
— Vá Henri, ajude a garota.- George falou dando leve tapinhas nas costas de Henrique, que apenas revirara os olhos entediado.
Peguei dois livros Grossos e o segurei com firmeza passando logo pela porta a qual entrei.
Ouvi passos apressados atrás de mim.
— Trabalho de Escola?- A pergunta me pegou de surpresa.
— É, exatamente.- Abri a porta do carro. Ele riu. Me apressei em entrar no mesmo.
Estiquei os braços para pegar os livros, e de uma maneira estranha minhas mãos se embaralharao, e sorrateiramente toquei em seu braço.
Porem a única coisa senti, ou melhor, que vi. Foram imagens borradas.
Henrique, preso contra a parede. Era impossível distinguir quem o prendia.
"Você é realmente muito corajoso para sua idade garotinho."
Abri os olhos. Puxei apressada a mão com os livros e Henrique me encarou, com a boca entreaberta.
— Obrigada pela ajuda.- Fechei a porta do carro. Mas antes que pudesse sair, Henrique aproximou-se de minha janela e com um sorriso irônico no rosto disse.
— Você e uma péssima mentirosa Meg.- ergui uma sobrancelha. Quem ele pensa que para me chamar de Meg.- O ano letivo nem se quer começou.- Ele sorriu sorrateiramente.
E sem mais delongas ou explicações, caminhou novamente para dentro dá loja.
Notas finais: Oieoieieie
Cheguei, cheguei, cheguei.
Postei, postei,postei.
Comentem tem tem tem.
E votem tem tem tem.
E relevam a música bosta tá tá tá tá. Kdkdhsg
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro