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🌻TRINTA E QUATRO🌻

 Fiquei paralisada durante alguns minutos ali, nos braços dos gêmeos, que por sinal, estavam chorando agora.

 Nuvens de fumaça saiam da minha boca por causa do frio, e então ouvi um som familiar.

 Meus pais estavam vindo na minha direção, com o carro.

 Eles frearam rapidamente, e ouvi ambos descendo do veículo.

 — Emma! O que você tava pensando?! — Meu pai gritou, preocupado.

— Como você está? — Minha mãe perguntou.

 Não conseguia responder, não conseguia falar. Acho que havia perdido os sentidos durante aqueles minutos.

Os gêmeos me levantaram, e meu pai falou:

— Entrem, vamos até o hospital.

 Eliza e Jasmine entraram primeiro, em seguida os gêmeos e depois eu.

Meu pai começou a dirigir, e o caminho todo ficamos em silêncio.

 Acho que o choque foi maior do que todos os acontecimentos que qualquer um naquele carro já havia previsto.

Estávamos em uma sala toda branca: cortinas brancas, sofás brancos, cadeiras brancas.

 Nathan estava em pé, de braços cruzados, Chris estava com um dos braços em volta do ombro de Eliza, que estava sentada em uma cadeira, e Jasmine estava com as mãos no rosto, jogada no sofá.

Meus pais também estavam lá, em pé ao meu lado.

 Então, de repente, a doutora que tratava de Logan entrou.

 — Boa noite a todos. Mas imagino que de boa, ela não está sendo nem um pouco. — Ela ajeitou alguns papéis na mão. — Bom, primeiramente, meus pêsames pela perda de vocês. Sei que Logan era um garoto muito especial.

 Ninguém respondeu nada. Até que Nathan quebrou o silêncio:

 — Do que ele morreu?

 — Era por isso que justamente encaminhei vocês para esta sala. Aqui é onde eu trago os parentes de pacientes que faleceram, para lhes dar a devida explicação.

 Todos ficarem em silêncio enquanto ela falava.

 Ela respirou fundo, e começou a explicar:

— Como vocês sabem, Logan sofria de DAC, que é a doença arterial coronariana. — ela deu uma pausa. — Na madrugada de hoje, exatamente as quatro e trinta e seis, segundo o legista, ele teve um Infarto Agudo do Miocárdio, na qual significa que parte do músculo cardíaco dele, o miocárdio, não estava mais recebendo o sangue que traz oxigênio para as células. Sendo assim, sem oxigênio vem a falta de ar, em seguida uma dor intensa no peito, e por fim, a morte.

 Se eu pudesse, teria dado todo o meu oxigênio para Logan. Se eu ao menos soubesse que ele iria morrer assim...eu teria feito algo.

E parecendo que a médica leu a minha mente, ela respondeu:

— Vocês não poderiam ter feito nada em relação a sua morte. Ela foi muito súbita, a única alternativa seria ter deitado ele,  segurado sua mão, ou simplesmente tentar ter feito uma respiração boca a boca, sem sucesso obviamente. — Vendo que ninguém iria dizer nada, ela continuou. — Bom, vou deixá-los em paz. Preciso falar com os pais do falecido.

 E ela fechou a porta, nos deixando no mais súbito silêncio.

Mas Jasmine o quebrou:

 — Ataque cardíaco...que horrível.

 — Poderia ter sido pior. — Chris respondeu.

— Ele começou a perder o ar de pouco em pouco, ele tentava respirar e não conseguia. Foi sim, horrível. — Nathan encostou na parede e fechou os olhos. — Tô com dor de cabeça, vou tomar uma água.

 Então ele passou por nós, abriu a porta e saiu.

 — Quer dizer, eu sabia que poderia piorar algum momento, acho que todos nós sabíamos. Mas é um ataque cardíaco, não tínhamos como fazer absolutamente nada. — Expressou Jasmine.

 — Mesmo assim, eu teria feito qualquer coisa para ter salvo ele. — Chris se sentou ao lado de Jasmine.

 — Eu também. — Respondi, meio atordoada.

 A verdade era que eu estava de fato viajando. Pra mim era uma pegadinha, e a qualquer momento Logan iria entrar correndo por aquela sala e me abraçar, dizer que está tudo bem, e me levar pra colina dente de leão, ou à praia, para a sorveteria ou apenas para o bosque, na qual ficaríamos deitados na grama sob as estrelas.

Mas nada disso aconteceu nos próximos minutos.

A única coisa que entrou por aquela sala foi Nathan, segurando um copo em sua mão e o rosto totalmente destruído.

Meia hora depois, meus pais se pronunciaram, e disseram para irmos embora.

Eu não queria, mas eles me obrigaram a tomar um banho e beber alguma coisa quando voltássemos para casa.

 Durante esse tempo todo, eu não ouvi Eliza dizer uma única palavra.

Essa foi a única situação da minha convivência com ela em que Eliza não disse absolutamente nada.

Seu rosto estava pálido, seus olhos inchados e seu nariz todo vermelho.

 Agora ela estava com um olhar vazio e triste. Seu olhar de loucura havia se perdido em algum momento daquela noite, e sabe se lá quando e se iria voltar um dia.

 Isso me deu calafrios, e ao passar por ela, senti ela segurar minha mão.

 E durante toda a viagem, sua mão estava junto a minha, fria e rígida.

    Dia seguinte, 10:30.

O velório era silencioso. Todos estavam em pé, e um padre falava sob o caixão de Logan.

 Naquele dia eu estava vestindo roupas todas pretas: vestido, meias calças, botas e luvas.

 No meu rosto haviam olheiras profundas, e meu cabelo não estava muito penteado.

 Eu não olhava diretamente para o padre, nem para Logan. Meu olhar estava fixo nos meus pés.

 Havia neve nas botas. Mas eu não sentia o frio.

 Não queria olhar para Logan de novo. Já havia o visto: pálido, olhos fechados, vestia um terno, mas seu coração já não batia mais.

Na noite passada todos ficaram na minha casa, e ficamos acordados. Ninguém tinha conseguido dormir.

 Os pais de Logan estavam na primeira fileira. A mãe dele estava chorando baixinho, mas seu pai estava paralisado, olhando para o caixão.

 Eu o entendia. Eu também não conseguia acreditar, não conseguia sentir.

 Desde ontem, o tempo todo em que fiquei calada, eu tentava me deixar sentir algo, tentava chorar mais, ou até me culpar, mas eu não conseguia.

 E ainda não consigo.

Mais cedo, eu havia me aproximado do caixão. Pude tocar suas mãos, seu rosto, beijá-lo na testa. Mas nada disso foi o suficiente para que eu me deixasse levar pela tristeza de nunca mais poder tocá-lo. A última vez seria ali, num caixão, num corpo já sem vida.

 Todos estavam lá: meus pais, os gêmeos, Eliza e Jasmine. Até Noah e Brody estavam.

 Eu suspirei.

 Eu me sentia vazia. Incompleta.

 Horas depois, era o momento da despedida.

 Todos jogaram flores sob o caixão, que era baixado lentamente até encostar na terra.

 Eu joguei um girassol, o mais bonito que eu consegui em uma floricultura ali perto.

 A terra foi jogada por cima, e foda ficaram ali, por instantes, até um por um começar a ir embora.

 Eu fiquei. Fiquei até o último minuto.

 Meus pais perguntaram se eu queria voltar com eles, mas eu disse que não.

Os gêmeos e as meninas foram embora, um de cada vez, depois de me abraçarem e me reconfortar.

 Até seus pais haviam ido embora.

 O sol já estava se pondo, e eu continuava no cemitério.

 Até que eu ouço um barulho. Um galho se quebrando.

 Olho para trás, e vejo uma silhueta atrás de uma árvore.

— Quem é? — Perguntei.

 Uma garota de cabelos loiros, olhos verdes mais claros que os meus e roupas pretas saiu por de trás da árvore.

Era Chloe, a garota que era obcecada pelo Logan.

 Uma fúria tomou o meu corpo.

— Escuta aqui, Chloe. Se você veio até aqui só para esfregar na minha cara que eu estou sozinha, ou que eu lancei uma maldição no Logan para ele estar morto ou algo assim...

— Não! Não é isso... — Ela se aproximou de mim. — Eu... olha...

 Ela ficou me olhando, talvez esperando que eu fosse brigar com ela ou algo assim.

 Eu a encarei, buscando respostas.

— Desculpe. Apenas isso, apenas me desculpe pelo que eu fiz, por tudo. — Ela segurou minhas mãos. — E eu sinto muito por ele. Não fazia ideia de que ele tinha uma doença. Eu... — Então ela começou a chorar. — Eu me sinto péssima, p-porque ele morreu e eu não pude dizer desculpas a ele, nem que eu me arrependo por ficar no pé dele a todo momento...

Eu a abracei, e então ela desabou.

 Pelo menos ela estava sentindo alguma coisa.

— Não era pra ele estar aqui, enterrado a sete palmos do chão, eu sinto muito Emma, eu sinto muito mesmo...

Eu a retirei do meu abraço e segurei seus ombros, dizendo:

— Tá tudo bem, Chloe. Eu te perdôo, e tenho certeza de que se Logan estivesse vivo ele também te perdoaria. — Eu olhei em seus olhos. — E não podíamos ter feito nada em relação a sua morte. Além do mais, funerais são para pessoas vivas, e não para as mortas.

Quando eu disse aquilo, me toquei de que eu iria desabar depois, assim como a Chloe.

 Não um depois próximo, um distante. Depois de eu sair do cemitério, depois de caminhar até a minha casa, e até logo depois de eu entrar no meu quarto e fechar a porta.

 Era onde eu estava naquele momento.

 Meu coração palpitava, e parecia que ele iria explodir.

 Meu corpo tremia enquanto as lágrimas saíam desesperadamente dos meus olhos, e os meus joelhos dobravam instantaneamente, até desabarem no chão frio e gelado do meu quarto.

 Eu chorava tanto que parecia que não havia fim, e eu me perguntava se a quantidade de água que saía do meu corpo naquele momento era o tamanho da minha dor.

E então eu me dobrava cada vez mais, até estar em posição fetal no chão.

 Meus olhos se fecharam, e em seguida meus sentidos começaram a se perder em meio a enorme escuridão que tomava conta de mim.

 Será que aquela era a minha dor?

 No dia seguinte eu estava sentada à mesa com os meus pais, tomando o café da manhã.

 Bom, pelo menos eles sim, pois eu apenas cutucava com o garfo os ovos mexidos no meu prato, e tinha dado apenas um gole no suco de laranja.

Eu percebia que eles se entre olhavam a todo momento, mas quando eu olhava para eles, ambos bebiam sua xícara de café e disfarçavam. Até que minha mãe disse:

— Emma, por favor, coma alguma coisa. Faz horas que você não come nada!

Eu olhei pra ela com muita calma, e respondi:

— Eu não tô com fome. Vocês sabem disso.

 — Emma. — Meu pai abaixou sua xícara, colocando-a sob a mesa. — Nós entendemos que você esteja triste, além do mais, Logan era seu namorado. Mas preciso que você cuide da sua saúde, ou poderá acabar como...

Mas nesse momento, alguém bateu na porta. E ainda bem, pois não queria ouvir meu pai terminar a frase.

 Eu me levantei rapidamente, e a abri.

 Os gêmeos, Eliza e Jasmine se encontravam cara a cara comigo, todos com rostos tristes e noites mal dormidas.

 — Oi, a gente pode entrar? — Jasmine perguntou rapidamente.

 Foi uma pergunta bem direta, mas mesmo assim, os deixei, indo para o lado para todos eles passarem.

 Meus pais os cumprimentaram, e em seguida levei-os para o meu quarto.

  — Você também recebeu uma? — Eliza perguntou, se sentando na minha cama, enquanto eu fechava a porta.

 Todos logo se acomodaram, e então percebi que havia algo na mão de cada um.

— Recebi o que exatamente?

 Agora eles me olhavam fixamente.

Chris quebrou o gelo:

 — A carta. Ele...bom, Logan deixou uma carta para cada um de nós. — Ele estendeu a dele para mim.

 Olhei para ela, e dela para Chris novamente, sem entender nada.

— Não, eu não recebi nada.

— Acho que a mãe de Logan ainda não deu a sua para você. — Disse Nathan.

 — Não, acho que se fosse para Emma receber uma, a mãe dele teria dado para nós a carta dela. — Jasmine interveio.

 Eliza suspirou, colocando uma bala de canela na boca.

— Talvez ela queira dar a carta pessoalmente.

 — Uau Eliza, é a primeira vez que eu te vejo comendo doce de novo. — Jasmine cruzou os braços.

— Eu como bala de canela quando estou triste. — Ela respondeu.

 — Isso não vem ao caso! — Exclamei. — Por que vocês todos receberam uma carta do Logan e eu não?

Silêncio completo.

 — Por isso viemos aqui, Emma. Pra saber como você está e se você recebeu a carta. Íamos ler a nossa em voz alta, pelo menos  algumas partes para cada um. — Jasmine se aproximou e segurou minhas mãos. Elas estavam geladas.

 — Eu não entendo...

 Eu me afastei, olhando para o chão, pensativa.

Como assim? Por que eu, a namorada dele, não recebi nada?

Eu só pensava em uma coisa: ir até a casa do Logan.


 Minutos depois, os gêmeos, Eliza e Jasmine foram embora a pedido meu. Disse que eu encontraria eles depois, ou ligaria.

Falei aos meus pais que iria dar uma volta.

E então, caminhei rumo a casa em que fui tantas vezes para vê-lo, sorridente, confiante e feliz ao meu lado.

E que agora estava vazia, sem ele ali dentro.

    Capítulo 34 concluído ✓
   Capítulo 35 🔽

  
  

  

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