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Menção a drogas (+16)


Henrique estava na mercearia escolhendo algumas frutas, desviando os olhos da maçã que pegava somente para ver quem se esbarrou em si. O baiano sorriu ao ver Samuel e o irmão mais novo fazendo compras também, guardando a fruta escolhida junto as outras enquanto focava a atenção nos outros dois.

— E aí... — Falou. — Como estão? Não os vejo mais.

— Bem e você? — Samuel quem respondeu com o mesmo sorriso simpático que o moreno lhe lançava. — Nah, você quem sumiu.

— Estive pegando mais plantões essa semana, estou cobrindo uma colega que precisou se ausentar. — Henrique suspirou cansado. Graças o trabalho não conseguia ver ninguém direito, mal falou com Miguel ou o viu nos últimos dias.

— Nossa deve estar bem cansado. — O irmão mais velho comentou em um quase lamento. — Sabe ao menos quando vai ficar livre?

— Hoje é meu primeiro dia de folga depois de muitos dias trabalhando, então pretendo descansar e repor as energias deixando 'pra sair nos próximos dias. — O mais baixo respondeu. - Fico em casa até sábado.

Samuel concordou e ressaltou que descansar seria uma ótima opção, caminhando ao lado do irmão e do baiano pela mercearia.

O moreno segurava um pouco forte a cestinha que carregava, estava com vontade de perguntar aos outros sobre Miguel, porém não queria soar desesperado ou até mesmo dar mais um motivo para que eles desconfiassem que eles dois estavam ficando.

Ele não sabia ao certo, mas algo lhe dizia que depois do que aconteceu na casa dele a relação dos dois desandou. Não se permitiu pensar muito no assunto porque estava atolado de trabalho, mas agora que não tinha muito o que fazer era o mais pensava. Ele havia forçado a barra? Porra...

— Vem cá, o que tá pegando em? — Jorge sussurrou quando o irmão se afastou, encarando o baiano. — Entre você e o Miguel.

— O que?

— Depois do dia que ele dormiu em sua casa ele anda estranho. — Comentou baixo. — Vocês brigaram?

— N-Não!

— Isso não foi tão convincente.

— Não brigamos, garoto! — O moreno se irritou um pouco com a petulância do mais novo. — Ele só se afastou um pouco, mas não entendo o porquê.

— Vish. — Jorge negou e riu, se afastando.

Henrique o olhou completamente surpreso com àquela reação, correndo a passos curtos até o mais novo e o segurando pelo braço atraindo sua atenção novamente.

Que caralhos de reação foi essa?

— Você sabe de algo? A maneira que reagiu...

— Eu não sei de nada, mas talvez ele só tenha enjoado. — O mais novo resmungou e desviou o olhar. — Olha, é complicado...

— O que exatamente?

— Eu sou amigo do Miguel desde que me entendo por gente e já o vi se relacionar com muitas pessoas, mulheres e poucos homens... — Começou incerto. — Ele nunca ficou mais de três semanas com um cara.

Aquela informação acertou o estômago do baiano em cheio, ele encarou o mais novo que o olhava como se tivesse acabado de se arrepender em estar falando aquilo.

— Não sei o que rola entre vocês ou o que você sente, não sei também se com você vai ser o mesmo, mas... Ele é um pouco complicado.

— Complicado como...?

— Acho que ele nunca namorou a sério um cara, sabe? Ele fica por um tempo quando se interessa em alguém, mas perde o interesse muito fácil e...

— E some. — Henrique concluiu sozinho, pensativo. Será que já havia se enjoado de si ou recebido o que queria? A porra de um boquete nem era isso tudo!

— Henrique? Já pegou tudo? — Samuel novamente se aproximou deles com mais coisas em sua cestinha.

— Já sim.— Resmungou sem o ânimo anterior. — Vamos lá pagar.

Os três se dirigiram até o caixa e pagaram, voltando para o prédio juntos. Os irmãos conversavam animados enquanto a mente do baiano estava longe, divagando na conversa que teve mais cedo com Jorge.


Miguel estava sentado no corredor do prédio com a janela aberta segurando em uma das mãos o isqueiro enquanto a outra segurava a seda de vidro. Havia acabado de fumar um cigarro da natural na tentativa de aliviar seu estresse, mas não conseguiu.

Preparou outro com o restinho da erva que estava guardada em um saquinho sem lavar a seda, ascendendo logo depois e tragando por longos segundos. Encarava a lua no topo do céu azul, totalmente pensativo. Sentia seu corpo amolecer aos poucos conforme a erva fazia efeito, encarando a metade do back preso em seus dedos.

Ouviu o bater da porta e nem se importou em olhar, ouvindo passos curtos indo até o final do corredor onde ele estava. Acabou olhando para trás desanimado, encarando Henrique que o fitava um tanto que surpreso. Olhou do cigarro em sua mão para o rosto do baiano, ignorando ele e tragando mais uma vez.

— Eu preciso conversar com você. — O menor começou. — Pode ser lá em casa?

Miguel o olhou e riu, sentindo sua cabeça latejar quando as lembranças e toda sua chateação o atingiu em cheio.

— Eu prefiro deixar 'pra depois.

— Deixar 'pra depois? — Henrique riu desanimado. — Você mal responde as mensagens, aposto que está tentando sumir aos poucos e vem me dizer que prefere deixar 'pra depois?

O paulista se levantou da cadeira e olhou o menor, cruzando os braços impaciente.

— Qual a porra do seu problema? — O menor questionou magoado. — Eu... Eu fiz o que errado 'pra você começar a me tratar assim do nada?

— Você está me culpando?! — Cochichou irritado, largando o isqueiro que caiu no chão de madeira. — Irmão... — Riu nervoso. — Olha Henrique, não dá!

— O que não dá? A maneira infantil que você age? Realmente não dá!

— Você me culpando por algo que eh não fiz, porra! — A voz oscilou um pouco, estava trêmula e visivelmente o paulista estava nervoso. — Eu gosto de você, gosto muito. — Suspirou enquanto se declarava, naquele momento nem ligava mais 'pra nada. — Eu sei que não tenho tanta experiência com homens como você, não queria ter deixado você na mão e pensei que... que você tinha gostado do que rolou.

— Mas eu... — Henrique juntou as sobrancelhas, confuso. — Eu gostei, porra! Eu preferi me aliviar sozinho porque sabia que não conseguiria deixar você apenas me tocar e pronto, eu iria querer mais e não estava na hora certa. — O menor explicou por cima. — Mas eu gostei de tudo o que aconteceu aquela madrugada e repetiria sempre que pudesse.

— Você disse que não gostou e o que aconteceu mudou seu humor aquela noite, eu me senti horrível. — Desabafou. — Não sei porque, mas não consigo falar aos homens que me relaciono como eu me sinto, então prefiro me afastar antes de me machucar.

—  Eu não falei do que aconteceu no meu quarto, você entendeu errado. — O moreno respondeu alarmado, segurando as mãos do outro. — Estava falando de quando Higor apareceu na apresentação do olodum.

Miguel o encarou com os olhos pequenos, sentindo o corpo ficar cada vez mais leve. Não sabia se foi porque havia colocado para fora o que o incomodava ou se era porque estava chapando.

— Você poderia perguntar de forma direta... — O baiano murmurou, desviando o olhar. — Mas acha mesmo que eu chupo qualquer um do jeito que chupei você? Eu não faço esse tipo de coisa com qualquer um, Miguel.

Os olhos castanhos se focaram no rosto avermelhado do mais velho, sentindo seu corpo ser levemente empurrado contra a parede do corredor. A mão livre do paulista dedilhou seu pescoço, enquanto a outra continuava segurando a metade intocada do cigarro.

— Fiquei com medo de tocar no assunto de maneira direta e estragar as coisas, então quando você citou sobre aquela noite imaginei que se referia ao que aconteceu quando chegamos...

— Claro que não. — Resmungou, roubando o cigarro dos dedos alheios e o tragando devagar. — Desculpa ter confundido você, não foi intencional.

— Desculpa ter te evitado por medo... — Miguel sussurrou, passando a ponta da língua nos lábios secos.

— Eu gostaria que houvesse total sinceridade no que quer que esteja rolando entre a gente. — Henrique começou, olhando nos olhos apertados do outro. — Você só falou o que estava  te incomodando porque está chapado, mas se tivesse desabafando antes já teríamos resolvido o mal entendido.

— E...?

— E eu sugiro que devemos ser sinceros com nossos próprios sentimentos e emoções. Eu gostaria que você sempre me falasse de seus medos sobre nós, sabe? Fale quando algo te incomodar, eu farei o mesmo.

— Tudo bem, eu concordo. — Miguel falou sincero. — Sabe o que me incomoda agora?

— O que?

— Essa distância. Você não sabe a falta que senti de ter você assim em meus braços. — Sussurrou, beijando o canto da boca do menor. — Eu gosto de ficar com você.

Henrique concordou com um sorriso pequeno, beijando os lábios cheinhos com calma, apertando levemente a nuca do maior. Ele estava sentindo falta da maciez e quentura da boca de Miguel contra a sua, mas agora finalmente o beijava de novo.

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