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33

Durante a madrugada Henrique acordou coçando levemente os olhos antes de olhar o horário no celular. Era apenas três e quarenta e cinco da manhã.

Levantou silenciosamente e então foi para a cozinha beber água, respondendo algumas mensagens que não tinha visto e voltando para o quarto.

— Eu que te acordei? — Questionou baixinho ao ver o namorado com os olhos abertos, deitando ao lado dele novamente.

— Não... — O paulista bocejou. — Despertei depois de um sonho estranho.

Henrique apenas murmurou e então deitou de lado, observando o rosto do namorado enquanto fazia o contorno da orelha dele.

Não estava mais com sono, porém não atrapalharia o descanso alheio. Miguel fechou os olhos, deslizando a mão suavemente na lombar do baiano por dentro da blusa folgada, sentindo a pele de Henrique se arrepiar.

O moreno abriu os olhos encarando o namorado, sorrindo minimamente quando Henrique conectou seus olhares.

— Acho que sempre vou me arrepiar quando você me tocar... — Murmurou, sentindo o leve aperto em sua cintura.

— Não está com sono? — Miguel perguntou, fechando os olhos quando os dedos curtos do menor acariciarem seu rosto com cuidado.

— Não e você?

Miguel deu de ombros, sorrindo minimamente antes de juntar os lábios em um selinho demorado. Henrique encheu o rosto do namorado de beijinhos, ouvindo o riso baixo do moreno.

O baiano novamente juntou seus lábios novamente em um novo selinho, transformando o selar rápido em um beijo casto. Henrique soprou a boca do namorado, ouvindo-o rir baixo ao se afastar.

— Ah não, amor. — Miguel reclamou, rindo fraco.

Henrique fez biquinho, sentindo os lábios do namorado sobre os seus iniciando um novo beijo. O baiano sentiu uma curta onda elétrica percorrer por seu corpo quando a língua do namorado contornou a sua, apertando com um pouco do força o ombro largo do mais velho.

O menor ofegou baixo durante o beijo, bagunçando com a mão o cabelo curto do mais velho enquanto esfregava levemente seu corpo ao dele. Miguel o apertou um pouco mais no abraço, sentindo a mão do menor suspender sua camiseta devagar.

Henrique sentia o corpo quente como se fosse entrar em erupção, estava quase desesperado por mais toques e beijos. Quando conseguiu tirar a camiseta do namorado se afastou para se despir, ficando por cima do mais velho e o beijando novamente.

— Porra... — Miguel resmungou em um choramingo baixo, encarando o teto do quarto antes de suspirar. — Desculpa ter broxado assim...

O baiano riu baixo e então beijou o queixo do namorado, deslizando levemente o corpo em cima dele o abraçando.

— Você já foi melhor, turista.

— Não me chame assim. — O paulista revirou os olhos. — Esqueceu que agora moro aqui?

Henrique deu um sorrisinho e então juntou as bocas em um rápido selar, deitando a cabeça em cima do peito do mais velho.

— Para mim você vai continuar sendo ''Miguel o turista''. — Resmungou, bocejando.

O moreno riu baixo em concordância, alisando as costas nua do namorado em um carinho preguiçoso se permitindo fechar os olhos novamente, fingindo dormir por alguns minutos até finalmente apagar.


A manhã dois dois havia sido tranquila. Ficaram em casa deitados na cama abraçados, recarregando a energia que gastaram no decorrer da semana caótica.

Quando se aproximou das duas da tarde a porta da casa foi aberta de abrupto, fazendo com que ambos pulassem do sofá totalmente assustados.

— Porra Thiago vai se foder, como você entra assim na casa dos outros? Já pensou se estivéssemos nus?! — O baiano reclamou irritado, jogando uma almofada na cara do amigo.

— Calada putinha que hoje é dia da galinha comer milho! — O menor falou com um sorriso debochado. — A gente vai assistir o jogo lá no bar de Neusão, vocês vem?

— Que dia é hoje? — Henrique resmungou e então parou por uns minutos, levantando rápido ao lembrar que teria Bavi. — Porra eu esqueci!

Os dois amigos começaram a discutir enquanto se provocavam já que torciam para times rivais, enquanto Miguel permanecia sentado no sofá totalmente perdido no assunto. Ele particularmente não curtia futebol e tinha time por ter já que não acompanhava os jogos como outros torcedores que conhecia.

— Nós já vamos, vê se não perca o horário porque o jogo começa às quatro. — Thiago falou.

— Nem deu três ainda. — O paulista comentou olhando o relógio. — Pra que ir tão cedo?

— Para fazer as apostas ué.

— Coragem querer apostar na vitória do Bahia. — Henrique debochou.

— Aqui pra você, ó. — O maromba jogou milho de pipoca no chão da sala, correndo para fora da casa quando o amigo ameaçou avançar para lhe bater.

Henrique olhou o namorado com as bochechas vermelhas em completa irritação, sentindo as mãos do mais velho o puxar levemente pela cintura fina em sua direção.

— Calma é só um jogo bobo. — Resmungou, beijando a barriga do menor.

— Não é apenas um jogo bobo, Miguel. — Suspirou cansado. — É Bavi! Vem, vamos nos arrumar!

— Mas já? Ainda 'tá cedo pra caralho mano. — O paulista resmungou fazendo corpo mole.

— Eu 'tô indo tomar banho, caso queira vir a hora é agora. — O moreno respondeu estressado, toda aquela cena do amigo o irritou. — Quero chegar cedo para pegar a melhor mesa.

Miguel levantou em um pulo por causa do convite, seguindo o namorado para o banheiro enquanto o agarrava por trás em um abraço.

Os dois adentraram o cômodo médio e então tiraram as roupas, entrando embaixo do chuveiro e ligando o registro. A ducha não foi tão rápida como o baiano queria visto que pararam para lavarem e hidratarem os cabelos, além de trocarem alguns beijos debaixo da água gelada, saindo longos minutos depois.

Henrique se enrolou na toalha e entregou a outra ao namorado, subindo juntos para o quarto para se vestirem e terminarem de se arrumar.

— Toma, veste essa camisa. — O baiano entregou ao paulista uma camiseta do vitória.

— Eu não queria vestir camisa de time, amor. — Miguel falou cauteloso, mas visto o olhar que recebeu suspirou e aceitou a camiseta, vestindo-a logo depois.

O menor sorriu satisfeito e então beijou o namorado, vestindo uma camisa do time antes de se perfumar.

— Meu pai estaria decepcionado se me visse com uma camiseta rubro-negro. — Comentou, rindo.

— Não namoro tricolores. — O baiano desdenhou, sorrindo pequeno. — Os que já fiquei costumam ser broxas.

— Tá me tirando, idiota?

Henrique riu quando o namorado desviou do beijo que ele tentou lhe dar, apertando o nariz do mais velho carinhosamente.

— É brincadeira meu broxinha.

— Ah vai procurar o que fazer. — Miguel falou irritado, ouvindo a risada do menor. — Podemos ir parceiro ou você vai ficar de palhaçada 'pro meu lado?

— Falando assim parece até soteropolitano raiz. — Henrique riu. — 'Vamo lá, parceiro.


——

Perdão por atualizar tão tarde, fiquei sem internet durante o dia por causa de um problema técnico :l  

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