Pêndulo XXXVII
Passos pesados afundam ferozmente o lapso na parte de trás da minha cabeça,
e me afugentam as bestas e feras que hospedo em mim,
num colapso que se alimenta das atrocidades que penso quando me atiro à noite,
e me lanço às estrelas mortas,
ainda quentes e não nascidas.
Bebo melodias num coral de vozes doces e ociosas,
flutuo pela encosta verde da minha infância noturna, tensa,
e também tediosa,
e avisto vagamente minha memória tomar forma líquida,
vazar pelos meus olhos de vidro,
e refletir nas águas nítidas deste rio que me corta.
Talvez eu precise da ajuda da bruxa dos meus sonhos infantis,
e portanto, carregados de uma pureza ingênua
e cheias de contrastes,
e assim sobrevoar meus medos ansiosos,
e acalmar o meu coração insolente,
meu espírito inquieto, e odioso,
em busca de uma paz que me abençoe sem que me envolva.
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