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🌻DEZOITO🌻

  

Logan

 Assim que terminei de tomar banho, me troquei, escovei os dentes e abri a porta. Quando a empurrei, me deparei com Candy sentada de frente para mim, abanando o rabo peludo.

 Me agachei e acariciei atrás de suas orelhas, na qual ela levantou mais ainda a cabeça.

 Estava totalmente aliviado depois dessa, pois não sabia exatamente como lidar com toda aquela situação. Lá embaixo, quando Emma foi tomar banho, respirei fundo e tentei relaxar o máximo possível, para causar uma boa impressão.

Agora a água morna tinha relaxado mais ainda a tensão, me senti relaxado.

 Caminhei pelo corredor até o quarto de Emma, e bati na porta.

 Ela abriu imediatamente, jogando alguma coisa pro outro lado do quarto no mesmo instante que me viu, fazendo um baque surdo no chão.

 Ela me olhou, tentando disfarçar para eu não ver o que ela havia jogado, mas não obteve sucesso.

 — Emma, o que você jogou ali? — Perguntei, olhando naquela direção.

Ela tampou minha visão, se colocando na minha frente, respondendo:

 — Não era nada...apenas um...ahn...um par de meias.

 Olhei cético para ela, e então andei rapidamente até lá.

 Ela tentou me impedir, agarrando minha mão, mas não conseguiu, pois eu já havia pulado por cima de sua mochila (cuja as coisas estavam expostas) e agarrei o tubo de álcool em gel que ela havia jogado.

 Olhei para ela, com reprovação, e Emma mordeu o lábio inferior.

 Reparei algo azul em suas mãos, e estendi a minha, pedindo:

 — Emma...me dá esse lenço.

— Como você sabe que é um lenço? — Ela perguntou, o escondendo mais ainda atrás de suas costas.

Eu sabia que era, pelo simples fato de suas coisas estarem abertas sobre o chão, e ela ter jogado o tubo para longe assim que me viu: ela não queria admitir que ainda estava com aquela mania absurda de limpeza completa.

 — Porque eu te conheço. Sei como você é, então me dê esse lenço, Emma. — Balancei minha mão, suspirando. — Não precisa limpar todo objeto que você utiliza...

 — Nem organizá-los do menor para o maior? — Ela me lançou um olhar de súplica, mas mantive minha posição.

 — Não. Não deve. — Neguei.

 — Bom, e colocá-los numa escala de cores  primárias, secundárias e terciárias? — Ela fez um beicinho, mas me contive.

 — Emma, como seu namorado, devo te dizer que não, por favor, entenda isso! Você não precisa ficar organizando as coisas assim, é muito obsessivo. — Me aproximei dela, e devagar retirei o lenço azul de sua mão.

 Ela me olhou com raiva,  mas logo em seguida se recuperou e respirou fundo para não gritar comigo.

— Só não listo as consequências de não se limpar os objetos que você utilizou num certo local, com grandes quantidades de sujeira — ela suspirou depois da longuíssima frase — porque meus pais já devem estar dormindo. Porque se não estivessem, eu gritaria essa lista em seu ouvido...

— É, eu não duvido do que você pode fazer quando se está com raiva. Só não estoure os meus tímpanos, vou precisar deles durante todo o resto da minha vida. — Revidei, calmamente.

Ela arqueou as sobrancelhas, e então foi caminhando até a porta, abrindo-a novamente e apontando para fora, dizendo:

 — Boa noite, pode ir.

 Eu dei um risinho entre os lábios, e andei até ela.

 — Não vou ganhar nem um beijo de boa noite? — Encarei Emma, ainda com o sorriso nos lábios, duvidoso.

 Ela enrubeceu novamente, mas dessa vez com a boca contraída num sorriso discreto.

— Estou brincando. Sei que você precisa de um tempo para se acostumar com toda essa coisa de relacionamento, e eu também preciso. Vamos nos ajudar então. — Aproximei minha cabeça próximo a dela, nossa respiração calma perto um do outro. — Boa noite Emma. — Dei um beijo rápido em sua bochecha, me afastando, mas em outro movimento repentino, ela puxou minha camiseta e me deu um beijo (mais rápido do que o meu, por sinal) no mesmo lugar que eu a dei.

— Boa noite Logan. — Ela respondeu, limpando a garganta.

— Já começamos bem! — Eu sorri, e fui saindo de seu quarto.

 Assim que cheguei no pé da escada, não a ouvi fechando a porta do seu quarto, talvez tenha a deixado entreaberta.

 Quando meus pés descalços encostaram no tapete da sala, pude notar minhas bagagens num canto, enquanto no sofá haviam um lençol branco e um cobertor violeta, com um travesseiro e várias almofadas vermelhas em volta.

Quando ia me deitar, escutei algo  vibrando dentro da minha mochila, e me aproximei, abrindo o zíper e retirando de lá meu celular, com cinco chamadas perdidas da minha mãe e quatro do meu pai.

 Durante toda aquela empolgação, me esqueci completamente de avisar meus pais que iria dormir aqui.

 Deslizei para aceitar a chamada e atendi.

Sua voz mansa logo veio, mas dessa vez num tom preocupada:

 — Logan Patterson, onde você está a essa hora da noite?! — Ou pior, irritada. Toda vez que ela está assim (O que é raro) ela me chama pelo nome e sobrenome — Te liguei cinco vezes e só na sexta vez você me atende! Tentei ligar para Nathan, mas ele não atendeu, para Christian a mesma coisa! Quero suas explicações.

 — Calma mãe, eu estou bem. Deu tudo certo, Emma aceitou meu pedido de namoro, mas houve um problema no caminho de volta, porque o pneu do carro acabou estourando na estrada, então Noah deu um jeito de conseguir outro para irmos embora. — Falei, tentando explicar o mais rápido possível. — Mas então, como você deve ter notado, começou a chover, então tive que ficar na casa da Emma, assim aproveitei e conversei com os pais dela, jantei, e agora vou dormir aqui.

 Houve um ruído do outro lado da linha. Não sei se foi por causa da chuva que ainda caía furiosamente lá fora, ou se foi um dos animais que minha mãe tinha trazido dessa vez. Ou, poderia ser os dentes dela rangendo de raiva.  

 Ela não tinha opções de não me deixar dormir aqui. E ela sabia disso, pois respirou fundo e concordou:

 — Está bem. Não quero que você falte no colégio amanhã, está me ouvindo? Vou pedir para os gêmeos passarem aí, então você pode ir com eles. — Mais um ruído novamente — Quieto Billy...

 — Billy? — Indaguei, curioso para o outro animal que ela estava cuidando.

— É um coelho anão. Está com problemas digestivos, então o levei para cá em observação durante alguns dias. Vou verificar o apetite dele, comportamento e fezes. — Mais um ruído. — Tenho que ir, se comporte ai...

— Você sabe que sim. Boa noite, mãe. — Respondi.

 Desliguei o celular, e o coloquei perto da televisão, andando logo em seguida para o sofá e me deitando no mesmo.

 Virei para o lado da janela, me cobrindo com o lençol e o cobertor (ambos tinham o cheiro da Emma) e observei a chuva pingar várias e várias vezes no vidro. 

 Se passaram 20 minutos mais ou menos, e quando estava quase fechando os meus olhos, a voz que eu tanto reconheço sussurrou próximo a mim:

 — Oi.

 Levantei minha cabeça, juntamente dos dos meus olhos inchados, e a observei na penumbra, até minha visão se acostumar com a escuridão.

 — Oi. — Sussurrei de volta.

 Sem dizer nada, ela se sentou no tapete, com as pernas juntas ao corpo, apoiando a cabeça no sofá onde eu estava e olhando as ferozes gotas de chuva escorrendo pela janela.

 O silêncio reinava, e aquele silêncio, eu percebi, era tão bom que tudo ao redor parecia não existir, como se estivéssemos sozinhos no subconsciente, vazio.

 — Não consegui dormir. — Ela sussurrou.

 Continuei a observando, enquanto ela olhava a chuva, e reparei que ela havia trazido consigo a caixa branca de pensamentos que eu tinha dado a ela.

 — Você colocou algo aí dentro? — Perguntei.

 Emma balançou a caixa, vazia, e em seguida tirou a tampa com a aba, e a abriu. Em suas mãos ela tinha o girassol que eu tinha colocado em seu cabelo no dia do nosso primeiro beijo, no dia em que ela correu para casa e bebeu álcool em gel. E na outra, um rolo de fita adesiva.

Ela me olhou, e mesmo naquela escuridão, eu podia enxergar seus olhos que sempre me encantaram. Algumas pessoas dizem que se você realmente ama alguém, sempre terá um detalhe nela que te deixará encantado, seja o sorriso, as risadas, ou até mesmo a voz. Pois bem, o que mais me deixava assim nela, eram os seus olhos. Não porque eles eram verdes, também, mas sim pelo que eles demonstram, e eles sempre demonstraram confiança para mim, na qual ela a depositou para que eu a ajudasse, e em consequência, acabei me apaixonando. E ela também.

 — Uau, você o guardou? — Perguntei.

 — Sim, sempre o guardei. Na verdade, eu o deixei no batente da minha janela todos os dias, para que ele ficasse exposto ao sol e não morresse. — Emma respondeu.

 Escorreguei do sofá e me sentei ao seu lado, puxando o cobertor violeta e cobrindo nós dois como uma manta.

 Ela pegou um pedaço de fita adesiva, e grudou no talo do girassol, colando-o na tampa da caixa.

 — Ah, entendi, você vai deixar a caixa exposta ao sol, porque se você guardar o girassol aí dentro, ele irá morrer. — Deduzi, a observando.

 — Exatamente. — Ela confirmou. — O que podemos guardar aí para representar começo do nosso namoro?

Pensei um pouco. Este dia foi marcante por causa da chuva, sem ela, eu não estaria aqui agora.

 — Emma, você deve ter milhões de tubos de álcool em gel portáteis não é? Daqueles pequenos que você sempre leva. — Perguntei, num sussurro.

— Sim, por que? — Ela perguntou, já se levantando.

 — Você vai ver. Pode ir lá pegar?

 Ela confirmou positivamente com a cabeça, e subiu as escadas para o seu quarto. Segundos depois ela voltou, com o mesmo tubo.

 — Aqui está. — Ela me entregou o tubo, então me levantei do tapete, jogando o cobertor no sofá, e caminhei decididamente até a cozinha. Tirei a tampinha e comecei a despejar todo o álcool em gel na pia, com Emma me olhando horrorizada.

 — Por que você fez isso?! — Ela exclamou, um pouco alto demais, e quando percebeu que gritou, colocou as mãos sobre a boca e me olhou com raiva.

 Assim que o tubo estava completamente vazio, fui até a sala e abri a janela.

 — Eu vou colocar um pouco de chuva aqui dentro, para guardarmos na caixa. — Respondi.

 Sua expressão mudou de raiva para alegria, e então ela subiu as escadas para o seu quarto.

 Continuei enchendo o tubo com água, até que ele ficou completamente cheio e eu o tampei.

 Emma voltou, segurando em suas mãos uma canetinha preta e um adesivo branco.

Me aproximei dela com o tubo de chuva, e ela o pegou da minha mão, se sentando novamente no tapete. Peguei dessa vez o lençol, e coloquei sobre nossas cabeças, formando uma "cabana".

 Agora surgiam raios do lado de fora, que formavam flashes de luzes sobre o lençol.

 Emma destampou a canetinha, colou o adesivo no tubo e começou a escrever algo nele. Não conseguia ler direito por causa da escuridão que se seguia na sala, mas então outro raio se formou, e com o flash pude ver que se lia "gotas de amor ".

 — É apenas uma referência a hoje. — Emma explicou.

 Eu assenti com a cabeça, sorrindo, e colocamos o tubo dentro da caixa, fechando-a logo em seguida.

 Olhamos um para o outro, e um raio surgiu novamente, reluzindo os flashes. Um toque de celular começou a tocar, vindo lá de cima. Emma rapidamente reconheceu que era o dela e saiu debaixo do lençol, subindo as escadas.

Um minuto se passou, e ela voltou, jogando o lençol sobre sua cabeça novamente e ligando o celular.

 — Era a Eliza. — Emma respondeu.

— Ahn? A essa hora? O que ela queria? — Perguntei, chegando mais perto dela e olhando para o celular, que agora reluzia nossas sombras e deixavam nossos rostos fantasmagóricos a luz.

 — Ela mandou uma foto, olha. — Emma estendeu o celular para mim, mostrando uma foto na qual Eliza e Noah estavam juntos abraçados num cobertor, e a legenda "vocês não são os únicos que estão juntos na mesma noite, haha" .

Hum, Daisy não deve ter acordado ainda, não é? Aí eles aproveitaram para dormirem juntos talvez? — Emma deduziu.

 — É, do jeito que Eliza é louca, deve ter arranjado uma desculpa para os pais dela e ter dormido na casa do Noah. — Com certeza deve ter sido isso.

 — Sim, tem razão. Amanhã você pode perguntar a ela. — Emma se ajeitou no lençol e desligou o celular.

— Hum...ei, posso perguntar uma coisa Emma? — Perguntei.

 — Pode.

— Você já tentou ir a algum colégio, não é?

 Ela ficou em silêncio durante alguns segundos, e me perguntei se deveria ter perguntado aquilo.

 Até que ela respondeu, respirando fundo:

— Desde criança, quando eu estava no primeiro ano, sempre soube que nunca iria conseguir frequentar alguma escola, porque a todo lugar, todo objeto, toda coisa... — Ela estremeceu — Tudo estaria sujo ou desorganizado, as pessoas então iriam caçoar de mim, pois eu iria ficar com...hum...como posso dizer? Medo de tudo ao meu redor.

 — Mas você apenas deduz isso, porque não tenta ir algum dia? — Ofereci.

— Não dá Logan, sem chance nenhuma, mesmo que eu esteja com você por perto. — Ela olhou para o tapete, e em seguida bocejou — Acho melhor eu ir dormir. Você também.

 — Ah, certo. Boa noite de novo. — Dei um abraço nela, me levantando.

 Ela pegou a caixa e o celular, e então subiu as escadas.

 Dessa vez, antes de me deitar no sofá, pude ouvir Emma fechando a porta, e então repousei minha cabeça no travesseiro, pensando que se as pessoas fossem elementos da natureza, ela seria a chuva tempestuosa lá fora, e eu, os girassóis que eram movidos pela força da tempestade nos jardins.

    Capítulo 18 concluído ✔
   Capítulo 19 ⬇️

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