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🌻DEZENOVE🌻

  

Logan

 A primeira coisa que escutei ao abrir os meus olhos, foram latidos. Fiquei sentado no sofá, com várias almofadas ao meu redor e o cobertor violeta sobre meus  ombros.

Candy apoiou suas patas nas almofadas, e começou a me cheirar. Eu deveria estar com o cheiro da Emma agora, por causa do lençol e do cobertor.

 Assim que coloquei os pés no tapete (o cabelo incrivelmente bagunçado) passos começaram a descer as escadas. Olhei em direção ao corredor, e pra minha sorte, era Emma.

 Ela usava um vestido bege, meia-calça preta e botas da mesma cor. Sobre seus ombros e braços, um cardigã marrom. Seus cabelos continuavam soltos e ela sorria para mim.

 — Bom dia. Se você não se levantar agora, acho que perderá o horário. — Ela disse.

  Dei um grande bocejo e esfreguei os meus olhos. Fico meio lerdo quando acordo, então me levantei e fiquei a encarando, com os olhos inchados e os ombros curvados.

 Ela arqueou as sobrancelhas e riu, dizendo:

 — Minha mãe saiu hoje de manhã para o trabalho, e meu pai não saiu do quarto até agora, hoje é sua folga, então ele vai aproveitar para dormir o dia inteiro. — Emma caminhou até mim, mas então atravessou a sala indo até a cozinha, fazendo com que Candy a seguisse. — Vamos tomar café, acabei de levantar também.

— Okay. — Consegui responder, com a voz rouca.

 Segui ela, e fiquei de pé vendo-a abrir a geladeira e tirar de lá um vidro com pasta de amendoim e outro com geléia.

— Você gosta com os dois ou com um só? — Ela perguntou.

— O que? — Balbuciei, quase tropeçando ao andar até ela.

 — Seu sanduíche. — Ela apontou para um saco de pão de forma e os dois vidros. — Que lerdeza, Logan.

 Ela começou a rir, e depois começou a preparar o seu sanduíche.

  — Faça você mesmo então. — Respondeu.

Assenti com a cabeça, peguei a espátula e as fatias de pão e comecei a passar os dois cremes. Juntei as duas e encaminhei o sanduíche até minha boca, mastigando bem lentamente.

Enquanto comíamos, tentei me manter acordado, e raciocinar o que estava acontecendo.

  Sempre que eu acordo pareço uma preguiça, e digo sim pra tudo que me pedirem, pois parece que meu cérebro ainda está desligado de alguma maneira.

 A não ser que eu esteja atrasado.

— Então... — Emma começou, mastigando o último pedaço e engolindo o mesmo. — O que você vai fazer hoje depois da aula?

 Antes que eu pudesse responder que não faria nada, a campainha tocou.

 — Eu atendo. — Ela se ofereceu. — Vá se trocar, acho que não vai dar tempo de você tomar um banho...

 Coloquei todo o resto do sanduíche na boca e fui até as escadas, apressado. Tinha certeza de que eram Chris e Nath.

 Mas então, me lembrei que minhas coisas estavam lá embaixo, e desci de novo para pegar algumas roupas limpas.

 No último degrau acabei tropeçando e cai de barriga no chão.

— Você é muito desastrado. — Emma passou por mim e abriu a porta.

Levantei meus olhos para as duas pessoas que ali estavam, enquanto eu me apoiava na parede e me recompunha.

Como já havia esperado, eram os gêmeos, e eles conversavam com a Emma.

 Tentei subir as escadas o mais rápido que pude, e fui até a porta mais próxima e a fechei.

 Era o quarto de Emma, mas não tinha tempo de ir a outro cômodo, comecei a me trocar ali mesmo.

 Eu deveria estar com mau hálito, mas não tinha importância, pediria uma bala de menta para Eliza quando chegasse ao colégio.

 Tirei a camiseta e a calça, ficando apenas de cueca, e peguei uma camiseta preta que havia pegado, junto com um casaco.

 Mas antes que pudesse a vestir, a porta abriu.

— Logan, anda logo você... — Emma começou a falar, mas assim que me viu arregalou os olhos e os tampou com as mãos. — Ah...é...Hum...Eu vou estar lá embaixo! — E saiu correndo.

 Minhas bochechas coraram levemente, e eu tinha certeza de que Emma deveria estar completamente vermelha.

 Depois dessa, me vesti rapidamente, peguei as roupas que eu havia dormido, abri a porta do quarto e desci.

Os gêmeos estavam na sala. Chris acariciava Candy, e Nathan comia um sanduíche de geléia, pois era alérgico a amendoim.

 — Atrasado de novo Logan. — Ele afirmou, com a boca cheia.

Revirei os olhos e guardei a roupa dentro da bolsa. Peguei um desodorante e comecei a espirrar debaixo do braço.

Emma estava bebendo água na cozinha, desviando o olhar de mim.

 Chris analisou a sala, e elogiou Emma:

 — Casa legal, Emma.

— Obrigada. — Ela respondeu, despejando o resto da água do copo na pia.

 Assim que Nathan engoliu o último pedaço, ele começou a se despedir:

— Bom, vamos logo Logan, sua mãe vai ficar furiosa quando descobrir que estamos atrasados. Tchau Emma!

 Chris também se levantou, e os dois deram um abraço duplo nela.

 Emma caminhou até a porta apressadamente, e a abriu.

— Tchau, Emma! — Exclamei, pegando minha mochila e a bolsa.
 
— Hum...tchau! — Ela ficou corada novamente, e me deu um abraço rápido.

 Assim que saímos de sua casa, pude notar o quão nublado o dia estava.

 Nenhuma luz do sol estava sobre a rua, nenhum passarinho voando e muito menos flores nos arbustos dos quintais das casas.

 Comecei imediatamente ficar com frio, e estremeci embaixo do casaco.

 — Está frio não é? — Nathan perguntou, colocando as mãos dentro dos bolsos da blusa laranja.

 — Aham... — Chris resmungou, digitando apressadamente no celular.

Não respondi, além de eu estar com mau hálito, também estava morrendo de sono.

Mas então, me despertei a partir do momento que notei a falta da minha mochila com os meus cadernos e livros escolares.

— E minha mochila?! — Exclamei, olhando para os gêmeos a procura de alguma resposta.

 Eles se entre olharam e começaram a rir. Chris jogou bruscamente algo para mim. Era minha mochila.

— Você está com tanto sono que nem notou que estávamos segurando ela pra você, lerdo. — Nath disse, entre risos.

 — Parem de me chamar de lerdo! Já não basta a Emma... — Enrubesci.

 — Falando nisso...Vamos dormir na sua casa hoje. — Chris olhou para Nathan, e eles mostraram a mochila deles um pouco mais cheia do que o normal.

 — Espera, o que?! Hoje? Depois da aula? Mas por que?

— Nossos pais vão visitar nossa avó, e nós não queremos ir. — Nathan começou a explicar.

 Então Chris continuou, digitando no celular:

 — Sim, ela é praticamente uma velha dos gatos, sempre espirramos um monte quando vamos para lá.

— Vocês falaram para minha mãe, certo? — Perguntei, pois ela já estava brava o suficiente comigo.

 — Não precisamos perguntar, dormimos na sua casa desde sempre, o que deu em você? — Chris perguntou.

 Não respondi. Apenas continuei caminhando com eles, torcendo para que minha mãe não me matasse.

  Assim que chegamos em frente ao colégio, Jasmine estava batendo o pé no chão, furiosa.

— Por que demoraram tanto?! Estamos atrasados pra aula de geografia! Andem logo! — Ela gritou, puxando o braço de Nathan.

 — Calma, preciso ver a Eliza antes, cadê ela? — Perguntei, olhando ao redor a procurando.

 — Se eu fosse você a deixaria em paz, ela não para de falar sobre anime... — Jasmine revirou os olhos e bufou.

 — Ahn? Anime? O que deu nela agora? — Chris agora tinha desligado o celular e também procurava por ela.

 Mas nem precisamos ir atrás dela, pois ela pulou em cima das costas de Chris minutos depois.

 — Oi, onii-chan! — Ela exclamou, se equilibrando no chão em seguida.

 — O que é onii-chan? — Chris perguntou.

— Irmão. — Ela respondeu, estourando uma bolha de chiclete.

 — Mas vocês não são irmãos, Eliza. — Jasmine a corrigiu.

— Mas parecemos, andamos sempre juntos. — Ela respondeu, cruzando os braços.

— Tanto faz, vamos logo para a aula! Não quero levar falta... — Jasmine voltou a puxar o braço de Nathan, e fomos caminhando pelo corredor, já quase vazio.

 — Eliza! Preciso de uma bala de menta, urgente. — Exclamei.

 Ela se virou, e me entregou uma, na qual eu tirei a embalagem e coloquei imediatamente na boca.

— Valeu. — Agradeci. — Aliás, como foi que você conseguiu ficar a noite toda com o Noah?

— Ei! Fale baixo, Daisy não sabe disso. — Ela cochichou, ficando lado a lado comigo. — Eu disse pra minha mãe que iria ficar na casa da Jasmine, mas então fiquei na garagem da casa do Noah.

— Ahn? Na garagem? Mas vocês estavam deitados num sofá...

 — Sim, você sabe...Ele Hum...mora bem. Na garagem tinha um sofá, cobertores, e alguns instrumentos. Esqueceu que ele tem uma banda de garagem? — Ela explicou, ainda cochichando. Aquela cobra podia estar na espreita de Eliza.

 — Ah, certo, entendi. Espera, mas como é que você conseguiu trazer sua mochila com suas coisas e... — Mas não deu tempo de eu terminar a frase, pois já havíamos entrado na sala de aula.

 Larguei minha mochila no chão e me sentei.

 A única coisa que eu pensava agora era que eu finalmente tinha acordado, depois de tantas informações e agitação naquela manhã.

    Emma
  
 Assim que Logan saiu, corri para a cozinha para beber outro copo de água. Como Eu pude ver o Logan seminu?! Ai que vergonha...Eu devia estar vermelha enquanto conversava com os gêmeos.

 Enquanto bebia, com a mão esquerda encostada na pia e a outra com o copo, Candy foi até mim e se sentou, me encarando.

 — O que foi hein? — Resmunguei.

 Mas então percebi que não tinha dado comida a ela aquela manhã.

Coloquei o copo na pia, e me agachei, abrindo o armarinho e retirando de lá um pote com ração.

— Vem. — Chamei.

Fui até a sala e despejei um pouco de ração na vasilha, mas então quando me levantei, notei algo perto da televisão.

Era o celular do Logan.

 — Não acredito nisso... — Falei baixo, fechando o pote com a tampa.

O guardei de novo na cozinha, e fui até a sala novamente.

 O peguei e fiquei pensando durante alguns minutos.

 Bom, ele está no colégio agora, não tem como eu entregar a ele, além disso, meu pai está dormindo e minha mãe só chega a noite, não tem ninguém para eu avisar onde estou indo...

 Ei! Mas eu tenho 16 anos, pra que eu vou avisar onde estou indo?! Bom, também não quero atrapalhar meu pai, e eu com certeza vou voltar antes da minha mãe...Eu poderia entregar pra Logan quando ele já estiver em casa, quem sabe eu acabe falando com os pais dele também? Eu não ficaria nervosa como ele ficou...não mesmo.

Me joguei no sofá, ainda com o aparelho na mão, e observei Candy comer o seu "café da manhã".

Certamente não farei nada por enquanto...o que eu posso fazer pra passar o tempo até Logan sair do colégio?

 Se eu conseguisse estudar como ele, jamais ficaria assim no tédio, sinto falta de ser uma pessoa normal, algo que eu nunca fui. Então como posso sentir falta de algo que nunca tive?

 Olhei ao redor, até meu olhar parar no lugar vago.

Um dos meus lugares favoritos desde que cheguei em São Francisco.

 Deixei o celular do Logan em cima da mesa da cozinha, e fui até ali.

 Empurrei a porta de correr para o lado, e a fechei em seguida.

A grama estava molhada, com uma leve neblina rodeando a água e com um cheiro maravilhoso de terra molhada. Fui até a margem do lago, e observei meu reflexo.

Pareço uma garota normal, com uma aparência normal, sorriso normal, roupas normais. Mas com a mente do avesso, toda fora do lugar, com pensamentos soltos por aí. Se eu conseguisse prender meus pensamentos, as pessoas me veriam normalmente, mas eu não consigo.

Respiro fundo, e ando de um lado para o outro, me olhando no lago.

 Foi aqui que eu conheci Logan pela primeira vez, e ele não me viu como uma louca quando eu corri direto para o banheiro tomar banho, sem ao menos perguntar se ele estava bem.

 Pelo contrário: ele se interessou ainda mais por essa loucura.

   E eu o amo por isso.

Horas se passaram, e agora eu estava no sofá, comendo Cup noodles e assistindo a um filme. Candy se espreguiçava aos meus pés, totalmente exausta, pois ficou agitando sua bolinha de doces de um lado para o outro o dia inteiro.

De repente, percebi que horas eram quando olhei para o canto da tela, e nesse momento Logan já devia estar em sua casa.

Larguei o copo de plástico vazio com o garfo na mesa, desliguei a TV, peguei o celular e fui até a porta, abrindo a mesma e saindo.

O sol já estava se pondo, e a lua começou a surgir conforme eu andava apressada. O ar gelado não demonstrava sinal de chuva, mas mesmo assim o vento começou a ficar forte, fazendo as mechas do meu cabelo voarem na direção contrária.

 Depois de algumas ruas, e entrar a direita, comecei a ver sua casa, cuja as luzes da frente estavam acesas e haviam algumas hortaliças pra fora da janela, todas mastigadas e comidas.

— Logan! — Gritei, tocando a campainha.

 A porta se abriu imediatamente, e Logan me encarou.

 — Ah, oi Emma! — Ele cumprimentou.

 Mas outras duas vozes no fundo gritaram, agitadas em uníssono:

— E aí Emma! Entra logo! — Olhei mais adentro, e lá estavam Chris e Nathan.

 — Ah, é i-isso, entra ai, quer dizer...entra aqui, ah! Só vem! — Logan Gaguejou, abrindo espaço para eu entrar.

Eu entrei, mas disse para ele não fechar a porta, porque não ia ficar muito tempo.

 — Mas por que não? — Chris perguntou, jogando uma almofada na cabeça de Nathan.

— Só vim entregar seu celular.

Olhei para Logan, e ele me olhou com uma expressão de dúvida.

— Você esqueceu lá em casa. — Estendi pra ele, e Logan o pegou.

— Ah, nossa nem notei que tinha sumido. Obrigado. — Respondeu.

— Vocês vão dormir aqui hoje? — Perguntei aos gêmeos que guerreavam com almofadas.

— Sim, não conte para as meninas, tinha dito a Jasmine que ia estudar com ela para a prova de geografia, mas desmarquei para vir aqui. — Nathan falou, se jogando em cima de Chris e o prendendo no chão.

— Ah...Okay. — Prometi, mas cruzando os dedos. É claro que eu ia contar para elas se me perguntassem.

Antes de me virar para ir embora, um coelhinho pulou em minha perna.

Agora faz sentido as hortaliças mordidas do lado de fora.

 — Que fofo! Você não me contou que tinha um coelho! — Peguei ele no colo, com um pouquinho de receio, mas mesmo assim, só o peguei um pouco e o coloquei de volta no chão de novo.

 — Não é meu, é de um dos clientes da minha mãe. Se chama Billy. — Explicou Logan.

— Ah, entendi. Bom, melhor eu ir. Tchau meninos!

 Eles acenaram para mim e eu fui embora.

O vento tinha parado agora, estava calmo e uma brisa leve vinha em minha direção.

Depois de alguns minutos caminhando, finalmente cheguei em casa. Assim que abri a porta, me deparei com o meu pai de pijama e pantufas, comendo uma maçã verde.

— Oi pai! Antes que você pergunte, eu tinha ido levar o celular do Logan em sua casa, ele tinha esquecido aqui. — Expliquei, fechando a porta.

— Ah, okay. Se precisar de mim, estarei dormindo de novo. — Ele parecia mais cansado do que Logan essa manhã.

Ele jogou o talo da maçã no lixo e subiu as escadas para o quarto novamente.

Não tinha nada mais para fazer, então simplesmente subi as escadas como ele e fui tomar um banho.

 Minha mãe havia chegado alguns minutos depois quando terminei de tomar banho, e foi comer alguma coisa.

Agora eu estava no meu quarto, me preparando para dormir, já que minha mãe já tinha ido também.

Podia ouvir os roncos do meu pai, então fechei a porta. 

Candy iria dormir no meu quarto essa noite, por causa do frio que estava fazendo lá fora. Ela deitou nos pés da minha cama, e adormeceu logo em seguida.

Deitei e me cobri até a cabeça com o cobertor.

A noite estava calma, e o silêncio reinava no meu quarto. A não ser as pedrinhas que estavam jogando na minha janela.

Espera.

Pedrinhas?

Empurrei o cobertor de lado e me levantei. Lentamente fui até a janela, pois não queria acordar Candy.

 Quem estava fazendo isso?

Assim que me aproximei da janela embaçada, esfreguei o vidro com a manga do pijama para enxergar melhor.

Aproximei meu rosto do vidro, com o meu nariz grudado no mesmo, e haviam duas pessoas lá fora, de pijama e com várias pedrinhas na mão.

  Eram Eliza e Jasmine, acenando para mim.

    Capítulo 19 concluído ✔
   Capítulo 20 ⬇️

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