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18

Havia se deixado levar pelos pensamentos que por um momento se esqueceu que ainda beijava o baiano, sentindo falta dos lábios macios quando ele se afastou de abrupto visto que o celular vibrava em cima do sofá.

Miguel se apressou em atender, levando o aparelho até sua orelha enquanto ouvia a voz cansada de sua mãe chamando por seu nome.

— Oi... — Falou, tentando evitar olhar o menor que permanecia em silêncio em cima de si. — Tudo bem, mamãe?

O menor fez um sinal para o paulista indicando que iria para a cozinha, levantando e o deixando para trás. Henrique odiava quando as pessoas ficavam tomando parte de sua vida ou de suas conversas, então evitava fazer o mesmo com os outros. Ele preferiu se afastar justamente para dar privacidade para que o paulista conversasse calmamente com sua mãe.

Tomou um pouco de água e então subiu para o terraço, olhando de modo distraído para a vista. Ele gostava de admirar o horizonte sempre que podia, sentia que aquilo o ajudava a repor energias. Encarou o próprio celular pensativo, respondendo a mensagem que havia recebido.

Depois de muito tempo longe os seus pais resolveram reaparecer em sua vida sem mais nem menos, eles apenas avisaram que estavam indo para a capital àquela semana e morriam de saudades do filho. Não que Henrique odiasse a sua família, mas a relação que tinham não era tão fácil quanto ele gostaria. O seu pai sempre foi homofóbico e a sua mãe também, apesar de que se "conformaram" quando ele assumiu seu namoro com Higor um tempo atrás.

O real problema é que por mais que se conformassem eles nunca aceitaram bem a ideia, além de ficarem o comparando ao seu irmão mais velho que havia ido para a Europa, eles sempre procuravam algum defeito para colocar nele ou em tudo o que ele fazia e ultimamente havia piorado as criticas por causa da sua prima.

Henrique sempre se sentia como um pedaço de vidro frágil perto dos pais, pensar na visita deles em sua casa tão de repente e em tudo o que aconteceria o fazia ficar ansioso imaginando apenas os piores cenários possíveis. Talvez por causa disso estava vulnerável ao ponto do paulista perceber.

— Ei... — A voz cautelosa de Miguel soou, tirando o outro de seu transe melancólico. — Gatinho, você está bem?

— Estou... — Respondeu com um sorriso pequeno, encolhendo o corpo ao sentir o abraço carinhoso e o perfume do paulista invadir suas narinas mais uma vez. — Terminou de falar com sua "mamãe"?

Miguel gargalhou e o olhou, mordendo devagar a bochecha do menor que o xingou fingindo uma irritação.

— Sim, terminei. Estava pensando em algo legal para fazermos? — A voz baixa de Miguel o causou um arrepio, sentindo seu corpo estremecer levemente quando as mãos dele apertaram de leve o seu bumbum e um beijinho foi depositado no canto de sua boca.

— Talvez... — Respondeu, mordendo levemente os lábios. — O que acha da gente assistir um filme deitadinhos e abraçados?

Henrique o propôs, mas sentiu certa insegurança ao saber que não era exatamente que o paulista desejava ouvir. Ele mesmo se sentiria frustrado se estivesse no lugar do outro, porém naquele momento era o que ele mais desejava.

O moreno lhe lançou um olhar carinhoso, subindo as mãos para a cintura fina enquanto o puxava devagar e colava ainda mais seus corpos. Beijou o rosto do menor, apertando levemente as bochechas grandes.

— É uma ótima ideia. — Por fim respondeu, ouvindo o suspiro aliviado soar. — Eu posso escolher o filme?

— De boa, mas não pode ser romance. — Avisou, puxando o paulista para seu quarto. — Vamos ver aqui em cima mesmo.

Adentraram o cômodo e fecharam a porta para evitar que qualquer barulho sonoro do lado de fora os atrapalhasse. Henrique se sentou no meio da cama, ligando a televisão e colocando no aplicativo da Netflix para que o outro escolhesse o que veriam. Por outro lado, Miguel se aproximou um pouco acanhado e se sentou na ponta dela. Depois do dia em que havia dormido na casa do baiano e tudo o que aconteceu àquela madrugada, não havia ido ao quarto dele novamente.

Talvez por estar ali os pensamentos surgiram junto das lembranças, pigarreando envergonhado e tentando focar os olhos na televisão enquanto procurava algo para verem. A melhor opção que Miguel achou foi Shrek, iniciando o segundo filme.

Os dois se deitaram lado a lado na cama, prestando atenção em silêncio no filme que já havia começado. Henrique acabou abraçando o corpo do maior, sentindo os dedos dele lhe fazerem cafuné de maneira distraída.

— Gatinho... — O chamou em um tom baixo, ouvindo o murmúrio alheio. — Depois do filme você quer sair um pouco? Podemos jantar em algum restaurante ou algo assim.

— Só nós dois? Tipo um encontro?

— Sim, seria um encontro... — O paulista respondeu, sentindo os lábios do menor beijarem seu rosto. — Isso é um sim?

Henrique riu baixo e concordou, voltando a focar seus olhos na tela da televisão.

O paulista não sabia ao certo o que poderia estar acontecendo com o menor, mas ele queria o distrair e ser sua melhor companhia. Quando Henrique se sentisse bem e confortável para o contar o que estava acontecendo ele o faria, mas por ora iria se contentar em dar apenas atenção e carinho ao moreno.

Havia se distraído com o filme e o cafune que fazia nos fios finos do outro que mal percebeu que Henrique havia cochilado, conseguiu apenas ouvir o ressoar baixo de sua respiração tranquila. Miguel olhou o rosto do menor e então sorriu, fazendo carinho no rostinho sereno com cuidado para não acorda-lo.

Ele achava incrível o quão bonito Henrique era, independente se estivesse acordado ou não. Chegava a ser um pouco assustador para si a hipótese de estar apegado ao baiano, mas sabia que no fundo ele já tinha aquela certeza e apenas não queria admitir.

Tentou se concentrar em terminar de ver o filme, mas sua mente estava tão inquieta que ele apenas observou o tempo passar enquanto admirava em silêncio o sono alheio.

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