Pêndulo XXIII
Do meu nome, pouco sei da origem ou o que significa,
qual sorte me traz, sangue que me castiga.
Avalia minha tristeza refletida nas águas paradas,
nas paredes antigas,
e nas sombras do meio-dia.
Diga que flores nascem à revelia,
os poemas e toda sensação soberba -
a rima que falta, a cadência na fala,
e um pouco de desespero dessa tirania que nos sonda a alma,
e nos transforma todos
em corpos fadados ao tédio dessa existência nefasta,
e jovem e repleta de vontades.
Esses desejos são maiores, intensos,
respondem a dilemas ancestrais, mais profundos,
mas que eu não mergulho,
tampouco molho os pés,
mas afogo minha alma neste rio fluente,
que me conjuga e subjuga em tormentas, dilúvios,
e as cheias de outubro.
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