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04

Miguel estava parado no meio do corredor do prédio, esperando pacientemente que o outro destrancasse a porta da própria casa. Surpreendentemente o rapaz era vizinho de porta de Cristiano, os apês ficavam frente a frente. 

Quando a porta foi aberta o dono da casa a adentrou, sendo seguido de maneira tímida pelo paulista que por questão de educação largou as havaianas próximo da porta antes de fecha-la. 

Olhou curioso o lugar meio bagunçado, surpreendendo-se com o tanto de plantas e arranjos de flores que tinha espalhados pela sala. Um cachorrinho de pequeno porte veio correndo de uma escadaria, latindo para Miguel que permanecia parado na frente da porta.

— Ele morde? — Perguntou se afastando do animal que latia ainda mais feroz para si.

— Quem não morde, né? — O outro falou e pegou o animal nos braços, dando alguns beijinhos na cabeça peluda. — Relaxa, ela só faz latir e fazer alarde, mas depois se acostuma com sua presença.

Miguel concordou e então se aproximou receoso, suspendendo a mão na direção do animal que rosnou baixo antes de cheira-la, começando a lamber levemente seus dedos.

— Essa é a Bombom. — Apresentou, colocando a cachorrinha marrom no chão. — Coloca as coisas na cozinha.

O moreno obedeceu, adentrando a cozinha e largando as sacolas em cima da meia parede que tinha uma mármore em cima, aquela estrutura separava o cômodo da sala.

— Afinal, qual o seu nome? — Miguel perguntou retirando vagarosamente as compras de dentro das sacolas.

— Henrique. — O outro respondeu, retirando de dentro da geladeira uma jarra de água. — E o seu?

— Miguel.

O menor manuseou a cabeça em um aceno e rapidamente um silêncio constrangedor se instalou enquanto eles se encaravam, Henrique coçava a nuca sem saber o que falar enquanto a visita estava imóvel sem saber o que fazer. Ele não podia voltar para casa ainda e estava fora de questão sair para a rua sozinho, mal tinha gravado a cor do prédio então poderia se perder facilmente.

— É... Eu sei que deve ser incômodo 'pra você, mas não tenho como voltar agora então eu posso ficar aqui por um tempo? — Miguel perguntou envergonhado, desviando o olhar.

— 'Tá. Tanto faz. — O menor deu de ombros. — Se quiser assistir algo pode ligar a tv enquanto eu tento me virar aqui.

— Ah é, você disse que ficou com vontade de comer macarrão cremoso e resolveu cozinhar... — O paulista resmungou. — Quer ajuda?

Henrique o olhou desconfiado, cruzando os braços na frente do peito e se recostando na pia da cozinha. Eles estavam de frente um para o outro, tendo apenas uma cadeira os separando.

— E você sabe cozinhar?

— Sei sim, terminei um curso de gastronomia recentemente. — Miguel se gabou com um sorrisinho, vendo o outro bufar e desviar o olhar. — Posso te ajudar?

O menor até cogitou em negar a proposta, mas quem ele queria enganar? Mal sabia fritar um ovo. Henrique nunca foi bom cozinhando apesar de morar sozinho há anos, sua salvação era os amigos que moravam de frente para si então ele sempre ia lá furar a boia ou os garotos lhe enviavam marmitas.

Aceitou contragosto e se afastou somente para colocar música, odiava fazer as coisas sendo absorvido pelo silêncio. A batida de um funk antigo soou, voltando para a cozinha e vendo que Miguel já havia colocado a mão na massa, literalmente.

Conforme a playlist de funk antigo passava, eles avançavam no desenrolar do almoço enquanto Miguel dava algumas dicas culinárias ao menor que ouvia tudo atentamente mesmo sabendo que não iria utilizar nenhuma delas no futuro. Estava gostando de assistir ele cozinhar de maneira a vontade na sua cozinha minúscula enquanto "glamurosa" soava no fundo.

Miguel mal percebeu que o outro não estava o ajudando em nada e apenas o assistia fazer tudo enquanto balançava o corpo de maneira distraída acompanhando o ritmo da batida animada.

— Vem cá, prova isso aqui. — Puxou Henrique pelo braço de maneira automática e suspendeu uma colher de sopa com o caldo que havia feito para o frango, ficando envergonhado ao perceber o quão próximo estavam e que os olhos castanhos o fitava da mesma maneira intensa como na primeira vez que se viram.

— Porra isso tá muito gostoso. — Elogiou, roubando a colher das mãos do maior para pegar um pouco mais do caldo. — Você realmente é bom na cozinha.

— Eu sou bom em muita coisa. — Miguel respondeu distraído, pigarreando quando os olhos castanhos voltaram a lhe fitar enquanto o menor mantinha uma sobrancelha arqueada.

— E é, é? Só acredito vendo. — Henrique respondeu sem se afastar ou desviar o olhar. — Você ficou vermelho. — Apontou para o rosto do paulista, rindo.

Completamente contrariado o paulista voltou a focar na comida, tentando ignorar o outro que o olhava em silêncio. Não sabia explicar, mas a maneira do olhar parecia bem mais intensa e um pouco incomoda agora. Miguel nem precisava olhar na direção do menor para saber que seus olhos estavam focados em si, sentindo a mesma onda de arrepios que havia sentido mais cedo quando suas mãos se tocaram por breves segundos.


Estavam sentados no sofá da sala enquanto assistiam ao balanço geral e comiam, fora o barulho da televisão o cômodo estava completamente silencioso.

— Obrigado. — Miguel falou de repente e então olhou o menor, vendo o rosto confuso o olhar com os lábios sujos.

— O que?

— Você entendeu bem rápido que eu estava me sentindo desconfortável e tentou me ajudar, agradeço por isso. — Respondeu, suspirando. — Não consigo nem imaginar como seria meu dia se eu continuasse com eles.

— Você provavelmente iria ficar cheio de ódio por andar no sol quente 'pra cima e 'pra baixo ouvindo flertes dos outros e vendo eles dois se engolirem em determinado momento. — Respondeu, rindo. — Não foi o melhor baratino, mas foi a única coisa que pensei pra tirar você daquela laranjada.

— Ainda não entendo as gírias daqui. — O moreno comentou, sorrindo sem graça. 

— Problema seu meu parceiro, ninguém mandou vir 'turistar sem estudar a nossa língua.

— Talvez você possa me ensinar a sua língua. — Miguel falou com um sorriso, olhando atentamente o outro.

Henrique gargalhou e arqueou a sobrancelha, pegando o prato vazio das mãos do paulista enquanto o olhava com um sorrisinho divertido nos lábios, passando a língua para limpa-los e percebendo que Miguel acompanhou todo movimento que havia feito.

— Espero que não esteja me comediando, pivete. — Levantou, indo para a cozinha.

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