Pêndulo V
Quem eu sou, pouco ou nada não me interessa,
mas como me dói os pés e as pernas,
como se uma alcateia de hienas devorasse meus nervos -
das plantas dos pés aos meus joelhos.
Me demoro a chegar aos lugares para qual aponto,
finjo que me encanto com as paisagens dos prados,
dos campos ondulados e pacificamente verdes,
das rezas que ouço vinda das casas à luz de velas.
Passo por elas, mas ninguém acena.
Enrijeço meu coração
que é para dar conta de atravessar este caminho sem medo,
mas me entristeço nas primeiras horas da manhã
debaixo das árvores gêmeas,
aos pés dos altares sem ofertas,
nas reticências onde minha história se ausenta.
Coço minha cabeça, mas não sai nada de dentro dela.
Meus dedos são longos e ásperos,
minhas unhas cravam na carne,
e sangram meus olhos diante da escolha inédita.
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