Pêndulo XXIV (II)
Meus dedos esfarelam no cimento do pátio
que esvazio
com as sobras das gargalhadas antigas, escandalosas, de mal gosto,
vergonhosamente ridículas.
Ilumino aquilo que está escondido nas sombras,
mas viro meu rosto para dentro quando amanhece,
e cada canto, cada quina, parece manter um segredo,
e as aves
com suas asas estendidas sobre meu reflexo nas dobras das paredes,
nos vigiam,
embora eu esteja sozinho.
As sombras me acompanham, ou me escoltam -
depende do ponto de vista,
quem lê,
quem escreve.
Abro meus olhos para sonhar com mais precisão,
e exponho meu coração aos abandonos celestes.
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