Pêndulo II
Elas passam por nós como nuvens num céu azul de verão preguiçoso,
e sem propósitos.
Elas passam, tripulantes em barcos que fogem dos naufrágios,
e também de tesouros que reluzem.
Grandes grades e cercas elétricas emergem dessa terra amarela, amarga,
e percorre toda extensão da nossa clarividência,
a nos isolar em sensações abstratas, bárbaras,
em caráter de urgência
nessa calmaria oceânica que guarda segredos férteis e ferozes,
animalescos,
envoltos num silêncio de espera.
Na longínqua lembrança do pôr-do-sol em sua companhia,
eu tremi os olhos
e senti os arrepios na espinha
que provocam os horrores desta parte do globo.
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